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Banco do Brasil amplia carência material de construção para até seis meses

{ Posted on 22:24 by Edmar Lyra Filho }
O Banco do Brasil promoveu ajustes na linha que financia a compra de material de construção. Como novidade, o BB Crédito Material Construção passa a ter até 180 dias de carência para o pagamento da primeira prestação.

Outra novidade é a possibilidade de remunerar os estabelecimentos que formalizarem convênio com o BB, de forma a compensar total ou parcialmente os gastos da empresa com aluguel de maquinetas e/ou taxas de administração cobradas pela operadora de cartão.

As compras podem ser feitas diretamente nos estabelecimentos comerciais, bastando solicitar o pagamento pela opção CDC dos terminais POS (Point of Sale) ou TEF (Transferência Eletrônica de Fundos) da VISA, com a comodidade de poder contar com mais de 25 mil estabelecimentos conveniados em todo o País.

Desde a criação da linha de crédito, em 2004, o Banco do Brasil já contratou mais de 1 milhão de operações, com volume superior a R$ 1,1 bilhão.

A ampliação da carência máxima do BB Crédito Material de Construção deixam o crédito mais perto de quem deseja construir ou reformar o imóvel e estão em conformidade com as recentes medidas anunciadas pelo Governo Federal para redução do déficit habitacional e incentivo ao setor de varejo de materiais de construção.

Blog de Jamildo

Presidente da Petrobras nega superfaturamento na obra da Refinaria Abreu Lima

{ Posted on 22:23 by Edmar Lyra Filho }
Da Agência Brasil

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, negou hoje (31) que haja superfaturamento nas obras de terraplenagem da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, como apontou o Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo ele, o cálculo feito pelo TCU para avaliar os custos da obra foi baseado em uma tabela do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT).

Segundo o presidente da Petrobras, tal critério não poderia ser usado para a obra da refinaria. “Nós não admitimos que haveria um superfaturamento, e estamos numa discussão com o TCU sobre essa questão. O TCU usou um critério que é uma tabela do departamento nacional de estradas[Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes], que é uma tabela nacional e não leva em consideração as especificidades de uma refinaria”, afirmou Gabrielli.

O Tribunal de Contas da União (TCU), teria encontrado indícios de pelo menos 12 irregularidades no contrato entre a Petrobras e as empreiteiras responsáveis pela obra da refinaria, entre elas o superfaturamento de mais de cerca de R$ 59 milhões.

A Refinaria Abreu e Lima é resultado de uma parceria entre a Petrobras e a PDVSA, a companhia estatal venezuelana de petróleo. O acordo de parceria, entretanto, ainda não foi assinado e a Petrobras vem assumindo sozinha os custos das obras de construção.

Jarbas recebe apoio de empresários em São Paulo para campanha pela ética na política

{ Posted on 22:21 by Edmar Lyra Filho }
O senador Jarbas Vasconcelos e lideranças empresariais estiveram reunidos em São Paulo na noite da última segunda-feira (30) num encontro marcado para dar início a um diálogo institucional e de mobilização da sociedade sobre a transparência da gestão pública e o combate à corrupção.

Na prática, o encontro serviu para que empresários falassem sobre as dificuldades e entraves que as práticas políticas causam ao setor produtivo e os efeitos que geram para o crescimento da economia.

Para o senador Jarbas Vasconcelos, apenas as reformas prometidas pelo governo Lula, como a política, tributária e a da legislação trabalhista, assim como a continuidade da reforma previdenciária, podem levar a uma economia desenvolvida. “No governo Lula, achei um mérito, no início, não mexer na economia. Mas me decepcionei muito.

Foi pouco apenas não mexer na economia. O governo é profundamente medíocre. Falta infra-estrutura de portos, rodovias. É difícil imaginar um salto qualitativo sem reformas”, frisou o senador. “A mediocridade do governo federal não permitiu que tivéssemos o menor sucesso, mesmo quando a economia estava em céu de brigadeiro. E, no momento de crise, faltou seriedade”, completou.

Para Vasconcelos, a reforma política poderia dar um novo direcionamento na gestão pública. Questionado pelo empresariado como dar início à reforma, o senador enfatizou que apenas poderá acontecer com o envolvimento do Presidente da República.

“A reforma só acontece se o presidente acreditar nela”. Mesmo assim, ressaltou que a mobilização de toda a sociedade é fundamental para uma reforma profunda na gestão pública e na condução da política no Brasil. “Nada vai mudar se não enfrentarmos a situação e se não dividirmos a responsabilidade com todos. É um importante começo termos a participação de toda a sociedade”.

Jarbas Vasconcelos disse que não pretende deixar o PMDB enquanto não houver reforma política. “Depois, admito fundar nova agremiação com novo quadro”, declarou o senador.

Para os empresários, a falta de uma oposição atuante ao governo Lula é uma questão seríssima. Para eles, a oposição articulada poderia fiscalizar as ações do governo e trabalhar na defesa do setor produtivo. “Acho que deveríamos ter uma pessoa para fiscalizar a Petrobras, uma para fiscalizar o PAC, outra para a Bolsa Família e outra para fiscalizar as aparições do governo Lula”, concordou o senador. “Acho que a agenda positiva é cobrar as reformas de Lula”.

Compartilhando da mesma convicção de que o governo Lula deve colocar em prática as reformas prometidas, os líderes empresariais que participaram da reunião informaram que pretendem dar início a um movimento social para cobrar soluções. Convidado, o senador aceitou integrar o grupo.

Blog de Jamildo

Arena para Copa de 2014 na mira da oposição do Estado

{ Posted on 22:12 by Edmar Lyra Filho }
O líder da oposição na Assembleia, deputado Augusto Coutinho(DEM) questionou na tarde de hoje (31), durante pronunciamento, o projeto do governo do Estado que prevê a instalação da Arena Multiuso, em São Lourenço da Mata, que estabelece a construção de um estádio, além de hotéis, centro comercial, hospital e conjunto habitacional, através de parceria público-privada.

A iniciativa deve ser implantada caso Pernambuco seja escolhido como um dos Estados que irão sediar jogos da Copa do Mundo de Futebol, em 2014. A proposta do Governo do Estado implica um investimento de cerca de R$ 1,6 bilhão.

Coutinho levantou a bola do projeto da Arena Coral, que, segundo argumentou, "estabelece intervenções na estrutura do Arruda representa um custo de R$ 250 milhões, é autofinanciável, pago 100% pela iniciativa privada".

"Diante de um momento de crise, é necessário que esta questão seja bem avaliada, não optando por um projeto megalomaníaco que pode se tornar inviável”, destacou o democrata.

De acordo com o deputado, o projeto da Arena Coral segue à risca as principais recomendações da Fifa (segurança, orientação e estacionamento, área de jogo, projetos de responsabilidade social). O Governo já incluiu o projeto da Arena Multiuso no orçamento do Estado, mas como rubrica, sem especificar a dotação orçamentária.

“O Arena Coral é um estádio moderno, dentro dos padrões exigidos, implantado através da adaptação da estrutura existente. Sua capacidade, 68.500 expectadores é quase 50% maior que a Arena Multiuso”, complementou Coutinho.

Blog de Jamildo

Superávit primário do Brasil cai 54% em fevereiro

{ Posted on 16:52 by Edmar Lyra Filho }
A economia feita pelo setor público para o pagamento de juros caiu 54 por cento em fevereiro na comparação com o mesmo período de 2008, afetada pela queda da arrecadação em meio à desaceleração da atividade. Segundo dados divulgados pelo Banco Central hoje, o superávit primário foi de 4,107 bilhões de reais no mês passado - o pior resultado para o mês em quatro anos. Em fevereiro do ano passado, o saldo positivo foi de 8,966 bilhões de reais, informou a Reuters.

"(A queda do superávit primário) decorre de fatores conhecidos, como a redução na arrecadação e alguns incentivos fiscais que o governo tem dado como forma de impulso à economia. Mas é um resultado ainda bom e sustentado em grande medida pelo comportamento dos Estados e municípios", afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.

Lopes acrescentou que a expectativa é de que a arrecadação federal se recupere ao longo do ano e garanta o cumprimento da meta fiscal - equivalente a 3,8 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), mas com margem para cair a 3,3 por cento se descontados gastos em obras consideradas prioritárias.

Blog do Magno

BC reduz projeção de alta do PIB para 1,2%

{ Posted on 16:47 by Edmar Lyra Filho }
Relatório reconhece que impacto da crise no Brasil foi maior que o esperado; previsão anterior era de 3,2%

O Brasil será mais prejudicado pela crise do que se esperava. O Banco Central (BC) cortou sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009 de 3,2% para apenas 1,2%, segundo informa o Relatório de Inflação divulgado ontem. No documento, o BC explica que o corte se deveu à queda da atividade econômica no final de 2008, "mais intensa do que se antecipava", e aos sinais de que a recuperação da economia ocorrerá de forma lenta.

Blog do Noblat

Coluna Política e Economia no Jornal Gazeta Nossa.

{ Posted on 15:20 by Edmar Lyra Filho }







Jarbas Vasconcelos X Eduardo Campos em 2010

O resultado da última pesquisa Datafolha sobre a sucessão de 2010 para o Governo de Pernambuco pegou muita gente de surpresa, sobretudo, os aliados de Eduardo Campos.
A pesquisa apontou Jarbas Vasconcelos empatado tecnicamente com Eduardo Campos. Onde o peemedebista aparece com 37% das intenções de voto perante os 40% do socialista. Levando-se em consideração a margem de erro, que é de 3%, eles estão empatados, o jogo está indefinido. Vale salientar que Mendonça Filho apareceu com 10% neste cenário. Como Mendonça não é candidato e apoiará a candidatura de Jarbas, pode-se considerar que o Senador já aparece liderando as pesquisas, apesar de Eduardo Campos deter a segunda maior aprovação do país, perdendo apenas para o Governador de Minas Gerais, Aécio Neves, portanto, o processo eleitoral de 2010 apresenta-se indefinido. Muita água vai rolar para 2010. Mas, para Jarbas este resultado corrobora a sua força perante o eleitor pernambucano, com boas condições de ter sua candidatura alavancada pela de José Serra a Presidência da República. Enquanto Eduardo Campos, provavelmente, não poderá estar no mesmo palanque de Dilma, visto que Ciro Gomes deverá ser candidato.

Mendonça
O ex-governador Mendonça Filho surpreendeu nas pesquisas, estando empatado tecnicamente com o ex-prefeito João Paulo, que fez o seu sucessor em Recife. Isso prova que Mendonça conseguiu obter luz própria, e pode ser um dos mais votados para Deputado Federal nas eleições de 2010.

Senado
A chapa da União por Pernambuco, com a provável candidatura de Jarbas Vasconcelos, deverá ser mantida e repetir 2002, quando reelegeu Jarbas, e elegeu Marco Maciel e Sérgio Guerra para o Senado. Será que dessa vez a musiquinha fará efeito? “É Jarbas, Marco Maciel e Sérgio Guerra, juntos pelo bem da nossa terra”.?

Vice de Jarbas
Na União por Pernambuco, aparecem diversos nomes para exercer a função de vice-governador na chapa de 2010: Tony Gel e Roberto Magalhães, do DEM, Bruno Araújo, do PSDB, e o empresário Paes Mendonça (cogitado em 2002 para o governo, quando houve a possibilidade de Jarbas ser vice de Serra).

João da Costa e o Datafolha
O Prefeito do Recife João da Costa recebeu uma notícia não muito agradável. A pesquisa do Datafolha o aponta como o segundo pior Prefeito entre as 9 capitais sondadas, ganhando apenas de João Henrique Carneiro, Prefeito de Salvador.
Apesar de ter sido eleito com a força do palanque que tinha ao seu lado, João da Costa ainda não agradou a população recifense, visto que tem uma das maiores rejeições do país.

Projeto Orla
O Prefeito João da Costa tomou uma atitude acertada ao regularizar o comércio informal na Praia de Boa Viagem. Do jeito que estava não poderia continuar. A visão que se tinha de um dos melhores e mais bonitos pontos turísticos da cidade era de uma bagunça sem fim.

Parque Dona Lindu 1
Falando em João da Costa, o Prefeito anunciou que o Parque Dona Lindu será inaugurado novamente, apenas em setembro. A pressa de João Paulo só serviu pra afagar seu ego. Visto que houve uma batalha judicial contra os moradores da área e com o Democratas, por isso ele quis inaugurar a todo custo.

Parque Dona Lindu 2
O grande problema é que o Parque nem foi inaugurado por completo e já está com problemas de manutenção, virando foco de dengue. Bem que a sociedade alertou para o elevado custo de manutenção que o Parque iria ter. Não ouviram a sociedade e gastaram quase R$ 30 milhões em um elefante branco. Foi dinheiro público indo pelo ralo.

Problema do Lixo no Recife
A Qualix, prestadora de serviço para 75% da coleta de lixo no Recife, é quem está responsável por este problema. Muitos esquecem, mas a empresa foi flagrada fazendo limpeza do Comitê de João da Costa na eleição passada. Foi uma das denúncias de uso da máquina contra o Prefeito na campanha.

Marolinha
A crise econômica já fez com que o Brasil perdesse 700 mil postos de trabalho, e a tendência é continuar a crescer a onda de desemprego. A Ford, na Bahia e em São Paulo, já começou a demitir funcionários.

Atraso em obras do PAC
A crise vem atrapalhando o cronograma de muitas obras do Programa de Aceleração do Crescimento, algumas que estavam previstas para 2010, já foram atrasadas para 2011, podendo chegar a ser concluídas depois deste prazo, o grande exemplo é a Refinaria Abreu e Lima em Suape.

Governo não atinge meta de redução de homicídios. E o silêncio continua.

{ Posted on 17:03 by Edmar Lyra Filho }
Por Eduardo Machado

Dois bilhões de reais em investimentos. Mais de 2,7 mil novos policiais civis e militares contratados. Frota renovada e multiplicada por dez. Essas foram algumas das ações adotadas na Segurança Pública de Pernambuco, desde maio de 2007. Apesar disso, na última sexta-feira, 40 dias antes de o Pacto pela Vida completar dois anos, já se podia dizer que a meta de redução de homicídios, fixada em 12%, não será novamente atingida.

Para o segundo ano do Pacto, a meta de redução da taxa de homicídios foi mantida.

Isso significa que, de maio de 2008 a abril de 2009, o índice teria que cair de 52,2 homicídios por 100 mil habitantes, anotado nos 12 meses anteriores, para 45,9 homicídios por 100 mil habitantes no período atual. Em números absolutos, de maio de 2008 a abril de 2009 só poderiam ocorrer 3.927 assassinatos para que a redução ficasse em 12%. Ressalte-se que o cálculo da taxa de homicídios leva em conta o crescimento populacional.

O problema é que, na última sexta-feira, quarenta dias antes do término do segundo ano do Pacto pela Vida, os homicídios registrados em Pernambuco chegaram ao limite de 3.927 casos, de acordo com dados oficiais da Secretaria de Defesa Social. A SDS tem números atualizados até o dia 17 de março. Para o período de 18 a 20 de março foram utilizados dados do site PEbodycount.

“Se, pelo segundo ano consecutivo, a meta estipulada não foi atingida, fica mais uma vez claro que está ocorrendo um desses dois erros: ou o índice foi hiperdimensionado ou há falha na execução, seja porque os meios não estejam sendo providos, seja porque os executores não tenham obtido sucesso”, avaliou o professor da Universidade Federal de Lavras (MG), Wilson Magela, um dos maiores especialistas brasileiros em planejamento estratégico.

Em maio de 2008, no balanço do primeiro ano do Pacto pela Vida, o governo do Estado se ocupou em comemorar a redução da taxa de homicídios em 6,9%, obtida no período, em vez de avaliar as causas para que a meta de 12% não tivesse sido alcançada. Sem maiores explicações, o índice foi mantido e, no segundo ano da iniciativa, a probabilidade é que a redução seja ainda menor, ficando abaixo de 4%.

Os comparativos são realizados considerando o período de maio de um ano até abril do ano seguinte, porque o Pacto pela Vida foi lançado em 1º de maio de 2007. As avaliações, por parte do governo, das políticas públicas de segurança também têm utilizado esse período como base.

Os cálculos sobre o crescimento ou redução da violência utilizam a taxa de homicídios por 100 mil habitantes como referencial. Esse índice é utilizado internacionalmente para medir a criminalidade, por considerar não só o número de assassinatos, mas o tamanho da população do local analisado.

SILÊNCIO
A reportagem do Jornal do Commercio entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Defesa Social por telefone e correio eletrônico para que o conteúdo dessa matéria fosse comentado. Até o fechamento desta edição, a assessoria não enviou qualquer resposta.

O silêncio a respeito dos números do Pacto pela Vida vem causando polêmica desde o lançamento do plano. Em junho do ano passado, o cientista político Jorge Zaverucha solicitou dados do projeto e nunca obteve resposta. Os mesmos dados foram pedidos pela Ordem dos Advogados do Brasil e pela Associação dos Oficiais da Polícia Militar e nunca chegaram.

Há 40 dias, o deputado Augusto Coutinho, líder da oposição na Assembleia Legislativa, amparado num documento assinado por dez entidades civis interessadas em acompanhar a execução do pacto, requisitou as mesmas informações e também foi ignorado.

http://www.pebodycount.com.br/post/postUnico.php?post=1037

Fora dos trilhos, à base de Disfarçol

{ Posted on 16:18 by Edmar Lyra Filho }
Por Augusto Coutinho*

Poucos dias depois da festança presidencial no Recife para a "inauguração" da linha sul do metrô, o que se constata é que, de longe, o que é real está bem distante das palavras e promessas de Lula. O que era para ser uma inauguração, foi uma maquiagem mal-feita de uma obra que já existia e está incompleta.

A Linha Sul em questão é uma obra que começou na gestão Fernando Henrique Cardoso e foi deixada com 75% das obras concluídas. Em média, durante o governo FHC, foram investidos R$ 150 milhões (em valores atualizados) por ano, chegando a mais de R$ 700 milhões durante toda a gestão. Pois bem, o governo Lula pegou o trem quase chegando e o que fez? Reduziu os investimentos a minguados menos de R$ 50 milhões/ano e até paralisou totalmente a destinação de verbas para a obra em 2006. Ou seja, no orçamento daquele ano, o governo que agora se rejubila por inaugurar a Linha Sul do metrô do Recife simplesmente não destinou um centavo para ela.

Na verdade, em 2006, o senador Marco Maciel, depois de perceber que o metrô não se encontrava contemplado no OGU, destinou, através de emenda ao orçamento a que tem direito todo parlamentar, verba para a continuação das obras. Nenhum deputado da base governista moveu uma palha até então. Foi só depois deste fato que os governistas resolveram correr atrás e, em bloco, também encaminharam emendas ao orçamento. Registre-se que esta foi toda a verba que o metrô recebeu naquele ano. Repita-se que nenhum centavo veio do presidente Lula.
Tem mais: as cinco estações inauguradas pelo presidente já estavam praticamente prontas no final do governo anterior, faltando apenas detalhes de acabamento.

O que fez, então, Lula? Fora reduzir drasticamente as verbas de uma obra quase pronta, esperou seis anos para inaugurar um sistema ainda incompleto, que mais parece de trem que de metrô.

Não existe sistema de metrô eficiente sem os terminais de integração com os ônibus. Para se ter uma idéia, nenhuma das estações "inauguradas" contam com estes terminais. Sem eles, o fluxo de passageiros que deveria ser de algo em torno de 200.000, será de no máximo 20.000, com algumas previsões falando na verdade em 10.000.

Em outras e poucas palavras: o evento da semana passada foi mais um grande jogo de cena. Um tremendo show de ilusionismo político tão característico do lulismo. Para piorar, este governo que levou seis anos para "concluir" 15% do que estava 75% pronto coloca a obra como investimento do PAC.

A presença de Lula no estado para inaugurar fragmentos de obras (lembram do D. Lindu? Lula foi lá, inaugurou e ele ainda está incompleto até hoje) cada vez mais escancara o que só o presidente insiste em negar, como, aliás, de hábito.

É espuma. Nada além disso. O pior é que há muito dinheiro público envolvido nestas festas e beija-mãos. Há todo um esquema que inclui gastos com segurança, estada e deslocamento. Não é preciso que Lula venha a Pernambuco para entregar o que já existe há vários anos e ainda não está terminado. O povo de Pernambuco espera bem mais do que isso. Espera que Lula venha para trazer de fato boas novas: resultados. Ele será sempre bem-vindo. Mas precisa trazer na bagagem algo mais que uma candidata.

Para finalizar, ao exaltado líder do governo, Isaltino Nascimento, que já chegou a me receitar remédios para memória, uma pergunta: será que ele conhece alguma prescrição para disfarçar de novidade o que já existe? Se não, saiba que sim. É o Disfarçol PT 2009 mg. Que pelo visto faz sucesso há muito tempo e faz escola por aqui. Não precisa nem usar Memoriol, remédio que ele diz conhecer, mas não usa, já que tem esquecido de ler os jornais sobre a falta de resultados do seu governo de dois anos pra cá.

*Deputado Estadual pelo Democratas e Líder da Oposição na Assembleia Legislativa.

Charge - Néo

{ Posted on 15:37 by Edmar Lyra Filho }

Com medo de desastre, governo prorroga redução de IPI para carros por mais três meses

{ Posted on 15:23 by Edmar Lyra Filho }
Na Reuters

O governo anunciou nesta segunda-feira a prorrogação por três meses da redução do IPI sobre veículos e caminhões, após avaliação de que a medida foi bastante positiva para a atividade do setor. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que o corte inclui agora um acordo para a manutenção do emprego no setor.

"Esta medida foi muito bem-sucedida, porque houve uma recuperação rápida da atividade... a indústria automotiva é importante para o país porque é uma cadeia produtora que chega a representar 23 por cento do PIB industrial", disse Mantega.

"Vamos anunciar a prorrogação para veículos e caminhões, igual ao (anúncio) de dezembro. A novidade é que vamos agora celebrar um acordo de não demissão", afirmou Mantega.

Segundo o ministro, "daqui a três meses a economia já vai ter se recuperado e o emprego terá sido retomado".

Presente ao anúncio das medidas de incentivo à economia, o vice-presidente da General Motors no Brasil, José Carlos Pinheiro Neto, disse que a manutenção do corte do IPI "é o preço do acordo". Ele acrescentou que houve muita negociação e que o entendimento só foi fechado na tarde da última sexta-feira.

O IPI para automóveis de passeio 1.0 está zerado, tanto para modelos a gasolina quanto a álcool ou flex. De 1.0 a 2.0 o IPI é de 6,5 por cento para carros a gasolina e de 5,5 por cento para carros a álcool ou flex. O IPI para automóveis acima de 2.0 é de 25 por cento para modelos a gasolina e de 18 por cento para modelos a álcool e flex.

Para caminhões, o IPI está zerado e para caminhonetes é de 1 por cento.

A redução do IPI para os veículos foi anunciada pela primeira vez em meados de dezembro, depois que a indústria sofreu drástica queda na demanda provocada pelo congelamento do crédito aos consumidores. O anúncio foi feito dentro de um pacote de cortes de impostos de 8,4 bilhões de reais para pessoas físicas e o setor automotivo.

Na ocasião, o IPI foi zerado para carros populares e reduzido em 50 por cento sobre automóveis com motor até 2.0. Houve também redução para picapes.

Desde o anúncio de dezembro, o setor tem avançado na comparação mensal, depois de ter chegado a acumular em novembro estoques de mais de 300 mil veículos novos não vendidos, equivalente a quase dois meses de vendas. Os estoques elevados, mais a demanda fraca, fizeram as montadoras do país promoverem uma série de paradas na produção entre o fim de 2008 e início deste ano via concessão de vários períodos de férias coletivas, redução de turnos e demissões.

Em fevereiro --mês mais recente de dados reunidos pela associação que representa as montadoras instaladas no país, Anfavea, as vendas subiram pelo segundo mês consecutivo e a produção pelo terceiro mês em sequência, com a Anfavea atraindo à performance à redução do imposto e ligeira melhora no crédito ao consumidor.

Em vistoria nas obras do PAC no Grande Recife, DEM acusa governo de 'má gestão'

{ Posted on 15:21 by Edmar Lyra Filho }
Ao término da primeira "Caravana da Transparência", realizada na manhã desta segunda (30) no Grande Recife, líderes nacionais do Democratas voltaram a acusar o governo de má gestão nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Eles fizeram três paradas - na BR-101, Via Mangue e Canal do Jordão -, visitaram comunidades no entorno desses projetos e percorreram trecho da estação de metrô.

Em conversa há pouco com o Blog de Jamildo, o líder da minoria na Câmara, deputado federal André de Paula, disse que apesar de conhecimento prévio sobre a "realidade das obras" através de dados estatísticos e reportagens, as visitas foram reveladoras. "Viver a experiência in loco é sempre surpreendente. Não imaginávamos o grau de revolta da população, da sujeira e do abandono. Você não tem absolutamente nenhum indício de que as coisas vão a algum lugar nessas obras", denunciou.

Participaram ainda da caravana o presidente do Democratas, deputado Rodrigo Maia (RJ), o líder do partido na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), o corregedor da Câmara, Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), os deputados federais José Mendonça e Roberto Magalhães. Durante o encontro, os democratas divulgaram material sobre investimentos nas dez principais obras do PAC no Estado (o Blog disponibilizará em breve o documento completo).

"Nosso interesse é fazer com que as obras e promessas sejam cumpridas. Lula tem à frente somente mais um ano orçamentário e quase a totalidades das obras não serão concluídas no governo. Culpa de uma má gestão", criticou André de Paula. Na esteira das reclamações, o deputado citou o primeiro lugar visitado, o projeto da Via Mangue. "O túnel que liga nada a lugar nenhum", queixou-se sobre o atraso na obra.
Blog de Jamildo

De olho em 2010, Eduardo anuncia aumento do benefício do Chapéu de Palha em 21%

{ Posted on 15:15 by Edmar Lyra Filho }
O governador Eduardo Campos anunciou o aumento da bolsa paga aos trabalhadores inscritos no programa Chapéu de Palha. O benefício, que tinha teto de R$ 190, agora passa a ser de R$ 232,50.

A nova quantia representa um reforço de 21% no orçamento dos trabalhadores que sofrem os efeitos devastadores da entressafra como a fome e o desemprego e mais R$ 3,4 milhões em investimentos do Governo do Estado nesta versão.

A boa notícia foi dada durante o lançamento da terceira edição do Chapéu de Palha, nesta segunda-feira (30/03), em Vicência, na Mata Norte do estado.

Cerca de três mil pessoas compareceram ao ginásio municipal para acompanhar a solenidade e as palavras do governador: “Todos os 20 mil trabalhadores receberão R$ 232,50. O aumento acompanha o reajuste do salário mínimo que antes era de R$ 380 e passou para R$ 465 e vai animar a economia regional nesta época de crise financeira”, explicou Eduardo.

A decisão de aumentar o valor do benefício foi tomada em Nazaré da Mata, numa reunião realizada antes do evento de Vicência, onde o governador discutiu com líderes da Federação de Trabalhadores da Agricultura de Pernambuco (Fetape) possíveis melhorias para o Chapéu de Palha. Outro pedido da Fetape que está sendo estudado pelo Governo do Estado é a ampliação do número de beneficiados, que hoje é de 20 mil pessoas. “Não podemos aumentar também o número de bolsas. Poderemos pensar nisto para a próxima edição”, explicou o governador.

José Rodrigues, diretor de política salarial da Fetape, falou em nome dos trabalhadores nas duas cidades por onde Eduardo passou. “A disposição do Governador em aceitar nossos pleitos é muito importante para o Chapéu de Palha. Eduardo fez a parte dele em aumentar a bolsa, agora nós vamos fazer a nossa na questão dos critérios de seleção”, falou José.

Blog de Jamildo

Deputadas visitam Laboratório da Mulher e reclamam falta de material e equipamentos

{ Posted on 16:13 by Edmar Lyra Filho }

Do Blog de Jamildo

Após receber diversas denúncias sobre a suspensão de exames no Laboratório da Mulher, no Recife, as deputadas Jacilda Urquisa (PMDB), Miriam Lacerda (DEM) e Terezinha Nunes (PSDB) visitaram na manhã de hoje (26) a unidade, na avenida Conde da Boa Vista.

Segundo divularam as parlamentares, o laboratório processou no ano passado 22 mil exames. De janeiro até agora, cerca de 500 foram processados. Outros dois mil estão pendentes por falta de insumos e armazenados em salas do laboratório, sem prazo definido para avaliação. Os números mostram que mais da metade dos exames ainda não foi analisada. "A situação é tão grave que foram suspensos até os exames de histopatologia".

As deputadas percorreram as diversas instalações do laboratório e conversaram com mulheres que esperavam atendimento, a maioria delas do interior, que saíram de suas cidades, às três, quatro da manhã e só vão ser atendidas à tarde.
“O que constatamos nesta visita é que ao contrário do que diz a propaganda do Governo, as ações voltadas para a mulher não são prioridade. Para se ter uma idéia da situação real do laboratório, segundo fomos informadas no local, os pedidos para este ano foram feitos em março de 2008, mas até agora não chegaram na unidade. O que as secretarias de Saúde e da Mulher têm a dizer?”, questionou Terezinha Nunes.

Para a deputada Jacilda Urquisa, a questão é preocupante e deve ser resolvida o mais breve possível porque “uma semana, um mês faz a diferença no tratamento”.

Já segundo Miriam Lacerda, a visita à unidade evidenciou situação que está sendo vivenciada pelas mulheres, tanto da capital, como do interior.

A gerente da unidade, Micheline Oliveira ressaltou que já foi solicitado ao Laboratório Central de Pernambuco (LACEN), através de ofícios, material em caráter emergencial. Segundo o memo número 040/2009/UNLABM—PE, enviado ao Lacen, no último dia 12, devem ser adquridos com urgênica até gaze, álcool e etiqueta para impressora.

”Estamos com dificuldades. Só temos um micrótomo, que já está precisando de manutenção e não temos como repor. Por isto, estou rezando para ele não quebrar”, desabafou a gerente, no contato com as parlamentares.

Juros do cheque especial têm menor nível desde o agravamento da crise

{ Posted on 16:10 by Edmar Lyra Filho }
Do UOL

A taxa de juros do cheque especial caiu 5,3 pontos percentuais em fevereiro, para 166,71% ao ano - o menor patamar desde os 166,39% de agosto de 2008 , quando a crise econômica mundial começava a se agravar.

Em janeiro, a média cobrada para essa modalidade de crédito era de 172% anuais. No acumulado de 12 meses, o juro do cheque especial subiu 20,7 pontos percentuais.

O spread (ganho com a diferença entre o custo de aplicação e o custo de captação) cobrado pelos bancos nessa operação ficou em 155,1% ao ano, com recuo de 4,8 pontos perante o percentual de 159,9% percebido em janeiro.

O juro do crédito pessoal fechou fevereiro em 54,5%, com queda de 2 pontos percentuais perante janeiro, mas acréscimo de 1,9 ponto em 12 meses.

Dentro dessas operações, a taxa média dos empréstimos com desconto em folha de pagamento situou-se em 29,3% em fevereiro, contra percentual de 30,8% registrado em janeiro (número corrigido).

As taxas médias das operações tradicionais de crédito pessoal aumentaram em 0,7 ponto de janeiro para fevereiro, totalizando 74,4% ao ano.

Dentre outras modalidades de crédito à pessoa física, o custo médio do empréstimo para aquisição de veículos equivaleu a 31,8%, com queda de 2,9 pontos em relação aos 34,7% do mês anterior.

As taxas de empréstimos cobradas para aquisição de bens variados - como eletroeletrônicos, por exemplo - se encontrou em 64% ao ano, declínio de 2,1 pontos perante os 66,1% de janeiro.

Com crise da Marolinha, CNI prevê crescimento nulo em 2009

{ Posted on 16:08 by Edmar Lyra Filho }
Do Blog de Jamildo

A crise financeira internacional se instalou de forma rápida e disseminada na economia brasileira e, por conta disso, o PIB terá crescimento nulo em 2009, de acordo com previsão divulgada nesta quinta-feira (26/03) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. O resultado interromperá uma sequência de pelo menos nove anos de crescimento contínuo e de cinco anos de elevação do PIB de mais de 3%.

O documento Informe Conjuntural, que traz as projeções da instituição para a economia no ano, informa ainda que o setor que mais será prejudicado é justamente o industrial, que terá uma redução de 2,8% no seu PIB. As projeções anteriores da CNI para este ano eram de 2,4% de crescimento da economia e de 1,8% de aumento do PIB industrial ante o ano passado.

Segundo os técnicos da instituição, a queda de 3,6% do PIB no quarto trimestre de 2008, a maior em mais de uma década, fez com que a economia entrasse neste ano num ritmo muito aquém do necessário para que haja crescimento positivo. Em outubro passado, o efeito carregamento era de 1,6% positivo, ou seja, se o País não acelerasse o ritmo o crescimento em 2009 ainda seria de 1,6% sobre 2008.

Mas o tombo no quarto trimestre foi tão acentuado, segundo a CNI, que o efeito carregamento passou a ser de 1,5% negativo. Isso quer dizer que a economia terá de crescer 1,5% ao longo dos quatro trimestres de 2009 para empatar com o patamar de 2008.

Os reflexos da crise internacional já são sentidos no mercado de trabalho, que deverá sofrer ainda mais durante o ano, segundo o Informe Conjuntural da CNI. Nos três meses de novembro a janeiro deste ano, foram fechados 800 mil postos de trabalho formais no País. Em fevereiro, foram criados 10 mil novas vagas, um fluxo significativamente menor do que os 119 mil novos postos em meses de fevereiro desde o ano 2000.

A CNI prevê que a taxa de desemprego média neste ano ficará 1,2 ponto percentual acima da taxa média de 2008. Para a instituição, o desemprego neste ano alcançará os 9,1%, na média, ante 7,9% no ano passado. O pico do desemprego deverá ser entre abril e maio, chegando próximo dos 10%. A taxa do final do ano deverá ser mais suave, em torno de 7,7%.

Com desemprego em alta, a massa salarial deverá diminuir, fazendo com que o consumo das famílias, importante fator de demanda no crescimento dos últimos anos, passará a ser negativa. A CNI estima que a variação anual do consumo das famílias será de 0,9% negativo, ante crescimento de 5,4% em 2008 sobre 2007. A previsão anterior da CNI era de crescimento de 3%.

Para a instituição, a inflação ficará sob controle, dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para a CNI, o IPCA, índice oficial, fechará em 4,2% no ano. A estimativa anterior era de
4,8%.

A folga na inflação abre espaço para um corte de juros mais significativo, escrevem os técnicos da CNI. Eles acreditam que a taxa nominal de juros média no ano será de 10,2%, ante previsão anterior de 12,21%. Para o fim do ano, os técnicos preveem 9% de taxa de juros.

Ipea diz que crise que não existia põe já em risco avanços dos últimos anos

{ Posted on 11:04 by Edmar Lyra Filho }

O Ipea apresenta amanhã seu novo indicador econômico, o IQD (Índice de Qualidade do Desenvolvimento), que agrega dados de produção setorial, massa salarial, confiança dos empresários, investimento estrangeiro, exportações, meio ambiente, pobreza, mobilidade social, desigualdade de renda, desemprego e ocupação formal.

Pelos dados a serem apresentados, a crise vem corroendo os ganhos econômicos e sociais que o país alcançou nos últimos anos.

A se manter a atual trajetória, já em maio, o país chega a um patamar considerado de regressão na qualidade do desenvolvimento.

O detalhamento do IQD e a discussão de seus números serão feitos amanhã em audiência pública na quinta Reunião Extraordinária da Comissão de Assuntos Sociais do Senado, às 10h, na sala Florestan Fernandes, Plenário 9, ala Senador Alexandre Costa.

Apresentam o IQD o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, e o assessor técnico da presidência do Ipea Ricardo Amorim. Participam do debate o presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Ubiratan Aguiar, o secretário nacional de Economia Solidária, Paul Singer, e o professor titular do departamento de pós-graduação da PUC-SP Ladislau Dawbor.

Do Blog de Jamildo

Jarbas apresenta projeto que põe fim a indicações políticas para diretorias financeiras de estatais

{ Posted on 11:01 by Edmar Lyra Filho }

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) apresentou nesta quarta-feira (25) projeto de lei (ainda não numerado) para garantir que a ocupação das diretorias financeiras de empresas públicas seja reservada a servidores de carreira. Na justificação da proposta, ele argumenta que o cargo de diretor financeiro de empresa estatal tem "especial relevância e responsabilidade".

- Sem desqualificar os demais cargos de diretorias dessas entidades, considero que a diretoria financeira possui características singulares e merece um tratamento diferenciado. O bom exercício das atribuições da diretoria financeira é primordial para o sucesso e, inclusive, a sobrevivência de qualquer empresa - disse o senador.

O projeto, explicou o senador, estabelece que "a ocupação das diretorias financeiras de empresas públicas e sociedades de economia mista e federais seriam reservadas a empregados das respectivas carreiras". Na opinião de Jarbas Vasconcelos, o gestor financeiro de qualquer empresa estatal deve ter uma excelente formação técnica e "profundas raízes, comprometimento e amor pela instituição".

- Por mais competente que seja, um tecnocrata do mercado - que, assim como aporta na empresa, dela pode arribar sem qualquer remorso - não possui o vínculo que, a nosso ver, é requisito para quem tenha a atribuição de gerir as finanças de uma empresa estatal - opinou.

Ou seja, resumiu Jarbas Vasconcelos, o projeto tem o objetivo de "acabar com as indicações político-partidárias para as diretorias financeiras de estatais".

- A classe política, se tivesse bom senso, deveria ficar a quilômetros de distância de qualquer diretoria financeira - disse o senador.

Da Agência Senado

Artigo: 'O PMDB é uma bela flor em nossa terra'

{ Posted on 16:45 by Edmar Lyra Filho }
Por Arnaldo Jabor, no JC desta terça

O senador chegou e me botou o dedo na cara:
“Vocês, jornalistas que infestam o País, agora só falam do PMDB, da corrupção no Congresso. Vocês fervilham como formigas em cima de instituições que não conhecem. O PMDB é uma das mais belas florações de nossa história. Vocês se esquecem de nossas tradições e atribuem malignidade à pequenas ações inocentes, hábitos incrustados em nossa alma como a cana, o latifúndio, como nossos bigodes que vocês chamam de ‘bregas’, nossos jaquetões e gravatas zebradas, a tristeza conformada no rosto de nossas esposas, as alegres tradições ‘country’, os churrascos eufóricos, as ancas de amantes risonhas, as jóias de ouro tilintando em pescoços e pulsos, a viril antipatia de nossos chefes políticos. Nisto tudo vocês deviam ver que alguma coisa sólida e cultural existe neste Brasil e que isto é belo.

Quando eu faço uma piscina azul em minha casa no sertão, ela brilha como um retângulo de esperança em meio à seca. Não é arrogância, mas solidez. Não é crueldade, pois é preciso que alguém tenha piscina na caatinga para que a dor dos miseráveis seja suportável. A vida do pobre ganha um sentido hierárquico: ele está embaixo, mas se consola porque alguém vive feliz em cima.

Eu acrescento ordem ao mundo com minhas motocicletas no agreste, eu sei da beleza de passear de Harley Davidson com minha mulher oxigenada e rechonchuda (chamo-a de minha ‘potrinha’), com um belo abrigo Vuitton, para que nossa passagem cause um ‘Ohhh!’ nos ‘bóias-frias’ das lavouras. Sei que há orgulho nisso, mas grande é meu prazer do ‘pudê’ herdado, o prazer de ver o fantasma de meu avô entre os canaviais flamejantes, de ver as mãos magras agarrando os chapéus – homens humildes e curvados quando eu passo.

Esses belos instantes servem de bálsamo contra tantos que acham que o Brasil piorou. Muita coisa melhorou, sim. Vejam minha lancha ancorada no Iate Clube, vejam as parabólicas em meu teto de fazenda, vejam os gritos alegres de meus filhos no carro japonês rolando na poeira da fazenda, o rubro Mitsubishi entre vacas magras, o jatinho pousando entre caveiras de burro.

Não pense que meu peito se confrange diante da palavra ‘corrupção’ no PMDB, não há corrupção entre nós, é apenas a continuação de um processo histórico. O dinheiro que arrecadamos, na relação entre a coisa pública e privada, sempre nos pertenceu. Ou você acha que haveria obras e progresso sem esta simbiose? Não há casamento sem interesse. É belo e progressista o interesse político. A honestidade alardeada é hipocrisia. Este Jarbas (não o nosso Barbalho, mas o Vasconcelos) está sabotando uma secular dinâmica política para se promover... Vaidade pura... Ele está prejudicando a doce aliança PT-PMDB, que permite que o País evolua, como bem disse nossa candidata em campanha (até segunda ordem) Dilma. Reclamam dos 181 diretores, mas esquecem que eles formam um pelotão cordial de amigos fieis. Admire a beleza superior deste imenso patrimônio espiritual que nós possuímos no Partido, feito de favores, amizades, famílias amplas, burocratas cooperativos. É legitimo que eles queiram incluir mais e mais os bens do País como uma prótese de suas vidas privadas, coroadas pelo êxito. Sem enriquecer, para quê fazer política?

Nossos peitos estão felizes em nossas camisas de seda que vieram de Miami, há um progresso enorme em nossas famílias, mas os pessimistas só olham para as costelas dos famintos. Querem o quê? Que fiquemos magros também, que dividamos nossas conquistas com os que nada têm, querem socializar a miséria? Ademais, é impossível salvá-los. São 40 milhões de pobres, chocados em quatro séculos de tradições. A única solução é virar os olhos para a beleza do poder no campo e na cidade: a alegria de sermos senhores feudais sobre cidades inteiras, a volúpia de ver os fulgurantes escritórios, a hábil tessitura de negócios fiscais, a grande arte dos lucros fabulosos, a sensação épica na hora da propina, as mandíbulas salivando a cada grande negócio. Tudo isso é belo!

Quem disse que o mundo é para mudar? Isto é herança protestante de frios anglo-saxões. Será que vocês não vêem, jornalistazinho petulante, que vocês, profissionais do pessimismo, são cegos para outras formas de beleza? O encanto dos shoppings de luxo, as paisagens urbanas vistas através do ‘blindex’, as velozes paixões dos cartões de crédito, o eufórico alarido dos restaurantes, os roncos de jet-skis no mar, os gemidos das amantes nos lençóis de cetim, os jatos prateados, a euforia dos almoços de conchavos e ‘troca-trocas’, tudo isto que doura o nosso progresso? Por que só olhar para o fracasso dos famintos?

Esta crise mundial da economia vai se avolumar. Estou me lixando... pois quando o País definhar, continuaremos a ver o que havia de natural e belo em nossas vidas, o que era a continuidade da ordem do mundo.

E, a cada catástrofe (como vocês chamam), adaptaremos (com incrível habilidade) nossa felicidade para os novos tempos. Sempre estaremos bem em qualquer governo, progredindo, honrando nosso passado de donatários. E quando aumentarem as invasões e convulsões sociais, com os inevitáveis extermínios em massa, as esterilizações obrigatórias, as fogueiras de favelas, vocês verão que isso é natural, que isso é o ‘survival for the fittest’ - (‘sobrevivência do mais forte’, como bem traduziu meu filho de Harvard...).

E quando a argentinização, venezuelização ou mesmo a bolivianização do Brasil se fizer, iremos naturalmente para o Exterior, com nossas fortunas (que já estão lá) e ainda sentiremos no peito o orgulho de ver a sobrevivência de nossa tradição colonial portuguesa.

Nós nos ufanamos deste Brasil que se manteve tão sólido e parado no tempo – graças a nós, sem modéstia!”

O orgulhoso político ajeitou o jaquetão e se encaminhou de fronte alta para o salão azul do Senado. Era feliz.

Pesquisa Datafolha e participação na Rádio Nova FM.

{ Posted on 15:42 by Edmar Lyra Filho }
Amig@s,

Hoje fiz mais uma participação no programa Comunidade em Movimento da Rádio Nova FM de Goiana.

Foi a minha segunda, falei sobre o resultado das pesquisas, reiterei o posicionamento que eu já tinha colocado nos blogs de que juntando Mendonça com Jarbas, nós aparecemos na liderança em relação a Eduardo Campos no cenário sem João Paulo, e tecnicamente empatados no cenário em que o ex-Prefeito aparece. Juntando ambos, ficam Jarbas 31% + 10% Mendonça = 41% contra Eduardo 34% + 12% de João Paulo = 46%. 46% x 41% pra Eduardo.

No cenário contra João Paulo apenas, nossa liderança fica mais nítida e consolidada.

Citei que foi um duro golpe para o Palácio do Campo das Princesas, levando-se em consideração que Eduardo Campos detém uma aprovação de mais de 70%. Mas, questionei o que Eduardo teria a mostrar perante o que Jarbas fez quando Governador.

Na verdade, o Governo Eduardo Campos é virtual e o que ele propaga que fez é falácia.

Dois pontos que acrescentei no meu comentário na rádio foram: o primeiro que Jarbas não disse que seria candidato, e ele já desponta tecnicamente empatado com Eduardo, imaginem quando ele assumir a candidatura? O segundo, José Serra tem uma liderança consolidada e detém uma das melhores intenções de voto do país em Pernambuco, obtendo 43%, perdendo apenas para o Paraná onde ele aparece com 47%. Enquanto a candidata oficial estagnou nas pesquisas, após a superexposição na mídia. Imaginem quando for feito o voto casado, José Serra e Jarbas Vasconcelos?

A uníão por Pernambuco precisará apenas de boa articulação, porque o povo está ao lado de Jarbas, para poder chegar novamente ao Governo de Pernambuco.

Mar de rosas entre Lula e prefeitos chega ao fim

{ Posted on 13:30 by Edmar Lyra Filho }
Passados 41 dias do evento com 3,5 mil prefeitos promovido pelo governo em Brasília para anunciar um "pacote de bondades", o clima de "lua de mel" cedeu lugar a duras cobranças ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre agenda em Salvador.

Confirmado o corte de 19% no segundo repasse de março do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), um grupo de prefeitos liderados pelo presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Roberto Maia, vai entregar documento a Lula cobrando urgente revisão dos valores,informou a Agência Estado.

Democratas nas Ruas fortalece segmento feminino no Sertão

{ Posted on 13:15 by Edmar Lyra Filho }

O primeiro giro do Democratas nas Ruas pelo interior do Estado – visita a sete cidades do Vale do São Francisco – foi marcado pela criação de sete diretórios municipais do Democratas Mulher. “Mais do que tudo, o que conseguimos foi fortalecer esse segmento naquela região, levando as mulheres para discutir seus problemas e para tomar parte da vida política”, disse a deputada Miriam Lacerda, presidente estadual do Democratas Mulher.

Ela conta que, no primeiro dia da viagem, em Petrolina, ficou admirada com a quantidade de mulheres que se aglomeraram na Câmara de Vereadores para o evento inaugural. “A grande maioria foi por livre e espontânea vontade, muitas me dizendo que estavam carentes de discutir política e que aquela era a primeira vez em muitos anos que faziam aquilo”, afirmou. “Eu esperava que a principal queixa delas fosse a questão da saúde da mulher, mas percebi que desejavam justamente discutir políticas específicas para o segmento”.

A deputada salientou que a orientação do partido em investir maciçamente na politização da mulher tem mostrado resultados práticos. “Em Cabrobó e Orocó, por exemplo, os diretórios do Democratas são presididos por mulheres”. Ainda segundo Miriam, o partido acerta com a filosofia de investir cada vez mais no contato direto com a população. “O que vemos muitas vezes é o povo carente de contato, que costuma acontecer em época eleitoral. O Democratas nas Ruas cumpre esse papel de ouvir a população sem que uma eleição esteja próxima”, finalizou.

Democratas tenta ganhar mais fôlego com veteranos e estreantes

{ Posted on 13:11 by Edmar Lyra Filho }
Presidente estadual do Democratas, Mendonça Filho é a aposta do partido para alavancar a votação do grupo. Ex-governador e vice, ele tem dito que a meta é dobrar a representação do DEM na Câmara dos Deputados, hoje com três parlamentares - André de Paula, José Mendonça e Roberto Magalhães. Nesse bloco, a disputa será acirrada entre os próprios pares. Mendonça e o cunhado, o deputado estadual Augusto Coutinho, entram na concorrência com a vaga deixada pelo patriarca da família, José Mendonça, que se despede da vida pública após sete mandatos de deputado federal.

O dirigente do Democratas assegurou que não haverá “distinção” em seu trabalho pelo Estado visando beneficiar o parente. “Meu objetivo é a amplitude partidária e, em um segundo momento, a aliança. Minha postura é de pensar no conjunto”, disse o ex-governador. Vale lembrar que a disputa em família também ocorreu na eleição de 2004, quando os Mendonças (pai e filho) se elegeram para a Câmara Federal.

Roberto Magalhães, por sua vez, já divulgou que também abandonaria a carreira política neste quarto mandato em função da “decadência” da Câmara. Ao JC, disse que não falaria mais em desistência porque sempre gera polêmica. “Mas estou cogitando enecerrar minha militância política”, reforçou. Mendonça, que organiza a tropa, tem “insistido” para fazê-lo mudar de ideia.

Ainda na seara dos veteranos, o ex-prefeito e ex-deputado Joaquim Francisco confirmou que tentará o seu quinto mandato em 2010. “Não tem mais que esperar a maçaranduba do tempo. Eu estou na disputa”, disse, decidido. Na última eleição, apesar dos 75 mil votos, ele não conseguiu renovar o mandato. Joaquim desmentiu os rumores de que poderia migrar para a base do governo Eduardo Campos, mas confirmou ter recebido convites.

A chapa democrata também contará com sangue novo. O ex-prefeito Guilherme Coelho (Petrolina) está animado para encarar a disputa federal pela primeira vez, enquanto o também ex-prefeito Tony Gel (hoje vereador de Caruaru) pode tentar voltar a Brasília. Herdeiro do espólio político de Osvaldo Coelho, Guilherme já está em campo. Ele integrou a comitiva de Mendonça Filho na recente maratona pelo Sertão. “Minha candidatura está posta desde quando lançamos Júlio Lossio”, frisou, citando o atual prefeito de Petrolina.
Do Jornal do Commercio

No ataque, Jarbas questiona Lula sobre paralisação de projetos no Semiárido

{ Posted on 23:30 by Edmar Lyra Filho }
Do Blog de Jamildo

Um dia depois de ter visitado o Vale do São Francisco, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) foi à tribuna do Senado Federal cobrar apoio do Governo Federal ao Semiárido do Nordeste.

O senador pernambucano apresentou requerimento em que solicita informações ao ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, sobre a paralisação das obras do Projeto Pontal Sul, a implantação de projetos de Irrigação do Pontal em Pernambuco, Bahia, Alagoas e Minas Gerais.

“A luta contra as desigualdades regionais tem de estar no topo das nossas prioridades”.

Jarbas também solicitou explicações sobre a paralisação do Projeto de Conservação da Caatinga, elaborado pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf). O senador também solicitou ao Ministério da Integração Nacional informações sobre a aplicação do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) em linhas de crédito específicas para o Semiárido.

“Não é possível continuar apenas contemplando passivamente o que ocorre: uma parte do País farta e animada, e outra parte deprimida e abandonada, principalmente o Nordeste Semiárido”, afirmou Jarbas Vasconcelos.

“Não é possível que o Governo Federal não veja que as atividades econômicas tradicionais do Semiárido são incapazes de gerar renda, incapazes de sustentar a população em condições adequadas de vida”.

Para o senador do PMDB, o Governo Federal precisa incentivar o uso de novas tecnologias para enfrentar as dificuldades naturais enfrentadas pelo produtor do Semiárido.

“Antes de tudo, cabe ao Governo Federal assumir o papel de indutor das políticas públicas e ele precisa adotar mecanismos que visem à distribuição de renda e o incentivo das atividades produtivas que possibilitem a inclusão social. Em outras palavras: criar postos de trabalho na Região”, afirmou Jarbas.

“O sucesso dos projetos de irrigação no pólo Petrolina-Juazeiro e em outras áreas do Semiárido é um belo exemplo de como o poder público pode agir como indutor do desenvolvimento”.

Artigo: Remédio para um, veneno para outros

{ Posted on 23:28 by Edmar Lyra Filho }
Por Augusto Coutinho

Quando a marolinha de Lula estourou com a força de um tsunami às portas do governo, ameaçando a indústria automobilística nacional, o presidente Lula tirou da manga, às pressas, a redução do IPI. A ideia - boa, diga-se de passagem – era tentar reacender o consumo através da redução de impostos.

Bom, um parêntese, se permitem: o governo que mais aumentou a altíssima carga tributária brasileira só na iminência de uma tragédia resolve colher os louros da redução dos impostos.

Irônico. Sobretudo porque, na pressa, o governo criou um remédio apropriado para a indústria e os metalúrgicos, mas, no mesmo momento, armou uma bomba relógio que está explodindo lentamente, mas com forte potencial destruidor: a redução do IPI acarretou, como efeito colateral, a redução do repasse do FPM, o fundo de participação dos municípios.

Para se ter uma ideia, como noticiado na imprensa, a Confederação Nacional dos Municípios divulgou que o segundo repasse do FPM deste mês para as prefeituras pernambucanas sofreu uma redução de 14,4% em comparação com março de 2008. E o veneno que veio do remédio não cessa de vitimar: as previsões do próprio governo é que ainda vai diminuir mais até o final do ano.

O resultado desta manobra bisonha do lulismo está nos jornais. Em Jaboatão dos Guararapes, as contas, já tão problemáticas, simplesmente não fecham. A situação é ainda pior nos milhares de municípios do interior que praticamente têm no FPM a maior, quando não a única, fonte de receita para pagamentos de dívidas como o parcelamento do INSS. A prefeitura que atrasar esses pagamentos, por exemplo, não receberá recursos para a área social, saúde e educação.

O drama é grande e é resultado da falta de planejamento do governo que, enquanto tudo indicava o contrário, sentenciou que a crise não atingiria o Brasil. Atingiu em cheio a arrogância do governo e do presidente. Ele vai depois dizer que não sabia?

Não se trata de contestar a redução do IPI, como já disse anteriormente, era a medida acertada para não deixar na mão um dos mais importantes setores da indústria nacional.

Mas obviamente não dava para não olhar para o outro lado da balança e, como tem feito o governo, contemplar placidamente a falência dos municípios. Quando se acrescenta a esta receita aloprada a noção de que, das unidades administrativas, a ponta mais sensível é o município, o caldo engrossa ainda mais para o lado do governo.

O pior é que, até agora, nem Lula, nem PT, nem ministro algum sequer ventilou a criação de mecanismos compensatórios. É gritante para qualquer gestor de bom senso que não se pode simplesmente cortar uma fonte tão importante de receitas de municípios que já sobrevivem a duras penas.

Mas cadê esta compensação?

Por enquanto, não dá para perceber qualquer intenção do governo em aliviar o veneno que criou sem anular os efeitos benéficos do remédio. Não é prudente aumentar o IPI agora. Mas é desumano deixar os municípios no estado em que se encontram.

PS: deputado Augusto Coutinho(DEM) é Líder da Oposição na Assembleia Legislativa

Eduardo empata com Jarbas nas intenções de voto para 2010

{ Posted on 14:24 by Edmar Lyra Filho }
Da Folha Online

Em Pernambuco, segundo o Datafolha, o governador Eduardo Campos (PSB) e o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) aparecem empatados tecnicamente em dois possíveis cenários na disputa pelo governo do Estado em 2010.

Em um cenário sem nome do PT, o ex-prefeito de Recife João Paulo, Campos tem 40% das intenção de voto, seguido por Jarbas, com 34%. Nesta simulação, os dois estão em empate técnico.

No cenário em que o ex-prefeito João Paulo foi incluído, a distância entre Campos e Jarbas diminui. O atual governador aparece com 34% das intenções de voto, e Jarbas, com 31%. João Paulo está em terceiro lugar, com 12% das citações, em empate técnico com o ex-governador José Mendonça Filho (DEM), com 10%. Outros candidatos somam 6%.

A pesquisa ouviu 1.036 pessoas entre os fias 16 e 19 de março. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Sem Aécio, Serra tem 40% dos votos em MG

{ Posted on 00:32 by Edmar Lyra Filho }
Da Folha de São Paulo

Líder na corrida pela sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010, o governador de São Paulo, José Serra, tem o apoio de 40% dos eleitores mineiros quando seu adversário dentro do PSDB, Aécio Neves, está fora da disputa pelo Planalto, conforme revela a pesquisa Datafolha realizada em nove Estados.

O resultado está apenas um ponto percentual menor do que o desempenho geral de Serra, que, segundo a pesquisa publicada ontem pela Folha, tem 41% das intenções de voto no principal cenário apresentado ao entrevistados.

O governador de Minas não apresenta desempenho semelhante entre os paulistas. No cenário em que aparece como o candidato tucano, Aécio conta apenas 14% das intenções de voto em São Paulo, atrás de Ciro Gomes (PSB), com 24%, do percentual de votos brancos ou nulos, 23%, e de Heloísa Helena (PSOL), com 19%.

Aécio está tecnicamente empatado com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), com 11% dos votos em São Paulo. Segundo o Datafolha, 65% dos entrevistados disseram conhecer o governador de Minas Gerais e apenas 11% afirmaram estar bem informados sobre ele. Serra é conhecido por 93% dos mineiros.

Voto caseiro

A liderança de Aécio Neves em Minas, no entanto, é ampla no cenário sem Serra. Ele conta com 67% das intenções de voto, seguido por Ciro (7%), Heloísa (6%) e Dilma 5%. Em São Paulo, quando Serra é o candidato tucano, ele tem 52%.

No Ceará, Ciro Gomes está disparado na frente com 59%, contra 17% de Serra e 6% de Dilma. É o pior resultado de Serra, seguido pelo do Rio de Janeiro -33%.

Ciro, deputado federal do PSB-CE e ex-governador do Ceará, amplia ainda mais a vantagem quando Aécio é o candidato tucano -64%. O mineiro fica com 4%.

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A ministra Dilma, que no principal cenário nacional tem 11%, apresenta seu melhor resultado na Bahia e no Rio Grande do Sul -15%. Em São Paulo, ela fica com 9% com Serra ou Aécio na disputa. O paulista também vai bem no Paraná, 47%, e em Pernambuco, 43%.

O pesadelo de Dilma Rousseff e do PT

{ Posted on 00:30 by Edmar Lyra Filho }
Ponto de inflexão

Fernando Rodrigues, no UOL

BRASÍLIA - A oscilação negativa de cinco pontos percentuais (de 70% para 65%) na popularidade de Lula na pesquisa Datafolha é relevante. Pode marcar talvez o ponto de inflexão do petista neste seu segundo mandato. Mas mais eficaz para medir o humor do eleitorado são as respostas sobre a atual situação econômica.

Em novembro, 49% dos brasileiros aprovavam a atuação de Lula no combate aos efeitos da crise. Hoje, o percentual caiu para 43%. A popularidade do presidente (65%) ainda está oceânicos 22 pontos percentuais à frente. Manter essa diferença é o desafio do governo até a eleição do ano que vem. A dificuldade de Lula para permanecer nas alturas está diretamente relacionada ao desempenho da economia. Mais desemprego equivalerá a menos paciência dos eleitores. Também deve ser considerado o timing desse processo. A tal teoria das curvas concêntricas -como aquelas formadas pela pedra jogada no meio do lago.

Eleitores afluentes e com acesso a informação já sabem o tamanho do problema econômico mundial. São a primeira curva formada pela pedra no lago. A maioria dos brasileiros, na base da pirâmide social, só sentirá todos os efeitos da desaceleração num momento posterior. O cenário mais funesto para Lula é a inflexão atual atingir o seu pico daqui a um ano, quando estiverem sendo formadas as alianças para a eleição de outubro de 2010. O pior da crise poderá ter passado, mas muitos eleitores se pautarão pelos danos sentidos em 2009.

É o efeito Bush-Clinton. No início da década de 90, George Bush, o pai, tomou as medidas necessárias para corrigir os rumos da economia dos EUA. Na eleição de 1992, os eleitores não sentiam ainda os efeitos positivos. Elegeram o oposicionista Bill Clinton. É tudo com que a oposição brasileira sonha. E o pesadelo de Dilma Rousseff e do PT.

Reinaldo Azevedo sobre a carta de Protógenes a Obama.

{ Posted on 23:34 by Edmar Lyra Filho }
A carta aberta do delegado Protógenes a Barack Obama (role de rir depois de ler o post) — pedindo a intervenção da CIA no Brasil e sugerindo que Lula está na folha de pagamento de Daniel Dantas e atua para beneficiar uma organização criminosa — desconsertou alguns canalhas que usavam a pregação supostamente moralista do delegado como biombo para esconder seus próprios crimes. E expõe o primitivismo do aporte moral, ético e político da rataria.

De saída, cabe a questão óbvia. Um delegado da Polícia Federal acusa publicamente o presidente da República de ter cometido um crime. Por mais que isso possa ser constrangedor, ele se tornou uma figura importante na Polícia Federal. Está lotado numa seção pomposamente chamada de Coordenação da Defesa Institucional. Fica por isso mesmo? O Ministério Público Federal não vai se interessar pela sua denúncia, em defesa do cidadão? Ou bem ele está certo, e Lula atua para beneficiar o crime organizado, ou bem ele está mentindo e tem de ir para a cadeia.

A carta aloprada de Protógenes expõe o edifício de vigarice e, quem sabe?, loucura que tomou conta do subjornalismo venal, que se aproveitou do fato de Daniel Dantas ser quem é para atuar a serviço de seus inimigos, como se tudo o que não fosse Dantas fosse coisa boa. Ah, mas não é mesmo! Há muitos inimigos de Dantas que só o são porque ainda piores do que ele. Como lembra Padre Vieira num sermão (vai de memória), “De um chamado Seronato, disse com discreta contraposição Sidônio Apolinar: ‘Seronato está sempre ocupado em duas coisas: em castigar furtos e em os fazer”. E emenda Viera: “[isso] Não era zelo de justiça, senão inveja: [Sidônio Apolinar] queria acabar com todos os ladrões do mundo para roubar ele só”. Entenderam ou querem que seu desenhe.

HÁ MUITA GENTE SE CANDIDATANDO A CARCEREIRO DE DANIEL DANTAS QUE, NA VERDADE, FICARIA MELHOR DIVIDINDO A CELA COM ELE. EU POSSO ESCREVER ISSO PORQUE NADA DEVO A DANTAS. ELES NÃO PODEM PORQUE SÃO PAGOS PELOS INIMIGOS DE DANTAS. DEVEM-LHES O FEIJÃO QUE COMEM E AS CALÇAS QUE DESONRAM. FUI CLARO OU PRECISO DESENHAR?

Quanto aos imbecis que escrevem afirmando que, se Protógenes está sendo criticado pelos dois lados (pelos petistas e pelos não-petistas), então é sinal de que ele está certo, responder o quê? Vocês sabem que evito sempre evocar o nazismo para argumentar contra (ou em favor de) isso e aquilo porque estou entre aqueles que acham que isso é só uma facilidade, que não ilustra nada e desmoraliza o debate. Mas vá lá: para ilação tão pedestre, uma resposta rasa: tanto os aliados como a URSS (ao menos a partir de um certo ponto) combateram Hitler. E isso não queria dizer, obviamente, que Hitler tinha razão. Sem contar que é até provável que o genocida, a exemplo do czar naturalista da poesia de Drummond, tivesse seu lado bom. Talvez gostasse de animais e achasse um absurdo que se caçassem borboletas, embora certamente não o constrangesse caçar os homens.

Nem vem que não tem. Se Protógenes estiver certo, Lula tem de dividir a cadeia com Daniel Dantas. Se Protógenes estiver mentindo, é ele próprio quem tem de dividir a cela com o banqueiro. E os porta-vozes do delegado no subjornalismo são co-responsáveis morais por essa e por outras acusações. Os mais covardes, como de hábito, já começam a tirar o time de campo, não é mesmo? De resto, o delegado deveria merecer o título de advogado emérito de Dantas. A banca de doutores certamente tentará demonstrar que seu cliente é tão vítima das maluquices do delegado quanto Luiz Inácio Lula da Silva, ainda que não seja assim. E foi Protógenes quem os igualou. Ou melhor: igualou nada! Lula estaria na folha de pagamento do outro. Seria só seu empregadinho.

A Carta Aberta a Obama revelou a real natureza desse delegado. E agora seus porta-vozes no subjornalismo buscam uma saída honrosa, como se isso fosse possível.

Em visita ao Sertão, Jarbas admite que pode disputar governo do Estado em 2010

{ Posted on 23:24 by Edmar Lyra Filho }

Do Blog de Jamildo

Durante o primeiro encontro regional do PMDB, realizado neste domingo no Sest/Senat em Petrolina, o senador Jarbas Vasconcelos disse que não exclui a possibilidade de sair candidato a governador de Pernambuco.

"Eu digo que não me excluo. Mas só vou discutir isso no começo de 2010. Não digo nem que estou, nem que não vou ser candidato a governador. Afinal, é uma aliança, não é só o PMDB. Tem o DEM, o PPS e o PSDB. São quatro partidos grandes, de forma que temos muito tempo daqui pra frente".

Sobre a organização partidária para as eleições de 2010 uma certeza Jarbas tem.

“José Serra sem dúvida, eu já tenho compromisso com ele. Serra é uma pessoa muito preparada e qualificada para governar o Brasil. Mas respeito muito Aécio".

Entre as lideranças políticas da região, estavam presentes o prefeito Júlio Lóssio, prefeita de Lagoa Grande Rose Gaziera.

Quem também esteve na reunião e não poupou criticas ao Governo Federal foi o ex prefeito de Petrolina Guilherme Coelho que criticou a exclusão das obras do projeto pontal no envio de verbas pelo PAC Plano de Aceleração do Crescimento. O que, segundo Guilherme, inviabiliza o desenvolvimento da região que passa por uma grave crise.

A reunião também contou com a participação do deputado federal Raul Henry, a deputada estadual Jacilda Urquisa, os prefeitos Flávio Gadelha (Abreu e Lima), Edvard Bernardes (Moreno),Aldo Mariano (São Bento do Una),Severino Alexandre (Arassoiaba) e Carlos Cecílio (Serrita),além dos vereadores recifenses Gustavo Negromonte e André Ferreira e do vice-prefeito de Santa Maria da Boa Vista, Bruno Medrado. Todos do PMDB.

Artigo: O Brasil e os efeitos da crise global.

{ Posted on 20:42 by Edmar Lyra Filho }
O BRASIL E OS EFEITOS DA CRISE GLOBAL

A surpreendente resistência da economia brasileira, nitidamente caracterizada em meio à devastação da crise global, apóia-se especialmente na solidez de investimentos bem direcionados.
Com efeito, o que melhor descreve a solidez da economia nacional é precisamente sua independência em relação ao capital estrangeiro especulativo, que em outras épocas se fazia sentir com profundidade durante a vigência das crises econômicas internacionais.

Para atingir o atual estágio, o Brasil teve de fazer seu dever de casa, primeiro quitando (antes do prazo, ressalte-se) sua dívida para com o Fundo Monetário Nacional (FMI), ampliando de forma considerável suas reservas internacionais e se impondo um superávit primário que permite manter estacionário, quando não redutível, o volume de sua dívida externa.
O investimento estrangeiro sadio é feito sobremaneira mediante projetos de expansão das empresas multinacionais que aqui operam, a exemplo da indústria automobilística – o que gera emprego, renda e receita tributária – de modo que o País já não fica à mercê do capital especulativo, aquele que entra no mercado financeiro atraído pela força gravitacional dos juros estratosféricos.

Até a década passada, a fragilidade da economia brasileira residia exatamente na oscilação do capital especulativo. Em momentos de crise internacional, os investidores não hesitavam em resgatar e transferir seus dólares de paises sem tradição de estabilidade, notadamente para os Estados Unidos, a grande matriz da economia internacional. Com o início da crise global, em fins do ano passado, o Brasil, pela primeira vez, resistiu bem ao já esperado movimento dos especuladores. Tanto que, já nesse início de 2009, o Banco Central brasileiro registrou saldo positivo de ingresso de dólares.

É evidente, e não poderia ser de outro modo, que os efeitos da crise se fazem sentir aqui e alhures, mas não com a intensidade projetada pelos mais pessimistas. Há, de fato, uma tendência de revisão dos planos de investimentos na cadeia produtiva, mas o quadro poderia ser bem mais crítico, não estivesse hoje a economia real fundada em bases sólidas, graças ao que a capacidade de compra do consumidor brasileiro – e, portanto, de absorção da produção oriunda do mercado industrial – se mantém em níveis razoáveis, pelo menos quando se leva em conta o potencial devastador da crise.

Não se espere, para o curtíssimo prazo, a entrada de capital estrangeiro, tanto no setor produtivo quanto no mercado financeiro, mas essa é uma contingência absolutamente natural e compreensível. Mais importante, no entanto, é a preservação do atual nível de produção, de forma a assegurar, por um lado, o emprego e a renda de milhões de famílias, e, por outro, evitar que a escassez acabe por pressionar os preços para cima, fazendo ressurgir o fantasma da inflação. (Registre-se, a propósito, que o desenvolvimento brasileiro passou décadas na estagnação, em face de um processo inflacionário crônico, em que, de modo recorrente, a poupança nacional era desviada do setor produtivo para o mercado financeiro, e cuja “ciranda” acabou derrotada pelo Plano Real).

Nesse sentido, seria de certa maneira ingenuidade esperar uma retomada dos investimentos estrangeiros no País, enquanto lá fora o mundo pega fogo. O mais sensato, claro, é apostar na disposição do governo de fazer a sua parte, empregando altas somas de recursos em projetos de infra-estrutura, sobretudo através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com o que será possível minimizar os efeitos deletérios do desemprego em grande escala.
A crise, se por um lado trouxe como conseqüência a interrupção do ritmo do crescimento nacional (pior, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – acaba de revelar uma queda do Produto Interno Bruto da ordem de 3,6% no último quadrimestre de 2008), por outro lado obrigou a autoridade monetária nacional a reduzir a Selic, o que poderá, nos próximos meses, situar o Brasil entre os paises com taxas de juros, digamos, civilizados.

Talvez resida aí, numa política de juros menos austera – e até porque a redução do consumo afasta a risco de um repique inflacionário – a possibilidade de uma retomada dos investimentos, bem antes do que se imagina, considerando que, mesmo em tempos normais, os juros tidos como extorsivos têm funcionado como fator inibidor para o empresariado nacional, com reflexos inevitáveis e gravosos sobre um mercado consumidor cada vez mais refém dos juros diluídos nas compras efetuadas através do crediário sutil e insidioso.

Em síntese, pode-se afirmar que o Brasil, como o resto do planeta, anda às voltas com a crise cujo epicentro situou-se no mercado imobiliário americano, mas, igualmente, em nosso caso, seria injusto e nada realista asseverar que a economia nacional, neste momento, depende dos humores dos mercados financeiros do resto do mundo.

Antonio Renato, César Henrique, Otley Farias e Ronaldo Caldas.
Mestrandos em Ciências Empresariais – Universidad de La Empresa –UDE - Uruguay

Parque Lindu abandonado. Já???

{ Posted on 20:31 by Edmar Lyra Filho }


O atraso nas obras do Parque Lindu, "inaugurado" pelo então prefeito João Paulo, está dando o que falar. Embora João da Costa diga que é por causa da "crise", a idéia mais comentada é que vão "empurrar" até a proximidade das eleições de 2010, para que a ministra aquela que não digo o nome para não promovê-la venha a Recife novamente, para mais uma "inauguração".
Enquanto isso, moradores constatam que além do abandono das obras, água empoçada está virando criatório de larvas da dengue.

Bora, pessoal da vigilância sanitária, vamos fiscalizar e obrigar a que se drene o local.


Pernambuco ficou de fora do programa que criaria porta de saída para o Bolsa Família

{ Posted on 20:22 by Edmar Lyra Filho }
Na Folha de São Paulo deste domingo

Apontada como prioridade em discursos oficiais, a chamada "porta de saída" do Bolsa Família não tem esse tratamento na prática. O principal programa do Ministério do Desenvolvimento Social voltado para a criação de renda e de oportunidades aos beneficiários, que leva o nome de Promoção da Inclusão Produtiva, possui um orçamento tão enxuto que obrigou o governo federal a criar um ranking de atendimento aos Estados.

A previsão é que os R$ 30,8 milhões disponíveis neste ano para o programa sejam suficientes para atender até dez Estados. Outros quatro Estados serão beneficiados com recursos restantes de 2008. Os outros oito não têm previsão para receber repasses federais.

Para firmar convênios com os 26 Estados e o Distrito Federal, seriam necessários ao menos R$ 130 milhões, segundo Ronaldo Garcia, responsável pela Secretaria de Articulação Institucional e Parcerias do ministério. "Não temos dinheiro e equipe técnica para isso [atender a todos]", afirma.

O programa tem como objetivo criar oportunidades de renda e de trabalho aos atendidos pelo Bolsa Família, por meio de convênios dos Estados com a União para, por exemplo, cursos de capacitação, compra de maquinário e criação de uma agroindústria.

"Temos consciência de que o processo é ultracomplexo e vai além da capacidade de um ministério. São necessários, ao mesmo tempo, o crescimento da economia e a atuação e o comprometimento dos três níveis de governo, municípios, Estados e União", diz Garcia.

O Bolsa Família é o principal programa social do governo. Tem um orçamento anual de R$ 11 bilhões e atende cerca de 11 milhões de famílias consideradas pobres (renda per capita de até R$ 120) e extremamente pobres (até R$ 60). Cada família recebe entre R$ 20 e R$ 182 mensais, de acordo com a renda e o número de filhos.

Uma crítica comum ao programa é a ausência de ações emancipatórias, ou seja, que ofereçam oportunidades para a família obter renda própria e não mais depender do benefício oficial mensal.

Na semana que vem, o ministério publicará no "Diário Oficial" da União uma tabela de classificação dos Estados. Por conta da restrição orçamentária, somente os dez primeiros (SE, RR, TO, PA, AP, MG, MS, MT, RS e RJ, nessa ordem) terão, por ora, chances de apresentar projetos e assinar convênios com o governo federal. Já AL, CE, BA e AC serão atendidos com recursos de 2008.

A formulação desse ranking levou em conta dois critérios. O primeiro é o percentual de beneficiários do Bolsa Família em relação à população local. Aquele com o maior percentual aparece no topo da fila.

O segundo critério é uma condicionante: o Estado tem de aderir ao Compromisso Nacional pelo Desenvolvimento Social, uma espécie de pacto criado pela União para medir a intenção dos governos locais na criação de oportunidades de emprego e renda aos beneficiários do Bolsa Família, a chamada "porta de saída".

Os Estados que não aderiram ao "compromisso" são excluídos do ranking, mesmo que tenham um alto percentual de atendidos pelo Bolsa Família. É o caso de Maranhão e Piauí.

Até agora, 17 Estados aderiram ao pacto, que exige, por exemplo, a indicação de um representante para negociar com o ministério.

Pernambuco e Paraíba até agora não formalizaram a adesão, mas prometem fazê-la nas próximas semanas. Quando isso ocorrer, terão acesso automático ao topo do ranking de atendimento.

"Como não há recursos para todos, tem que ter um critério de atendimento", afirma Acácio de Carvalho, secretário-executivo de Desenvolvimento e Assistência Social de Pernambuco. "Estamos na fase final de articulação com o governo federal para aderir ainda no mês que vem a esse compromisso", diz Giucélia Figueiredo, secretária do Desenvolvimento Humano da Paraíba.

O clássico Jarbas Vasconcelos x Eduardo Campos

{ Posted on 16:54 by Edmar Lyra Filho }

A passagem do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) por Petrolina, sertão pernambucano, neste domingo, deve ser vista com a dimensão que realmente tem.

Foi o início de uma jornada que poderá, sim, levá-lo a reassumir o Palácio do Campo das Princesas, no lugar do governador Eduardo Campos (PSB), em janeiro de 2011.

Mas o ato público promovido para os petrolinenses, a quase 800 quilômetros do Recife, não pode nem deve ser superestimado.

Quem estava lá era um grupo de líderes de oposição enfraquecidos pelas derrotas nas eleições de 2004, 2006 e 2008;

Líderes que não têm muitos municípios aonde ir – Júlio Lóssio (PMDB) é um dos poucos prefeitos de oposição no estado –;

Líderes que enfrentarão em 2010 um Eduardo turbinado por investimentos públicos e privados no estado e paparicado por um presidente da República que é idolatrado pelos pernambucanos.

Mas Jarbas está ainda testando suas possibilidades de entrar na briga. Testando e, óbvio, estimulando a reação dos eleitores ao nome dele.

Não resta dúvidas que a bandeira do combate à corrupção renovou o patrimônio de popularidade do senador.

Até o final do ano, dependendo do desenrolar dos fatos e da nova onda de escândalos envolvendo o Senado, ele poderá estar em condições de confrontar o governador (seu eterno desafeto).

Há anos Jarbas incorporou as pesquisas de intenção de voto como instrumento fundamental de trabalho.

Se elas mostrarem que há, realmente, condições de retomar o governo de Pernambuco, não tenham dúvidas de que guiará a antiga aliança entre PMDB, DEM, PSDB e PPS para as urnas.

No outro campo da disputa, Eduardo não está parado esperando seu antigo inimigo reconquistar forças.

Eduardo imita Lula quando adota a estratégia do pé na estrada e muito gogó.

Percorreu 35 municípios nos últimos dias e passará por todos do estado até o início do segundo semestre.

Ele sabe que a agenda negativa do seu governo – os resultados ainda insignificantes, por exemplo, em áreas como segurança pública e saúde – poderão prejudicá-lo em 2010, ao contrário do que ocorreu em 2006, quando venceu.

Blog de Política

Artigo: Lula, a crise econômica e as eleições 2010.

{ Posted on 19:28 by Edmar Lyra Filho }
Por Edmar Lyra

Esta semana saiu duas pesquisas de opinião em relação a aprovação do Governo Lula. Ambas apresentaram queda da aprovação em 5%. Uma deu 64% e a outra 65% que aprovam o governo com ótimo/bom. Até aí, nada de surpreendente. Natural que o Presidente Lula perdesse um pouco de sua "gordurinha" com uma crise que está cada vez mais latente na economia brasileira e foi comprovado que ela não era apenas uma "marolinha".

Apesar de ter perdido um pouco de sua popularidade, Lula ainda detém uma senhora aprovação do povo brasileiro, fato inédito na história desse país. Lula é um fenômeno a ser estudado pelas próximas gerações, pois, apesar de diversos escândalos em seu governo e com a crise, o "homem" ainda continua com a aprovação lá em cima. E o povo continua seguindo o slogan da campanha de 2006: "Deixa o homem trabalhar!".

O Governo Lula teve a ideia da criação do Programa de Aceleração do Crescimento(PAC), porém, o programa perdeu um pouco a consistência por conta da crise. Além do mais, muitas obras do PAC estão "empacadas" porque o Governo ainda não pagou algumas obras de infraestrutura que estavam empenhadas no Orçamento.

Tal atitude faz com que as empresas prestadoras de serviço percam a confiança em novos projetos. Por isso muitas obras do PAC que estavam previstas para serem concluídas em breve, estão sendo adiadas.

Outros projetos, como o da Refinaria Abreu e Lima em Pernambuco, já foram atrasados por conta da dificuldade do Governo em gerenciar a "marolinha". Muitas Prefeituras e Governos Estaduais estão cortando gastos e aquelas que dependem do repasse do FPM como única fonte de arrecadação estão de cabelo em pé.

Porque, além de só terem uma fonte de renda, tiveram o aumento do mínimo de R$ 415,00 para R$ 465,00, prejudicando o funcionamento dos munícipios, e para piorar, o repasse do FPM diminuiu consideravelmente por conta da queda da arrecadação da União diante da crise econômica. Os Prefeitos dependentes destes recursos estão, ainda mais, de "pires na mão" e o Governo não tem como atender as demandas dos Prefeitos de municípios menores.

Portanto, estes problemas terão reflexos profundos na eleição presidencial de 2010, pois, estes Prefeitos que estão se sentindo desprestigiados dificilmente irão apoiar a candidata de Lula, a ministra Dilma Rousseff, a Presidente da República, provavelmente, migrando para o candidato da oposição, no caso, o Governador de São Paulo, José Serra(PSDB).

José Serra, inclusive, aparece liderando todas as pesquisas e com folga. Se ele conseguir o apoio do outro presidenciável, Governador de Minas Gerais, Aécio Neves e a união pregada pelos tucanos for confirmada, José Serra será um adversário muito difícil de se bater. Inclusive, porque ele não precisa se apresentar à população. A maioria o conhece, enquanto Dilma ainda vai precisar de muito rebolado para se tornar totalmente conhecida da população brasileira.

Além disso, se a crise continuar latente no Brasil e for reverberada nos brasileiros com uma onda de desemprego em massa, corte das ofertas de crédito, queda da demanda, entre outros, Dilma terá o bônus de ser a candidata de Lula, o Presidente mais bem avaliado da história do país, em contrapartida, terá o ônus de ser a candidata da continuidade do Governo que passou pela crise econômica que afetou em cheio o Brasil.

No Governo, a queda da aprovação de Lula precisa ser considerada como um sinal de alerta, pois, ele pode continuar a cair mais ainda, e prejudicar o projeto de continuidade do poder. Enquanto na oposição, não se pode cantar vitória antes do tempo, nem torcer pelo "quanto pior, melhor". Ela precisa discutir com a sociedade alternativas para a saída da crise e que o Brasil volte a ter um bom crescimento econômico. Além do mais, é fundamental que haja um projeto de reformas importantes para o país, como a principal de todas, a política, após os diversos escândalos que têm acontecido ultimamente.

Ao final de evento, DEM reafirma união das oposições

{ Posted on 19:39 by Edmar Lyra Filho }

Do Blog da Folha

Terminou na noite de ontem a primeira etapa do projeto “Democratas nas ruas”. O principal mote político do evento foi a pregação da união dos partidos de oposição para a eleição de 2010. "A jornada do PT foi encerrada. O que estamos vendo é uma grande mobilização entre os partidos de oposição para implantar um novo projeto para o Brasil nos três níveis - municipal, estadual e federal - respeitando as particularidades de cada região", afirmou o presidente estadual do DEM, Mendonça Filho.

A viagem da comitiva do Democratas - acompanharam Mendonça Filho os deputados estaduais Miriam Lacerda e Augusto Coutinho, além do ex-governador Gustavo Krause - foi constantemente marcada pelo contato com membros de outros partidos de oposição. Lideranças regionais do PSDB, PPS e PMDB também estiveram presentes no auditório do Sest / Senat de Petrolina. “Nosso projeto é, primeiramente, ouvir o que a população deseja e transformar esses anseios em compromissos partidários para 2010. Paralelamente, buscamos fortalecer as bases do partido, além de manter contato com forças da oposição para costurarmos a união para as próximas eleições", enfatizou Mendonça.

Bancos brasileiros são 'exceção lucrativa' no setor, diz 'Economist'

{ Posted on 19:35 by Edmar Lyra Filho }
Da BBC Brasil

Os bancos brasileiros estão seguros e seriam uma "exceção" no setor em meio à crise, segundo reportagem publicada pela revista britânica Economist que chega às bancas nesta sexta-feira.

Comentando o corte de 1,5 ponto percentual da taxa de juros Selic na semana passada, a revista afirma que o Banco Central conseguiu cortar as taxas "dura e rapidamente", e que mais cortes são esperados.

"Esta é uma novidade bem vinda: no passado, a frágil moeda e a alta inflação impediam que o país adotasse medidas anti-cíclicas como esta", afirma a reportagem.

Mas a revista destaca que os cortes nas taxas não estão sendo repassados para os clientes, alimentado a discussão sobre os altos lucros dos bancos com seus spreads (a diferença entre as taxas cobradas sobre o dinheiro que o banco toma emprestado e que ele empresta aos seus clientes).

"Os bancos brasileiros podem ser caros, mas pelo menos eles estão seguros", diz a Economist, "Até agora, nenhum deles teve problemas com a crise financeira mundial. Isso pode ser porque seus lucros com as atividades diárias são tão altos que eles não precisaram assumir riscos tolos."

A Economist afirma que, segundo um cálculo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), o Brasil tem os spreads bancários mais altos do mundo.

O cálculo, no entanto, é disputado pela Federação de Bancos, que alegam que os spreads são inflados pelos impostos sobre as transações bancárias.

De acordo com a revista, a segurança também se deve ao fato de os regulamentos serem mais duros desde que vários bancos quebraram quando a inflação foi domada, em meados dos anos 90.

A Economist comenta ainda que os bancos HSBC e Citibank, que enfrentam problemas no resto do mundo, vão bem no Brasil.

"De uma maneira ou de outra, o sistema bancário do Brasil parece que vai continuar a ser a lucrativa exceção aos desastres em outros lugares", conclui a reportagem.

Pesquisa CNI Ibope confirma piora da avaliação do governo Lula

{ Posted on 19:19 by Edmar Lyra Filho }
Do Blog de Jamildo
A avaliação da atuação do governo Lula no combate aos efeitos, no Brasil, da crise financeira internacional piorou sensivelmente entre dezembro do ano passado e este mês, de acordo com os resultados da pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira, 20 de março, em Brasília, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

No capítulo especial da pesquisa sobre a crise, o índice dos que julgavam a atuação ótima ou boa despencou 15 pontos percentuais, de 62% em dezembro para 47% na presente edição da pesquisa.

O total dos entrevistados que avaliam a atuação do governo Lula frente à crise como ruim ou péssima subiu seis pontos percentuais, de 5% no último mês do ano passado para 11% na pesquisa divulgada hoje.

Os que avaliam a atuação como regular passaram de 25% para 34%, no mesmo intervalo de comparação (o percentual dos que não souberam responder se manteve em 8%).

A pesquisa CNI/Ibope tem margem de erro de dois pontos percentuais e grau de confiança de 95%. As entrevistas foram conduzidas com 2.002 eleitores, de 144 municípios de todo o Brasil, entre os dias 11 e 15 deste mês.

O número dos entrevistados que acreditam que o Governo está tomando as medidas corretas de combate à crise também caiu entre uma edição e outra da pesquisa, apesar de ainda ser superior à metade.

Em dezembro, 62% dos respondentes disseram que as medidas adotadas até então eram corretas. Nesta edição da CNI/Ibope, esse índice caiu para 59%.

Em resposta à mesma pergunta, o número dos que acham que o governo não está tomando as medidas corretas subiu de 15% para 22%.

Outros 11% disseram não conhecer as medidas o suficiente para opinar (ante 13% em dezembro de 2008) e 8% não souberam responder (9%).

Ainda sobre a crise, o número de entrevistados que esperavam o fim da crise no primeiro semestre deste ano despencou 19 pontos percentuais entre as pesquisas de dezembro e a atual.

No último mês do ano passado, 23% dos 2.002 entrevistados tinham dito que a crise terminaria até julho. Nesta edição, 4% assinalaram a alternativa mais otimista.

O percentual daqueles que acreditam que a crise terminará no segundo semestre deste ano se manteve, entre uma edição da CNI/Ibope e outra, em 28%.

O número daqueles que acham que a superação se dará em 2010 saltou de 13% na edição anterior para 25% na divulgada hoje.

A percepção de que o fim da crise será além de 2010 cresceu de 8% para 15% no mesmo intervalo de comparação. Outros 17% responderam que não há previsão de superação da crise, ante 11% que disseram isso em dezembro. Os 11% restantes não souberam responder.

Coluna Política e Economia do Jornal Gazeta Nossa

{ Posted on 15:34 by Edmar Lyra Filho }


2010 é agora
O Governador Eduardo Campos (PSB) passou quase dez dias no interior de Pernambuco, mais precisamente no Sertão do Pajeú, onde fez algumas inaugurações, apresentou novos projetos do Governo do Estado, entre outros. Boa parte do Secretariado de Eduardo, a base aliada na Assembleia e na Câmara dos Deputados estava em peso.
Na contra-mão do que Eduardo está fazendo, o DEM lançou o projeto “Democratas nas Ruas” e vai passar quase uma semana no Sertão do São Francisco também tentando demarcar espaço. Posteriormente, será a vez do PMDB, do Senador Jarbas Vasconcelos, provável candidato da oposição ao Governo de Pernambuco em 2010. Os correligionários de Jarbas irão ao interior também para demarcar espaço, logo depois dos socialistas e dos democratas. É, pelo visto, 2010 começou e vai ficar cada vez mais presente no dia-à-dia do pernambucano. E ainda tem gente que diz que 2010 só em 2010. Dá pra acreditar?

Rachou o palanque
O Palanque que sustentava o Governador Eduardo Campos e sua comitiva em Afogados da Ingazeira rachou, e Eduardo Campos caiu, porém, sem muitos problemas, ainda bem.

Premonição?
O Ex-Governador Miguel Arraes, avô de Eduardo Campos caiu de um palanque antes da disputa contra Jarbas onde ele perdeu. Será coincidência? Ou será que o fato se repetirá em 2010?

Dinheiro público
O Governador Eduardo Campos, integrantes do governo e a Assembléia Legislativa passaram um bom tempo no interior, tendo inclusive, em São José do Egito, uma sessão plenária da ALEPE. Quanto foi pago por toda essa festa com o dinheiro público? O que poderia ser feito com esse dinheiro?

Cadê a opisição?
Todo esse dinheiro foi gasto, mas não se viu nenhum Deputado ou liderança política da oposição questionar estes valores. Tá faltando oposição em Pernambuco.

Dilma
Recentemente saiu uma pesquisa anunciando que 90% dos brasileiros querem uma mulher como presidente, e confiam na mulher exercendo cargos públicos. Reconhecem que elas têm mais seriedade e melhor trato com a coisa pública. A candidatura de Dilma Rousseff está ficando cada vez mais fortalecida perante à população brasileira.

Aécio Neves
O Governador de Minas Gerais e Pré-candidato do PSDB à Presidência da República vem ao Recife no dia 16 para o lançamento do livro “Um quase livro de memória” de Fernando Lyra, ex-ministro da justiça e Presidente da Fundação Joaquim Nabuco. Aécio decidiu por iniciar no Recife sua peregrinação pelo Brasil buscando a indicação do PSDB como candidato a Presidente da República.

Pib Zero
A Confederação Nacional das Indústrias, presidida pelo Deputado Federal e pré-candidato ao Senado, Armando Monteiro Neto(PTB), fez um estudo sobre o crescimento econômico do Brasil em 2009. O prognóstico é assustador: a economia brasileira deverá crescer próximo de zero.

Artigo: Jarbas, José e João

{ Posted on 17:24 by Edmar Lyra Filho }
Por Maurício Costa Romão
mauricio-romao@uol.com.br

Em seu elogiado pronunciamento no plenário do Senado Federal sobre corrupção, em 03/03/09, o senador Jarbas Vasconcelos chama a atenção, também, para a necessidade de se empreender no país uma urgente reforma política, que qualifica como a "mãe" de todas as reformas.

Após enumerar quatro pontos que a seu ver deveriam constar de uma reforma política que merecesse esta denominação, o senador se detém mais amiúde na questão das coligações partidárias nas eleições proporcionais: "De todas as medidas de uma reforma política séria e objetiva, talvez a única que obteria um resultado extraordinário, isoladamente, é a proibição das coligações nas eleições proporcionais. Essas coligações são uma deformidade e uma imoralidade, existentes apenas no Brasil, onde se vota em José e se elege João."

O presente texto se socorre da evidência empírica para ilustrar alguns pontos da afirmativa do senador, recorrendo aos dados oficiais do TRE relativos à eleição proporcional de 2008, no município do Recife.

A Tabela 1, a seguir, mostra as legendas que participaram do pleito de 2008, isoladas ou em coligações, bem como os votos válidos dessas legendas, o cálculo "inicial" do quociente partidário e, finalmente, na última coluna, o número de cadeiras obtidas pelos partidos ou coligações.

Nota-se nesta Tabela que houve a formação de 06 coligações que, juntas, obtiveram 60% do total de votos válidos e 65% das cadeiras disponíveis, isto é, 24 das 37 vagas. Proporcionalmente, portanto, as coligações foram beneficiadas: conquistaram mais cadeiras do que o total de votos recebidos ensejava.

Na Tabela 2, abaixo, também elaborada utilizando dados oficiais, os votos das coligações são decompostos em termos dos votos recebidos por cada legenda individualmente. A três primeiras colunas mostram os 26 partidos que concorreram ao pleito de 2008 e suas respectivas votações, numérica e percentual. A quarta coluna apresenta o resultado final do TRE quanto ao número de vagas ocupadas por cada partido em função da votação recebida individualmente, caso de agremiação não-coligada, ou pela votação da coligação de que fez parte.

A quinta coluna da Tabela desfila os percentuais das cadeiras obtidas pelas agremiações. Quando cotejados com os percentuais da terceira coluna vê-se que o princípio ideal da proporcionalidade (a representação de cada partido, em termos de assentos conquistados, deve ser exatamente proporcional aos votos recebidos) está longe de ser validado. Observe-se na Tabela, por exemplo, os casos do PTB, PTC, PMN, PPS, entre outros. Este fenômeno não é uma exceção e sim uma regra geral do conturbado sistema eleitoral brasileiro em que prevalece, na verdade, a desproporcionalidade, quer dizer, a alteração da vontade do eleitor expressa nas urnas: a ocupação das vagas parlamentares não é feita em consonância com a proporcionalidade dos votos.


Ainda em referência à Tabela 2, constata-se, inicialmente, que 04 partidos não conseguiram atingir o coeficiente eleitoral (PP, PSB, PRP e PRB) e, ainda assim, graças às coligações de que fizeram parte, lograram eleger representantes no parlamento municipal, com destaque para o PSB que foi agraciado com dois mandatos. Se, ficticiamente, as eleições de 2008, no Recife, não permitissem as coligações, esses 04 partidos não teriam representantes na edilidade, conforme se vê nas duas últimas colunas da Tabela. Estas colunas desfilam números que respondem à seguinte questão: como teria sido a alocação de cadeiras entre os partidos se não houvesse as coligações?

As legendas PT, PHS, PC do B, PMN, PSDB e PSL foram prejudicadas no pleito em apreço, visto que lograram conquistar menos cadeiras do que teriam caso a legislação proibisse as coligações. O exemplo do PT é o mais emblemático: sem as coligações teria mais duas vagas no parlamento municipal.

Por seu turno, os partidos beneficiados pelo expediente da coligação foram: PTB, PTC, PP, PSB, PRP e PRB. Destes, PTB e PTC teriam vagas asseguradas mesmo se não estivessem coligados: o PTB teria 03 vagas (ao invés de 04) e o PTC, 02 (ao invés de 03), visto que suas votações superaram o quociente eleitoral.

Observa-se, entretanto, que o PSL mesmo tendo ultrapassado individualmente o quociente eleitoral não elegeu candidato. Esta agremiação fez parte da coligação denominada "Frente do Recife para Vereadores", composta ainda pelo PT, o PTB e o PSB (vide Tabela 1). Se o PSL tivesse concorrido isoladamente asseguraria uma cadeira na Câmara. O PSB, por seu turno, que não atingiu o coeficiente eleitoral, elegeu dois representantes na edilidade, não obstante tenha feito parte da aliança na qual figura o PSL. Não estivesse o PSB agregado a esta aliança e não teria elegido nenhum vereador.

A distorção que essa evidência empírica ressalta é recorrente no emaranhado sistema das eleições proporcionais no país. Com efeito, numa mesma aliança, um partido, com mais votos, ultrapassa o quociente eleitoral e não elege representante. Outro partido, com menos votos, componente da mesma aliança, não atinge o limite mínimo de votos requerido e consegue conquistar duas cadeiras. Quer dizer, as cadeiras obtidas pela coligação de partidos não são distribuídas proporcionalmente à contribuição de cada partido individualmente!
E esta é uma regra geral que vale para as eleições proporcionais no Brasil: não há distribuição de votos intracoligação, para efeito de alocação de cadeiras, de acordo com a votação de cada agremiação participante da aliança. O que é determinante no interior das coligações, na verdade, são os votos individuais dos diversos candidatos e não a contribuição proporcional dos votos de cada agremiação componente. As agremiações como que desaparecem no interior da coligação e, para efeito de cálculo de quem vai eleger-se, ela própria, a coligação, passa a funcionar como se um partido fora, já que a votação é unificada internamente.

Em suma, o caso mais geral que é observado frequentemente na prática é que em um mesmo pleito siglas partidárias mais votadas não conseguem representação parlamentar, ao passo que siglas menos votadas conseguem, o que caracteriza uma evidente anomalia do processo eleitoral.

Voltando à Tabela, no exemplo da coligação Frente do Recife para Vereadores, os 24.929 votos dados aos candidatos do PSL serviram tão-somente para ajudar a eleger candidatos de outras agremiações da aliança, particularmente os dois do PSB, que foram bem votados individualmente no partido e na aliança (9.533 e 7.334 votos, em respectivo, de um total de 18.821 do PSB).

É nesse sentido que o senador Jarbas Vasconcelos referiu-se propriamente ao sistema eleitoral brasileiro - que adota na sua legislação o mecanismo das coligações proporcionais - como imoral e deformado, "onde se vota em José e se elege João".

Na verdade, pode também acontecer de se "votar em José e se eleger João", mesmo que não haja coligações entre partidos. Basta para isso que José e João sejam de uma mesma sigla e que esta tenha atingido o quociente eleitoral. Neste caso o requerimento para ocorrer o vaticínio do senador é que João tenha tido mais votos que José e que a votação de João seja tal que ele esteja na iminência de se eleger. Aí a votação de José pode empurrar João para o rol dos eleitos, ainda que contrarie a vontade do eleitor de José.

O chamado "efeito Enéas", embora um fenômeno distinto do que chamou a atenção o senador Jarbas, é igualmente extraordinário e ilustrativo da anomalia do sistema nacional em uso: vota-se em José e se elege José, mas, à reboque, se elege também João, Joaquim, Pedro, Paulo.... Menos mal que o candidato de preferência do eleitor, José, no exemplo, tenha sido eleito, sacramentando a vontade manifesta do eleitor nas urnas. Mas certamente o eleitor não contava com essa romaria de candidatos que ele não conhece pegando carona na votação do seu preferido!

Não sem razão, pois, que quase toda referência que se faz à almejada Reforma Política inclui-se a exigência do fim das coligações como premissa básica. O regramento eleitoral que permite tais associações partidárias carece de ser mudado, pois enseja desvirtuar a vontade popular, o que o torna inaceitável do ponto de vista da representação democrática.
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