O deputado federal André de Paula (DEM) foi confirmado agora há pouco como vice na chapa de Mendonça Filho, candidato da sigla à Prefeitura do Recife. O anúncio foi feito por volta das 17h na sede do partido. Antes de aceitar a vice de Mendonça, o deputado declarou que só deixaria a Câmara se recebesse um apelo para isso.

Com informações de Cecília Ramos, de Política/JC

Fonte: Blog de Jamildo

Mendonça Filho (DEM) parece saber das enormes limitações que terá na eleição para prefeito do Recife. Está só, sem outro partido aliado, sem grandes puxadores de votos para vereador. Tem garantido um índice elevado de intenções de votos, algo em torno dos 25%, mas há mais de um ano mantém-se nessa posição. Ou seja, o índice está com cara de teto. Em 2006, recebeu 42% dos votos do recifense para governador. À época contava com um time extraordinário de candidatos a deputado muito bem votados na cidade (tipo Cadoca, Raul Henry, Jungmann, Bruno Rodrigues). Hoje, quase todos estão fora do palanque dele. Daí o fato de ter, em intenções de votos, cerca de metade do que obteve na cidade dois anos atrás. O ambiente também é pouco favorável a oposicionistas, tem tudo para garantir a vitória de João da Costa (PT), com seus 16 partidos, 400 nomes a vereador e o voto vinculado a Lula, Eduardo e João Paulo. Como se não bastasse, é ruim de televisão. Mas Mendonça percorre até agora um caminho semelhante ao de Eduardo Campos, o adversário de 2006.

Ele conseguiu ajuda para campanha, inflacionou o mercado de guia eleitoral e cooptou líderes comunitários na periferia.

A campanha dele apresenta roteiro bem amarrado. Começa com a organização (iniciada um ano atrás), segue com agenda propositiva de peso e postura de oposição sem muitos ataques frontais a João Paulo (afinal, além de popular, este não é candidato, assim como Jarbas dois anos atrás. Por que, então, atacá-lo?). Mendonça gasta sapato na periferia, onde já cooptou diversos líderes comunitários; conseguiu apoio financeiro e até inflacionou o mercado de guia eleitoral. Parece mesmo ter aprendido com os erros de 2006. A diferença é que Eduardo começou sem dinheiro, em comícios sobre caixotes de madeira, com 4% de intenção de voto.

Por Inaldo Sampaio
coluna Pinga-Fogo

Saiu mais uma pesquisa de intenção de voto para a prefeitura do Recife realizada pelo instituto Opine. Ela está registrada na 9ª Zona, sob o nº 016/2008, e confirma Mendonça (DEMOCRATAS) em 1º lugar com 29,5% de intenções de voto, seguido de Cadoca (PSC) com 23,7%, João da Costa (PT) com 15,6%, Raul Henry (PMDB) com 9,6%, Luciano Siqueira (PCdoB) com 6,3%, Raul Jungmann (PPS) com 5,5% e o candidato do P-SOL Edílson Silva com 0,4%.

Depois que a pesquisa foi realizada, de 13 a 15 do presente mês, já aconteceram dois fatos novos no cenário político da capital: a desistência de Raul Jungmann e a mudança de posição do PTC (Partido Trabalhista Cristão), que era de João da Costa até quarta-feira e amanheceu ontem nos braços de Cadoca.

O terceiro fato novo está por vir que é o afastamento da disputa do vice-prefeito Luciano Siqueira para dar seu apoio a João da Costa. Ele ficou isolado no processo e está apenas no aguardo de que o PT se entenda em Olinda com o PCdoB para convocar uma entrevista tornando pública a sua desistência.

Como a campanha propriamente dita só terá início no mês de agosto, através do rádio e da televisão, a tendência é termos no Recife um quadro de “stress” cada vez mais acentuado envolvendo Mendonça, Cadoca e Raul Henry porque qualquer um dos três, em tese, pode chegar ao segundo turno com João da Costa. E, na cabeça de cada qual, o que passar pelo primeiro obstáculo será o sucessor do prefeito João Paulo porque receberia de imediato o apoio dos candidatos que sobrarem.

Os publicitários reunidos no Fórum da Propaganda realizado no Recife queriam ouvir do prefeiturável Mendonça Filho (DEM), nesta terça (17), propostas para redução da carga tributária sobre os serviços prestados pelas agências. Mas acabaram surpreendidos por um duro discurso do pré-candidato sobre a poluição visual causada na cidade por empresas de mídia exterior (outdoors, por exemplo).

“Vou devolver ao recifense e ao visitante as belezas da cidade que estão encobertas”, disse o democrata durante a palestra, que foi uma iniciativa do Sindicato das Agências de Publicidade de Pernambuco (Sinapro) e Associação Brasileira de Publicidade (Abap). Cerca de 15 empresários do setor participaram do encontro na TGI Consultoria, no Espinheiro.

“Se a legislação está errada, tem de ser alterada, tanto para a rigidez quanto para a flexibilidade. Mas entendo que o descontrole urbano, com a poluição visual, não interessa nem ao empresário que quer vender seus produtos nem ao segmento da publicidade. Quantidade de placas ou de outdoors não significa rentabilidade”, afirmou, prometendo o controle urbanístico rigoroso no Recife.

Segundo Mendonça, as empresas de mídia exterior não cumprem a Lei de Uso do Solo que regulamenta, entre outras coisas, a ocupação dos espaços públicos pela propaganda.

De todo modo, o prefeiturável concordou com o fato de que, no geral, a carga tributária no Brasil é muito elevada e sugeriu que o Sinapro elabore um estudo propondo a redução de impostos, para o setor, na esfera municipal.

Fonte: Blog de Jamildo

A Executiva Nacional do DEM decidiu ontem, por meio de resolução, que não vai dar legenda a nomes do partido que respondam por crimes hediondos ou dolosos contra a vida, contanto que haja processo criminal.

Não serão aceitos, também, candidatos que tenham tido contas rejeitadas de período em que exerceram cargos públicos ou que respondam por improbidade administrativa ou por crimes contra a economia popular, a administração pública, a fé pública, o patrimônio público ou o sistema financeiro.

No caso da rejeição de contas, a regra só vale para decisão em última instância, sem possibilidade de recurso. Já para a última hipótese, basta decisão definitiva de instâncias de primeiro e segundo grau, apesar de o candidato ter direito de recorrer à Executiva do DEM. A resolução determina, ainda, que “será considerado caso de extrema gravidade” a escolha e o registro de candidatos que desobedeçam as novas regras.

“Ao absorver a preocupação manifestada pela alta corte eleitoral do país, o Democratas dá mais um importante passo para oferecer à sociedade a segurança de não permitir candidaturas de pessoas inidôneas para a atividade pública”, justificou o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ).

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Ayres Britto, elogiou, durante sessão do tribunal, à noite, a decisão do DEM: “Não posso deixar de saudar a iniciativa, tendo em vista a exigência de vida pregressa mais afinada com os princípios de ética e moralidade”.

Durante a sessão de ontem, os ministros do TSE começaram a discutir a possibilidade de divulgar na internet ou na televisão a lista de processos a que cada candidato responde. Ayres Britto, autor da proposta, diz que, por essa alternativa, a Justiça Eleitoral poderia dar ao eleitor informações sobre a vida pregressa dos candidatos, sem nenhum empecilho legal. A legislação, de acordo com o ministro, define que os candidatos devem entregar uma certidão criminal ao TSE.

Essas informações são públicas e a idéia, de acordo com ele, “é facilitar o acesso a esses dados aos eleitores”. A proposta inicial era divulgar esses documentos na internet para que qualquer eleitor pudesse acessá-los. Mas os ministros, antes de iniciada a sessão, suscitaram problemas técnicos que dificultarão a liberação desses documentos.

A digitalização dos dados, que são encaminhados em papel, caberia aos mais de 3.600 cartórios do País. Essa descentralização poderia gerar erros que comprometeriam os candidatos.

Em reação ao movimento de Ayres Britto, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), fez ressalvas à proposta. “Tudo o que vier no sentido de permitir que cada cidadão faça a sua escolha é positivo. Mas, se o TSE se dá a essa tarefa, é preciso refletir. Em uma disputa, por exemplo, dois adversários podem vir a fazer denúncias contra o outro usando isso”, disse.

Fonte: Blog de Jamildo

Será em 30, último data estabelecida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a realização das convenções partidárias visando as eleições de outubro, o evento em que o DEM homologará a candiatura de Mendonça Filho para prefeito do Recife e os candidatos que concorrerão a uma vaga na Câmara de Vereadores. O ex-pefelista terá agora quinze dias para definir o nome que será indicato para a vice e ainda tentar aglutinar alguma outra legenda para evitar que o seu patido saia sozinho para a disputa.

O ato será no Clube Português, mesmo local onde, um dia antes, será a convenção da coligação dos partidos que apóiam João da Costa (PT). O candidato do prefeito João Paulo deve ser o principal adversário de Mendonça na campanha.

Gente bonita, muita descontração e disposição para dançar o autêntico forró pé-de-serra. Nem mesmo a chuva conseguiu desanimar os participantes da festa organizada pela juventude do Democratas, domingo à noite, dentro dos festejos juninos do Recife. O homenageado da festa foi o pré-candidato a prefeito do Recife, Mendonça, que compareceu à Spirit Music Hall, local do evento, na Rua do Futuro, Aflitos, com a esposa, Taciana, e os filhos Ilanna, José e Vinicius. Mais de mil jovens lotaram o bar-boate.

Mendonça Filho mostrou que é bom forrozeiro, pois não parou de dançar com a esposa Taciana e com a filha Ilanna. “Eu sempre dancei forró. Nasci no Recife e sempre morei aqui, mas na minha adolescência passava minhas férias na cidade dos meus pais, Belo Jardim. Foi lá que aprendi a dançar forró, principalmente na Festa da Redenção”, disse.

Baião, xote, xadado. Independentemente do ritmo, o salão estava sempre lotado. Ninguém resistiu e caiu no arrasta-pé enquanto as bandas Território Nordestino e Os Matutos estavam se apresentando. São dois grupos de jovens músicos que têm repertório predominantemente regional. Eles já despontam como as revelações do forró pernambucano. Da mesma forma que o salão parecia não caber mais ninguém, as mesas do bar na parte externa da boate também estavam lotadas. O clima era de alto-astral.

No intervalo entre a apresentação de uma banda e outra, o organizador do forró Luciano Lima agradeceu a presença de todos. E lembrou que os jovens precisam usar a mesma energia que demonstravam naquele instante parta promover as mudanças necessárias na sociedade. “Vamos nos divertir, conscientes de que temos força para ajudar na construção de uma sociedade mais harmônica e justa”, disse.

Com muito forró e muita animação, a Juventude Democratas entra no ritmo dos festejos juninos e realiza o seu forró neste domingo, dia 15, a partir das 18h, no Spirit Music Hall.

Serão seis horas de arrasta-pé, ao som de duas bandas que despontam como as novas promessas do forró pernambucano – Território Nordestino e os Matutos. Nos intervalos das apresentações, o som será comandado por DJs.

A expectativa dos organizadores dos jovens é que o evento seja bastante prestigiado. A boate fica localizada na Rua do futuro, 821, Aflitos, no Recife.

Para o deputado federal Roberto Magalhães (DEM), as denúncias que envolvem a ministra Dilma Rousseff no episódio da venda da Varig são graves e precisam ser apuradas. Desde que não seja através de uma CPI, instrumento que já estaria desmoralizado diante do poder do governo de barrar qualquer investigação nas comissões.

"São tantos escândalos que se sucedem, que a memória do povo não consegue acompanhar nem lembrar de todos. Mas o mais recente, que envolve a Varig e a Variglog, não meparece que possa ser empurrado para debaixo do tapete. Sobretudo, se não houver CPI, que é um instrumento desmoralizado por não possuir critério de julgamento. Hoje, avontade soberana da maioria governista impera nessas comissões", disse o vice-líder Democrata na Câmara.

"Entre outros pontos, foco minha indignação em uma peculiaridade inaceitável neste caso Varig: o juiz dedireito nomeou um chinês para administrar a empresa e, em seguida, um hermano argentino. Por quê? Não há capital brasileiro no fundo estrangeiro que é acionista?Por que não colocar um administrador verde-amarelo? Esta história é muito estranha e revela quanto o Brasil tem perdido no campo da ética em todos os setores, principalmente, na gestão pública."

Quem acredita que política é coisa de adulto, engana-se. O jovem também pode - e deve - filiar-se a um partido político. Para mostrar como isso é possível, o Virgula decidiu ir atrás das principais lideranças jovens e futuras apostas dos partidos na política brasileira. Confira.

Efraim Filho – DEM

Para Efraim Filho, presidente da Juventude Democrata, sua entrada na política foi um “caminho natural”. “Desde pequeno me interessava por eleições, discursos. Sempre tive vontade de participar de forma ativa das coisas que dizem respeito a todos, do resgate da cidadania e da melhora da educação. Daí para a política foi um pulo”, conta.

O DEM logo chamou a atenção de Filho, já que se tratava do partido que possuía a juventude mais participativa de sua cidade, João Pessoa. “Após entrar no partido, descobri uma série de afinidades que me fizeram estreitar os laços e me interessar pela sua política partidária propriamente dita”, lembra.

O jovem líder afirma que a legenda consegue representar “todas as suas aspirações”. “Eu me identifico muito mais com um partido liberal, que defende o livre mercado, as privatizações, impõe menos impostos e dá mais liberdade política e econômica. No meu entender, o DEM consegue representar tudo isso”, afirma.

Filho conta, ainda, que a Ala Jovem do partido busca abandonar a antiga idéia de que “juventude na política só serve para segurar bandeira, colar adesivos e animar comícios”. Segundo ele, aquele “velho discurso do tempo dos nossos avós, capitalismo x comunismo, esquerda x direita, não encanta mais a juventude” e, portanto, é preciso buscar alternativas para atrair o jovem.

Além disso, o partido dá prioridade a temas como cultura e esporte e a projetos como a reforma universitária e o Primeiro Emprego. “Procuramos atrair o jovem não com discursos, teorias e doutrinas, mas principalmente com ações de responsabilidade social capazes de despertar a cidadania dos nossos jovens”, argumenta.

Outra preocupação da frente é investir na formação e capacitação de novos membros, por meio de seminários e reuniões. “É preciso ir além, incentivar iniciativas e gerar oportunidades para que o jovem tenha vez e voz, ativa e efetiva, nas decisões do partido e da sociedade”, afirma Filho.

A ala, segundo o presidente, é vista pelo partido como porta de entrada do jovem na política partidária e "porta de saída de líderes para ocupar espaços do partido, pra votar e ser votado”. O número de jovens filiados à legenda já chega a quase 100 mil.

Além de presidir a frente, Filho atua como deputado federal, faz parte das comissões de Constituição e Justiça e de Defesa do Consumidor e é o mais jovem membro titular do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

Fonte:Vírgula

Com um aumento de 36,1%, em apenas nove meses no número de deputados e senadores sob investigação, o Brasil chega a ter um quarto de seus congressistas na mira da Justiça. Ao todo, 123 deputados e 20 senadores são alvo de algum tipo de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) e, segundo a Procuradoria Geral da República, há indícios para transformar 48 deles (42 deputados e seis senadores) em réus.

As informações são parte de um levantamento realizado pelo site Congresso em Foco, especializado na cobertura do Legislativo, que comparou dados consolidados em 4 de setembro de 2007 e em 30 de maio de 2008 sobre processos contra parlamentares. Segundo o levantamento, o maior número de processos é por crimes contra a administração pública, como peculato e desvio de verbas, e por corrupção passiva ou ativa.

Sob o aspecto da divisão por Estados, todos os 26, além do Distrito Federal, têm ao menos um representante sob investigação. Em São Paulo há a maior bancada - 70 deputados e 3 senadores - e o maior número de envolvidos em processos: 20 deputados. Em termos de proporcionalidade, Roraima é campeã. Dos 11 representantes no Congresso, sete estão sob suspeita no Supremo.

Entre os partidos, o PMDB tem quase um terço de sua bancada sob investigação. Em números absolutos, os peemedebistas lideram, seguidos do PSDB e do DEM, com 18 acusados cada. O PT e o PR têm 11 integrantes sob suspeita. O PP se destaca em termos de proporcionalidade com 41 representantes sob suspeita. Do total de 20 partidos representados no Congresso Nacional, apenas PC do B, PSOL, PHS, PT do B e PTC não têm deputados ou senadores citados no Supremo.

Representatividade

Para o cientista político e professor da Universidade de Brasília (UnB) Leonardo Barreto, os dados do levantamento revelam três pontos-chave: é patente a baixa qualidade da representação política brasileira; pessoas públicas estão mais sujeitas a processos por adversários políticos; e a filtragem de candidatos a deputados e senadores por mecanismos eleitorais ainda é falha.

“Não estamos escolhendo bem nossos representantes”, afirma Barreto. “Temos falado de reforma política, mas, para melhorar a imagem dessas instituições a curto prazo, só reduzindo a questão da impunidade - que é o que mais ofende os brasileiros.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Da Agência Estado

Deputados dos Democratas declararam, nesta quinta-feira (5/6), que o substitutivo do Projeto de Lei Complementar (PLP) 306, do deputado Pepe Vargas (PT-RS), causará um prejuízo de R$ 45,5 bilhões à saúde. O artigo 5° da matéria prevê ainda que o governo continue a destinar para o setor o mesmo valor dos últimos anos, sem acréscimo significativo. A bancada, durante entrevista coletiva na Liderança do Partido, prometeu não votar a matéria.

Presidente dos Democratas, o deputado Rodrigo Maia (RJ) disse que a descaracterização do projeto que reforçaria a saúde "é de estarrecer". "O substitutivo que o governo apresentou ontem à tarde, quarta-feira (4/6) é uma fraude. O governo usa o clamor da população para criar um novo imposto que vai dar dinheiro a ele e não para a saúde", afirmou.

De acordo com o deputado Dr. Pinotti (SP), se a proposta for adiante, o governo deixará de investir até 2011 os R$ 23 bilhões a mais da proposta original aprovada pelo Senado - que regulamenta os gastos mínimos com saúde previstos na Emenda Constitucional 29. "Querem criar um imposto, a CSS (Contribuição Social para a Saúde), que renderia de R$ 10 a R$ 12 bilhões por ano e ainda não destinariam um décimo disso para a área", disse.

Dr.Pinotti elaborou documento com seis tópicos para justificar porque o brasileiro não precisa de um novo imposto para a saúde. O deputado comparou o investimento na área com outros países. "Os americanos destinam 16% do PIB, o que corresponde a 7 mil dólares per capita. A Argentina investe 9%. O Brasil 3,5%", enumerou. O deputado disse ainda que, em 1999, 8,5% da receita corrente ia para a saúde. Este ano, caiu para 6,3%.

O deputado Ronaldo Caiado (GO) comparou a manobra do governo a uma troca de rótulos. Para comprovar, colocou lado a lado os textos do substitutivo de Pepe Vargas e da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tratava da finada Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "São idênticas. Pegaram a garrafa de cerveja e disseram que era de refrigerante. É fraude em cima de fraude. O governo quer vingança pela derrota no Senado", reclamou.

Líder dos Democratas na Câmara, o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA) disse que o substitutivo de Pepe Vargas foi redigido "do outro lado da rua", em alusão a um suposto interesse do Palácio do Planalto em não aprovar a Emenda 29. "Cabe a imprensa informar a população sobre essa manobra", pediu aos jornalistas.