Segunda-Feira estive presente na confraternização do Governador Eduardo Campos com a imprensa. Fui na condição de signatário deste blog, bem como colunista do jornal Gazeta Nossa.
Mesmo que não fosse blogueiro e colunista político, não é de hoje que mudei meu posicionamento sobre Eduardo Campos. Isso ocorreu já durante a eleição. E era um posicionamento que foi ficando mais claro desde a minha saída do DEM, em novembro de 2009.
Conforme enviei um texto para Inaldo Sampaio, defendo que o PSDB, partido ao qual sou filiado, apoie oficialmente o Governador Eduardo Campos.
Não gosto de usar subterfúgios, defendo o Governo Eduardo Campos porque o considero um excelente Governador. O fato de eu ser filiado ao DEM não condizia com a possibilidade de elogiar o Governo dele.
A partir do momento em que me filiei ao PSDB, um partido neutro em relação a Eduardo Campos e que tem quadros detentores de mandato que votaram no Governador e até mesmo na chapa fechada dele, estou livre para defender o Governo do PSB.
Não dependo de cargo comissionado de Eduardo, nem pretendo ter por defender seu governo. Também nunca exerci função gratificada nos governos Jarbas Vasconcelos e Mendonça Filho.
A única coisa que exerci no setor público foi quando estagiei na Superintendência de Recursos Humanos da Assembleia Legislativa por intermédio do Deputado, então Estadual, e hoje Federal eleito Augusto Coutinho.
E isso só se deu porque estava prestes a concluir minha graduação em Administração de Empresas e por conta de ter uma militância diária no DEM, não tinha nenhuma experiência profissional para agregar ao meu currículum.
Sou profundamente grato ao Deputado Augusto Coutinho, o respeito e o admiro bastante como pessoa e como parlamentar. Ele, ao lado de Mendonça Filho e André de Paula são algumas exceções de qualidade política e pessoal do DEM.
Durante a pré-candidatura de Jarbas Vasconcelos ao Governo de Pernambuco, fiz uma grande movimentação na web para que ele fosse o candidato da oposição. Fui convencido por Sérgio Guerra de que ele poderia aceitar disputar o Governo, garantindo assim, um palanque para o meu candidato José Serra.
O que houve antes e durante a campanha foi que, simplesmente, não fui convidado para uma reunião sequer da campanha de Jarbas Vasconcelos ao Governo. Mesmo tendo me disponibilizado para contribuir com a campanha independentemente de compensação financeira.
Não gosto de trabalhar com política recebendo dinheiro, prefiro contribuir excessivamente com a campanha e depois do resultado, ver o que pode surgir. Até porque quem trabalha com política quer espaço num eventual governo ou em um eventual mandato do candidato que você apoia.
Não fui convidado para nenhuma reunião da campanha de Jarbas Vasconcelos. Fazia uma oposição crítica ao Governo Eduardo porque em 2006 apoiei Mendonça Filho e queria que este fosse reeleito Governador de Pernambuco. E na política, quem ganha vai pro governo, quem perde vai pra oposição.
É simples assim.
O fato de fazer críticas consistentes ao Governo Eduardo Campos, na questão da segurança pública, da fundarpe, e de outras coisas, gerou uma certa antipatia por parte de algumas pessoas do Palácio.
Passei a ter minha vida vasculhada por estas pessoas, colocaram de público até minhas transações financeiras. Coisa particular mesmo.
Diante desse fato, me fiz a seguinte pergunta: Vale a pena me expor tanto assim? Vale a pena ganhar tantos inimigos? Cheguei a conclusão de que não valia nada disso. Afinal, conforme coloquei lá em cima, não exerci função gratificada no Governo Jarbas e nem no de Mendonça. Talvez só isso configurasse uma posição tão crítica ao Governador.
A partir desses acontecimentos, optei por manter uma relação cordial com o pessoal do PSB e o Palácio do Campo das Princesas. Mesmo que alguns não levem por esse lado, pensem que é oportunismo ou coisa do gênero.
O que me faz hoje defender um governo que há meses atrás eu criticava? O povo me convenceu de que Eduardo Campos era um baita governador e que merecia ser reeleito e ter meu apoio como militante político.
As pessoas de onde eu convivia e que eu aprendi a ter uma posição crítica ao Governador também fizeram com que eu mudasse minha opinião. Afinal, no DEM, não tive o respaldo que esperava ter e que fiz por onde ter. Não só como militante, como também quando fui candidato a vereador do Recife em 2008.
No DEM, quiseram que eu utilizasse a coluna do Gazeta Nossa, que conquistei por méritos próprios e não por pedido de político, como um panfleto partidário. Como não me submeti a isso, porque estava correndo o risco de jogar minha credibilidade no lixo, alguns membros me chatearam tanto que decidi sair do partido por conta de uma atitude de uma parlamentar do partido, que eu prefiro não comentar o contexto do que ocorreu. Apenas afirmo que o que culminou na minha saída do DEM foram sucessivos fatos.
Não sei se o fato de ter saído do DEM me prejudicou na campanha de Jarbas Vasconcelos, também não me interessa saber disso. A campanha de Jarbas Vasconcelos foi tão 'bem estruturada' que ele obteve apenas 14% dos votos. Algo irrisório para um político da magnitude dele e que foi um grande Governador de Pernambuco. Isso é um fato que ninguém pode negar.
Não que eu fosse resolver a campanha de Jarbas não. Eu era uma mera formiguinha. Mas, quantas lideranças políticas com muito mais votos que eu, com muito mais história que eu, tiveram o mesmo tratamento dispensado pelo comando de campanha de Jarbas Vasconcelos?
Esses fatos ilustram um pouco o que configurou a derrota acachapante da atual oposição em Pernambuco. Uma oposição que não se renova, que não valoriza quadros, que age na base do filhotismo, digo isso sobre um determinado partido. Tudo para quem tem sobrenome e nada para quem não tem sobrenome nem berço de ouro. Num determinado partido, o pré-requisito para obter êxito é ser filho de Ex-Governador, Ex-Prefeito, etc.
Mas, esse pré-requisito foi por água a baixo quando abriram-se as urnas na eleição para Deputada Estadual. Não basta apenas o filhotismo. Tem que ter cara de povo, cheiro de povo e representatividade. Além, claro, dos recursos financeiros para ingressar numa disputa proporcional. Já fui candidato sem recursos e vi que não há a menor chance. Fui e servi apenas de bucha de canhão pro partido. Mas, aprendi bastante com meus erros.
O que quero dizer com isso tudo é que eu tenho total legitimidade para defender o Governador Eduardo Campos, seja como filiado ao PSDB, caso este venha a apoiar seu governo, ou seja apenas como um mero militante político.
Respeito Eduardo Campos como grande liderança política do meu estado e que tem crescido virtuosamente a nível nacional. É um político moderno, arrojado e inovador. Como disse algumas vezes. Ficar contra Eduardo Campos é ficar contra Pernambuco.
Por ser colunista do Gazeta Nossa e editor deste blog, participarei quantas vezes quiser de eventos com Eduardo Campos. Na condição de militante político também irei para os eventos que bem entender e que achar necessária minha presença.
Aos que questionam. Dia 1 de Janeiro de 2011 estarei no Palácio do Campo das Princesas para prestigiar a posse de Eduardo Campos, o melhor Governador do Brasil.
82,8% dos pernambucanos me convenceram de que quando o trabalho acontece, o resultado aparece e que tudo que está ocorrendo em Pernambuco é daqui pra melhor.