Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina

Carta publicada no Diário de Pernambuco 31.01.2009

{ Posted on 20:43 by Edmar Lyra Filho }
Rua esburacada

Infelizmente, tenho novamente que denunciar o descaso da Prefeitura do Recife em relação à manutenção de algumas ruas da cidade. Em dezembro denunciei que a Rua Dr. João Guilherme de Pontes Sobrinho na esquina com a Rua Ernesto de Paula Santos estava esburacada, mas não observamos nenhumaatitude da prefeitura. Os moradores e transeuntes continuam sendo prejudicados com o buraco, e em momentos de chuva a rua fica toda alagada. Os moradores da área pedem solução deste problema urgentemente, porque já tem mais de um ano que a cratera está atrapalhando o fluxo na rua. Edmar Lyra - Recife

http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/01/31/Cartas.asp

Não coloquem Raul Henry na fogueira...

{ Posted on 13:56 by Edmar Lyra Filho }
Apesar de ter todo o respeito e admiração pelo Deputado Raul Henry, não acho viável e muito interessante uma candidatura a Governador dele não.

De todos os possíveis candidatos ao Governo de Pernambuco pela extinta União por Pernambuco, o único que não tem nada a perder na disputa é o Senador Jarbas Vasconcelos. Que está no meio do seu mandato.

Raul Henry tem uma carreira política interessante, mas, lembrem-se. Ele está no primeiro mandato de Deputado Federal. Tem sua reeleição garantida e mesmo o grupo político do qual faz parte não ganhe o Governo de Pernambuco. Ele provavelmente será aliado do Presidente, numa eventual vitória de José Serra.

É natural que isso não será discutido agora, mas, numa eventual vitória de José Serra. Ele poderá aproveitar quadros políticos de Pernambuco para exercer funções importantes em seu governo. Tendo Sérgio Guerra como possível Ministro. Além de Mendonça Filho que já foi tudo o que um homem público poderia querer ser. Com apenas 42 anos, capacidade técnica reconhecida, ele pode ser viabilizado como Ministro de Serra.

Raul Henry pode não pegar um Ministério, mas quem sabe uma liderança do Governo, uma liderança do partido, ou a presidência de uma comissão importante na Câmara Federal que lhe dê visibilidade também.

No Governo Lula tivemos Humberto Costa, Eduardo Campos e José Múcio Monteiro como ministros. Nos Governos Fernando Henrique/Itamar Franco, salvo engano, tivemos Gustavo Krause e José Jorge como ministros. Uma prova de que nosso estado não fica de fora de qualquer governo federal. Pois, tem políticos reconhecidos nacionalmente.

Então, a melhor alternativa é a candidatura do Senador Jarbas Vasconcelos para o Governo. Se por via das dúvidas, ninguém quiser disputar. É melhor colocar pessoas que não tenham nada a perder sendo candidato. Como por exemplo o empresário João Carlos Paes Mendonça. O Deputado Roberto Magalhães que já sinalizou que não disputará a reeleição, entre outras.

Agora, colocar Raul Henry nessa disputa é colocar na fogueira um dos melhores quadros da aliança para pleitos futuros. Eduardo Campos está disputando a reeleição. Sabe-se que quem disputa a reeleição tem boas chances de vitória, tá com meio caminho andado pra isso. Então, ou se bota um "arrasa-quarteirão", no caso, Jarbas Vasconcelos. Ou se bota alguém que não tem nada a perder. No caso, empresários sem mandato, ou políticos que não têm mais tanta aspiração na política.

Por falar em cosas da itália...

{ Posted on 13:12 by Edmar Lyra Filho }

As prévias tucanas e os fatos.

{ Posted on 13:01 by Edmar Lyra Filho }
Por Reinaldo Azevedo

Prévias partidárias, como quer o governador Aécio Neves (MG) para o PSDB, são uma boa idéia? Por que não? Quanto mais debatido o processo, mais depurado. Essas coisas me lembram certas teses gerais a respeito do homem ou da sociedade. “Você é favorável a que cada indivíduo lute para conquistar tudo aquilo que deseja?” Sou, claro! Mas como ele vai fazer? Bem, os problemas acabaram de começar, não é?

Se olharmos para os Estados Unidos — especialmente para o obamocentrismo (já defini o que é isso neste blog) —, parece irresistível aderir de pronto àquele modelo. Com efeito, poucos se lembram de considerar que o demônio (deles, não meu) aposentado George W. Bush saiu do mesmo modelo que deu à luz o Salvador. Mas volto ao ponto: “Olhem como as primárias americanas realmente serviram para ‘engajar’ o eleitorado americano”.

Uma tradição é algo mais do que a escolha de um mecanismo de seleção de candidatos. Nos EUA, as eleições primárias são apenas uma das manifestações de um modelo realmente federalista, cuja realização máxima é a escolha do presidente por um colégio eleitoral formado a partir do resultado nos estados. Nas duas eleições de Bush Harmodeu, muitos se lembraram de acusar o envelhecimento daquele modelo; já na eleição do Obama, o Enviado, o sistema foi exaltado. É o que se chama de arbitragem sobre o princípio a partir das conseqüências.

Sigamos. O sistema americano contempla que Hillary Clinton possa chamar o candidato Obama de arrogante e despreparado num dia e, cinco meses depois, seja um dos nomes principais da equipe do presidente Obama. Porque a regra do jogo — PARA TODOS OS JOGADORES — é esta mesma: “Vá à luta, tente conquistar os eleitores nos Estados; o vencedor, de fato, ficará com todas as batatas (os convencionais). E aí partimos para o confronto com os nossos adversários”. Como todos sabemos, nos EUA, democrata não ameaça se bandear para o lado republicano se for derrotado na disputa interna — tampouco acontece o contrário. Da mesma sorte, democratas e republicanos não se juntam numa chapa única em, sei lá, “benefício do povo americano”. A convergência, por lá, se dá em defesa do sistema, não para dividir o poder. Palmeirense é palmeirense. Corintiano é corintiano. Desde criancinha.

Prévias são apenas um dado num conjunto que organiza a disputa eleitoral. Assim como os democratas se esfalfam para chegar ao nome que mais agrade ao partido, os republicanos fazem a mesma coisa. Não se tem o confronto esganiçado de um lado contra a ordem unida de outro. E noto que, ainda assim, Hillary Clinton foi bastante pressionada a retirar seu pleito em favor de Obama: temia-se que o prolongamento do conflito fosse útil aos republicanos. E teria sido mesmo. A sorte eleitoral de Obama foi a crise ter explodido antes da eleição. Não custa lembrar que, mesmo num cenário de terra arrasada, num universo de 120 milhões de votos, pouco mais de oito milhões separaram o democrata do republicano: muito pouco se considerarmos o arco de apoios de Obama, o Iluminado. Sem a crise, talvez Hillary tivesse feito por McCain o que McCain não conseguiu fazer por si mesmo.

Voltemos ao PSDB. Projetemos a realidade de agora para um futuro próximo. Uma das pautas permanentes do jornalismo político é evidenciar as dissensões entre Aécio Neves e José Serra. E isso sem um mecanismo formal de disputa estabelecido. Imaginem se houver um. Gestões terão de ser confrontadas, e haverá o estímulo natural ao processo de desconstrução de imagem do “outro”. Mais: as prévias se realizariam num ambiente de crise econômica mundial e, evidentemente, nacional. Seria grande a demanda por antecipação de medidas. “A política monetária será a mesma? E o Banco Central? Vai ser independente?”

“Ah, tanto melhor, Reinaldo”. É, só é preciso ver para quem. E do “outro lado”? Como estaria a sanguinolenta disputa no PT para definir o candidato? QUE DISPUTA? QUE CONFRONTO? Não existirá. Ao contrário. Os tucanos ficariam entre tapas e tapas, os petistas exibiram reiteradas evidências de unidade. E poderiam dizer, com óbvia razão prática: “Vejam, brasileiros, eles não se entendem nem antes de ganhar as eleições; imaginem, então, se voltarem ao poder; vai ser uma briga infernal, uma bagunça”.

Alguns partidários de Aécio Neves não hesitariam em classificar este texto como, digamos, “serrista” — ainda que eu não tenha lido nenhuma declaração do governador Serra contra as prévias. Bobagem! Estou escrevendo um texto, se me permitem o neologismo, “OBVISTA”. Ora, confronto de um lado, união do outro, adivinhem que reunirá as melhores condições objetivas para vencer.

Ademais, existe uma lógica no processo — e, de novo, se querem evocar a experiência americana, é bom que ela seja inteira. Nas prévias nos EUA, é o eleitorado quem de fato vota, não apenas os “convencionais” ou filiados. Serra lidera, com larga vantagem, as pesquisas de opinião. O que é verdade para o eleitorado no seu conjunto deve ser também verdadeiro para uma parte dele: a parcela do PSDB, não? Ou alguém ousaria formar um colégio eleitoral que não reproduzisse a vontade da maioria dos eleitores, sejam eles tucanos ou não? Assim, o argumento de que o governador de São Paulo pode ser o candidato da cúpula, mas não das bases, não encontra respaldo nos números. “Ah, mas essa é a verdade hoje; não quer dizer que continue assim em outubro do ano que vem”. Bem, gente, em questões políticas e sociais, a verdade será sempre a verdade de um determinado tempo. Pode-se escolher ignorá-la em nome da "verdade futura". É um modo de ver as coisas.

Mas, claro, conto com a possibilidade de estar errado e de a disputa tucana realmente incendiar os corações, evidenciando para os brasileiros que aquele monolitismo petista não é bom para o Brasil. Se a história serve para alguma coisa, não custa lembrar que, unidos, os tucanos venceram o PT duas vezes. Desunidos, tomaram duas surras. Questão de fato, não de gosto.

A marolinha de Lula - Brasil pode ter crescimento negativo, diz Roubini

{ Posted on 12:59 by Edmar Lyra Filho }
Por Fernando Dantas, no Estadão:

O Brasil vai acompanhar o resto do mundo num pouso forçado em 2009, com a possibilidade até de ter crescimento negativo, segundo Nouriel Roubini, o prestigiado economista que previu com mais precisão o grande cataclisma financeiro que se abateu sobre a economia global a partir de setembro do ano passado. "O crescimento no Brasil pode ser próximo de zero, pode ser 1%, ou pode até acabar sendo negativo; mas para um país como o Brasil, que tem problemas de pobreza e subdesenvolvimento, qualquer coisa abaixo de 3% já é um pouso forçado", disse Roubini em Davos nesta quarta-feira, 28, de manhã, em conversa com jornalistas, enquanto se preparava para uma maratona de encontro e debates durante o Fórum Econômico Mundial.
Ironicamente, quanto pior fica a economia global, mais sobe o cacife de Roubini, que nos encontros anuais do Fórum em anos recentes previu consistentemente que se caminhava para o desastre. A seguir, alguns dos principais pontos da conversa com Nouriel Roubini.

Economia global
O melhor cenário é aquele no qual só há recuperação em 2010, com um crescimento em torno de 1% nas economia avançadas, mas que vai parecer ainda recessão, com o desemprego continuando a subir. O pior cenário é o de uma estagnação ao estilo japonês por vários anos. Assim, teremos sorte se for apenas uma contração muito feia durante dois anos. Eu diria que há 2/3 de chance de uma contração de dois anos, e 1/3 de uma estagnação de vários anos.
Os dois principais motores do crescimento global são os Estados Unidos, do lado do consumo, e a China, do lado da produção. O primeiro entrou em colapso, e o segundo está caindo. Então você tem basicamente uma aeronave da economia global sem motores de crescimento. O que está acontecendo neste exato momento é um pouso forçado maciço, a primeira recessão global sincronizada, afetando as economias avançadas e os mercados emergentes. Não houve isso nos últimos 50 anos. Esta é a pior crise financeira desde a Grande Depressão. É realmente assustador.

Obama
Eu acho que ele é um grande presidente, é inteligente, carismático, e escolheu uma excelente equipe econômica, Larry Summers (chefe do Conselho Econômico Nacional) e Tim Geithner (Secretário do Tesouro), que vai tentar fazer coisas de forma agressiva e forçada. Mas mesmo o melhor plano, que seja desenhado e implementado com a velocidade suficiente, só vai fazer alguma diferença em 2010. Não vai haver nenhuma recuperação do crescimento este ano, nem nenhuma recuperação do mercado financeiro. O sistema bancário americano está insolvente, as suas perdas esperadas são maiores do que o seu capital. O Tarp 1 e Tarp 2 (programa de saneamento bancário de US$ 700 bilhões lançado pelo ex-presidente George W. Bush, e implementado em duas etapas de US$ 350 bilhões) não são suficienteS. Você precisa de mais US$ 1 trilhão, US$ 1,5 trilhão de dinheiro para recapitalizar os bancos. É um problema fiscal maciço.

Brasil
O crescimento no Brasil pode ser próximo de zero, pode ser 1%, ou pode até acabar sendo negativo. Mas para um país como o Brasil, que tem problemas de pobreza e subdesenvolvimento, qualquer coisa abaixo de 3% é um pouso forçado. Os mercados emergentes crescem potencialmente 6% a 7%, mas agora a média vai ser 2%. Isto é como se fosse uma recessão, mesmo que tecnicamente seja crescimento positivo. É tão fraco que a renda per capita real não está crescendo, o que para mim significa pouso forçado no Brasil, na América Latina, na Ásia, nos mercados emergentes.

Lula decide ampliar o Bolsa Família

{ Posted on 12:58 by Edmar Lyra Filho }
Por Lisandra Paraguassú, no Estadão On Line:

O governo federal decidiu hoje aumentar o limite de renda das famílias que podem ser beneficiadas pelo programa Bolsa Família. A partir de agora, para serem atendidas, as famílias precisam ter uma renda per capita máxima de R$ 137 mensais. Atualmente, essa renda é de R$ 120. No total, isso significa a inclusão de mais 1,8 milhões de famílias no programa.

A medida foi tomada hoje em reunião entre o presidente Luiz Inácio e o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, em uma decisão política. Com base em estudos do Institutos de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o governo federal conclui que era necessário ampliar as famílias atendidas como forma de minorar os efeitos da crise econômica entre os mais pobres.

Atualmente, o programa atende 11,1 milhão de famílias. A previsão é que, com o reajuste do teto de renda, esse número chegue a 12,9 milhões. No entanto, neste ano deverão ser atendidas apenas 1,3 milhão: 300 mil já serão incluídas em maio, 500 mil em agosto e 500 mil em outubro. Essas famílias já estão no Cadastro Único do Bolsa Família, que possui o levantamento de famílias pobres do País em que o Ministério baseia a seleção para o programa. As 500 mil que faltam ainda terão que ser cadastradas por Estados e Municípios, em um trabalho que deverá ser feito ao longo de todo este ano.

O reajuste do teto significa que famílias hoje consideradas não pobres o suficiente passarão a entrar no programa. Levando-se em conta uma família média, formada por quatro pessoas, agora poderá ser beneficiado tendo como base uma renda mensal de apenas de R$ 548. O teto para ser considerado extremamente pobre também muda, passando de R$ 60 para R$ 68,5 - ou seja, uma renda de R$ 274 mensais para quatro pessoas.

Levando-se em consideração o valor médio pago por família hoje, de R$ 85, o orçamento do programa poderá subir em até R$ 1,8 bilhão por ano. No entanto, a maior possibilidade é que essas novas famílias não sejam todas enquadradas entre as extremamente pobres, o que pode reduzir esse valor. Este ano, o orçamento do programa, de R$ 12 bilhões, já é 10% maior do que em 2008.

O Bolsa Família paga hoje, para as famílias extremamente pobres, um benefício fixo de R$ 62 mais R$ 20 por criança entre 0 e 15 anos, em um limite de três por família, além de mais R$ 30 por jovens de 16 e 17 anos, em um máximo de dois. Para as famílias com renda per capita agora entre R$ 68,50 e R$ 137, são pagos apenas os valores variáveis por crianças e jovens. Os valores dos benefícios, já reajustados em junho do ano passado, não serão aumentados agora.

Líder do PMDB projeta vitória de Sarney por vinte votos de diferença

{ Posted on 12:55 by Edmar Lyra Filho }
O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), projetou uma diferença aproximada de vinte votos pró-José Sarney (PMDB) na disputa pela presidência do Senado contra Tião Viana (PT). “É difícil fazer uma previsão precisa, porque o voto será secreto, mas a tendência é que seja aproximadamente 50 a 30 para Sarney”, arriscou o senador, em entrevista à Rádio Folha FM, nessa manhã. As eleições para as mesas diretoras da Câmara e do Senado acontecem na próxima segunda-feira (2).

Raupp também considerou normal a volta de Renan Calheiros (PMDB) como líder da bancada peemedebista, ressaltando que o correligionário sempre exerceu grande influência no partido. Sobre o posicionamento de Jarbas Vasconcelos (PMDB), que se colocou contrariamente às indicações tanto de Sarney como de Renan, o atual líder disse que não foi nenhuma surpresa. “O senador Jarbas é um político de renome nacional, mas que sempre vem divergindo da bancada, seja nas votações de plenário e comissões como nas questões internas. Esse é o estilo dele que nós respeitamos democraticamente”, disse. Após deixar o cargo de líder do PMDB, Raupp revelou que pode assumir a liderança do Governo Lula no Senado ou a presidência de alguma comissão.

Traições devem levar Temer ao 2º turno na Câmara

{ Posted on 12:53 by Edmar Lyra Filho }
De Gerson Camarotti, Maria Lima e Adriana Vasconcelos em O Globo:

A cinco dias da eleição do novo presidente da Câmara, o Planalto acionou o sinal de alerta diante da contabilidade indicando que Michel Temer (PMDB-SP), apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reduziu significativamente sua vantagem, por conta da acirrada disputa de bastidores pelos cobiçados cargos da Mesa. Temer concorre com o apoio institucional de 422 deputados e conta agora com cerca de 300 votos. Com esse número estaria eleito - são necessários 257 votos -, mas é uma margem frágil diante das ameaças de traição que vêm de todos os partidos, inclusive do PMDB.

Charge - Néo

{ Posted on 12:51 by Edmar Lyra Filho }

“Torço para que Jarbas seja candidato”

{ Posted on 12:45 by Edmar Lyra Filho }

Ainda que todos da antiga União por Pernambuco neguem que seja a hora de definir o nome para a disputa majoritária em 2010, cresce a possibilidade de que o projeto de poder do grupo seja mais uma vez ancorado na figura de Jarbas Vasconcelos (PMDB). Em entrevista à Rádio Folha, o novo líder da oposição da Assembléia, deputado estadual Augusto Coutinho (DEM) evidenciou esse sentimento. "Torço para que Jarbas seja candidato, para que a gente possa fazer junto com a população uma comparação entre o governo atual e o passado. Como se diz no jargão esportivo, seria um clássico. Acho que seria um bom embate que o povo pernambucano merece", opinou.

Coutinho também disse acreditar que o senador peemedebista toparia a disputa ainda que contra a sua vontade contrária inicial, e afastou a tese de que o mesmo temeria uma derrota eleitoral. "Ele já sinalizou isso dizendo que quem definirá isso são os partidos. Não tenho dúvida que com o apelo dos partidos e por sua viabilidade eleitoral ele vai atender ao chamamento", projetou o deputado.

Na entrevista, o líder oposicionista também descredenciou a popularidade do governador Eduardo Campos (PSB). "O governador vive à sombra do Governo Federal. É uma gestão que vive à espuma do presidente Lula, o que é muito perigoso", afirmou. Segundo Coutinho, no momento adequado a população avaliará o não cumprimento das promessas de campanha do governador, sobretudo na saúde e segurança, áreas que classificou como "caóticas".

CNI: confiança do empresário é a menor em 10 anos

{ Posted on 18:20 by Edmar Lyra Filho }
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de janeiro de 2009 ficou abaixo dos 50 pontos, o que indica falta de confiança dos empresários, segundo a pesquisa divulgada há pouco pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice de 47,4 pontos registrado neste mês é o mais baixo desde janeiro de 1999. O indicador não ficava abaixo da linha dos 50 pontos desde outubro de 2002.

Na comparação com a última pesquisa divulgada, em outubro de 2008, o ICEI de janeiro de 2009 caiu 5,1 pontos. Em relação ao mesmo período do ano passado, o indicador caiu 14,4 pontos. A perda de confiança é mais intensa entre as empresas de maior porte, segundo o levantamento da CNI com os empresários de todos os Estados.

Os índices de todos os portes de empresa registraram recuo na comparação com o mês de outubro. No caso das empresas de médio e grande porte, os empresários não estão confiantes: índices de 45,3 e 47,3 pontos, respectivamente. Os pequenos empresários são os únicos que se mantêm relativamente confiantes: o índice para esse porte ficou próximo da linha divisória dos 50 pontos (49,5 pontos).

Além da indústria extrativa, 22 dos 27 setores da indústria de transformação considerados registraram queda na confiança na comparação com outubro de 2008. Entre eles, 19 setores apresentam índices abaixo de 50 pontos. Os setores com menor confiança são os de Veículos Automotores (39,8 pontos) e Papel e Celulose (40,3 pontos).

A falta de confiança afetará, negativamente, o nível de investimento e a demanda das indústrias por insumos e matérias-primas?, diz o texto do ICEI. Consequentemente, espera-se a manutenção da tendência desaceleração do ritmo da atividade industrial, bem como da economia brasileira como um todo, de acordo com a avaliação dos técnicos da CNI em relação aos resultados da pesquisa.

Blog do Magno

Custo de empréstimo atinge o maior nível desde 2003

{ Posted on 18:19 by Edmar Lyra Filho }
Apesar da redução de impostos e custos que afetam o crédito bancário, a parcela dos juros que embute o ganho dos bancos (o chamado "spread") subiu no fim de 2008. De acordo com o Banco Central, o "spread" bancário subiu em dezembro para 30,6 pontos percentuais, o maior nível desde agosto de 2003. O spread é a diferença entre a taxa de captação dos bancos e os juros que eles cobram do consumidor e das empresas.

O "spread "é composto por impostos, custos operacionais, inadimplência e também pelo ganho dos bancos. No último trimestre do ano, o governo reduziu compulsórios e impostos, mas não houve queda no "spread". Em setembro, os bancos pagavam 14% na captação e emprestavam a 40,4% ao ano. A diferença era de um "spread" de 26,4 pontos. Em dezembro, os bancos já conseguiam dinheiro mais barato (12,6%), mas a taxa de empréstimo subiu para 43,2%, o que aumentou o spread para 30,6 pontos.

Cheque especial

Outro dado que mostra esse movimento é a comparação com a taxa básica de juros, que subiu 2,5 pontos percentuais no ano. Nesse período, o custo de captação dos bancos aumentou menos (1,1%), mas os juros avançaram 9,4%. No cheque especial, por exemplo, o spread aumentou 34,7 pontos percentuais no ano passado, o maior aumento entre todas as modalidades de crédito. Da taxa de 174,9% ao ano cobrada do consumidor em dezembro, 162,5 pontos eram de "spread".

Blog do Magno

Fim de um mito: arrecadação cresce sem CPMF

{ Posted on 18:14 by Edmar Lyra Filho }
Dados divulgados hoje (27) pela Receita Federal apontam que o governo arrecadou R$ 685,675 bilhões no ano passado com impostos contribuições federais e contribuições previdenciárias. Corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) o valor chega a R$ 701,403 bilhões.

O total arrecadado em 2008 foi 7,68% maior que no ano anterior, quando atingiu R$ 651,371 bilhões. A previsão de arrecadação para o ano era de R$ 640 bilhões. O recorde de arrecadação foi obtido mesmo com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) e a queda no ritmo de crescimento da arrecadação no final do ano. (Cláudio Humberto)

Jarbas e Eduardo são "trabalhados" na WEB

{ Posted on 22:41 by Edmar Lyra Filho }
Ana Lúcia Andrade e Cecília Ramos

Rumores sobre a possível candidatura de Jarbas Vasconcelos (PMDB) ao governo em 2010 não estão restritos aos bastidores da política. O ambiente eleitoral contaminou a internet. O peemedebista ganhou uma comunidade no Orkut, maior site de relacionamento do mundo. A ideia partiu de um integrante da juventude do DEM e ex-candidato a vereador Edmar Lyra. Criada em outubro passado, tem 55 membros. Já o governador Eduardo Campos (PSB) ganhou uma comunidade que defende sua candidatura não à reeleição, mas à Presidência da República.

A página dedicada ao senador é definida como um espaço para "aqueles que acreditam no grande político Jarbas". Uma das enquetes promovidas pela comunidade pergunta: "Quem você escolheria para ser o vice de Jarbas?" Entre as opções previamente listadas estão Roberto Magalhães (DEM), Sérgio Guerra e Bruno Rodrigues (ambos do PSDB). E uma comunidade em defesa da candidatura do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), à Presidência da República está relacionada à página dedicada ao senador. Jarbas tem se mantido distante do assunto eleitoral, embora já tenha admitido em entrevistas que poderá candidatar-se. Procurado pelo JC, informou: "ainda não é hora de falar de 2010".

Eduardo Campos também não trata do tema, publicamente. Tampouco faz qualquer referência a um possível confronto com Jarbas. Até se arrisca em apostas com os jornalistas que insistem no assunto que conseguirá manter seu mantra: "2009 é o ano da colheita. Quem quiser tratar de eleição vai fazer sozinho". O debate sucessório nacional também não agrada (aparentemente) ao governador, visto até como opção de vice de Dilma Rousseff. Na verdade, ele não teria mesmo é interesse pela vaga. Seu aguçado senso de oportunidade não o permite dar passos em falso.

http://jc.uol.com.br/jornal/2009/01/25/not_316949.php

Nota na Coluna João Alberto Diário de Pernambuco 24.01.2009

{ Posted on 15:47 by Edmar Lyra Filho }
Edmar Lyra Filho está atuando na superintendência de recursos humanos da Assembleia Legislativa.

http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/01/24/viver8_0.asp

Resultado Final da Enquete.

{ Posted on 15:42 by Edmar Lyra Filho }
Qual é o maior problema de Pernambuco que merece uma atenção especial por parte do Governador ?

Saúde (37%)

Educação (0%)

Segurança Pública (62%)

Geração de Empregos (0%)

Capacitação Profissional (0%)


Nova enquete.

Se as eleições de 2010 fossem hoje em quem você votaria para Governador de Pernambuco ?

Eduardo Campos (PSB)
Jarbas Vasconcelos (PMDB)
Outro.

"Se tem chiclete, eu tô lá": Chiclete com Banana encerra Fest Verão Tamandaré nesta sexta

{ Posted on 20:40 by Edmar Lyra Filho }
Do JC OnLine

O Fest Verão Tamandaré, no Litoral Sul de Pernambuco, será encerrado nesta sexta-feira (23), com show da banda baiana Chiclete com Banana, além das bandas Arreio de Ouro, Nação Forrozeira, André Lelis e Bora Bora. O início das apresentações está marcado para as 21h, na arena armada em frente ao Farol de Tamandaré.

Este ano Chiclete está comemorando 27 anos de carreira, com 25 discos gravados, cerca de 150 apresentações por ano e mais de 50 fã-clubes, inclusive dez no exterior. Com 13 milhões de discos vendidos, Chiclete se tornou a segunda banda brasileira que mais vendeu discos no Brasil, atrás apenas de Legião Urbana.

O repertório desta sexta vai incluir os novos sucessos como "Se tem Chiclete eu tô lá", "A fila andou" e "100% Chiclete com Banana", que dá título ao mais novo CD. Mas os antigos sucessos não vão ficar de fora, como "100% você", "Cabelo raspadinho", "Chicleteiro eu, chicleteira ela","Não vou chorar", "Diga que valeu" e "Eu quero esse amor".

"Marolinha": Crise leva o Cesar a realizar novas demissões

{ Posted on 11:35 by Edmar Lyra Filho }
Por Jacques Waller, na editoria de Economia / JC

A crise voltou a rondar o polo de tecnologia da informação de Pernambuco. Sete funcionários do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar) foram demitidos na última terça-feira. De acordo com o superintendente do centro, Sérgio Cavalcante, o grupo era formado por profissionais especializados em teste de software, todos ligados a um contrato com a Motorola. O motivo das demissões, segundo Cavalcante, foi a reestruturação de investimentos da multinacional, que enfrenta problemas em sua divisão de celulares.

"A Motorola está fazendo uma redução mundial de investimentos e como somos muito projetizados, a medida nos afetou. Este cancelamento não era planejado, mas também não foi algo inesperado", contou Cavalcante. O superintendente disse que o Cesar ainda possui projetos contratados pela Motorola, mas não revelou o valor, nem o total de profissionais empregados nestes projetos.

Mesmo com o baque, Cavalcante afirmou que o impacto, apesar das demissões, é pequeno. "Hoje estamos muito mais amadurecidos. Sempre mantemos espaço livre e relocamos pessoal quando vemos notícias negativas sobre nossos contratantes", comentou. Cavalcante também afirmou que não há outros projetos em fase de conclusão, nem mais demissões previstas. Atualmente, o Cesar possui cerca de 600 funcionários.

O executivo disse estar confiante quanto às metas de faturamento para o ano, mas revelou estar ainda mais cauteloso. "A cautela aumentou. Ainda estamos otimistas, apesar da crise global, e diversificamos nossos clientes. Acredito que mantenhamos o desempenho, mas crescimento é outra história", disse.

APREENSÃO

Uma fonte ligada ao Cesar disse que o clima é de apreensão dentro projeto Motorola, já que a crise na multinacional pode forçar um novo cancelamento de contrato a qualquer momento. Mesmo assim, disse a fonte, a percepção é que a última demissão foi mais um susto do que o prenúncio de uma crise.

Esta foi a terceira demissão no Cesar em menos de um ano. Na primeira, em maio de 2008, foram cortados 25 funcionários em um ajuste financeiro interno. Na segunda, há cerca de dois meses, 15 profissionais também ligados a projetos da Motorola foram desligados. O corte, na verdade, foi de cerca de 40 profissionais, mas a maioria terminou migrando para outras áreas do Cesar.

Lula recebe 'desempregados do PT' no Palácio

{ Posted on 09:45 by Edmar Lyra Filho }
Da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com a candidata derrotada à prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy (PT), e com os ex-prefeitos de Recife João Paulo (PT) e de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT). Na conversa, Lula apelou para que eles ajudem na realização da reunião com todos os prefeitos nos dias 10 e 11 de fevereiro, em Brasília. O objetivo é definir parcerias entre União, Estados e municípios.

Interlocutores do governo insistem em afirmar que Lula conversou com eles também sobre a possibilidade de incluí-los na sua equipe. Pimentel seria designado para a presidência do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, enquanto João Paulo se tornaria assessor especial da Presidência da República.

Porém, os ex-prefeitos negam que tenham recebido convites para desempenhar as novas funções. Em conversas com interlocutores, eles disseram ter sido chamados no Palácio do Planalto para opinar sobre as relações com os prefeitos e os governadores.

Nesta quarta-feira, João Paulo almoçou com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) --favorita de Lula para a disputa pela presidência da República em 2010. De acordo com relatos do petista a alguns políticos, eles conversaram sobre a sucessão presidencial.

Petrobras continuará projeto da refinaria mesmo sem PDVSA

{ Posted on 09:44 by Edmar Lyra Filho }
O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou na manhã de hoje (21) que se não for fechado um acordo entre a estatal brasileira e a PDVSA, estatal venezuelana do petróleo, sobre a sociedade na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, o projeto poderá continuar apenas com a participação da empresa brasileira.

“A Petrobras tem petróleo pesado suficiente para isso”, afirmou ele, que participou da inauguração do Centro de Integração do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio.

De acordo com Costa, a PDVSA teria demonstrado intenção de fornecer petróleo para ser refinado por valores superiores aos praticados no mercado internacional. Por outro lado, a Petrobras quer usar a cotação do barril tipo Brent, referência no mercado europeu.

A Refinaria Abreu e Lima, também conhecida como Refinaria de Pernambuco, terá capacidade de processar cerca de 300 mil barris de petróleo por dia, para atender ao crescimento da demanda de derivados de petróleo, principalmente óleo diesel, no Nordeste. Metade desse volume seria formada por petróleo pesado brasileiro e a outra metade viria da Venezuela.

O empreendimento deverá demandar investimentos de cerca de US$ 4 bilhões, a serem divididos conforme o percentual de participação de cada empresa na unidade.

Da Agência Brasil

Copom reduz juro em um ponto percentual: 12,75%

{ Posted on 00:02 by Edmar Lyra Filho }
Na Folha Online:

O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu hoje reduzir a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, de 13,75% ao ano para 12,75% ao ano. Trata-se do maior corte de juros promovido pelo BC desde dezembro de 2003, quando a Selic caiu de 17,5% a.a para 16,5% ao ano.

"Avaliando as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, neste momento, reduzir a taxa Selic para 12,75% ao ano, sem viés, por cinco votos a favor e três votos pela redução da taxa Selic em 0,75 ponto percentual. Com isso, o comitê inicia um processo de flexibilização da política monetária realizando de imediato parte relevante do movimento da taxa básica de juros, sem prejuízo para o cumprimento da meta para a inflação", disse o Copom em nota.

A decisão do BC ocorre em um momento de forte desaceleração da economia brasileira e em meio à pressão feita por empresários, sindicatos e por membros do próprio governo. O corte está dentro das previsões mais "otimistas" do mercado e do setor produtivo.

A taxa Selic está agora abaixo do patamar em que estava até o dia 10 de setembro do ano passado (13% a.a.), data em que o BC aumentou os juros pela última vez, poucos dias antes do estouro da crise econômica. Apesar da queda, os juros reais brasileiros permanecem como os maiores do planeta, à frenta da Hungria.

A maioria dos economistas já esperava uma queda entre 0,5 ponto percentual e 1,0 ponto percentual. Na reunião de dezembro, quando decidiu manter os juros inalterados, o BC havia informado que parte da sua diretoria já pensava em realizar um corte.

Depois disso, uma sequência de dados negativos sobre emprego, produção industrial e vendas do comércio reforçou as apostas na queda dos juros. Além disso, os principais índices de preços mostraram queda na inflação ou até deflação, o que abriu espaço para um corte maior.

Mesmo com a chegada da crise ao Brasil, refletida principalmente na falta de crédito e queda da demanda, a instituição vinha optando por manter a Selic inalterada desde setembro do ano passado, temendo os impactos da alta do dólar sobre os preços no país. Esse movimento foi compensado, no entanto, pela queda na cotação de vários produtos, como alimentos e petróleo no mercado internacional.

Previsões para o ano

Trata-se da primeira das oito reuniões do Copom neste ano. Agora, os diretores do BC só voltam a se reunir nos dias 10 e 11 de março. Até lá, já será conhecido o PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país) do último trimestre de 2008, que deve mostrar o tamanho do impacto da crise no país.

De acordo com a pesquisa Focus, realizada pelo BC com o mercado financeiro, os economistas esperam agora uma sequência de novos cortes nos juros: para 12,50% em março; 11,75% em abril; 11,50% em junho; e 11,25% em julho. Depois disso, a taxa só voltaria a cair em 2010, para 11% ao ano.

Mesmo prevendo queda nos juros neste ano, o mercado financeiro aposta que o BC conseguirá trazer a inflação para o centro da meta, que é de 4,5%, devido à desaceleração da economia, que deve crescer apenas 2% neste ano, segundo a pesquisa Focus do BC.

Lula

Segundo reportagem da Folha desta quarta-feira, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, se reuniu anteontem com o presidente Lula para lhe dizer que os juros cairiam hoje, mas ressaltou que o principal problema ainda é o "spread" cobrado pelos bancos privados.

O "spread" é a diferença entre o custo de captação dos bancos e os juros que eles cobram dos seus clientes. Desde setembro, mesmo com a Selic inalterada, o spread subiu, influenciado pela falta de crédito no mercado.

Amanhã, o presidente deve se reunir com os dirigentes de bancos públicos e privados para cobrar uma redução do "spread".

"Marolinha": Indústria tem maior recuo em 5 anos

{ Posted on 23:59 by Edmar Lyra Filho }
Por Leonardo Goy, no Estadão.

Com a redução da atividade causada pela crise econômica, o nível de utilização da capacidade instalada da indústria (Nuci) recuou em novembro para 81,6%, mesmo nível de fevereiro de 2007. Em comparação com outubro, a queda no uso das instalações industriais foi de 1 ponto porcentual. De acordo com o banco de dados da

Confederação Nacional da Indústria (CNI), essa foi a maior retração da série histórica, iniciada em janeiro de 2003. Outro recorde negativo foi no emprego industrial. Em novembro, houve uma redução de 0,6% ante outubro, a maior em cinco anos.

A subutilização das instalações das fábricas e a retração no emprego são más notícias que aumentam a pressão sobre o Banco Central para promover, hoje, redução da taxa básica de juros, atualmente em 13,75% ao ano. O economista-chefe da CNI, Flávio Castelo Branco defende um corte de 1 ponto porcentual na Selic. "Concluímos que cair 1 ponto é uma sinalização importante que não coloca as metas de inflação em risco."

Para o economista, a política monetária tem se mantido inerte diante dos esforços de outras áreas do governo para impulsionar o crédito. "A política monetária tem que se mostrar ativa nos próximos meses. Praticamente todos os bancos centrais do mundo já baixaram os juros."

O faturamento real da indústria brasileira retraiu-se em 9,9% em novembro em comparação com outubro, na série com ajuste sazonal da CNI. "A queda da utilização acompanha o recuo do faturamento", comentou Castelo Branco. Na comparação de novembro com igual período de 2007, o faturamento caiu 7%. No acumulado do ano, entretanto, o indicador permanece positivo, com alta de 6,4% de janeiro a novembro em relação aos mesmos 11 meses do ano anterior.

Grupo Votorantim compra a Aracruz com ajuda do BNDES

{ Posted on 23:54 by Edmar Lyra Filho }
Por Cristiane Barbieri, na Folha:

O grupo Votorantim anunciou ontem a compra da Aracruz, por um valor que pode chegar a R$ 5,6 bilhões. O negócio consolidará as operações da VCP (Votorantim Celulose e Papel) com as da Aracruz e criará a maior empresa de celulose do mundo. Para fechar a operação, a VCP contará com recursos do BNDES que poderão chegar a R$ 2,4 bilhões.

A VCP tinha anunciado o fechamento do negócio em setembro. Poucas semanas depois, no entanto, com o acirramento da crise financeira e perdas de R$ 1,9 bilhão por parte da Aracruz com operações financeiras atreladas ao câmbio, a negociação foi suspensa.
O próprio grupo Votorantim também teve perdas (de cerca de R$ 2,2 bilhões) com operações de derivativos. Conseguiu se recapitalizar, nos últimos meses, com a venda de ativos.

O principal negócio foi a venda de metade da participação do Banco Votorantim ao Banco do Brasil, por R$ 4,2 bilhões.
Anteontem, a Aracruz chegou a um acordo com bancos credores para renegociar suas perdas com derivativos, o que abriu o caminho para a retomada das discussões com a VCP.

Ontem a VID (Votorantim Industrial), que engloba a VCP e outras unidades industriais do grupo, informou ao mercado o fechamento do negócio. Caso desistisse, a VCP teria de pagar multa de R$ 1 bilhão.

Nessa retomada do negócio, a Votorantim pagará R$ 2,710 bilhões por 28% das ações da Aracruz pertencentes à Arapar, que estavam nas mãos das famílias Lorentzen, Almeida Braga e Moreira Salles.

O mesmo valor deverá ser desembolsado também pelas ações da Arainvest, do grupo Safra. Na primeira negociação, o Safra permaneceria como acionista da nova empresa. Agora a expectativa é que o grupo queira sair do negócio.

"Tivemos reuniões com os Safra na semana passada e as indicações que temos é pela saída deles da Aracruz", afirma Raul Calfat, diretor-geral da VID.
Além dos R$ 5,4 bilhões pagos aos controladores, o desembolso a ser pago aos acionistas minoritários poderá chegar a R$ 200 milhões.

Caso os Safra optem por ficar no negócio, sua participação na nova empresa será diluída. O grupo financeiro também tem a opção de fazer a compra em conjunto com a VCP. Procurado, o grupo Safra não respondeu a pedido de entrevista.

Golpe de Estado está saindo do forno!

{ Posted on 22:41 by Edmar Lyra Filho }
Recebi um e-mail interessante, e gostaria de compartilhar com vocês.

Por Jorge Serrão

Um organismo, sediado em Washington, que estuda e monitora a realidade da América Latina, enviou ao Senado br asileiro um documento em que chama a atenção para os próximos movimentos políticos do presidente Lula da Silva, rumo a um 'populismo socialista'.

O estudo adverte que Lula pretende lançar medidas populares de impacto, incentivando o consumo para seus eleitores de baixa renda.

Segundo o dossiê, a intenção de Lula é consolidar seu poder de voto para uma futura reforma política que vai autorizar, a partir de 2009, a reeleição para um mandato de mais seis anos.

O documento assinala que Lula prepara um dos maiores movimentos de reestruturação econômica, voltado para as classes populares, dentro do
projeto de longevidade no poder. Segundo o estudo, os EUA estariam muito preocupados com este tipo de populismo no Brasil, que é um País continental e onde o povo é submisso, sem cultura e informação para avaliar as conseqüências políticas deste movimento rumo ao socialismo.
O plano de Lula é comparado ao do venezuelano Hugo Chávez. Segundo o estudo, conta com o apoio de grandes investidores europeus.

O dossiê, vindo dos EUA com a classificação 'confidencial', foi analisado segunda-feira, com toda cautela, em uma reunião fechada, do colégio de Líderes do Senado. Alguns parlamentares o viram com ceticismo. Outros senadores chamaram a atenção para fatos objetivos já em andamento.

Curiosamente, segundo observou um senador, os norte-americanos anteciparam o parecer de técnicos do Tribunal Superior Eleitoral, que constataram irregularidades insanáveis' na prestação de contas da campanha à reeleição. O PT recebeu R$ 10 milhões de empresas que têm concessões de serviços públicos, o que a lei proíbe.

O estudo norte-americano adverte para a possibilidade de um confisco tributário em fundos e em poupanças acima de R$ 50 ou 60 mil reais.

Nos dois casos, o dinheiro só poderia ser movimentado de seis em seis meses, sob risco de remuneração quase nula. Os fundos seriam tributados em 35% dos ganhos. Segundo o documento, o Banco Central do Brasil tem um levantamento completo so br e os investimentos feitos por 36 milhões de pessoas, entre br asileiros e estrangeiros.

O Governo também quer investir pesado no segmento de moradias populares.

Segundo dados oficiais, mais de 90% do gigantesco déficit habitacional de 7,8 milhões residências está na faixa de famílias com renda de até cinco salários mínimos. No cenário desenhado pelos norte-americanos, uma coisa é certa. O governo vai criar por Medida Provisória um fundo para obras de infra-estrutura com recursos do FGTS.

A novidade ruim é que o risco do investimento ficará com o trabalhador. Os trabalhadores poderão investir até 20% dos saldos de suas contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na construção de rodovias, ferrovias e portos, além de o br as nos setores de saneamento básico e energia elétrica.

O novo fundo será chamado de FI-FGTS. Terá orçamento inicial de R$ 5 bilhões, originários do patrimônio líquido do FGTS.

Bolsa Carro?

Além do plano para os fundos, os norte-americanos revelam que Lula fechou acordo com uma companhia chinesa para financiar carros populares pela bagatela de R$ 5 mil. Os carros seriam subsidiados com financiamentos do BNDES, no prazo de 60 meses. Os veículos seriam de passeio e mini-vans para transporte de mercadorias. Outra idéia seria reduzir impostos para aparelhos de consumo mais populares e aumentar ainda mais a carga tributária para bens não populares, como automóveis de luxo.

Comissários do Povo? Um dos pontos mais polêmicos revelados pelos norte-americanos é que o governo Lula quer patrocinar um projeto de segurança voltado para a organização de milícias de bairros

As milícias foram uma idéia copiada da Venezuela. Na terra de Hugo Chávez, o síndico de bairro tem poderes de um xerife . O modelo lembra os velhos 'comissariados do povo', da extinta (porém mais viva que nunca na cabeça dos petistas) União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

Fortuna do Lula

O estudo revela que a fortuna pessoal de Lula da Silva é estimada pela revista Forbes em 2 bilhões de dólares. O presidente estaria usando tal fortuna para comprar televisões a cabo, a fim de formar uma rede de comunicação com o filho Lulinha, que estaria administrando uma fortuna pessoal de R$ 900 milhões. (Vide contratação do Lulinha pela Band)

Lula espera comprar uma rede de televisão, para preparar uma rede pessoal de divulgação para sustentar o trabalho de comunicação do governo petista.

Lula comprando jornalistas amestrados?

No estudo norte-americano, foi identificada a preocupação do presidente em manter várias redes de televisão sob seu controle.
Segundo o dossiê, o presidente estaria pagando 'por fora' para jornalistas famosos, de grandes redes de tevê e jornais, especialmente escalados para analisar a notícia de uma maneira não contundente ao governo petista.

O estudo também adverte que o presidente estaria comprando a oposição com ameaças de denunciar as mazelas dos opositores.

A Globo já tirou os comentários do Arnaldo Jabor da CBN. A Globo recebeu 800 milhões em empréstimo camarada do PT através do Governo e do BNDES pára pagar contas da rede de TV a Cabo NET-SKY que estavam falidas e devendo muito a redes americanas.

Em troca, a Rede Globo só mostra Lula SORRINDO ou em ANGULO FOTOGRÁFICO FAVORÁVEL em seus TeleJornais. Serra só aparece em fotos SISUDO E/OU MAL HUMORADO. Junte a isso a PROPAGANDA DO '3' do Banco do Brasil já semeando de forma podre, minando o povo não esclarecido que tudo que se relacione a '3' é bom ! Já já a Petro br ás vai fazer campanha com '3' e outras estatais também.

Lula elevou a idade para receber Bolsa Família até 17 anos Milhões de pobres recebendo 300,00 (2 por família), sem trabalhar, vão votar no Lula.

Sabia que o maior acionista da TAM é a mulher do Zé Dirceu? E o Governo ajudou a afundar a Varig para a TAM subir. Na verdade você acha que é a mulher do Zé Dirceu que é acionista da TAM ou ela é laranja da quadrilha do PT ?

Comunidade no Orkut já defende candidatura de Jarbas ao Governo

{ Posted on 21:47 by Edmar Lyra Filho }

Jovens simpatizantes do Democratas, PSDB, PMDB e PPS criaram a primeira comunidade no site de relacionamento Orkut que defende a candidatura do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) ao Governo de Pernambuco.

A idéia partiu do militante da Juventude Democratas e ex-candidato a vereador, Edmar Lyra. Para Edmar, Jarbas tem que voltar a ser governador. Por enquanto, tem 36 adeptos.

"É um político que tem história em Pernambuco, já foi deputado, prefeito do Recife, governador, senador, portanto, tem total experiência para assumir o Governo e ajudar nosso candidato José Serra(PSDB) a fazer um ótimo trabalho na futura dobradinha administrativa", disse.

Blog de Jamildo

Olha o Etanol, Bell e Lulla.

{ Posted on 21:37 by Edmar Lyra Filho }

Projeto aumenta garantias da União para parcerias público-privadas

{ Posted on 18:08 by Edmar Lyra Filho }

A Câmara analisa o Projeto de Lei 4246/08, do deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), que aumenta a margem para concessão de garantia e transferência voluntária da União para estados e municípios, em caso de parcerias público-privadas (PPP).

Pela proposta, a União não poderá conceder garantia e realizar transferência voluntária se as despesas do conjunto das parcerias já contratadas por estados e municípios, no ano anterior, tiverem sido maiores que 10% da receita corrente líquida do exercício.

A proibição também valerá caso as despesas anuais dos contratos vigentes nos 10 anos seguintes excedam a 10% da receita líquida projetada para os respectivos exercícios. Atualmente, a Lei 11.079/04, que regulamenta a licitações e contratação de parceria público-privada, estabelece limite de 1%.

Dificuldade
Magalhães Neto lembra que as parcerias público-privadas são responsáveis pela redução de gastos do poder público na área de infra-estrutura, pois consistem na cooperação entre os setores público e privado, com compartilhamento de riscos e de financiamento.

Ele acredita, no entanto, que a atual vedação imposta pela lei para concessão de garantia dificulta a concretização de parcerias.

"Essa vedação tem impedido a realização de projetos de infra-estrutura de suma importância para nosso País, o que justifica aumentar o limite legal para 10% da receita corrente líquida", afirma.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Site do Democratas

Coluna Diário Político Marisa Gibson 17/01/2009

{ Posted on 00:54 by Edmar Lyra Filho }
Jarbas na rede // Já surgiu a primeira comunidade no Orkut em defesa da candidatura de Jarbas Vasconcelos ao governo do estado: "Jarbas governador 2010". O grupo foi criado por Edmar Lyra Cavalcanti Junior.

http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/01/17/politica3_0.asp

Link da comunidade ->
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=74170225

Homenagem à cantora Maysa

{ Posted on 00:15 by Edmar Lyra Filho }

Gostaria de fazer uma homenagem a uma das maiores cantoras brasileiras da história.

Acabei de ver o últimi capítulo da minissérie Maysa, perdi apenas um capítulo, acompanhei todos os outros. A conhecia, já tinha ouvido algumas músicas que ela cantava como uma das minhas preferidas, Ne Me Quitte Pas. Porém, não conhecia sua história a fundo.

Gostaria de parabenizar à Globo, ao autor da minissérie Manoel Carlos, o maior autor televisivo da história brasileira, e ao diretor Jayme Monjardim, filho da cantora Maysa. Uma outra anotação pertinente é em relação à atuação da atriz Larissa Maciel que interpretou Maysa.

O que nos resta agora é esperar o DVD da minissérie, um dos maiores sucessos dos últimos tempos.

Eleições presidenciais: O projeto da oposição para 2010

{ Posted on 20:03 by Edmar Lyra Filho }
Por Edmar Lyra

A cada dia que se passa, nos jornais, nas pesquisas, nos blogs, a tendência é uma só. A oposição ao Governo Lula tem que apresentar um projeto para o pós-Lula. Um projeto para o Brasil que esteja em sintonia com a necessidade do povo brasileiro.

Que projeto seria esse ? Ficou nítido, após 7 anos do governo Lula que o estigma de Direita x Esquerda está ultrapassado. Bem como que o PT pregava a pecha de anti-democráticos, neoliberais, entre outros no Democratas e no PSDB, também ficou no passado.

A partir de 2010, não há mais o novo contra o velho, porque tanto o PT e aliados como PSDB e aliados já passaram pelo governo. Agora, a discussão será num projeto de desenvolvimento do Brasil.

Essa discussão passará pelas reformas, a Reforma Política, a Reforma Tributária, a Reforma Universitária, bem como numa discussão voltada para a eficiência da gestão pública. Um modelo de gestão voltado para o resultado do setor público.

Este setor, sobretudo, o federal, recebe muitas críticas por conta da sua burocracia, da sua morosidade. Isso é observado na previdência social, na justiça federal, entre outras.

Essa discussão tem de ser feita, porque é do interesse da população. Por mais que as pessoas não entendam estas questões a fundo, elas estão diretamente envolvidas com o andamento do país.

Antes de escolher o candidato da frente que compõe hoje a oposição, PSDB, DEM e PPS. Seja o Governador de São Paulo José Serra, seja o Governador de Minas Gerais Aécio Neves. Ambos terão que apresentar um projeto pós-Lula. Pois, é bem provável que o Presidente Lula transfira boa parte de sua popularidade(ultrpassando os 70% de aprovação) para sua candidata, Dilma Rousseff, Ministra-Chefe da Casa Civil.

Se a frente que representa a oposição a Lula não se movimentar, pode ocorrer uma possibilidade de continuidade do Governo Lula. A oposição precisa apresentar-se como uma ótima alternativa para o país. Caso contrário, não adianta ter candidato liderando pesquisas, porque a melhor pesquisa que existe, é aquela que sai da urna. Ou seja, a real vontade do povo brasileiro.

É fundamental que a oposição discuta primeiramente um projeto para o país com a sociedade. Bem como viabilizar a união entre José Serra e Aécio Neves numa chapa presidencial. Tendo José Serra como cabeça de chapa e Aécio Neves vice-presidente.

Aécio Neves não seria apenas um vice, uma figura decorativa. Seria um político a ser preparado nacionalmente, num eventual governo, para ocupar um cargo de grande visibilidade. Se colocando como o sucessor de Serra. Caso a oposição utilize outra ação que não seja esta, poderá perder uma ótima chance de voltar ao Governo Federal.

Aécio Neves apresentou um belo discurso do pós-Lula. E é assim que toda a oposição tem que seguir. Um novo projeto para o Brasil, voltado para o social, sem esquecer do desenvolvimento eqüinânime para todo o país.

O palanque paulista para 2010

{ Posted on 17:05 by Edmar Lyra Filho }
De Felipe Patury:

Os aliados do governador de São Paulo, José Serra, consideram que está praticamente montada a chapa que disputará sua sucessão em 2010. O candidato a governador deve ser Aloysio Nunes Ferreira, chefe da Casa Civil de Serra. O DEM cedeu a vaga de vice ao PSDB, partido de Ferreira e Serra.

Em troca, ganhará o direito de indicar Afif Domingos como candidato a uma das duas vagas do Senado. A outra será do PMDB de Orestes Quércia. O arranjo paulista foi facilitado pela disposição do DEM de fazer tudo o que puder para viabilizar a campanha de Serra a presidente.

Prova disso é que os democratas já abriram mão do posto de vice-presidente na chapa de Serra. Pretendem, assim, facilitar uma composição interna no PSDB ou uma aliança com o PMDB.

(Veja)

Exclusões no Bolsa Família

{ Posted on 17:00 by Edmar Lyra Filho }
Ao mesmo tempo em que planeja a ampliação do número de beneficiários, MDS estima retirar este ano 1 milhão de famílias do programa o governo se prepara para passar um pente-fino, a partir de abril, em cerca de 5 milhões dos 11 milhões de benefícios do Bolsa Família.

A medida atende a uma regra fixada no artigo 21 do Decreto 6.392, de março de 2008, segundo o qual a concessão do benefício tem caráter temporário e deve ser revista a cada dois anos. Secretária nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Lúcia Modesto prevê que 10% das famílias analisadas perderão o direito de continuar no programa depois de concluído o trabalho. Ou seja, 500 mil famílias.

Lúcia ressalta que o número é uma estimativa, baseada em auditorias já realizadas. Além desse grupo, mais 622 mil famílias correm o risco de não mais receber os valores pagos, que são de R$ 85 em média. Nesse caso, os benefícios já foram bloqueados para que a pasta investigue, por exemplo, se o aumento da renda dos beneficiários não lhes tirou o direito de permanecer no Bolsa Família. Só as famílias com renda per capita de até R$ 120 mensais podem ser atendidas pelo programa. Para Lúcia, cerca de 500 mil benefícios já bloqueados serão cancelados.

Confirmada a previsão da secretária, 1 milhão de famílias, portanto, sairão do programa devido à fiscalização. Nada que implique redução da quantidade de pessoas beneficiadas pela iniciativa. Conforme o Correio antecipou na quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, querem incluir no Bolsa Família toda a parcela da população que faz jus ao benefício. Hoje, 11 milhões de famílias são atendidas. Segundo Lúcia, mais 2,2 milhões de famílias reúnem as condições de perfil e de renda para entrar no programa. (Correio Braziliense)

Uma noiva rebelde

{ Posted on 16:59 by Edmar Lyra Filho }
Aliado do governo, o PMDB ignora acordo com o PT sobre o comando do Congresso, divide-se entre Dilma e Serra e apresenta faturas cada vez mais pesadas a Lula, o PMDB é o maior partido do país. A sigla comanda 1 199 prefeituras, incluindo seis das principais capitais, que concentram 30 milhões de eleitores. Também controla sete governos estaduais e tem maioria na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Esse vigor, somado à ausência de um projeto próprio de governo, transformou o PMDB na noiva mais cobiçada da próxima eleição presidencial.

Com seis ministérios no governo do presidente Lula, o natural seria que a sigla estivesse empenhada em garantir a paz no consórcio governista. Nada disso. O PMDB tem se dedicado a se dividir para governar, com o objetivo de se entronizar no poder. O partido ameaça romper com o PT sobre o comando do Congresso Nacional e já decidiu apoiar o adversário de Lula em cinco estados, entre eles São Paulo. Portanto, a única certeza da próxima disputa eleitoral: o PMDB, graças a sua força e ambigüidade, estará no governo em 2011, independentemente de quem estiver no comando do país.

Como era de esperar, aguça os apetites presidenciais do tucano José Serra e da petista Dilma Rousseff. Por enquanto, a maioria dos estados está com Dilma, mas a atual aliança não garante o apoio formal do partido à candidata de Lula. É que, a chamada verticalização. Também por causa disso, o presidente da legenda, Michel Temer, tem desencorajado os potenciais candidatos a vice de Dilma ou Serra.

A estratégia da divisão é tão evidente que alguns líderes falam abertamente sobre ela. 'O compromisso de apoiar Lula não significa uma aliança em 2010. O mais provável é ficar neutro, dividido', diz o deputado federal Eunício Oliveira (PMDB-CE), ex-ministro das Comunicações de Lula. Os estudiosos da política, garantem que a razão da divisão é o fisiologismo. 'Somos o partido do centro, do equilíbrio e da governabilidade', diz o líder do governo no Senado, o peemedebista Romero Jucá. (Veja)

Resultado Final da Enquete, Maioria prefere Serra/Aécio para 2010.

{ Posted on 15:16 by Edmar Lyra Filho }
Você concorda com uma chapa puro-sangue do PSDB para disputar a Presidência da República ?

Sim, Serra/Aécio (80%)

Sim, Aécio/Serra (0%)

Não. (20%)

Nova enquete.


Qual é o maior problema de Pernambuco que merece uma atenção especial por parte do Governador ?

Saúde
Educação
Segurança Pública
Geração de Empregos
Capacitação Profissional

Charge - Passagem de ida sem volta para Lula.

{ Posted on 15:13 by Edmar Lyra Filho }

Porto de Galinhas ganha Central de Atendimento ao Turista

{ Posted on 15:10 by Edmar Lyra Filho }

O secretário de Turismo de Pernambuco Silvio Costa Filho inaugurou hoje a Central de Atendimento do Turista de Ipojuca. O espaço de 100 m², situado na rua Beijupirá, vai funcionar diariamente até o dia 7 de fevereiro, das 10 às 22h. A Central conta com recepcionistas bilíngües em tempo integral, material de folheteria sobre Pernambuco e três computadores conectados à internet à disposição dos visitantes.

A expectativa da Secretaria de Turismo de Pernambuco é que cerca de 300 pessoas sejam atendidas diariamente no local. Segundo a Secretaria de Turismo de Ipojuca, aproximadamente um milhão de turistas devem visitar o balneário durante toda a alta estação.“Esta Central está preparada para atender bem e informar com precisão os turistas que procuram Porto de Galinhas e as praias da região nesta época do ano. Aqui os visitantes vão receber esclarecimentos sobre todos os destinos de Pernambuco. É uma forma de mostrar o Estado aos turistas”, disse o secretário. Para a instalação da Central, a Setur investiu R$ 71,2 mil. O espaço será mantido em parceria com a prefeitura de Ipojuca e o trade turístico local.

O secretário de Turismo de Ipojuca, Diego Jatobá, ressaltou a importância das ações conjuntas entre o Governo e o Município. “Estamos trabalhando juntos desde o primeiro momento. O Governo tem discutido com a cidade de forma democrática e aberta, o que é fundamental para que o trabalho traga bons resultados”, afirmou Jatobá. Presidente da Associação de Hoteleiros de Porto de Galinhas, Marcos Tiburtius, lembrou que Porto de Galinhas está recebendo uma série de obras estruturadoras importantes conquistadas pelo Governo, como as estradas Porto-Serrambi, Porto-Maracaípe e Porto-Nossa Senhora do Ó. “Estas obras vão facilitar o acesso às outras praias e tornar o destino ainda mais competitivo internacionalmente”.

Policiamento

Silvio Costa Filho salientou a decisão do Governo do Estado em ampliar o policiamento nas praias durante o verão, garantindo mais segurança aos pernambucanos e turistas. “Este ato mostra que o turismo é uma prioridade na atual gestão. Desta forma, tanto os visitantes quanto os pernambucanos vão poder curtir mais sossegados as belezas do nosso litoral”, declarou.

Blog da Folha

Poupança tem segundo pior rendimento em dez anos, diz estudo

{ Posted on 15:00 by Edmar Lyra Filho }

A poupança teve em 2008 seu segundo pior rendimento em dez anos, de acordo com estudo divulgado nesta sexta-feira pela consultoria Economatica. Segundo o trabalho da empresa, a rentabilidade anual da aplicação no ano passado ficou em 7,9%, superior apenas aos 7,7% que haviam sido registrados em 2007. No período de dez anos analisado pela empresa, o ano onde a poupança teve melhor resultado foi em 1999, com retorno anual de 12,7%.

Quando se desconta do resultado a inflação oficial de 2008 – 5,9%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) -, o quadro muda de figura. Levando em consideração esse critério, o ganho real da poupança foi de 1,8% em 2008, o pior em quatro anos, desde os 0,4% anuais de 2006.

Segundo o levantamento da Economatica, dentro do período de dez anos o pior rendimento com desconto da inflação foi em 2002, quando a aplicação perdeu 2,9% de valor. Já a melhor rentabilidade foi apurada para o ano de 2006, quando a poupança teve rendimento anual de 5,1%.

Blog da Folha

Para 'Economist', crise deixa Lula na defensiva em 2009

{ Posted on 14:51 by Edmar Lyra Filho }

Na BBC Brasil

A última edição da revista britânica The Economist afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá de governar na defensiva neste ano, apesar de seus altos índices de popularidade. Um dos principais motivos para isso seria a crise econômica.

No artigo, intitulado "Lula's last lap" ("A última volta de Lula"), a publicação afirma que os altos índices de popularidade do presidente – classificados como “espantosos” para um segundo mandato – podem dar uma aparência de “onipotência” a Lula, mas que ela é apenas “ilusória”.

“Até as eleições (presidenciais, do ano que vem), a maior parte das energias de Lula deve ser gasta no gerenciamento da crise”, diz a revista. O texto afirma que muitos brasileiros que esperam que 2009 seja melhor que 2008 devem se “decepcionar”, já que a economia apenas começou a sentir os “solavancos” da crise.

Para a Economist, a tarefa de gerenciamento da turbulência econômica deve ser complicada, já que o espaço para lançar estímulos fiscais no Brasil é “limitado”.

A revista compara a situação do país com a do Chile, que anunciou nesta semana um plano de estímulo de US$ 4 bilhões e que pode facilmente administrar o déficit fiscal resultante, por ter acumulado reservas quando o preço do cobre - seu maior produto de exportação - estava alto.

“Mas o governo brasileiro, que tem uma dívida pública muito maior, precisa preservar o seu superávit fiscal para reter a confiança dos proprietários de títulos.” A revista ainda afirma que a arrecadação de impostos deve diminuir com a retração da economia.

Para a publicação, se a inflação continuar preocupante, o que fará com que o Banco Central evite cortes na taxa de juros, o governo vai começar a ser pressionado – “especialmente pelo PT” – para encontrar outras maneiras de estimular o crescimento econômico, o que pode incluir mais crédito para a agricultura e empreiteiras.

“Nos últimos anos, todas as vezes em que a economia apresentava problemas, os políticos brasileiros acalmaram os mercados demonstrando seu compromisso com a ortodoxia econômica. Alguns analistas se preocupam que este compromisso pode ser débil. Mas, neste ano, com governos ao redor do mundo intervindo nos mercados, os investidores devem ficar seguros se o Brasil fizer o mesmo – até certo ponto”, diz a revista.

Ex-prefeito do Recife acusado de improbidade

{ Posted on 13:43 by Edmar Lyra Filho }
O balanço dos oito anos de gestão do ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT), não é só um “céu de brigadeiro”, a exemplo do que o petista tem dito nas entrevistas à imprensa. Hoje (9), ele e o seu ex-secretário de Finanças, Elísio Soares, foram alvo de uma representação no Ministério Público de Pernambuco (MP-PE) por improbidade administrativa movida pelo procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPC), Cristiano da Paixão Pimentel. A acusação é de que o ex-gestor e o ex-auxiliar reduziram a alíquota do ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) para segmentos econômicos, inclusive empresas de ônibus. O problema é que não teria sido informada previamente a forma de compensar a arrecadação.

Esse benefício, no entendimento do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), significou renúncia de receita, proibida pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Itens obrigatórios em relação à receita do ISS não teriam sido cumpridos conforme manda a regra. Por exemplo, metodologia de cálculo e premissas utilizadas, comprovação de que não afetaria a meta fiscal da Lei de Diretrizes Orçamentárias, além de indicação dos meios a serem utilizados para compensar a arrecadação. A estimativa de prejuízo aos cofres públicos é de R$ 483 mil por mês.

Na sua representação, Pimentel lembra que um dos argumentos utilizados pela prefeitura para conceder o benefício fiscal era de que a redução da alíquota do ISS para as empresas de ônibus implicaria, necessariamente, na redução do preço das passagens. Na prática, isso não aconteceu.

"O futuro aumento recentemente noticiado pela grande imprensa revela a não veracidade na informação prestada, acarretando preocupação de que a redução da alíquota tenha se convertido exclusivamente em lucro para as empresas concessionárias, sem qualquer benefício para a população", diz o procurador-geral do TCE. O ex-prefeito João Paulo está fora do Estado. Ele cumpre um roteiro de viagem pessoal e a informação é de que está sem assessoria de comunicação. (Agência Nordeste)

André de Paula espera que a justiça seja feita

{ Posted on 13:41 by Edmar Lyra Filho }
Afirmando que não houve imparcialidade na última eleição majoritária do Recife, o deputado federal André de Paula (DEM) espera que a justiça seja feita através das ações movidas pelo seu partido contra o prefeito João da Costa (PT). André foi candidato à vice-prefeito na chapa encabeçada pelo correligionário Mendonça Filho. “Gostaria muito de ver a justiça prevalecer. No judiciário, essa coisa (processos contra o petista) vai caminhar e eu tenho esperança que vai prosperar, acredito mesmo na justiça do Brasil, venha ela mais rapidamente ou não”, enfatizou o democrata.

Na entrevista concedida ontem à Rádio Folha FM 96,7, André explicou que a “marcação” a Costa está cerrada porque o gestor se propõe a fazer um governo de continuidade, dando seguimento ao “9º ano de administração do PT”. Atualmente, o petista responde a três processos movidos pelo DEM. O primeiro relativo ao uso da máquina. Tem outra ação referente ao caso Qualix - em que um caminhão da empresa de limpeza terceirizada pela Prefeitura foi visto limpando o comitê de João da Costa - e uma denúncia sobre troca de peixes.

“Quando o prefeito João da Costa tenta impingir ao DEM a pecha de que estamos querendo judicializar, evitar que ele governe, ele sabe que a gestão dele que emburaca no 9º ano de governo. Temos que nos posicionar de forma mais crítica. O importante é que estamos vivendo numa democracia e que ela só se aperfeiçoa quando você utiliza todos os instrumentos que restam a minoria, a oposição”, frisou o federal. Sobre a rejeição das contas de João da Costa pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) na época que ele era secretário de Planejamento Participativo (2005), André de Paula falou que não faz julgamento antecipado, mas que o adversário já responde a outras ações semelhantes.

Quando o assunto é o Governo Eduardo Campos (PSB), as críticas se voltam principalmente para a saúde e segurança pública. “Continuo achando que ele (Campos) deixa a desejar na segurança, saúde. De fato, a saúde é um desastre no estado inteiro. Aliás, nós estamos no segundo secretário e se comenta todo dia que pode chegar ao terceiro”, alfinetou, para concluir: “Sem querer fazer um julgamento mais rigoroso, quero dizer que o governo de Eduardo é extremamente mais ou menos. Agora é muito ruim nas áreas mais importantes.” (Agência Nordeste)

“Governo João Paulo foi uma fraude”

{ Posted on 00:43 by Edmar Lyra Filho }

Crítico ferrenho do modus operandi do PT em todo o País, o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, acredita que a Era João Paulo (PT) no comando do Recife não passa de uma “fraude”. Para o tucano, o ex-prefeito - a quem chamou de uma pessoa “simpática” - é responsável, apenas, por ações pontuais, que não trouxeram nada de “progressista” para a cidade. Coincidência ou não, o parlamentar concedeu esta entrevista à Folha na cobertura onde mora, em Piedade, na última terça-feira, no exato momento em que, bem perto dali, em Boa Viagem, João Paulo inaugurava, na companhia do presidente Lula (PT), a primeira etapa de sua mais grandiosa obra: o Parque Dona Lindu. Questionado sobre a viabilidade do parque, Sérgio Guerra chamou-o de uma “manifestação primitiva, pretensamente intelectual, do ex-prefeito”, para depois taxá-lo de inviável do ponto de vista econômico e arquitetônico.

O prefeito João Paulo entregou, na última quinta-feira, a primeira etapa do Parque Dona Lindu com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), filho da homenageada. Para o senhor, a obra era necessária?

O presidente Lula tem uma clara consciência do seu conteúdo eleitoral. Ele sabe que as suas reservas mais sólidas estão no Nordeste e nos estados que tenham maior componente de pobreza. Pernambuco não é exatamente o estado mais pobre, mas é, seguramente, onde a simbologia da pobreza das forças socais é mais evidente e histórica. Lula compreende isso, por isso fez algumas dezenas de visitas a Pernambuco, este ano (2008) já vão cinco. Quem não compreende isso direito é quem fez essa obra do Parque Dona Lindu - uma justa homenagem à mãe pernambucana do presidente da República que é pernambucano também. É um projeto num lugar completamente inadequado. Preciso vê-lo concluído para considerá-lo um bom projeto. A primeira impressão não é positiva, mas é cedo para dizer se é ou não um bom projeto. Tem que ver o funcionamento dele, o conjunto da arquitetura dele, qual vai ser o componente estético final. Agora, fica claro que não faz sentido construir um bloco de concreto armado daquela dimensão na frente do mar. Não tem muito a ver nem com a arquitetura nem com o ambiente que está em torno dele. O prefeito João Paulo, num dia desses, disse uma besteira monumental. Afirmou que é uma espécie de Taj Mahal. Nunca na minha vida eu vi tanta falta de competência intelectual, nunca na minha vida! Não se deveria falar besteira. Agora, evidentemente que um projeto de Oscar (Niemeyer) é um projeto de Oscar. Agora, há projetos de Oscar, projetos de Oscar e projetos de Oscar. Vamos ver como será esse.

Então, o senhor não aprova a estratégia do ex-prefeito João Paulo?

De toda maneira não faz sentido, não é culturalmente adequado. Arquitetonicamente não me parece adequado. Enfim, uma manifestação primitiva, pretensamente intelectual do ex-prefeito do Recife. Se esse (João da Costa) é a continuação dele, dos dois. Do ponto de vista econômico também. Uma cidade como o Recife, com um monte de gente na lama... Trinta milhões num projeto desses é uma manifestação absurda. Mas engraçado é dizer que faz isso, que é popular e que é da esquerda. Não dá para levar a sério. É natural que o presidente venha aqui para inaugurar uma obra do prefeito do partido dele. Não sei nem qual o julgamento que o presidente faz do prefeito. Não estou certo de que seja positivo. Agora, de toda maneira, ele está aí inaugurando uma obra que tem o nome da mãe dele. Nós queremos dizer que é uma homenagem justa.


Qual a avaliação que o senhor faz dos oito anos de mandato do prefeito João Paulo?


Veja, o que é que se pode esperar de um governo que se diz popular? Volta lá atrás no primeiro Governo Miguel Arraes, que foi da Prefeitura do Recife. Produtos desses governos entre outros, o Movimento de Cultura Popular, um novo padrão para a educação brasileira, um novo conteúdo para a política popular progressista que passa pela educação de fato. Avança no tempo e chega ao Governo de João Paulo. Sinceramente, Gustavo Krause estava à centena de metros dele no sentido da esquerda do ponto de vista prático, que é o que importa. E ele repete aí um governo convencional, sem grandes obras. Se pelo menos ele reestruturasse o Recife, se investisse na infraestrutura da cidade, se cuidasse do transporte de maneira real - nada de maquiagem, soluções conjunturais de botar o trânsito para lá e para cá, que inclusive não era idéia dele, era na realidade da EMTU no Governo de Jarbas. É um governo que não tem o que dizer. Algumas obras nos morros que não são tão significativas assim. Lá atrás muita coisa já havia sido feita, mais do que ele fez. Do ponto de vista de habitação popular, zero. Do ponto de vista de saneamento, quase nada. Do ponto de vista da Educação, um flagelo. Do ponto de vista de Saúde outro flagelo. Do ponto de vista da cidade, da inspiração progressista da cidade, cultural da cidade, educacional da cidade, nada. Festa, festa e festa! Um processo de animação para uma grande parcela da população que muitas vezes não tem conteúdo político...

Política do “pão e circo”?

É um exagero chamar “pão e circo”. Evidentemente que nada de real. Nada de concreto, nada de progressista, nada de avançado. Nada que tivesse a ver com a verdadeira tradição do Recife, que está marcada lá atrás em muitos episódios. Eu acho - e nada de pessoal contra João Paulo, que é muito simpático - que o governo dele é uma fraude. E que essa fraude se desvendará.

O senhor lembrou agora há pouco o primeiro Governo Arraes. Quais as semelhanças que o senhor encontra entre as gestões do ex-governador, falecido em 2005, e do seu neto, Eduardo Campos?


Acho que Eduardo vive em um ambiente completamente diferente do que Arraes viveu. Arraes viveu três governos. O primeiro, na véspera do golpe de 64, quando ele liderou um processo de revolta popular não apenas em Pernambuco, mas no Brasil. Volta ao Governo depois do período autoritário com uma grande votação popular e realiza uma obra de reconciliação e pacificação política do Estado. Depois, atuou no campo que ele sempre atuou, do movimento popular para os camponeses, pequenos produtores. E fez grande esforço do ponto de vista de Suape. Eu fui até instrumento de grande parte desse esforço porque fui secretário dos dois governos dele. Avançou bastante na área de Ciência e Tecnologia, levou a sério a questão da Educação, um governador de qualidade. Agora, é claro que submetido às regras nacionais que o pautavam e sem a facilidade de recursos federais que hoje se dá. O Brasil não crescia nada, os investimentos eram mínimos, e menos ainda esses investimentos se davam no Nordeste, onde a economia era estruturalmente fraca. Agora não é assim. O Brasil tem superávit, o Brasil cresce. Ou pelo menos até ontem quando o mundo também crescia de forma bastante acentuada. Eduardo encontra um novo ambiente que não teria se dado se não houvesse o Governo de Jarbas Vasconcelos (PMDB) antes do dele. Que estruturou a base para que as iniciativas prosperassem no Governo dele. A questão da refinaria vem de muito tempo atrás, avançou no Governo Jarbas e se consolida no de Eduardo. O estaleiro, que se estrutura antes, no Governo de Jarbas, amadurece e se desenvolve no Governo de Eduardo. Todo o movimento de infraestrutura: duplicação da BR 232, modernização do Aeroporto Internacional do Recife, são coisas simbólicas e economicamente reais. Elas se concretizavam praticamente antes e favoreceram a base pela qual o Governo de Eduardo avança. Eduardo encontrou um Estado equilibrado do ponto de vista fiscal e financeiro. É natural, previsível e provável que ele tivesse reclamações a fazer, e as fez. Mas é importante reconhecer que o Estado que Jarbas deixou é bom de se governar.

Então, a avaliação que o senhor faz desses dois anos do Governo Eduardo Campos, mesmo na oposição, é positiva?


Acho que Eduardo tem um grande esforço de governo, com algumas áreas críticas. Eu citaria Saúde e Segurança, que ele tem cuidar muito. Reconheço que ele tem feito grande esforço. Mas esse esforço é muito mal sucedido. Eu não torço para dar errado. Tem um sentimento aqui primitivo de que quem está na oposição, quem enfrenta o governo, tem que torcer para dar errado. Eu não faria isso nunca. Nunca fiz isso. Era deputado federal, colaborei com todos os governos que eram adversários aqui. Inclusive, com o próprio Jarbas, quando eu era do PSB e ele do PMDB. Com Roberto Magalhães (DEM), quando era oposição a ele. Com Joaquim Francisco (DEM), quando era da oposição a ele. Acredito que a nossa divisão aqui é irreal do ponto de vista das questões do Estado. Sobre ela nós não podemos nos dividir. Sobre outras, tudo bem. Eu quero dizer que o Governo de Eduardo vai mal nas áreas de Saúde e Segurança. Mas eu não posso deixar de dizer também que eu conheço João Lyra Neto (PDT / vice-governador e secretário estadual da Saúde), que uma vez me apoiou para deputado federal, e que fiz a campanha toda dizendo o que eu achava de João Lyra, que um dos administradores públicos mais competentes que eu conheço. É verdade isso! Eu acho isso. João deve estar enfrentando enormes obstáculos para construir um governo eficiente, que ele gostaria.

Trata-se de uma pasta complicada. O senhor não acha?

Essa área é explosiva no Brasil inteiro. Eu acompanhei nessa eleição de presidente no Brasil todo e o tema central para 90% dos brasileiros onde havia mais vulnerabilidade era a questão da Saúde (Em 2006, Sérgio Guerra foi o coordenador-geral da campanha do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmim, do PSDB, à Presidência da República). Aqui em Jaboatão era a questão da Saúde. Lá no centro-sul, no Sudeste, em todo o lugar. A questão da Segurança em Pernambuco tem enquadrado no mau sentido governadores. Ninguém tem conseguido construir uma solução absoluta; um esquacionamento mais produtivo para que se mostrassem resultados. Eu não vejo evolução nenhuma. Acho que o quadro está caótico, mas torço para isso tudo dar certo.

Há alguma possibilidade de uma aliança entre o seu grupo e o do governador em Pernambuco, haja a vista o fato de o senhor ter tido sua formação política no arraesismo?


Não. No campo político temos lados bem definidos. Saí do PSB e ingressei no PSDB porque sou um social-democrata, acredito na social-democracia. Respeito Eduardo Campos, mas meu campo é outro.

A oposição se articula para lançar um nome forte que reuna as condições para derrotar Eduardo Campos, em 2010. E o seu é tido como um dos mais viáveis. O senhor aceitaria ser candidato do grupo de forças que outrora formou a antiga União Por Pernambuco?


Sou candidato ao Senado. Meu trabalho é para renovar meu mandato de senador. Acredito que o nome com mais força para vencer os governistas é o do ex-governador e senador Jarbas Vasconcelos (PMDB). Trabalho com essa alternativa.

E Jarbas aceitaria ser candidato?

Ele será candidato.



Folha de Pernambuco

Artigo: Luiz Gonzaga - 96 anos

{ Posted on 02:07 by Edmar Lyra Filho }

Inocêncio Oliveira // Deputado

Dia 13 de dezembro, o nosso querido Luiz Gonzaga completaria 96 anos de idade. Para mim, tal qual o rei do baião, sertanejo de Pernambuco, não basta somente a Lei nº 11.176/05, que instituiu aquele data como o dia do forró, para homenageá-lo. Isso é muito pouco para quem tanto fez pelo Sertão, para quem cantou o Nordeste sem de nada esquecer e para quem encantou a alma do povo brasileiro com sua sanfona e sua voz inconfundível. Enquanto uma fogueira arder na frente da casa do sertanejo, numa noite de São João; o silêncio dos mandacarus for quebrado pelo bater de asas de uma solitária asa branca; os gemidos dos punhos de uma rede fizerem coro ao canto da mãe que o filho embala; o gibão, as perneiras, o guarda-peito, o chapéu de couro, o chacoalhar das rosetas das esporas ao andar vaqueiro, tudo isso somar-se ao eco do seu aboio nas caatingas sertanejas; o rangido dos gonzos de uma porteira; o trote compassado de um cavalo bom de sela; e o som do zabumba, do triângulo e da sanfona chegar aos nossos ouvidos pelos embalos nostálgicos das lembranças, o saudoso Lua, de uma forma ou de outra, será festejado e encherá de festa nossos corações.

Sua estada nas forças armadas serviu para ampliar seu domínio sobre diversas culturas populares. Foi durante uma temporada que passou em Minas Gerais que Gonzaga conheceu aquele ritmo gostoso, bom de dançar e de cantar, e de se ouvir também: o Calango. Naquelas paragens itinerantes, aos poucos, tudo quanto era novidade, - e não eram poucas para quem só conhecia Exu e a circunvizinhança juntou todas suas economias, e como não tinha profissão definida, adquiriu a única ferramenta que lhe serviria naquele momento: a sanfona, que terminou sendo sua eterna companheira. "Quando eu boto ela no peito sinto o mundo em minhas mãos" dizia ele, referindo-se àquele instrumento que fez parte dos momentos mais significativos de sua vida.

Superou-se a si mesmo. Fez da sanfona uma jangada e do seu canto original o leme para atravessar esse mar de obstáculos e alcançar o reino que o esperava em festa, ao som de "asa branca". Começou só e reinou sozinho. Deixou inúmeros seguidores. Alguns deles como Dominguinhos, Marinês, Trio Nordestino receberam dele incentivos tão intensos que se tornaram decisivos para a consolidação de suas carreiras.

A Dominguinhos ele cansou de dizer: você vai ficar no meu lugar. Hoje são incontáveis seus seguidores. A fazenda São Miguel, em Serra Talhada, minha terra natal - e como eu gosto de dizer isso! - é celeiro de sanfoneiros. Uma característica interessante nos sanfoneiros da atualidade é a rapidez nos dedos durante a execução de uma melodia. Zé Marcolino, compositor de Luiz Gonzaga, em "salão de barro batido" onde fala de uma noitada de forró, faz referência aos dedos do tocador de sanfona: Zé Marcolino, meu amigo; Zé Dantas, conterrâneo do Pajeú; e Humberto Teixeira, nordestino, foram os três pilares que alimentaram Gonzaga durante sua trajetória musical, sem esquecer, evidentemente, do pernambucano João Silvade Arcoverde que compôs inúmeras músicas para o Rei e do qual era amigo próximo. No dia 2 de agosto de 1989 silenciou para sempre aquele aboio que só ele sabia fazê-lo com a melodia da saudade. Já deve ter se encontrado com outros sanfoneiros que, como ele, cantaram em prosa, verso e sanfona, o nosso Sertão e todo o Nordeste.

Artigo Publicado no Diário de Pernambuco, 4 de Janeiro de 2009.

Jarbas: a esperança da oposição em 2010.

{ Posted on 22:46 by Edmar Lyra Filho }
Por Edmar Lyra

Tenho acompanhado o noticiário local, as matérias jornalísticas sobre política, e dá pra se observar que ao que tudo indica, o Senador Jarbas Vasconcelos disputará o Governo de Pernambuco novamente. Possívelmente, contra Eduardo Campos(PSB) disputando a reeleição ou contra o ex-prefeito João Paulo(PT), caso o primeiro seja alçado a uma chapa presidencial.

Jarbas foi um dos melhores governadores da história de Pernambuco, é público e notório sua capacidade como gestor, sua austeridade e o respeito que ele adquiriu ao longo de sua carreira política. Nos seus dois governos, Jarbas reestruturou Pernambuco, que, no governo Arraes sob o comando de Eduardo Campos, então Secretário da Fazenda, afinal era Eduardo quem dava as cartas no governo Arraes, quebrou na forma literal da palavra por conta da falta de investimentos em infra-estrutura e de um projeto voltado para o desenvolvimento.

Pernambuco com Jarbas teve motivos para sorrir, passou a ter uma infra-estrutura invejável a muitos estados considerados desenvolvidos do sul e sudeste. Com Jarbas, Pernambuco voltou a ter posições de destaque na atração de investimentos. Jarbas em oito anos de governo, equilibrou as contas do estado, organizou algumas autarquias que eram consideradas "perdidas" como o DETRAN por exemplo, que se tornou um ótimo exemplo de serviço público, além de ter duplicado a BR-232, levando desenvolvimento para todo o estado.

Se Pernambuco hoje tem condições de receber investimentos da magnitude da refinaria de petróleo, da hemobrás, da indústria de PET, entre outros, isso se dá pelo ajuste econômico que Jarbas deu a Pernambuco em seu governo. É bem verdade que Jarbas enfrentou problemas, como a questão da segurança pública. Mas, em relação ao que ele encontrou depois do governo Arraes, Pernambuco foi entregue a Eduardo Campos de uma maneira muito melhor.

Hoje, Eduardo Campos tem uma aprovação de 79% graças ao que ele encontrou, e fazendo um comparativo de gestões, observando-se obras e ações, o Governo Jarbas está anos-luz à frente do Governo Eduardo. Afinal, Eduardo não tem nada concreto a apresentar a população que ele próprio construiu e implementou.

É bem verdade que questionarão: Ah, mas Eduardo já está prestes a entregar um dos hospitais que ele prometeu, como não construiu e implementou ? Então, diagnosticamos que mesmo Eduardo Campos construindo todos os hospitais que ele prometeu, ele não irá desafogar a restauração, muito menos resolverá a questão da saúde no estado.

Pelo simples motivo que a construção de um hospital é investimento, a manutenção é custeio, é muito mais fácil você construir do que manter. O Governo Jarbas construiu o Procape, porém, o Procape ainda não está 100% funcionando. Por qual motivo ? É simples, não adianta você construir qualquer coisa sem ter um planejamento nem um modelo de gestão para tal investimento.

Não digo que Eduardo construindo todos os hospitais é certeza que ele não vai deixá-los funcionando em sua capacidade plena. Mas, é uma questão muito difícil de ser mantida. Um hospital é muito difícil de ser gerenciado. Vide o Procape como exemplifiquei anteriormente. Sobretudo, diante de uma crise econômica sem precedentes como esta, que a tendência é um enxugamento da máquina pública, uma retração de investimentos e sobretudo a diminuição de custeios.

Portanto, haverá um embate em 2010 de dois governos bem avaliados pela população. O diferencial é que um teve o trabalho de estruturar a máquina pública, e o outro apenas pegou o bonde andando, depois de ter deixado Pernambuco quebrado quando fazia parte do governo.

Henry: oposição desde o primeiro dia

{ Posted on 22:22 by Edmar Lyra Filho }

Ex-candidato à Prefeitura do Recife, o deputado federal Raul Henry (PMDB) mostra-se disposto a “revitalizar” o PMDB em Pernambuco e, com isso, cumprir o seu papel como oposição no Estado, principalmente, em relação ao prefeito recém-empossado, João da Costa (PT). Em entrevista à Folha, o peemedebista defendeu uma marcação cerrada desde primeiro dia da gestão petista. Henry aposta no potencial político do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) para disputar o Governo do Estado, no próximo pleito. E atacou a gestão Eduardo Campos (PSB): “A Educação e a Saúde, que ele ficou de enfrentar, não apresentam resultados satisfatórios”, reclama o parlamentar, acresentando que a principal ação promocional da administração socialista se baseia nos frutos do Governo Jarbas.

Passado o pleito municipal, o senhor a que atribui a vitória governista?

A coisa mais importante dessa eleição foi a conjuntura que existia no País, que favorecia o discurso da continuidade, tanto que, na grande maioria das cidades, foi o discurso da continuidade que venceu a eleição. Foi assim em São Paulo, em Fortaleza, em Salvador, em Porto Alegre. O que percebíamos, no início do ano, quando fazíamos pesquisas, é que a população estava muito satisfeita com a vida. Quando você tem, numa conjuntura, essa variável, ela é determinante no resultado eleitoral. E no Recife não foi diferente. É inegável que havia aprovação do prefeito João Paulo, mas, mesmo assim, a eleição foi definida por 51% a 49%.

Pode-se interpretar esse resultado como uma falha da oposição?

O que havia nessa conjuntura nacional era ampliação do emprego, da renda, um aumento do consumo, uma expansão do crédito. A conjuntura econômica é determinante no grau de satisfação das pessoas com a vida.

O senhor subiu de 5% para 16%. Isso significou uma vitória sua pelo fato de o senador Jarbas Vasconcelos não transferir votos?

Acompanhamos a campanha toda com pesquisas e Jarbas é uma pessoa que tem uma grande aprovação, um grande respeito da população. O governo dele, olhado restrospectivamente, goza de um grande conceito junto à população do Recife. A questão é que nós tivemos três candidaturas do mesmo campo de forças, inclusive, com dois candidatos que receberam o apoio de Jarbas nas duas eleições anteriores, Cadoca (PSC), em 2004, e Mendonça Filho (DEM), em 2006. Então, as pessoas diziam que Jarbas pede voto para aquela pessoa que é o candidato dele naquela eleição. E isso relativizou o peso do pedido de voto dele. Mas ele, pessoalmente, tem um grande conceito e uma elevada taxa de aprovação.

Jarbas chegou a proibir que Mendonça usasse a imagem dele no guia eleitoral durante a campanha. Agora, com a reedição da União por Pernambuco, vocês voltam a se unir novamente. Isso, às vistas da população, não pode soar como contraditório?

Não. Na campanha de 2006, a oposição saiu com dois candidatos, que foram Humberto Costa (PT) e Eduardo Campos (PSB), e ganhou a eleição (com Eduardo). Então, cada eleição tem sua história. Nessa eleição de 2008, o que nós sentimos é que os partidos tinham o desejo de apresentar os seus projetos, os seus quadros políticos. Quando essa realidade se coloca, é preciso respeitar as variáveis e os projetos dos partidos.

O senhor poderia fazer uma avaliação do Governo João Paulo?

Tem erros e acertos. Os principais erros do Governo João Paulo, e a gente viu isso na campanha muito de perto, são as áreas de Saúde, Educação e a falta de uma política para juventude. Os países que conseguiram enfrentar o drama da violência o fizeram com duas políticas: uma repressiva e uma preventiva. E no caso das prefeituras, é obrigação realizar essa política preventiva baseada em cultura, esportes, lazer e qualificação profissional. A juventude está se perdendo na violência e na droga porque não tem nenhuma perspectiva, não há uma política municipal ampla de apoio a essa juventude.

Apesar dessas deficiências apontadas, João Paulo elegeu o sucessor, João da Costa, que partiu dos 3%. A que você atribui essa força política do ex-prefeito?

João da Costa era candidato de um conjunto muito poderoso de forças. Um presidente aprovado, um governador com boa taxa de aprovação e um prefeito também. Então, ele era um candidato desse conjunto de forças. Havia 500 candidatos a vereador fazendo campanha, uma mega estrutura de campanha.

No início da campanha eleitoral, o senhor denunciou o uso da máquina em benefício de João da Costa. Hoje, só o DEM continua agindo judicialmente para tirar o mandato do petista. Uma segunda eleição, não seria um boa oportunidade para o senhor?

O que eu fiz no período de pré-campanha, no mês de maio, foi levar, ao Ministério Público (MPPE), 11 matérias de jornais locais e nacionais onde havia evidências de uso da máquina na campanha. Defendemos que não era justo, desequilibrava o jogo eleitoral. Depois disso, quem cumpriu o seu papel foi o MPPE e a Polícia Federal. E eu disse, no dia da coletiva em que reconhecia a vitória de João da Costa (PT), que essa era uma questão que agora pertencia à Justiça. O que nós fizemos foi colocar o tema no debate político. Cumpri o papel de cobrar que a eleição ocorresse em termos iguais.

Ficou alguma mágoa da campanha de 2008?

Não, muito pelo contrário. A campanha para mim foi uma experiência positiva e enriquecedora. Tínhamos um índice muito alto de desconhecimento da população. Na primeira pesquisa, com o início do programa eleitoral, 43% das pessoas diziam que nunca tinham ouvido falar no meu nome. Na última pesquisa, eu era o candidato, no dia da eleição, que tinha a menor taxa de rejeição. Crescemos na campanha, apresentamos uma proposta para cidade e era essa a razão de ser da nossa candidatura. Cumprimos o papel.

Agora, já diante do governo de João da Costa, como deve agir a oposição?

João da Costa era a peça-chave da equipe de João Paulo, foi secretário de Planejamento. Então, o que vai estar acontecendo na Prefeitura é o nono ano de uma gestão. Isso justifica a oposição desde o primeiro dia. Há áreas que têm que ser acompanhadas e cobradas. A educação municipal do Recife é uma das piores do País, de quarta a oitava série é a pior. O sistema municipal de saúde não tem nenhuma capacidade de resolver o problema da população, tanto que as emergências gerais dos hospitais do Estado vivem lotadas. E não há nenhuma política estrutural ampla para essa juventude que está matando e morrendo nas ruas.

Como o senhor avalia os dois anos da administração do governador Eduardo Campos?

Eduardo, na campanha eleitoral (de 2006), baseava a crítica dele ao Governo de Jarbas no argumento de que Jarbas tinha investido apenas em infraestrutura e não tinha cuidado do social. Hoje, é possível afirmar que a principal ação promocional do Governo de Eduardo se baseia nos frutos do Governo Jarbas que ele está colhendo, que são os investimentos em Suape e o crescimento econômico de Pernambuco. As duas grandes questões que ele ficou de enfrentar, Saúde e Segurança Pública, até agora não apresentam resultados satisfatórios, mesmo tendo chegado à metade do seu Governo.

A União por Pernambuco vai ser reeditada e já há acerto entre o DEM, o PMDB e o PSDB. Há negociação com o PV e o PPS?

Eu acho que o PPS e o PV estão no mesmo campo nosso. O que nós percebemos, hoje, é que há uma tendência muito natural de uma reunificação dessas forças para eleição de 2010.

O PV municipal, no entanto, está tentando estabelecer uma costura com o governador Eduardo Campos para 2010...

Eu não tenho notícias internas do PV. Mas se o candidato a presidente for José Serra (PSDB), ele tem uma excelente relação com o PV nacional. Claro que tudo isso são conjecturas ainda. Acho absolutamente possível que eles fiquem no nosso campo de forças.

Quem seria o candidato da reedição da União por Pernambuco para 2010?

Nós temos vários nomes. Já foram colocados os de Sérgio Guerra (PSDB), do próprio Jarbas, de Marco Maciel (DEM), de Roberto Magalhães (DEM). Mas essa é uma decisão que vai ser tomada no momento oportuno, adequado.

E isso foi percebido com o resultado das eleições de outubro...

Foi percebido com o resultado da eleição, mas isso é notório nas conversas. A gente identifica qual é o anseio dos partidos. Da mesma forma que, em 2008, todo mundo queria lançar seu candidato, hoje há uma tendência de reunificação da aliança.

Jarbas expressou-se em favor de Sérgio Guerra para disputar o Governo do Estado. Guerra devolveu a bola para Jarbas. Qual o mais cotado internamente?

Essa discussão nós não vamos ter agora. O importante é que nós temos mais uma alternativa.

Quais as previsões da aliança para janeiro. A deputada estadual Terezinha Nunes confirmou uma conversa...

Encerrando 2008 e começando 2009, é natural que os partidos voltem a conversar para definir estratégias, inclusive, de como exercer o papel de ser oposição. Discussão sobre nome eu acredito que só vai acontecer em 2010.

O senhor tem pretensões de tomar as rédeas do PMDB a nível regional?

Eu pretendo participar desse trabalho de revitalização do partido, de reorganização, para que, em 2010, ele seja competitivo com uma boa chapa de candidatos a deputados.

Quais as inovações previstas? Algo definido já, alguma mudança?

Não. Nós precisamos iniciar um processo de articulação com lideranças políticas, do Recife, da Região Metropolitana, do Interior, convidá-las para participar. O partido, depois do PT, é o mais citado pela população como da sua preferência.

E quais são os seus planos para 2010?

Vou tentar uma reeleição para Câmara.

O que acha das críticas feitas pelo prefeito João Paulo ao Ministério Público?

Acho um grande equívoco acusar o Ministério Público e a imprensa de estarem politizando essas iniciativas (as várias ações movidas contra irregularidades na PCR). São duas insituiçoes que têm grande papel na democracia. E a obrigação de quem é acusado por instituiçoes a quem cabe exercer o controle sobre a administração pública é de se defender de maneira convincente, e não fazer acusações vagas como essas.

Não se vê forte oposição ao Governo Lula....

O Governo Lula foi beneficiado porque o mandato dele coincidiu com a maior fase do crescimento da história do capitalismo. O mundo cresceu em cinco anos, com taxas superiores a 5%, e a economia brasileira naturalmente surfou nessa onda de crescimento.

O mérito seria então da economia mundial e não da política financeira do Governo Lula?

Eu acho que Governo Lula teve o mérito de manter uma política econômica que foi basicamente a continuidade da política econômica do Governo Fernando Henrique Cardoso (FHC), que foi uma política econômica que preservou a moeda, que garantiu estabildiade. Em vários momentos, como agora, errou na dose da taxa de juros. Mas garantiu a estabilidade da moeda, porque, na inflação, quem mais perde são os mais pobres. Garantir a estabilidade da moeda é uma coisa fundamental para que você crie as condições para que a economia se desenvolva, para que as pessoas possam consumir.

Na sua concepção, quais pontos podem ser atacados pela oposição para ganhar espaço diante desse cenário favorável ao Governo?

Um exemplo é que o Governo Lula está dizendo agora que todo o esforço dele vai ser no investimento, mas foi um Governo que aumentou muito o custo do Estado brasileiro. A economia cresceu, o Brasil aumentou a sua arrecadação, mas isso não foi transformado em investimento. Tudo foi gasto com custeio. A folha de pagamento da união vai sair de R$ 70 bilhões para R$ 135 bilhões, no próximo ano. Um recurso que deveria ser investido para o País crescer, com ampliação e requalificação da infra-estrutura, foi praticamente todo desperdiçado com o custeio da máquina. São coisas que têm que ser apontadas. E nós temos uma outra variável relevante, que é um candidato à Presidência da República que é favorito, identificado pela população como a pessoa mais preparada e qualificada para ser o presidente do País, que é José Serra (PSDB).

Folha de Pernambuco
Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina