Senador dissidente do PMDB admite que oposição está perdida diante da alta popularidade do presidente Lula

ENTREVISTA Jarbas Vasconcelos

Diferentemente da maior parte dos tucanos e seus aliados, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) diz que o governador José Serra (SP) está certo ao postergar o anúncio da candidatura a presidente da República pelo PSDB, porque evita cair no que chama de armadilha do Planalto para levá-lo a bater boca com o presidente Lula — e não com a candidata do PT, ministra Dilma Rousseff. Em jantar com Serra, Jarbas teve a confirmação de que ele não só é candidatíssimo à sucessão como está montando palanques regionais. Em entrevista em seu gabinete, disse que Serra é o mais qualificado para presidir o país, que Lula é responsável por um período de “profunda mediocridade” e que não é simples transferir voto.

Adriana Vasconcelos e Gerson Camarotti

O GLOBO: A oposição parece perdida diante da alta popularidade do presidente Lula...

JARBAS VASCONCELOS: Concordo. Esta constatação não é de agora. Estou completando três anos de mandato e o que encontrei no Senado foi perplexidade, desorganização, ausência total de articulação. Na única vez que partidos de oposição e dissidentes da base governista se uniram, conseguimos derrubar a CPMF.

Como superar esta desarticulação?

JARBAS: O país está passando por um período de profunda mediocridade. O presidente é muito responsável por isso, na proporção que tece loas ao fato de ser quase analfabeto, não ter instrução e ter vindo de baixo. O nível de debate, não só no Congresso como no Brasil e na intelectualidade, é de uma pobreza franciscana. As pessoas alcançam formação pelo berço ou pela escola. Evidentemente, Lula não teve no berço e não teve na escola. O berço independeu dele. A escola foi porque não quis. Formação é importante para qualquer coisa, não só para ser presidente da República. Ele governa de forma autoritária.

É este o problema?

JARBAS: Ele resolve as coisas no Congresso pelo fisiologismo ou jogando o prestígio dele. O grande mérito do Lula foi, ao assumir, há sete anos, não ter feito loucuras, aventuras com o país. Manteve a política econômica de Fernando Henrique Cardoso. Foi importante porque o país tinha medo de Lula, do PT. Lula imprimiu, a partir daí, a frase “nunca antes na história do Brasil” e grande parte da população acha que foi ele quem acabou com a inflação, controlou contas públicas e colocou o Brasil no rol do primeiro mundo. O PT e Lula votaram contra o Plano Real, o Proer e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Ele se apropriou das conquistas do governo passado?

JARBAS: Quando diz nunca antes no Brasil, a sensação para o pobre é que foi ele quem criou o real, acabou com a inflação, estabilizou a moeda. Mas não custaria nada, e não peço nem que faça penitência admitindo que ficou contra tudo isso, admitir que o país estava ajustado.

Apesar dos tropeços do governo, nada parece colar nele...

JARBAS: Só não cola se deixarmos de dizer. Se uma parcela, mesmo minoritária ou insignificante, diz, esta parcela tende a crescer, aumentar. O pior é se omitir. Como na campanha presidencial passada, quando as forças de oposição e o próprio candidato se omitiram de enfrentar e debater o processo de privatização do governo Fernando Henrique.

Na sua opinião, qual a melhor opção para a oposição?

JARBAS: O político brasileiro mais qualificado para presidir o país chama-se José Serra.

Mas ele resiste em assumir a candidatura antes de março.

JARBAS: Concordo com a estratégia de Serra. Sei que tem levado a uma ansiedade muito grande. Mas, oficializando a candidatura, vai bater boca com Lula. Vão querer transferir para Serra uma coisa que a oposição não está fazendo: combater Lula. Serra não tem que bater boca com Lula. Tem que bater boca com Dilma , que não está preparada e esconde por trás da arrogância sua falta de conhecimento e de experiência política.

A queda de Serra nas últimas pesquisas não preocupa?

JARBAS: Uma pesquisa não pode incomodar uma pessoa que é a mais qualificada para governar o país. Por que Serra tinha patamares altos? Não havia outros candidatos. Na proporção que apareceram Marina Silva, Ciro Gomes e Dilma se consolidaram, é natural que Serra saia de 40% para pouco acima de 30%.

Mas a candidata do PT está crescendo e tem como cabo eleitoral alguém com 80% de popularidade.

JARBAS: A questão é saber se Lula transfere votos e em que proporção. A primeira, não contesto, transfere. Mas transferência está cada vez difícil. O grosso do eleitorado de Lula está no Nordeste, mas Dilma perde para Serra em Pernambuco. Há um ano, ( Lula) não transferiu o suficiente para que Marta Suplicy ganhasse a prefeitura de São Paulo. O outro candidato não era nenhum fenômeno, o Kassab (Gilberto, do DEM). Foi com uma candidata experiente, ex-prefeita e ex-ministra. Experiência que Dilma nunca teve. Lula foi para São Paulo, botou a cara, foi para o vídeo, fez carreata, comício e Marta foi derrotada.

Enquanto Serra resiste em assumir a candidatura, o governador Aécio Neves (MG) tenta a vaga de candidato do PSDB.

JARBAS : A notícia que tenho é que não existe problema entre Serra e Aécio.

O senhor acredita numa chapa puro-sangue do PSDB?

JARBAS: Não adianta falar disso agora. Pode ter chapa puro-sangue , mas lá para frente.

Seria a forma de conquistar o eleitorado mineiro?

JARBAS: Aécio fazendo força é uma coisa. Aécio dizendo apenas que Serra é candidato, é outra. É preciso analisar que Aécio está deixando o governo e que o vice dele (Antonio Anastasia) não terá eleição fácil pela frente.E como será? Ele sendo candidato só ao Senado vai ser suficiente para eleger o Anastasia?

Vê a hipótese de Serra recuar e a oposição ficar sem candidato? Aécio disse que fica à disposição até o fim do ano.

JARBAS: Não. Ele é candidatíssimo.

Segundo ele, está acertado com Aécio. Existem atritos de periferia dos dois entornos, mas não entre eles. Jantei com ele esta semana (segunda-feira). Está muito tranquilo, seguro.

Quando assumirá isso publicamente?

JARBAS: O que Serra puder protelar, empurrar para frente, ele vai. Não sei se até o final de janeiro ou fevereiro.

Como enfrentar uma campanha na qual a oposição identificou uso da máquina e que promete ser das mais caras?

JARBAS: Dá para enfrentar e ganhar. Não estou dizendo que temos superestrutura. Ao contrário. A gente tem o principal, o candidato. O governo tem candidato fraco. Lula levou o país a um falso ufanismo, fazendo as pessoas acreditarem que ele resolveu tudo. Na proporção em que o país toma conhecimento de que não foi bem assim, de que Lula não é candidato, não fica tão difícil. Lula bateu um patamar de 80% e acha que pode tudo. Mas tudo termina. A ditadura acabou. A questão não é só paciência, mas enfrentamento. Saber como enfrentar. Não ter candidato definido não dificulta alianças regionais? JARBAS: Serra está atento a isso. Pediu para eu ser candidato em Pernambuco, estado estratégico para a oposição. Disse que não estava no projeto, mas não descarto, porque vejo em primeiro lugar o projeto nacional.

Existe alguma chance de o PMDB não ir com Dilma?

JARBAS: São remotas, mas vejo chance de isso acontecer. O PMDB tem três blocos: um com Lula, outro, minoritário, com o PSDB, e agora um terceiro defendendo candidatura própria. Se a coisa pegar fogo em alguns estados, complica a coisa da aliança nas convenções em junho.

Na Veja:

A um mês da estréia de Lula, o Filho do Brasil, surge um depoimento que contrasta fortemente com o filme de contornos hagiográficos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na sexta-feira passada, o jornal Folha de S.Paulo publicou um artigo que deixou de olhos arregalados todos os que o leram. Intitulado “Os filhos do Brasil”, o texto é assinado por César Benjamin, um dos mais célebres militantes da esquerda brasileira.
(…)
[Lula] passou a narrar com fluência como havia tentado subjugar outro preso nos trinta dias em que ficara detido. Chamava-o de ‘menino do MEP’
(…)
Por liderar greves no ABC paulista, Lula passou 31 dias preso no Dops, em São Paulo, em 1980, com outros sindicalistas. VEJA ouviu cinco de seus ex-companheiros de cela. Nenhum deles forneceu qualquer elemento que confirme a história de Benjamin. Eles se recordam, porém, de que havia na mesma cela um militante do Movimento de Emancipação do Proletariado (MEP). “Tinha um rapaz com a gente que se dizia do MEP. Tinha uns 30 anos, era magro, moreno claro. Eu não o conhecia do movimento sindical”, diz José Cicote, ex-deputado federal. “Quem estava lá e não era muito do nosso grupo era um tal João”, lembra Djalma Bom, ex-vice-prefeito de São Bernardo do Campo. “Eu me lembro do João: além de sindicalista, ele era do MEP mesmo”, conta Expedito Soares, ex-diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. O João em questão é João Batista dos Santos, ex-metalúrgico que morou e militou em São Bernardo. Há cerca de três anos, ganhou uma indenização da Comissão de Anistia e foi viver em Caraguatatuba, no Litoral Norte de São Paulo. Por meio do amigo Manoel Anísio Gomes, João declarou a VEJA: “Isso tudo é um mar de lama. Não vou falar com a imprensa. Quem fez a acusação que a comprove”.

“Loucura, psicopatia”, reage o Planalto, mas Lula não vai processar Benjamin

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria classificado de “loucura” a afirmação de César Benjamin, segundo quem o agora presidente confessou a um grupo de pessoas, do qual fazia parte Benjamin, que tentara violar um jovem na cadeia, o que só não teria se consumado porque o “menino do MEP” resistiu bravamente, com chutes e cotoveladas.

Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula, classificou a acusação de “coisa de psicopata”. Mas Lula não vai processar Benjamin: “Vamos nos sujar se fizermos isso”.

Bem, então tá. Benjamin diz, vejam post anterior, que outras pessoas presenciaram a confissão. É grave o que ele escreve? É, pouco importa o ângulo pelo qual se olhe a coisa, e certamente causará surpresa a muitos que Lula não queira levá-lo aos tribunais.

Se Benjamin fala a verdade, estamos diante de um caso flagrante de contradição entre a pregação de um afigura pública e suas práticas de vida, especialmente num caso em que sua potencial vítima tinha chances reduzidas de defesa. Se o articulista mente, o agravo precisa ser reparado. Afinal, Lula não é um homem qualquer. É o presidente da República, o “filho do Brasil”.

Tal postura corre o risco de alimentar aquela máxima de que “quem cala consente”.

Os Deputados de oposição, o Triunal de Contas e Imprensa não deveriam ficar apenas nos contratos da Empetur.

Deveriam abrir a caixa-preta dos contratos do pessoal do Caldeirão. São os responsáveis pelo Olinda Beer e muitos outros grandes eventos de Pernambuco. O pessoal do Caldeirão é ligado até o umbigo com o Governador Eduardo Campos.

Desde que a Setur foi assumida por Silvio Costa Filho(PTB), o Governo patrocina diversos eventos do grupo. E a grana deve ser preta, pois, bandas como Chiclete com Banana, Timbalada e outras não cobram pouco.

Edmar Lyra Filho em momento descontraído com o Deputado Raul Henry(PMDB) em almoço do GERE em homenagem ao Senador Jarbas Vasconcelos no Boi Preto.

Ontem estive no almoço do Grupo de Executivos do Recife(GERE), do qual faço parte, em homenagem ao Senador Jarbas Vasconcelos e senti que de fato tinha razão: Jarbas é mais candidato do que nunca ao Governo de Pernambuco.

A saída do Ex-Prefeito do Recife João Paulo(PT) do posto de Secretário de Articulação Regional do Governo de Pernambuco fez com que se avolumasse os rumores de uma possível aliança-branca entre o Ex-Prefeito João Paulo e o Ex-Governador e Senador Jarbas Vasconcelos, sendo este último o candidato ao Governo de Pernambuco.

Jarbas Vasconcelos e João Paulo foram Governador e Prefeito do Recife, respectivamente, juntos e fizeram muitas parcerias em prol dos recifenses e pernambucanos.

Diante da "expulsão" do Ex-Prefeito João Paulo do palanque de Eduardo Campos por parte do Secretário Fernando Bezerra Coelho, inclsuive, com a rubrica do Governador, diga-se de passagem.

Agora o Ex-Prefeito tem totais chances de apoiar o projeto do Senador Jarbas Vasconcelos(PMDB) a voltar a governar Pernambuco. Cabe a João Paulo definir se continuará no PT e apoiará Jarbas Vasconcelos implicitamente, para poder disputar cadeira na Câmara dos Deputados, ou se ele será mais arrojado com uma atitude impactante: Sair do PT e filiar-se ao PMDB.

Nesta hipótese, o Ex-Prefeito ficaria impossibilitado de disputar mandato eletivo em 2010. Em compensação, ficaria livre para apoiar o projeto de Jarbas, e numa eventual vitória do Senador, João Paulo poderia se tornar um supersecretário e pavimentar sua candidatura ao Senado ou até mesmo disputar o Governo em 2014 com o apoio de Jarbas.

A ida de João Paulo para o partido e consequentemente para o palanque de Jarbas em 2010 seria uma grande derrota para o Governador Eduardo Campos.

João Paulo não tem espaço nem no PT nem no Governo, mesmo sendo a principal liderança política do grupo que sustenta o Governador Eduardo Campos, e se migrar para o palanque de Jarbas, levará consigo todo o seu prestígio político para o campo de forças que está na oposição.

Tudo depende das circunstâncias. E todas elas favorecem para uma aliança Jarbas/João Paulo já em 2010 visando o Governo de Pernambuco.

Atento ao movimento da internet, que se tornou uma das principais aliadas dos políticos para divulgarem seus trabalhos, o senador Sérgio Guerra (PSDB), presidente nacional da legenda, lançou ontem (24) o seu site oficial. A página (www.sergioguerra.org.br), além de destacar obras estruturais que tiveram participação do senador na sua aprovação ou na obtenção de recursos, traz conteúdo diferenciado dos demais sites políticos, uma vez que não trata apenas de temas do segmento, mas de arte, cultura, turismo – e apresenta um Sérgio Guerra que poucas pessoas conhecem – com seus gostos musicais, paixão pela arte e dicas culturais.

A página do senador valoriza as cores da bandeira de Pernambuco. Entre as sessões, o espaço Conheça Sérgio Guerra, onde as pessoas terão acesso às dicas dadas pelo senador como, por exemplo, novas descobertas musicais, pintores etc. Em outro link, a Pernambuco Arte e Cultura, os leitores encontraram informação sobre locais para visitar, no Recife e no Estado, eventos culturais, shows, entre outras informações.

No espaço conheça Sergio guerra, o site valoriza os artistas pernambucanos retratando telas do acervo particular do senador. Também revela peça publicitária valiosa de campanha do acervo do tucano, como um bico de pena, criado pelo pintor João Câmara, para uma de suas campanhas de deputado estadual nos anos 80, hoje transformada em quadro decorativo de seu escritório em Boa Viagem.

Por Cecília Ramos, de Política / JC

O aguardado encontro entre o governador de São Paulo, José Serra (PSDB) e o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) ocorreu ontem à noite, na capital paulista. Na pauta, a definição do futuro político de ambos. Serra deve ser anunciado até janeiro (e não março como ele queria) como candidato do PSDB a presidente da República nas eleições de 2010.

E Jarbas, por tabela, assumirá (ou não) a candidatura ao governo de Pernambuco. A reunião dos dois terminou por volta das 23h30 (horário de Brasília). O ex-governador de São Paulo e atual presidente do PMDB-SP, Orestes Quércia, teria participado.

A assessoria de imprensa do senador pernambucano confirmou apenas que houve a reunião entre Jarbas e Quércia. Porém, o encontro com Serra já estava no calendário do grupo. Jarbas retornou dos Estados Unidos no domingo, quando encerrou sua participação em evento da ONU, pelo Senado.

Ontem, em São Paulo, Serra e Jarbas colocaram as cartas da sucessão presidencial na mesa. O senador levou ao presidenciável o quadro interno do PMDB. A parte majoritária do partido apoia a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Roussef (PT). Outra ala apoia Serra e há os que defendem candidatura própria.

Jarbas é um dos principais entusiastas da candidatura de Serra. No ano passado, chegou a cobrar publicamente que o aliado viajasse pelo País. Serra e o governador de Minas Gerias, Aécio Neves, disputam a indicação do PSDB para disputar a Presidência. Mas Serra estaria em dúvida e Aécio cobra pressa.

Jarbas, que até então acreditava que a melhor estratégia era esconder o jogo, reviu os conceitos. Os motivos: a campanha de Dilma a todo vapor, tendo o presidente Lula (PT) como cabo-eleitoral, e a movimentação do presidenciável do PSB, deputado Ciro Gomes (CE) tirando intenções de votos de Serra.

A conversa de Jarbas com José Serra é considerada fundamental para o senador avançar nos entendimentos e decidir enfrentar o governador Eduardo Campos (PSB) no próximo ano.

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco está de posse de um verdadeiro dossiê de contratos irregulares na Secretaria de Turismo do Governo do Estado e deve usar o grande expediente esta semana, provavelmente amanhã, para mostrar a gravidade da situação.

Ouvida há pouco pelo blog, a deputada tucana Terezinha Nunes confirmou, mas fez uma ressalva: 'Não se trata de algo levantado por mim, mas pelo conjunto da oposição'. Segundo ela, as denúncias são gravíssimas e envolvem superfaturamento em cachês de artistas e promoção de eventos por parte de diversas prefeituras no Interior. A pasta de Turismo é pilotada pelo deputado estadual licenciado Sílvio Costa Filho, do PTB.

Blog do Magno

Coluna Magno Martins na Folha de Pernambuco

Deputados da oposição que sonham em ver Jarbas disputando o Governo do Estado em 2010, como o democrata André de Paula, estarão em peso na palestra do senador no Gere, de Braga Sá, na próxima quinta-feira, no Boi Preto.

O ex-prefeito do Recife, João Paulo, informa no programa Frente a Frente, que, agora desobrigado das funções no governo do Estado, diz que vai continuar tocando sua vida, administrando sua empresa e concluindo seu curso universitário. João Paulo diz que seu relacionamento político e pessoal com Eduardo continua, defendendo os mesmo projetos. Ele desmente e descarta uma possível aliança branca com o senador Jarbas Vasconcelos, argumentando que tem propostas que nem sempre se idenficam com o senador, embora com ele mantenha um bom relacionamento pessoal.

Quando à eleição para a direção do PT em Pernambuco, ele diz que esteve agora há pouco com o deputado Fernando Ferro, e sente que há realmente muitros questionamentos quanto aos métodos utilizados na eleição petistae aos resultados divulgados. João Paulo diz que seu grupo do Campo da Esquerda Unificado-CEU vai tomar uma posição em torno do que houve.

Blog do Magno

O senador Sérgio Guerra disse que nunca entendeu o motivo pelo qual o ex-prefeito João Paulo entrou no secretariado de Eduardo Campos, nem muito menos entende por que ele saiu. Guerra, que está no programa Frente a Frente, não acredita numa aliança branca com João Paulo, lembrando que João Paulo precisa do apoio de Eduardo e vice-versa.

O senador se reporta ao quadro em Pernambuco, e diz que, no caso de o senador Jarbas Vasconcelos disputar a eleição contra Eduardo Campos, será um adversário duro, e adianta que dispõe de pesquisas onde Jarbas bate Eduardo em várias regiões.

O senador garante, também, que os governadores Aécio Neves e José Serra já estão entendidos quanto à chapa oposicionista que vai enfrentar a ministra Dilma Roussef, minimizando o senador os resultados da pesquisa hoje divulgados, nos quais há sensível queda de Serra. O senador diz que não se preocupa, enfatizando que a chapa oposicionista vem para ganhar.

Blog do Magno

Por Braga Sá*

Aprendemos com os bons Samaritanos que de hora em hora Deus melhora. E os evolucionistas nos ensinam que a lei da vida é a evolução. E Deus, sendo brasileiro, abençoa esta terra bonita por natureza. Na prática, as teorias dos bons Samaritanos e dos evolucionistas podem ser enquadradas na categoria das boas intenções, ao menos em termos de saúde pública no Brasil, que secularmente padece sob a lei do Deus-dará.

Saúde pública em Pernambuco e no Brasil rima com a cantiga da perua, de pior a pior.

Ao falar na indigência da saúde pública, sei que não estou revelando nenhuma novidade, mas a maioria silenciosa da opinião pública parece anestesiada para não perceber esta realidade.

Menino de calças curtas na minha querida terra de Caruaru, há muitas eras no século passado, guardo na memória imagens do Hospital São Sebastião, da rede pública estadual, onde tantas vidas foram salvas, tantas dores aliviadas e tantos bálsamos de esperança foram destruídos, principalmente para os mais pobres, hoje chamados de excluídos, para usar um termo politicamente correto.

O Hospital São Sebastião cumpriu a sina do santo lendário. Martirizado, deixou de existir. Flechas imaginárias silenciaram o coração do Hospital São Sebastião. São flechadas verdadeiras do descaso governamental para com a saúde pública. O antigo Hospital São Sebastião é apenas um símbolo nesse sanatório nacional.

É certo que existe hoje o Hospital Regional de Caruaru. Medidas as proporções, seria o equivalente ao Hospital da Restauração do Recife. Centro de excelências em complexidades da Medicina, celeiro de profissionais da melhor qualificação, o Hospital da Restauração é uma ilha em meio a um oceano de carências, demandas e aflições sociais. O HR também é um símbolo de martírios na área de saúde pública de Pernambuco e do Brasil.

Eu e você, leitor de classe média, nós que dispomos de um plano de saúde privada, de atendimento menos ou mais satisfatório (esta é outra história), nós somos "privilegiados". Privilegiados, vírgula, por usufruir dos serviços essenciais de saúde sem precisar acordar de madrugada para padecer nas filas do SUS, dos postos de saúde municipal ou estadual, nos corredores dos hospitais. Afora os imponderáveis da vida e os desígnios do Supremo, a classe média tenta garantir uma sobrevivência condigna, condição mínima de cidadania.

Nós provedores do governo, assalariados, ricos e remediados, contribuintes do Imposto de Renda extorsivo, PIS, Cofins, IPI, de milhões de taxas e impostos, federais, estaduais, municipais, nós temos o direito de questionar os mais de 50 bilhões de reais orçamentários torrados no sumidouro Ministério da Saúde.

Criado há 20 anos para universalizar a saúde pública no Brasil, o SUS mantem-se como uma caixa preta indevassável. Gasta muito e gasta mal. Em paralelo, 40 milhões de brasileiros da classe média investem por conta própria o que seria da competência do governo.

De martírio em martírio, continuamos no ritmo da cantiga da perua, de pior a pior, apesar do oba-ôbado governo sobre milagres no dia de são nunca. Mas ainda tenho esperanças, pois temos um atento Ministério Público, com promotores e procuradores comprometidos com a ética e com o bem-estar da população, talvez por aí, um dia seja exterminado o martírio da saúde pública no Brasil.

*Braga Sá é advogado, secretário-adjunto de Projetos da Prefeitura de Ipojuca e Presidente do Grupo de Executivos do Recife (GERE).

Por Pierre Lucena do Acerto de Contas.

A construção do estádio em São Lourenço da Mata nos moldes que o Governo do Estado prometeu está próxima de micar. O Governador prometeu fazer o estádio com recursos da iniciativa privada, mas a empreiteira já avisou que isso dificilmente acontecerá.

Já estava desconfiado disso, mas depois de ir atrás da história, escutando algumas pessoas que estão nos dois lados da negociação, foi possível entender o rolo que se formou para a viabilidade do projeto inicial.

A Construtora Odebrecht, que iniciou a proposta de construção do estádio, já avisou ao Governo que aceita bancar a construção da Arena da Copa em troca do terreno para a construção do conjunto habitacional e do centro comercial, mas é preciso garantia de que o estádio não se transforme em um mausoléu. A rentabilidade excedente das moradias da Cidade da Copa com a valorização da área não é suficiente para a construção e manutenção do Estádio.

Há estimativas de margem de contribuição entre R$ 40 mil e R$ 50 mil de cada moradia para o Estádio se pagar. Essa parte da conta até fecha, mas é preciso viabilizar a utilização da Arena.

A conta só fecha realmente se os 3 grandes times de Recife aceitarem mandar todos os jogos do Campeonato Brasileiro (seja em que divisão for) no Estádio. O estádio mais rentável do Brasil é o Morumbi, que nem de longe consegue pagar sua manutenção e retornar o investimento realizado.

O Náutico já teria topado mandar seus jogos no Novo Estádio, pois poderia até ter outros planos para seu terreno nos Aflitos. Mas mesmo que aceitasse arrendar, não seria suficiente para retornar o investimento feito pela iniciativa privada. Falta conseguir o impossível: o aceite de Santa Cruz e Sport para mandar seus jogos no local, esquecendo o Arruda e a Ilha do Retiro.

A idéia de Arena Multiuso também não vingou, pois Recife não teria mercado suficiente para grandes eventos com frequência. Em resumo, não há viabilidade financeira sem recursos públicos.


A Odebrecht já tem a solução para a construção do Estádio e já apresentou ao Governo: uma licitação pública para a construção, e depois o arrendamento para algum clube, como aconteceu com o Engenhão no Rio de Janeiro. Em outras palavras, o Governo paga a conta do Estádio e a empreiteira se habilita para construir.

Um negócio da China, ou melhor…de São Lourenço da Mata. Essa é a configuração que está se arquitetando para a viabilização da Copa em Pernambuco: um projeto megalomaníaco de R$ 500 milhões às custas da patuléia.

Já se falou na recuperação do Arruda, estimada em R$ 200 milhões, mas o Governo do Estado não quer nem ouvir falar nesta hipótese. A construção da Arena é ponto de honra para o Governo Eduardo, que reza para que apareça algum interessado em assumir o projeto na licitação da PPP.

A verdade é que estão gestando um belo elefante branco com a conta sendo paga pelo contribuinte.

Da Agência Brasil

Um levantamento do Instituto Pró-Livro confirma que o brasileiro lê pouco. São 77 milhões de não leitores, dos quais 21 milhões são analfabetos. Já os leitores, que somam 95 milhões, leem, em média, 1,3 livro por ano. Incluídas as obras didáticas e pedagógicas, o número sobe para 4,7 – ainda assim baixo. Os dados estão na pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita com 5.012 pessoas em 311 municípios de todos os estados em 2007.

“O livro é pouco presente no imaginário do brasileiro”, explica o diretor do Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, Fabiano dos Santos.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a população lê, em média, 11 livros por ano. Já os franceses leem sete livros por ano, enquanto na Colômbia, a média é de 2,4 livros por ano. Os dados, de 2005, são da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), que integram o Instituto Pró-Livro.

Detalhes dos hábitos do brasileiro relacionados ao livro, revelados na pesquisa, atestam esta afirmação. O levantamento considera como não leitores aqueles que declararam não ter lido nenhum livro nos últimos três meses, ainda que tenha lido ocasionalmente ou em outros meses do ano.

Entre os leitores, 41% disseram que gostam muito de ler no tempo livre, enquanto 13% admitiram que não gostam. Também entre os 95 milhões de leitores brasileiros, 75% disseram que sentem prazer ao ler um livro, mas 22% sustentaram que leem apenas por obrigação.

Com as estatísticas nas mãos, Fabiano dos Santos diz que há dois caminhos a percorrer para fazer do Brasil um país de leitores: ampliar o acesso ao livro e investir na formação de leitores.

A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil sugere que a maior influência para a formação do hábito da leitura vem dos pais, o que explica o fato de que 63% dos não leitores informaram nunca terem visto os pais lendo.

Por outro lado, o levantamento sugere que o hábito de ler é consolidado na escola e quanto maior o nível de escolaridade, maior o tempo dedicado à leitura. Entre os entrevistados com ensino superior, há apenas 2% de não leitores e 20% disseram que dedicam entre quatro e dez horas por semana aos livros. Este índice cai para 12% entre estudantes do ensino médio.

“É em casa e na escola, que os leitores são formados. Depois dos pais, os professores são os maiores incentivadores, mas poucos têm a experiência da leitura. E, neste caso, fazer do aluno um leitor é uma mágica”, diz o diretor do Livro do Ministério da Cultura.

O professor de Literatura Dilvanio Albuquerque considera que o desinteresse do brasileiro pelos livros não pode ser atribuído apenas à família e à escola. “O problema é mais amplo. Não podemos falar que a culpa é da instituição, seja ela familiar ou escolar, porque, na verdade, o problema é cultural”.

Para o professor, até entre os universitários, o hábito da leitura não é comum, inclusive nos cursos em que o contato com a escrita é fundamental. “Normalmente a universidade não oferece um bom acervo. Moramos em um país em que os livros são caros e de difícil acesso”, disse.

O sistema eletrônico de votação brasileiro foi considerado inviolável depois de diversos testes de invasão realizados , por especialistas entre os dias 10 e 13 deste mês, sob a coordenação do ministro Ricardo Lewandowski, do Tribunal Superior Eleitoral, informa o site Consultor Jurídico. Os participantes que submeteram os testes mais sofisticados ao sistema foram premiados.

O primeiro deles, o consultor de Tecnologia da Informação na área de Segurança da Informação, Sérgio Freitas, recebeu R$ 5 mil. Ele concluiu que só seria possível captar os sinais eletromagnéticos de uma urna a 5 centímetros dela, 'para que fosse possível eventualmente decodificar os sinais e saber o que foi digitado'. Segundo ele, com essa distância, o equipamento estranho ficaria visível, pela sua estrutura física, o que não tornaria a experiência possível.

Os testes foram realizados com a presença de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA). Os demais premiados foram Fernando Andrade Martins de Araújo e a equipe da Controladoria Geral da União, em segundo lugar, Antônio Gil Borges de Barros e a equipe da Cáritas Informática, em terceiro. Os prêmios foram de R$ 3 mil e R$ 2 mil.

Blog do Magno

Os médicos que tratam do câncer do vice-presidente José Alencar ligaram para o Palácio do Jaburu, dia desses, com uma notícia excelente para ele: revelaram que, pelos últimos resultados, Alencar está 80% curado. Comemorou na hora com amigos presentes.

Com a notícia, a esposa, Mariza, mandou:

“Zé, temos que divulgar isso para todo mundo!”.

Ele, cauteloso, soltou no melhor estilo mineiro:

“Não, Mariza, se contarem para o povo, param de rezar para mim”. Gargalhada geral.

Alencar, mesmo colostomizado - e ele quer reverter a cirurgia, já disse a coluna - faz planos de se candidatar ao Senado por Minas de novo.


(Informe JB - Leandro Mazzini)

Se depender de Lula – e ele tem começado a dizer isso aos mais próximos, talvez para mandar recado –, o calendário de saída do governo dos ministros que disputarão as eleições será antecipado para janeiro. Lula acha que, se os novos ministros assumirem em abril, o ano tenderá a ficar rachado em dois, o que poderia atravancar a máquina governamental e atrasar obras que precisam ser concluídas.

O problema é que todos os atuais ministros querem ficar até o último dia permitido. Se pudessem, aliás, sairiam à meia-noite de 3 de abril. Ou seja, a menos que Lula bote todo mundo para fora, o que é improvável, os ministros farão cara de paisagem sobre o assunto. A um interlocutor, o presidente disse com jeitão irônico: “Eu estava pronto para ficar mais quatro anos; não vou ficar. Então, que pelo menos me deixem governar 2010 inteiro”.

Estrela principal de um seminário para estimular as mulheres a investirem no mercado de capitais, a outrora durona economista Elena Landau, dama de ferro das privatizações nos governos de Itamar Franco e de Fernando Henrique Cardoso, provocou risos ao alfinetar o estilo da ministra Dilma Rousseff, candidata a sucessora do presidente Lula.

"O grande problema da ministra-candidata é querer ser mais macho do que os homens. A mulher deve deixar claro que não é frágil, mas de maneira mais elegante, porque, senão, acaba sendo muito dura." Vindo dela, soa um tanto esquisito. Mas Landau emenda:

"Já vivi isso e, graças a Deus, tive quem me desse um toque do tipo: "Elena, pega leve!" É preciso ter cuidado para não perder a identidade feminina". Ex-diretora do BNDES de 1993 a 96, Landau mostrou que o tempo adoçou seus modos. Depois do furacão das privatizações, ela se formou em direito e hoje trabalha no escritório do advogado Sergio Bermudes.

(Mônica Bergamo - Folha de S.Paulo)

Kennedy Alencar - Folha de S.Paulo

A importância das eleições do PT pode ser medida por uma decisão do presidente Lula: ele não liberou seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, para ser candidato a presidente do partido. Julgou mais importante mantê-lo ao seu lado até o último minuto do governo. A decisão reflete a diferença de peso político entre o presidente e o seu partido. O PT virou uma máquina eleitoral refém da força de Lula, que coordena diretamente a oficiosa campanha presidencial de Dilma Rousseff e determina ao partido quais sacrifícios devem ser feitos pela aliança com o PMDB e outras siglas aliadas.

José Eduardo Dutra, ex-senador e ex-presidente da BR Distribuidora, será eleito. Moderado, é uma liderança fraca. Virou candidato porque Lula acha pouco deixar seu mais importante auxiliar presidir o PT. Desde o escândalo dos aloprados, em 2006, a gestão de Ricardo Berzoini vem se arrastando. Lula dará graças a Deus de que haverá troca na tesouraria -rumores de 'modus operandi' semelhante ao de Delúbio Soares são frequentes no partido. Mesmo assim, figuras ilustres do episódio do mensalão recuperarão influência na máquina petista. Todos integram a chapa vencedora.

Num PT apaziguado e que tenta reescrever a história do mensalão, que teria sido uma conspiração nas palavras mais recentes de Lula, o presidente continuará a dar as cartas. O PT seguirá como coadjuvante daquele que deverá deixar a Presidência como o líder político mais popular da história do Brasil. Se Dilma for eleita, Lula será sua âncora política e talvez não concorra ao Planalto em 2014. Se a ministra perder, sua candidatura será posta na rua no dia seguinte.

Na coluna que mantenho no jornal Gazeta Nossa, previ que João Paulo seria rifado da chapa majoritária de Eduardo Campos em 2010 e que tinha sido um equívoco o Ex-Prefeito assumir a Secretaria de Articulação Regional.

Seguem abaixo as duas:

26/05/2009.

João Paulo rifado da majoritária

Está mais do que nítida a movimentação de setores do Partido dos Trabalhadores (leia-se o grupo ligado ao Secretário Humberto Costa), para rifar o ex-prefeito do Recife da chapa majoritária que tentará reeleger o Governador Eduardo Campos (PSB). O que deixa todos que acompanham a política estarrecidos é que tal prática tem a rubrica do Governador. Levando-se em consideração que o apoio de João Paulo foi fundamental para sua vitória, e o histórico político-eleitoral do ex-prefeito mostra que ele é a maior força do Partido dos Trabalhadores em Pernambuco. As movimentações são claras, e têm um único objetivo: Tirar aquele que foi o verdadeiro representante do povo da mídia, e acabar com sua trajetória vitoriosa. Isso nada mais é do que pura inveja e total desrespeito para com a história de João Paulo e o carinho que o povo tem por ele. Resta saber se João Paulo vai aceitar o papel de um simples coadjuvante na chapa socialista, sendo candidato apenas a deputado dederal, ou se ele procurará outros caminhos para se tornar senador da República, ou até mesmo Governador de Pernambuco já em 2010. Mudar de partido, ele pode. Afinal, não tem mandato e uma mudança agora não o prejudicaria sob hipótese alguma.

Amig@s,

Estamos a partir de agora com um novo blog. Com ele esperamos uma maior sinergia com os internautas para discutirmos temas relevantes para a sociedade. Continuaremos com o mesmo modo de trabalho, escrevendo artigos, fazendo denúncias, ouvindo a sociedade, etc...

Espero que vocês gostem da nova forma do Blog que se torna cada vez mais plural e cada vez mais democrático.

Esse novo modelo do Blog é um sonho que este editor tinha e foi proporcionado gradativamente. Estamos próximos dos 2 anos de blog, em janeiro iremos comemorar a idade nova e por isso ele precisava de uma repaginada.

Aguardamos sugestões para buscarmos incessantemente a melhoria desse espaço que é, sem dúvidas, do povo de Recife e de Pernambuco.

Um abraço,
Edmar Lyra Filho.

Por Júlio Lóssio*

Deu no jornal:

O pré-candidato à presidência da república, Ciro Gomes, afirma: “Juntaremos os políticos decentes em apoio a candidatura do Governador Aécio Neves à Presidência da Republica”

A princípio, lamentei ver o governador Aécio Neves, cuja história e genética estão diretamente ligadas a conciliação e ao espírito democrático, permitir que a escolha do principal candidato das oposições a Presidente da República siga o caminho da desconstrução política o que colide frontalmente com a filosofia propositiva com foco em resultados praticada pelo governador José Serra e pelo próprio governador Aécio Neves, cujos resultados encontram apoio popular respaldado no resultado das urnas.

Como admirador confesso do governador Serra, sinto-me pessoalmente ofendido com a afirmação do deputado Ciro Gomes que traz, ao nosso ver, uma definição própria e equivocada do que seja decência.

Se não vejamos:

Ciro Gomes iniciou sua vida pública como candidato a vice-presidente da UNE, na chapa Maioria, que, na época, foi vista como uma tentativa da direita em influenciar o ambiente estudantil, e aí inicia-se uma longa trajetória de atos de decência.

Jose Serra foi presidente da UNE e, por sua posição em defesa do estado democrático de direito, foi perseguido e exilado.

Ciro adentrou na política partidária como filiado do PDS, partido sucessor da ARENA, que dava sustentação à ditadura militar. Contudo, no ano de 2002, o então candidato a Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou que havia combatido a ditadura militar numa atitude de muita decência.

Ciro mudou para o PMDB, depois para o PSDB, tendo inclusive apoiado Mário Covas para presidente nas eleições de 1989. Mário Covas, que foi o grande patrocinador do PSDB paulista, hoje tão criticado e agredido pelo deputado cearense, ou melhor, pelo deputado paulista Ciro Gomes, numa atitude sem dúvida decente.

Ciro ainda filiou-se ao PPS para concorrer à Presidência da República. Contudo, a posição crítica do presidente da legenda Roberto Freire às mazelas do governo federal, cristalizadas no escândalo do mensalão, fizeram o eterno governista Ciro Gomes, em mais uma atitude de muita decência, abandonar o partido.

Ciro busca então abrigo no PSB de Miguel Arraes que como Serra e Dilma foram perseguidos pela defesa da democracia.

O governador Serra foi reconhecidamente o melhor ministro da saúde do Brasil. Já o deputado Ciro Gomes teve sua passagem no Ministério da Integração marcada pela truculência estampada no modo decente com que tratou a atriz Letícia Sabatella e o Frei Cappio pelo simples fato de exercerem o direito democrático do contraditório.

Por contrariar o então ministro Ciro Gomes, o deputado ACM Neto foi classificado de “tampinha” e “anão moral”, contrariando o Senador Antônio Carlos Magalhães, cuja mão foi beijada pelo candidato Ciro Gomes em mais uma atitude decente.

Por fim, contrariando a orientação do seu partido, do presidente da legenda, governador Eduardo Campos e do próprio presidente Lula, que orientam apoio velado à ministra Dilma, afirmou Ciro Gomes que daria apoio a candidatura da oposição encabeçada pelo PSDB, caso o candidato escolhido fosse o mineiro Aécio Neves. Estaria o Deputado Ciro Gomes traindo a liderança do Presidente Lula e do governo Eduardo Campos, ou estaria ele a serviço da desconstrução da candidatura do governador Serra? Em qualquer um dos casos mais uma atitude de muita decência.

Portanto, a nova definição de decência cuja “cirogramática” caracterizou, me faz concluir que não quero ser decente. Prefiro a dissidência. A dissidência de Jarbas, a dissidência de Pedro Simon. Voto Serra. Se não, voto na dissidência de Marina e até em Dilma. Não votarei na decência. Sou dissidente.

*Júlio Lóssio é prefeito de Petrolina.

Após o anúncio da entrega do cargo de Secretário de Articulação Regional do Estado pelo Ex-Prefeito do Recife João Paulo (PT), vários desdobramentos ocorrerão visando 2010 no campo governista.

João Paulo, com essa decisão, definitivamente sai do páreo para a indicação para o senado na chapa do Governador Eduardo Campos. O que, na verdade, já era esperado. Afinal, João Paulo nunca foi muito "digerido" pelos aliados do Governador. E, sabia-se que mais cedo ou mais tarde, ele seria rifado do processo majoritário de 2010.

Com essa decisão, o caminho fica totalmente livre para o projeto do Secretário de Desenvolvimento Econômico Fernando Bezerra Coelho (PSB) se candidatar ao Senado na chapa do Governador.

Além do mais, o cargo de vice-governador que já estava em negociação desde o início do ano, será ocupado pelo atual Secretário das Cidades, Humberto Costa (PT), visando a contrapartida do partido por não indicar alguém para o Senado.

O atual vice-governador João Lyra Neto (PDT) poderá disputar cadeira na Câmara dos Deputados, ou continuar no governo como Secretário de Saúde, caso Eduardo Campos seja reeleito.

E João Paulo, maior expoente da esquerda na região metropolitana, teve sua carreira majoritária encerrada, após dar uma derrota histórica às forças que governavam Pernambuco de 1999 a 2006. Quando venceu o, quase imbatível, Roberto Magalhães em 2000.

Esse processo de poder em Pernambuco da Frente Popular passou inicialmente por esta vitória de João Paulo, bem como depois, pela sua reeleição, e em 2006, sendo peça importante para a eleição do Governador Eduardo Campos.

Porém, as pessoas não reconhecem o que os grandes líderes são capazes. Apesar de ter sua carreira praticamente encerrada ao ser apenas Deputado Federal, João Paulo já entrou para a história do Recife como um líder, de fato, do povo.

O Grupo de Executivos do Recife realizará um almoço-homenagem ao Senador e Ex-Governador Jarbas Vasconcelos(PMDB) no dia 26 de Novembro de 2009 às 12:00hs no Salão de Eventos do Restaurante Boi Preto, Av. Boa Viagem.

Por Edmar Lyra

Desde a última quarta-feira, a choradeira é uma só. A torcida do Sport e sua diretoria estão reclamando por causa do apito do árbitro que "confundiu" os jogadores. Onde, não havia sequer condições de impedimento no gol do Palmeiras, pois, o jogador do Sport dava plenas condições para o gol do alviverde paulista.

O resultado apenas sacramentou a queda de um time que foi extremamente arrogante por ter sido campeão da Copa do Brasil em 2008, durante o ano de 2009, afinal, diziam os rubro-negros que iriam rumo a Dubai, ou seja, seriam campeões da taça Libertadores da América. Não quero desmerecer a campanha do clube na Libertadores, foi digna de um time guerreiro. Fez bonito, mas querer ser campeão era demais para um time que era apenas "esforçado".

A queda do Sport demonstra a ineficiência de gestão que o Clube tem. Afinal, faz parte de um seleto grupo de clubes que ganham muito mais do que os demais clubes do país. A entrada do Sport no Clube dos 13 só teve um sentido: desnivelar o futebol pernambucano.

Mesmo assim, o Sport não é digno de quem recebe muito mais do que seus dois principais adversários juntos. As campanhas do Sport aqui em Pernambuco são muito aquém dos R$ 13 milhões que o clube recebia quando estava fazendo parte da Série A do brasileiro. Mas, mesmo assim, o Sport, de vez em quando precisa de uma "mãozinha" da arbitragem para vencer seus jogos contra times medianos do futebol pernambucano.

Agora, querer reclamar de arbitragem é um posicionamento ridículo. Querem aproveitar um erro singelo para se eximir da culpa de serem incompetentes. O Sport tem dinheiro demais para competência de menos. Erros de arbitragem existem. Inclusive, o Sport venceu a Copa do Brasil por conta de um erro de arbitragem favorecendo o rubro-negro pernambucano contra o Corinthians na Ilha do Retiro.

Isso faz parte. O que o Sport deveria fazer era se preocupar com as dívidas trabalhistas que tem e tentar se reestruturar para jogar a Série B. Porque, se for nessa "pisadinha", o que vai acontecer com o "glorioso" Sport Clube do Recife é o mesmo que aconteceu com o Santa Cruz Futebol Clube.

Tem mais, aposto com qualquer um, que se o Sport tivesse a mesma receita que Nautico e Santa Cruz, o Sport não chegaria aos pés dos adversários. A superioridade que os rubro-negros se gabam, é apenas por conta da discrepância financeira do futebol pernambucano.

A derrocada do Santa Cruz iniciou em 2006 quando perdeu nos pênaltis o Campeonato Pernambucano para o Sport. Já a derrocada do Sport começou na eliminação da Libertadores contra o Palmeiras. A tendência é que em 2011 ambos se encontrem na Série C do futebol brasileiro. E digo mais: É capaz do Santa Cruz voltar a Série A primeiro do que o Sport.

Por Edmar Lyra

A cúpula do PSDB, sob o comando do Senador Sérgio Guerra, trabalhou dia e noite para convencer o Governador Aécio Neves a aceitar o posto de Vice-Presidente na chapa que será encabeçada pelo Governador José Serra a Presidênca da República em 2010. Porém, o governador mineiro não aceitou sob hipótese alguma tal convocação. Aécio tem lá seus motivos. Até porque, eleição presidencial é arriscada, sobretudo quando se está na oposição, e numa chapa puro-sangue arriscariam dois nomes potenciais para exercer o cargo de Presidente da República de uma vez só. Se vencer, ótimo. E se perder? É preferível nem comentar.

Portanto, observando esta hipótese, é legítimo que o Governador Aécio Neves dispute o Senado por Minas Gerais e apoie o projeto Serra Presidente disputando um mandato majoritário em seu estado. Ele poderá agregar mais ao candidato Serra disputando o Senado do que sendo o Vice-Presidente.

Diante desse fato, surge a discussão de quem seria o vice de Serra nesta disputa dificilima contra a candidata de Lula. Ora, José Serra tem um perfil de gestor público, é um dos melhores governadores do país, já foi candidato a Presidente da República, lidera todas as pesquisas de intenção de voto.

Precisa de um vice que seja do Nordeste ou do Norte do país e que tenha uma origem parecida com a da maioria dos brasileiros, uma origem parecida com a do Presidente Lula, venerado por todos os brasileiros. Essa pessoa é a Senadora Marina Silva(PV-AC).

Marina Silva vai agregar muito valor à chapa de Serra, além do mais, conseguirá aglutinar outros apoios partidários como o PR, PTB, PDT, entre outros ao palanque do Governador Serra. Esperamos também que o Governador Serra defina sua candidatura o quanto antes. Afinal, a candidata oficial está andando o Brasil inteiro, inaugurando obras, fazendo campanha com dinheiro público.