Por Mendonça Filho

Recebo hoje, dos meus companheiros de partido, esta missão que me honra e desafia: a de disputar as eleições municipais como candidato a Prefeito do Recife. Irei cumprí-la com a responsabilidade e a dedicação que tem marcado minha trajetória política sem medir esforços.

Interpreto a vontade partidária como uma expressão das esperanças do povo da cidade do Recife de ter uma cidade melhor, com qualidade de vida para todos e não apenas para uma minoria.

Basta ver que hoje 45% das crianças do Recife são consideradas pobres (Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano). Destas, quase metade são indigentes, ou seja, os pais não possuem condições mínimas de dar uma vida de qualidade aos seus filhos.

Uma realidade cruel que tem de ser mudada, melhorando as condições de vida para a nossa população mais pobre. Como gestor público, tenho convicção de que isso é possível. Mas para tornar possível, é preciso cuidar da nossa infância e da nossa juventude. Só se cuida de verdade das pessoas, quando se prioriza o atendimento às crianças protegendo a família.

Como candidato, coloco-me para o recifense como uma alternativa política, com uma visão administrativa diferente da que está aí. Uma alternativa melhor, para mudar o Recife e reinserir a nossa capital na lista das melhores gestões municipais, posição que ela vem perdendo ano após ano.

É assim que concebo o duplo papel de um Prefeito: de um lado, o gestor do cotidiano, de outro lado, o gestor do futuro, ajudando o cidadão a manter a esperança de que outra cidade é possível.

O Recife precisa ter um futuro promissor que lhe aguarda e que lhe é de direito, de acordo com a sua história e tradições.

Considero importante deixar bem claro o que penso da missão de governar o Recife, cidade cujos contrastes, dificuldades e problemas em nada diminuem o seu fascínio como lugar para viver, conviver, trabalhar e exercer plenamente a cidadania.

Entendo que um prefeito exerce o governo de proximidade com as pessoas, tendo olhos ambiciosos postos no futuro. E o Recife só terá um futuro melhor se construirmos agora um projeto mais amplo para a cidade, pautado em compromissos com gestão de qualidade e não apenas com um projeto de poder.

Governo de proximidade é acolhimento, é capacidade de escutar a voz das ruas; é conhecer o drama e a necessidade dos que mais precisam. Proximidade é não perder a dimensão da cidade como casa dos seus habitantes, como família que precisa de um lugar digno para habitar, para se sustentar, criar suas crianças, dar rumo aos jovens e abrigar os idosos.

A proximidade enxerga a grandeza das coisas simples e pequenas: a cidade limpa, a rua iluminada, a praça viva e compartilhada por todos, as pontes decentemente incorporadas à paisagem única da cidade e as pontes sociais solidamente construídas de modo a aproximar a cidade partida entre os poucos que são ricos e os muitos que são pobres.

Nada de projetos faraônicos e dinheiro aplicado fora do Recife, como o Parque dona Lindu, contrariando os interesses da comunidade, ou patrocinio a escola de samba de outro Estado, em detrimento dos artistas e valores da terra.

Ou mesmo, o valor pago à Finatec que poderia estar sendo empregado na segurança, na educação, na saúde e no combate ao desemprego, que ainda são problemas graves em nossa cidade, apesar de toda a propaganda oficial da prefeitura.

Recife precisa de um prefeito que saiba fazer parcerias, que seja capaz de colocar os interesses do Estado e da cidade acima de quaisquer eventuais divergências ideológicas e que possa, junto com o governo federal e estadual, unir toda a região metropolitana num projeto comum, que traga progresso, prosperidade e desenvolvimento para todos.

Até porque, muitos dos problemas vividos pelo povo do Recife são metropolitanos, como é o caso do lixo e do transporte público, e carecem de soluções integradas. Este é o desafio que nós pretendemos enfrentar, a partir de uma ampla discussão com todos os segmentos sociais para construção de um projeto de futuro para a cidade do Recife.

Estamos construindo um projeto de um governo sério, voltado para aqueles que mais precisam, mas ao mesmo tempo trabalhando para que todos os que vivem nessa cidade, tenham mais que uma vida digna, tenha um futuro realmente promissor.

É possível dinamizar a economia urbana, aperfeiçoar os trabalhadores e criar mais oportunidades para as pessoas. Assim como, promover o desenvolvimento urbano, mantendo em bom estado o que existe, atacando as carências no setor de transporte, habitação, meio ambiente e na urbanização de comunidades em precárias condições.

Ao iniciar hoje mais uma caminhada, sou movido por crenças e idéias em relação à complexa e fascinante tarefa de governar a cidade do Recife. Generosamente o destino me deu a oportunidade de acumular a experiência do fazer em quase vinte anos de trabalho, ora governando, ora ajudando a governar.

Experiência conhecida por todos os pernambucanos, principalmente o recifense. Em oito anos de gestão como vice-governador e governador mostramos que sabemos governar com equipe técnica qualificada, gestão eficiente, projetos estruturadores de desenvolvimento econômico e social, como a refinaria, o estaleiro, e, principalmente com ações voltadas para os mais pobres.

E cito exemplos concretos e bem sucedidos como os Centros de Ensino Experimental com escola em tempo integral, que hoje coloca Pernambuco como referência no País em educação de qualidade no ensino médio. Tanto que no Enem de 2007, os resultados obtidos pelos alunos dos Centros foram acima da média nacional e das escolas da rede privada.

O Estação Futuro é outro exemplo de programa social bem sucedido, resgatando das ruas muitos jovens que hoje estão longe do mundo das drogas e da criminalidade, qualificados profissionalmente e inseridos no mercado de trabalho.

Dentre os muitos exemplos, citamos o Universidade Democrática que garantiu o acesso gratuíto a estudantes da rede pública de ensino que foram aprovados no vestibular da Universidade de Pernambuco e, também, o Jovem Campeão que construiu quadras poliesportivas nas escolas estaduais oferecebdo esporte e lazer para os jovens.

Experiência de fazer bem feito nós temos e o recifense reconhece isso nas conversas que tenho tido diariamente com o povo do Recife.

Ao lançar a minha pré-candidatura, numa reunião extraordinária do Diretório Municipal, o Democratas oferece ao Recife uma alternativa política, uma visão diferente da administração atual, porque acredita que ela seja efetivamente melhor.

Alternativa que está sendo construida no debate democrático com aquele que é a medida de todas as prioridades: o povo do Recife.