Por Eduardo Amorim
Da Agência Nordeste

Sergio Guerra cumpre também um papel de articulador da bancada tucana. Entre as CPIs que ocorrem no Senado, atualmente, ele aposta que a das ONGs tem mais conteúdo que as outras para ser investigado.

No caso da Finatec, ele acredita que depois da análise dos documentos solicitados pelos parlamentares pode ser necessária a convocação da ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, e representantes do Governo do Piauí e das administrações municipais de Vitória (ES), Fortaleza (CE) e Recife (PE).

O recifense João Paulo, um dos prefeitos que contrataram a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), que supostamente era usada para negociações entre gestões petistas e o empresário gaúcho Luís Lima, também ligado ao partido, é adversário direto do presidente do PSDB em Pernambuco, podendo inclusive concorrer ao mesmo cargo que o senador em 2010.

"Não tenho intenção de prejulgá-lo, muito menos de persegui-lo", garante o tucano. Mas ele também ataca: "as decisões dos tribunais de contas são claras, nessa relação entre a Finatec e a Prefeitura muita coisa é irregular".

Nesta semana, a CPI das ONGs deve se reunir para votar dezenas de requerimentos solicitando contratos, a quebra dos sigilos bancários e fiscais e convocações de representantes de entidades não governamentais.

Para o senador, "é um erro de método ouvir as pessoas antes dos exames dos documentos". Ele acredita que, por isso, só serão ouvidos representantes dos Executivos Estaduais e Municipais após o aprofundamento das investigações.