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Para marqueteiro, José Serra será eleito domingo.

{ Posted on 00:36 by Edmar Lyra Filho }
Do Blog de Jamildo

O publicitário Marcelo Teixeira, da empresa Makplan e que já trabalhou para tucanos e petistas pelo Brasil, analisou os últimos números da pesquisa Datafolha e diz que Dilma pode até ganhar as eleições, mas que as chances maiores de vitória são do candidato tucano José Serra. Quando todo mundo dizia que Dilma levaria no primeiro turno, em entrevista exclusiva ao Blog de Jamildo, analisando os mesmos dados do Datafolha, ele antecipou que haveria segundo turno.

“Lula não conseguiu fazer a candidatura dela decolar. Ela é ruim de palanque e mesmo com o apoio quase totalitário não deslanchou nas urnas”, declara.

O marqueteiro vê muita semelhança do atual cenário com os números do primeiro turno, quando a candidata oficial tinha 50% dos votos, segundo as pesquisas mais confiáveis, mas não obteve nas urnas os 50% dos votos, mesmo com o apoio de um amplo leque de políticos da situação.

“Serra tem todas as chances de vencer as eleições porque Dilma, mesmo com a popularidade de Lula, mesmo com toda a capilaridade de sua campanha no primeiro turno, não conseguiu subir nada e está com os mesmos 50% do primeiro turno. Em São Paulo, por exemplo, ela tinha três candidatos a governador pedindo votos para ela”, observa.

O analista político cita que Serra tem chances enormes de mudar o placar porque, no Sudeste, por exemplo, existem cerca de 7% dos indecisos.

Numa comparação rápida, o marqueteiro cita que a votação da petista gira em torno dos 62% no Nordeste e que Lula teve 77% nas pesquisas.

A sua tese principal, assim, é que só São Paulo pode tirar os votos de vantagem de Dilma no Nordeste. Isto pode até ajudar a explicar a preocupação do presidente Lula de encerrar a campanha da petista no Recife, na data de hoje. “Desde Franco Montoro, passando por Covas e depois os tucanos mais novos, eles nunca tiveram menos de 60% contra Lula. E Dilma não é Lula”, frisa.

Apontado como um dos principais colégios eleitorais, Minas Gerais, na avaliação do observador da cena política nacional, dará vitória ao tucano. “Ela está 4% ainda na frente, mas vai perder lá. O mineiro não vota no PT. Agora não vai ter cabo eleitoral como no primeiro turno. O eleitor vai vair para votar em um, no outro, ou branco ou nulo. A abstenção será enorme e Dilma não é Lula, ela é pesada”.

Na sua avaliação, um dos fatores que deve prejudicar Dilma com muita intensidade são as abstenções. Ele diz que isto pode reduzir a sua esperada votação no Nordeste para até 60% do que está previsto. “Em um universo de 36 milhões de eleitores, no segundo turno, Lula e Alckmim tiveram apenas 25 milhões de eleitores. Cerca de 11 milhões de eleitores deixaram de comparecer. E olha que era gente que segurava bandeirinha e era Lula desde sempre. Só que Dilma não é Lula e a votação de votos em disputa pode cair para 20 milhões de votos no Nordeste”, observa.

Coluna Gazeta Nossa primeira quinzena de Novembro.

{ Posted on 21:26 by Edmar Lyra Filho }
Jaboatão e a eleição de 2012
A última edição da Gazeta Nossa apontou dados preocupantes. Dos quase 400 mil eleitores de Jaboatão dos Guararapes, 63 mil se abstiveram de votar, algo em torno de 15%. Como se não bastasse, tivemos apenas 303 mil votos válidos para Presidente da República, ou seja, 97 mil eleitores deixaram de votar, o que corresponde, somados abstenção, brancos e nulos, a algo em torno de 25% do eleitorado. Por incrível que pareça, este resultado ainda tem um certo alento, comparados aos votos para Governador (284.896), Senador (263.249), Deputado Federal (290.351) e Deputado Estadual (294.506). Onde tivemos, em média um terço do eleitorado deixando de votar para estes cargos. Isso pode configurar um 'desapego' do eleitorado por conta dos desmandos das antigas gestões, algumas figuras horripilantes do município como Newton e Elina Carneiro que receberam um sonoro não dos jaboatonenses na disputa para Deputado Estadual recebendo, 2.619 e 9.861 votos, respectivamente. Essa foi a resposta pela ridícula gestão do ex-Prefeito Newton Carneiro e da sua Dama-de-ferro e filha Elina Carneiro que em muito atrasaram o município. Outro candidato com 'raízes' jaboatonenses Marcos Antônio, o Negão Abençoado, tendo em vista que disputou o cargo de Vice-Prefeito na chapa de Newton Carneiro em 2008, não foi reeleito e teve uma votação pífia no município. Um candidato majoritário que, se bem soubesse, sequer se colocava mais como candidato a qualquer coisa e principalmente a Prefeito como em tese, pleiteia, Fernando Rodovalho foi outro vexame. Obteve apenas 2.751 votos para Governador de Pernambuco, destes, apenas 908 votos em Jaboatão. O que mostra o recado sonoro das urnas para a gestão pavorosa que ele fez quando Prefeito do município. O ex-vereador de Jaboatão e atual vereador do Recife Edmar de Oliveira foi pífio como candidato a Deputado Federal, obteve apenas 19 mil votos, e não conseguiu sequer metade disso na cidade, considerando que ele foi vereador por vários mandatos em Jaboatão dos Guararapes. Outros candidatos com menor estrutura, se saíram razoavelmente bem, como é o caso do Vereador Moisés, que obteve 18 mil votos para Deputado Federal, destes tendo 13 mil em Jaboatão dos Guararapes tem excelentes condições de pleitear voos mais altos, como o caso de uma Vice-Prefeitura ou até mesmo ir para a reeleição com grandes chances de sair majoritário do município. Idivan obteve votação razoável no município, mais de 10 mil votos para quem não tem muita visibilidade é algo louvável, sobretudo para uma disputa de Deputado Estadual. Eduardo Porto ampliou sua votação em relação a 2006, mas não conseguiu a reeleição, mesmo assim, se saiu muito bem das urnas, porém, sem o mandato. Dos que conseguiram se eleger e que têm base forte no município, Betinho Gomes se saiu muito bem, quase 24 mil votos na cidade. O mais votado foi o Pastor Cleiton Collins que conseguiu obter quase 28 mil votos. Algo bem considerável no município e ele repetiu o feito de 2006, foi o mais votado de Pernambuco. André Campos, segundo colocado na disputa para Prefeito em 2008 obteve pouco mais de 10 mil votos no município, esperava-se mais, tendo em vista ele ser um pré-candidato a Prefeito em 2012, porém, muitos candidatos potenciais tiraram votos dele como foi o caso do Presbitero Adalto e Amauri Cândido. Além do próprio Betinho Gomes. Com esses números, podemos entender que Elias Gomes surge fortalecido por um lado, pois colocou seu filho na segunda posição para Deputado Estadual, mas enfraquecido por outro por conta de seu candidato a Deputado Federal, Sérgio Guerra, não conseguiu sequer 10 mil votos no município e seu candidato a Presidente, José Serra, ficou apenas em terceiro lugar. Isso é algo que o Prefeito precisa monitorar e corrigir os possíveis erros para evitar 'surpresas' quando tentar a reeleição, onde, sem dúvidas, ele surge como favorito. André Campos surge como pretenso candidato e deve ter o apoio de Eduardo Campos para poder se viabilizar, mesmo não tendo tido excelente votação no município, ainda é o principal nome da oposição para tentar desbancar Elias Gomes. Primeiro por ter excelente trânsito com o Governador Eduardo Campos, segundo por ser um nome qualificado para o posto e também por ser do PT, um partido forte que vai querer combater o PSDB de Jaboatão dos Guararapes. Do ponto de vista geral, o que podemos observar para o pleito proporcional de 2012 é que precisam surgir caras novas para o município, tanto do lado do Prefeito Elias Gomes quanto do lado do Deputado André Campos, eles precisam apresentar novos nomes para o Legislativo municipal, de preferência qualificados e com inserção social e política para que o fiasco de 2010 não seja repetido em 2012. Nomes da sociedade como empresários, profissionais liberais, formadores de opinião, etc. devem disputar o cargo de vereador de Jaboatão dos Guararapes para, não só melhorar esta situação eleitoral, como também a questão política que é escassa no município.
Orla - A Prefeitura de Jaboatão deveria apresentar um projeto viável para requalificar a orla do município e transformá-la em algo potencial para receber as pessoas que vêm de todo o estado de Pernambuco, do Brasil e do mundo.
Turismo - Seria fundamental que a Prefeitura investisse em ações que pudessem fortalecer o Carnaval do município, a Semana Santa, o São João e até mesmo um evento fora-de-época. A cidade tem um excelente potencial turístico, mas a Prefeitura ainda não despertou pra isso.
Empresários - Do ponto de vista dos eventos, o que não falta é empresário que consiga captar recursos, basta que a Prefeitura ceda o local e dê total suporte para que eles possam viabilizar tais eventos.
Capacitação Profissional - A Secretaria de Juventude do Município poderia realizar programas, em parceria com o Sistema S, para incentivar os jovens a se capacitar profissionalmente, tendo em vista que a cidade está muito próxima de Suape e seus jovens não têm tal amparo.
Combate às Drogas - Outro tema que poderia ser atribuído a Secretaria de Juventude seria elaborar um programa de Combate às Drogas no município, tentando evitar que o Crack acabe com a vida de muitos jovens de Jaboatão.

E Serra vence mais um debate.

{ Posted on 22:28 by Edmar Lyra Filho }
Como diria FHC: Assim não pode, assim não dá.

Não está tendo a menor graça assistir a esses debates do segundo turno. A candidata do PT é extremamente fraca, não tem a menor condição de gerenciar a casa dela, imagina o Brasil?

Ela fica no samba do crioulo doido falando sobre privatização, esquecendo-se de que os brasileiros foram favoráveis à privatização.

Afinal, temos quase 200 milhões de celulares no Brasil, é mais do que a quantidade da população brasileira.

Isso só foi possível graças à privatização.

Do ponto de vista da Vale, da CPFL, da CSN, que foi feita por Collor, que apoia Dilma, dentre outras. A privatização foi interessante porque o Brasil recolhe bastante com impostos. As empresas se tornaram eficientes e o Brasil aumentou a arrecadação.

Existem dois tipos de privatização, a venda do bem público propriamente dito e a ocupação política do bem público.

A primeira, pelo menos, gera receita para a União através de impostos, já a segunda deixa a máquina pública sucateada e obsoleta por conta da ineficiência dos servidores públicos, que são militantes de carteirinha do PT e fazem uma verdadeira apropriação indébita do patrimônio público para fins privados do PT.

Do ponto de vista do debate, a questão da privatização está surrada, já ajudou Lula, mas não tende a ajudar Dilma porque foi feita há mais de 10 anos. A única estratégia do PT que talvez tenha surtido efeito foi o fato de criar uma cortina de fumaça para, parafraseando Dilma, tergiversar do tema do aborto.

Dilma mostrou mais uma vez falta de preparo e de capacidade para Presidir o Brasil.

Além do mais, não fala com propriedade, não tem certeza do que diz, a prova disso é falar de cuidar da 'pessoa humana', e existe pessoa animal?

Dilma criticou São Paulo, governado pelo PSDB há 16 anos e tem mais 4 anos garantidos, portanto, 20 anos de poder.

São Paulo é o estado com os melhores índices de educação, de segurança, de saúde e de desenvolvimento econômico do Brasil. Talvez esse seja o trunfo do sucesso de São Paulo, não ter deixado o Partido dos Trabalhadores entrar no Governo Paulista.

Enquanto José Serra falava de Infraestrutura, de atendimento a Pessoa com Deficiência, em Saúde, em Educação, em Segurança Pública, etc. Dilma só pensava em atacar o tucano. E ainda dizem que o debate não fala de futuro.

Pelo visto esquecem que Serra fala de futuro e Dilma só fala de passado. A disputa Lula x FHC já ocorreu em 1994 e 1998, FHC ganhou as duas e no primeiro turno. Portanto, é algo superado.

José Serra mostra a cada debate que é o melhor candidato para Presidir o Brasil, e como disse o coordenador de campanha de Dilma Rousseff e eleitor de Marina no primeiro turno, Ciro Gomes, José Serra é mais preparado, mais legítimo e mais capaz para ser o Presidente do Brasil.

E não é que Ciro tem razão?

Jogo sujo do PT atinge Mônica Serra.

{ Posted on 00:26 by Edmar Lyra Filho }
O jogo sujo do PT não tem limites.

Desesperados com a possibilidade de perderem as tetas do poder público, o PT joga baixo e sujo ao ponto de colocar a esposa do candidato José Serra, Mônica, 'na roda'.

Não me interessa saber se Mônica fez ou deixou de fazer um aborto, nem a mim nem a ninguém, creio que a questão do aborto não a faz melhor nem pior do que ninguém, se de fato ela fez isso.

Mas esse tema é algo que diz respeito única e exclusivamente a ela.

Na ânsia de querer tirar o tema da pauta, Dilma Rousseff e seus aliados atingem a honra da esposa do candidato José Serra.

É aquela velha história de querer igualar as pessoas ao baixo nível do PT.

Creio que o vale-tudo eleitoral não poderia ser dessa maneira.

Sabe o que vai acontecer?

O PT vai vitimizar o candidato José Serra e sua esposa. No intuito de atingir a ele e sua esposa, não sabe o tiro no pé que o partido deu ao tocar neste tema.

Além do mais, não há como igualar José Serra a Dilma Rousseff neste quesito.

O grande problema de Dilma foi não manter a opinião que tinha, tanto em 2007 quanto no PNDH-3, quando defendeu a legalização do aborto.

A candidata Dilma é uma verdadeira biruta de aeroporto, muda de posição conforme a direção dos ventos.

O que dizem as pesquisas?

{ Posted on 23:27 by Edmar Lyra Filho }
O Datafolha foi o primeiro instituto a publicar uma pesquisa sobre o segundo turno e apontou 48% pra Dilma Rousseff contra 41% de José Serra. Em votos válidos, 54% x 46%.

No primeiro turno, os números eram 52% x 39% em intenções de voto, considerando os votos válidos Dilma tinha 57% e Serra aparecia com 43%.

No Ibope, Dilma aparecia com 51% das intenções de voto e Serra 37%, portanto, 58% dos votos válidos para Dilma contra 42% de Serra. Hoje os números são 49% Dilma, 43% Serra em intenções de voto, nos votos válidos Dilma 53%, Serra 47%.

O Vox Populi não fazia simulação de segundo turno porque dava vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno com 53% dos votos válidos, ela só teve 47%. O Vox Populi errou feio. Mas mesmo assim, vamos levar em consideração os números do Vox Populi para o segundo turno: 48% pra Dilma e 40% pra Serra, em votos válidos, 54,5% Dilma, Serra 45,5%.

No caso do Datafolha, uma diferença que era de 14 pontos caiu pra 8. No Ibope, a diferença era de 16 pontos, caiu pra 6.

Considerando os três institutos, a média das pesquisas apontam: 53,8% pra Dilma Rousseff e José Serra com 46,2%. Com uma margem de erro de dois pontos percentuais os números podem estar entre 51,8% a 55,8% pra Dilma, e 44,2% a 48,2% pra Serra.

A vantagem pode ser de 3,6% no mínimo e no máximo 11,6% pra Dilma Rousseff. Lembrando que no segundo turno, essas vantagens caem pela metade. Podendo considerar que José Serra precisa crescer no mínimo 2 pontos e no máximo 4 pontos em cima da adversária Dilma Rousseff para vencer a eleição.

Se considerarmos apenas os intitutos confiáveis, ou seja, Datafolha e Ibope, a diferença é mínima: 53,5% Dilma, 46,5% Serra. Margem de Erro de 2 pontos: Dilma pode ter entre 51,5% e 55,5%. Serra 44,5% e 48,5%.

O que queremos mostrar é que, caso os fatos do primeiro turno sejam repetidos, José Serra pode ser o vencedor já com esses números.

A considerar que no Nordeste, local que corresponde a 27% do eleitorado brasileiro e que dá a Dilma, em média, quase 70% de intenções de voto, possui uma abstenção de quase 30%, Dilma pode ter sua vantagem reduzida a pó na urna.

Dos 27% do eleitorado, considerando uma abstenção de 30%, apenas 19% votará. Levando em conta que Dilma tem em média 70% dos votos, ela só terá 13% pra acrescentar a votação nacional contra 6% do tucano. Portanto, uma vantagem de apenas 7%. Em termos de votos, corresponde a uma vantagem de menos de 10 milhões de votos, algo que tende a ser revertido nas demais regiões facilmente, tendo em vista que José Serra lidera no resto do Brasil e tende a ampliar isso. Acha 10 milhões muito? Imagine se não tivesse a abstenção, Dilma teria mais de 15 milhões de votos a frente de Serra.

É uma discrepância de 5 milhões de votos, o que corresponde a 5% dos votos válidos do primeiro turno.

Não sou estatístico nem matemático, mas esse foi um dos fatores que contribuíram seriamente para a existência do segundo turno, e o que pode contribuir efetivamente para a vitória de José Serra já nas condições atuais.

Vejamos uma perda de 5% pra Dilma nos votos válidos.

Dilma teria 53,8% das intenções de votos válidos contra 46,2%. Uma perda de 5%, corresponde a Serra com 51,2% e Dilma com 48,8% já na média atual das pesquisas.

Portanto, a vitória de José Serra é algo muito mais factível do que se imagina, por isso o PT está atacando tanto o candidato José Serra, resta saber se surtirá efeito.

Coluna Gazeta Nossa segunda quinzena de outubro.

{ Posted on 23:43 by Edmar Lyra Filho }
José Serra pode vencer

No primeiro turno, muitos consideraram que José Serra estaria liquidado e que Dilma Rousseff seria a próxima Presidente da República. De fato, a força do Presidente Lula não deve ser questionada, transferiu boa parte da sua popularidade para uma candidata inexpressiva e totalmente desconhecida pelos brasileiros. Com 80% de popularidade, conseguiu que Dilma obtivesse 47% dos votos válidos no primeiro turno. E só teve isso por conta do Caso Erenice na Casa Civil, caso contrário poderia ter sido eleita no primeiro turno. A verdade é que Dilma Rousseff não foi confrontada e tendia a vencer sem qualquer obstáculo. Não por incompetência dos seus adversários ou pelo méritos próprios, mas principalmente pela situação econômica e social vivida pelo país e a vontade dos brasileiros de continuar tudo o que Lula havia feito. Porém, o improvável ocorreu. Marina Silva, com menos de 1 minuto na televisão e sem palanque algum nos estados, chegou a surpreendentes 20% dos votos válidos no primeiro turno. Fato que consolidou a existência do segundo turno, afinal José Serra teria, seguramente 30% dos votos válidos no primeiro turno, e chegou a quase 33%. Com o segundo turno, José Serra e Dilma Rousseff tiveram suas candidaturas confrontadas e, conforme a experiência e capacidade política, podemos entender que José Serra tende a ser o próximo Presidente do Brasil.

DATALYRA - Na eleição para Deputado Federal conseguimos acertar 22 dos 25 eleitos. Para Deputado Estadual o acerto foi de 36 entre os 49. Aproximadamente 80% de acerto entre as duas Casas Legislativas.

Eduardo Campos - Com a vitória esmagadora sobre o seu principal adversário, o Governador Eduardo Campos se consolidou como a principal liderança política de Pernambuco.

Jarbas Vasconcelos - Eleito Senador da República com quase 60% dos votos válidos e saiu do Governo de Pernambuco com 80% de aprovação em 2006, era inimaginável que Jarbas Vasconcelos tivesse menos de 15% dos votos válidos.

Fatores - Essa derrota se deu por conta de que seus aliados ficaram enfraquecidos e seu governo foi repelindo aliados fortes que foram pra base do Governador Eduardo Campos.

Fatores 2 - A derrota se deu também por total desorganização do comando de campanha de Jarbas, poderia até perder, mas jamais dessa maneira se a campanha tivesse sido bem planejada, organizada, executada e controlada.

Armando Monteiro - O Senador eleito Armando Monteiro (PTB) após ter sido o mais votado, surge como a principal aposta da Frente Popular para ser o candidato a Governador em 2014.

Cadoca - Mesmo tendo sido eleito, o ex-todo poderoso do Governo Jarbas Vasconcelos caiu para menos da metade a sua votação em relação a 2006. Provavelmente não disputará mandato em 2014 porque é um político decadente.

Eduardo da Fonte - Com mais de 330 mil votos, o deputado progressista foi a principal surpresa desta eleição, conseguiu triplicar a votação em relação a 2006 e surge como uma grande liderança política da nova geração.

Evangélicos - Em Pernambuco os evangélicos elegeram dois federais e dois estaduais, foram eles: Pastor Eurico (PSB) e Anderson Ferreira (PR) e Cleiton Collins (PSC) e Presbitero Adalto (PSB).

Raul Jungmann - Mesmo tendo sido o quarto colocado na eleição para o Senado, Raul Jungmann (PPS) se tornou mais conhecido entre os pernambucanos e surge como um dos pré-candidatos a Prefeito do Recife em 2012.

Daniel Coelho - Principal líder político do Partido Verde em Pernambuco, Daniel Coelho foi eleito Deputado Estadual com quase 50 mil votos e pode surgir como um dos candidatos a Prefeito do Recife em 2012.

DEM - A salvação do Democratas poderá ser a eleição de José Serra como Presidente da República, porque em Pernambuco elegeu apenas dois Federais e dois Estaduais, e perdeu o Senador Marco Maciel.

Sérgio Guerra - Caso José Serra vença, Sérgio Guerra pode ser alçado a condição de Ministro e André de Paula, primeiro suplente da coligação jarbista, assume o mandato.

Debate da Band mostra superioridade de Serra.

{ Posted on 00:51 by Edmar Lyra Filho }
Quem assistiu pôde comprovar: José Serra foi o melhor candidato e conseguiu que Dilma Rousseff demonstrasse desespero.

Provavelmente Dilma foi orientada pelos marqueteiros a partir para o ataque, e seguiu à risca a orientação.

Pela minha pouca experiência em política, bate quem está atrás, e administra quem está na frente.

O debate da Band fugiu à esta regra, a considerar a pesquisa Datafolha apresentada neste domingo que aponta Dilma Rousseff com 48% das intenções de voto contra 41% do candidato José Serra.

Em votos válidos, Dilma teria 54% contra 46% de Serra.

Porém, estratificando a pesquisa em sob o ponto de vista regional, José Serra já lidera em três regiões, Dilma apenas em uma.

O que ainda favorece a liderança de Dilma é que no Nordeste ela lidera com 62% diante dos 32% de intenções de voto de José Serra, a considerar que o eleitorado do Nordeste corresponde a 27% do país, podemos concluir que o Nordeste ainda segura Dilma.

Talvez isso explique uma postura agressiva e desproporcional para quem está com 8 pontos de vantagem sobre o adversário.

Do ponto de vista do debate, José Serra foi respeitoso, coerente, tranquilo e direto no debate. Diferentemente de Dilma Rousseff que teve que fugir de temas difíceis como o Aborto e o Caso Erenice Guerra.

Na tentativa de fuga desses temas, Dilma partiu para a agressão ao candidato José Serra e utilizou o tema privatização no intuito de prejudicar o candidato tucano.

Pelo visto, a tentativa não surtiu efeito, afinal, o tucano respondeu à altura mostrando que as privatizações foram positivas para o Brasil e que as pessoas se comunicam hoje graças a ela. Afinal, caso a Telebras não fosse privatizada, muito provavelmente não teríamos mais celular do que habitante no país.

O tom agressivo de Dilma me lembrou Geraldo Alckmin em 2006, que apesar de ser um homem extremamente preparado, conseguiu ter menos votos no segundo turno do que teve no primeiro.

Esse tom agressivo só serve pro oponente, sobretudo se ele estiver à frente.

Em 2006 Lula aparecia com os mesmos 54% das intenções de votos válidos contra os 46% de Alckmin.

Alckmin bateu, bateu, bateu sobre o Dossiê e o Escândalo dos Aloprados que ficou no samba de uma nota só, e o resultado foi Lula ter mais de 60% dos votos válidos e Alckmin conseguir ter menos de 40%.

Isso tende a se repetir, porque a virada já ocorreu, a tendência é que essa virada seja ampliada por José Serra nas demais regiões e no Nordeste, reduto petista, Dilma fique com o que já tem: algo em torno de 65% dos votos válidos.

Portanto, posso afirmar que as próximas pesquisas, sobretudo a do Ibope de quarta-feira já devam mostrar um cenário bem mais favorável a José Serra do que o que mostrou o Datafolha.

E José Serra, segue a passos largos rumo a Presidência da República caso não haja alguma hecatombe que prejudique sua campanha como ocorreu com Dilma, que tendia a vencer no primeiro turno.

Portanto, Serra não precisa mais de nenhum escândalo contra Dilma para ser o próximo Presidente da República, basta manter o bom ritmo do guia eleitoral e a mesma performance apresentada no debate da Band.

As verdades dos Governos FHC e Lula que o PT omite

{ Posted on 00:30 by Edmar Lyra Filho }
Muitos falam de maneira exacerbada que o Governo Lula foi infinitamente melhor que o Governo FHC. Não é verdade.

A considerar que foi feito pelo Governo FHC, podemos dizer que o dele foi melhor que o de Lula.

O Proer, a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Plano Real e as Privatizações foram ações importantes para o Brasil.

O Proer estruturou o sistma financeiro brasileiro, a LRF aumentou a eficiência da gestão pública no Brasil, o Plano Real trouxe a estabilidade econômica e o controle da inflação e as privatizações deram ao brasileiro a oportunidade de ter acesso a telefonia, internet, etc.

Além disso, o Governo FHC foi o responsável pelo início dos programas sociais no Brasil, foi durante a época dele que foram criados o Bolsa-Renda, Vale-Gás, Bolsa-Escola e Bolsa-Alimentação. Além do PETI, Programa de Erradicação do Trabalho Intantil.

Esses programas o PT era contra, a proposta dele era o Fome Zero que nada mais era do que distribuir cestas básicas com os pobres para erradicar a fome no país. Como viram que seria dificílimo distribuir as cestas básicas, tiveram que seguir o modelo social do Governo Fernando Henrique, unificando as Bolsas e transformando no Bolsa-Família.

O mérito do Governo Lula foi manter as diretrizes econômicas de FHC, a prova disso é que o Presidente do Banco Central é um ex-tucano que foi mantido por Lula no cargo, Henrique Meirelles. Outro mérito foi manter o câmbio flutuante bem como unificar os programas sociais e ampliá-lo. Ou seja, a grande virtude do Governo Lula foi fazer aquilo que ele sempre se colocou contra. Caso tivesse mantido posição, o Brasil teria quebrado.

Além do mais, Fernando Henrique enfrentou diversas crises econômicas, enquanto Lula enfrentou apenas a 'marolinha' de 2008, que só se saiu bem por conta da reestruturação do sistema financeiro feita pelo governo anterior.

Vejamos as crises que FHC enfrentou: Crise do México (1995), Crise Asiática (1997/1998), Crise Russa (1998/1999), Crise Argentina (2001), Crise dos EUA, 11 de Setembro (2001) e a própria eleição de Lula em 2002 que causou a fuga do hot-money, aumentando o dólar a quase R$ 4,00 por conta do mercado financeiro ter sérias dúvidas sobre aplicar no Brasil por conta da provável vitória de Lula que era contra o Plano Real e todas as ações econômicas do Governo FHC.

O Salário Mínimo no Governo FHC subiu de R$ 70,00 para R$ 200,00 em 8 anos, portanto, um aumento de 186%. Já no Governo Lula, o salário mínimo foi de R$ 200,00 para R$ 510,00, um aumento de apenas 155% em 8 anos.

O Índice de Desenvolvimento Humano do Governo FHC passou de 0,753 para 0,789, portanto, um aumento de 0,36. Já no Governo Lula foi de 0,789 herdado de FHC para 0,813, consequentemente um aumento de 0,24. Diante disso, o Governo FHC também foi superior ao Governo Lula neste quesito.

Com esses números, podemos observar nitidamente quem foi melhor Presidente e a resposta sabemos qual é: Fernando Henrique Cardoso.

Podem comparar a vontade entre Governo Lula e Governo FHC, entre Dilma e Serra porque o Governo FHC/Serra foi infinitamente superior ao Governo Lula/Dilma do ponto de vista de desenvolvimento econômico e social. Sem contar com o fato de que o Governo FHC foi eficiente e o Governo Lula foi apenas eficaz.

Estamos diante de falácias sobre o passado do Brasil que merecem ser combatidas pelo bem do Brasil.

José Serra, além de ser melhor candidato por ter um histórico muito melhor que o de Dilma, ainda tem um governo com um legado muito mais importante para o Brasil do que o deixado pelo que apoia Dilma. A história dirá.

Datafolha excelente para José Serra.

{ Posted on 23:47 by Edmar Lyra Filho }
Os números apresentados pelo Datafolha deste domingo são extremamente favoráveis a candidatura de José Serra, logo abaixo digo por quê.

Dilma Rousseff (PT) aparece com 48% das intenções de voto.

José Serra (PSDB) aparece com 41% das intenções de voto.

Brancos, nulos e indecisos totalizam 11%.

A considerar os votos válidos Dilma aparece com 54%, Serra com 46%.

Margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

A última pesquisa Datafolha antes do segundo turno apontava Dilma com 52% das intenções de voto contra 39% de José Serra. Portanto, 57% dos votos válidos pra Dilma e Serra com 43%.

Portanto, 14 pontos era a diferença entre a candidata petista e o candidato tucano, hoje são apenas 8 pontos.

No que diz respeito aos votos válidos do primeiro turno, Dilma obteve 47%, Serra 32% e Marina 20%, demais 1%.

Dos votos de Marina e os demais que totalizam 21% válidos, Serra cresceu obteve 14 pontos e Dilma 7.

Em números mais realistas, para cada 3 eleitores de outros candidatos, Dilma ganhou 1 e Serra ganhou 2.

Uma proporção de 33% pra Dilma e 67% pra Serra.

No primeiro turno, Dilma Rousseff tinha tudo ao seu favor, Serra praticamente tudo contra.

Dilma tinha mais tempo no guia eleitoral, pouco mais de 10 minutos, mais inserções na tv e os debates eram pulverizados, portanto, facilitava quem estava à frente nas pesquisas por não haver um confronto direto.

Hoje as condições de guia são iguais, 10 minutos para cada candidato, inserções iguais e três debates entre os dois candidatos apenas, coisa que não ocorreu no primeiro turno.

Outro ponto favorável a José Serra é que um crescimento dele de 2 pontos, diminui a diferença em 4 pontos, porque a perda é dobrada, se um perde o outro ganha.

A considerar 54% pra Dilma e 46% pra Serra, podemos considerar que o tucano está a 5 pontos da Presidência da República.

Marina, você nos orgulhou

{ Posted on 22:58 by Edmar Lyra Filho }
Marina foi, sem dúvidas, o que teve de mais puro e mais belo nesta eleição presidencial. Uma surpresa bonita de se ver, resgatou o conceito de Democracia no Brasil, e trouxe, através do Partido Verde, a esperança de um país que luta, que batalha, que acredita que tudo pode ser melhor. Marina Silva não tinha o aparato da mídia, muito menos o aparato financeiro, político e partidário.

Mas tinha, sem dúvidas, o que mostrar ao Brasil. Deixou um legado de que o Brasil pode se desenvolver de maneira sustentável, pode crescer sem ferir a natureza. Podemos respeitar o Meio Ambiente e fazer um país mais prospéro e mais saudável para todos nós.

Não foi apenas a questão ambiental que deu a Marina 20 milhões de votos, muito menos os Evangélicos e Católicos que ficaram contra Dilma Rousseff por ela ter se mostrado favorável ao aborto, não foram também os 'playboys e mauricinhos' que votaram em Marina Silva, erroneamente rotulados pelo PT e por sua militância.

Votaram em Marina Silva aqueles brasileiros que até respeitavam e conheciam José Serra, que até gostavam e aprovavam o Presidente Lula, mas queriam algo diferente, algo novo, queriam uma pessoa com novas ideias, mesmo de origem humilde, tendo passado 16 anos para se alfabetizar no mobral e mesmo assim conseguiu o diploma de historiadora. Marina Silva mal sabia, mas entraria para a História do Brasil a partir do momento que abdicou da condição de Ministra do Meio Ambiente por discordar de pontos defendidos pela toda poderosa do Governo Lula, Dilma Rousseff.

Marina foi rotulada pelos petistas como alguém que era 'traíra', apenas por não concordar com o Mensalão, com as alianças do PT de Dilma Rousseff com Collor, Sarney, Michel Temer, Jader Barbalho, José Dirceu, José Genoíno e outras figuras horripilantes do cenário político brasileiro.

Um desrespeito sem tamanhos, Marina Silva teve 20 milhões de pessoas que acreditavam num Brasil diferente e isso deveria ser respeitado pelo PT e por Dilma Rousseff, infelizmente não foi, e agora de maneira oportunista, a candidata do PT muda de opinião sobre a candidata verde, tentando captar o apoio daquela que foi o que houve de mais bonito e mais puro nesta eleição.

José Serra e seus aliados jamais desrespeitaram Marina Silva, sempre a viram como alguém de integridade moral e capaz de trazer uma agenda nova ao Brasil, portanto, respeitamos a decisão de Marina Silva, seja apoiando José Serra, seja apoiando Dilma Rousseff ou seja optando pela neutralidade. Neutralidade esta que é o caminho mais natural e mais respeitoso com os 20 milhões de brasileiros que optaram por Marina Silva para comandar os rumos do Brasil pelos próximos 4 anos.

Marina não precisa se aliar ao candidato A ou a candidata B, porque o que ela tinha de dizer ao Brasil já disse de maneira majestosa, de maneira ímpar e entrará para a história do Brasil como uma mulher guerreira, de fibra, de luta e que orgulha a todos os brasileiros, sejam eles petistas ou tucanos, brancos ou pretos, ricos ou pobres, nordestinos ou sulistas. O Brasil é um só, é dos brasileiros e é de Marina Silva também.

DATALYRA e o resultado eleitoral.

{ Posted on 03:04 by Edmar Lyra Filho }
Faltando quase um mês pro processo eleitoral, realizamos em nosso blog uma espécie de prognósticos sobre a eleição para Deputado Estadual e Federal em Pernambuco.

Esta análise foi feita com base em todas as chapas proporcionais tanto para a Assembleia Legislativa quanto para a Câmara dos Deputados. Fizemos isto com base em eleições anteriores dos candidatos a Deputado, volume de campanha, seus respectivos partidos, dentre outras coisas.

Do ponto de vista das chapas como um todo, acertamos que a chapa do DEM elegeria dois parlamentares para Deputado Estadual e acertamos os dois eleitos: Tony Gel e Maviael Cavalcanti. Consideramos isso pelo fato de que Priscila Krause, apesar de ter boa inserção social, não tinha mais respaldo que os dois eleitos. De fato foi o que ocorreu.

Na chapa do PMDB, imaginávamos que os eleitos seriam Gustavo Negromonte e Jayme Asfora, o primeiro acertamos, o segundo ficou de fora. Não contávamos que o voto de opinião seria pouco relevante e não levaria Jayme a ter pelo menos 20 mil votos pra Deputado Estadual, o que o elegeria. O segundo eleito foi o ex-vereador do Recife Ramos (PMN). O que, definitivamente, foi uma surpresa, porque além de Jayme Asfora ainda tinham alguns outros favoritos como Jacilda Urquiza (PMDB) que disputava reeleição, a ex-Prefeita de Afogados da Ingazeira Giza Simões (PMDB), o Deputado Barreto (PMN) e dois candidatos do PPS, Sivaldo Albino e Valmir Capellaro, que foram sempre lembrados pelos analistas políticos como possíveis eleitos.

No PSDB, imaginávamos que o partido conseguiria eleger seis parlamentares, o que não ocorreu, entrando apenas cinco: Betinho Gomes, Claudiano Filho, Antonio Moraes, Carlos Santana e Edson Vieira. Entendíamos que a Deputada Terezinha Nunes teria dificuldades de ser reeleita por ser uma opositora ferrenha do Governador Eduardo Campos, portanto, seria puxada pra baixo diante das circunstâncias atravessadas pelo palanque jarbista, de quem ela é umbilicalmente ligada.

Entendíamos que o Deputado Bringel teria condições de ser eleito na sexta vaga por ter inserção no Sertão do Araripe e ter uma ligação razoável com o Governador Eduardo Campos. Os demais tinham poucas chances, e foi o que ocorreu, nomes como Pedro Eurico, Eduardo Porto, Joaquim Neto e outros tiveram votação aquém do que poderiam ter caso disputassem em situação mais equinânime com os candidatos da Frente Popular.

Do ponto de vista dos nanicos, analisamos que o PHS elegeria três deputados: Mary Gouveia, Clóvis Corrêa e Nadegi Queiroz. A primeira seria eleita pelo fato de ter três Prefeitos lhe apoiando, como de fato foi. O segundo foi bem aquém das expectativas e não chegou a sequer sete mil votos. A terceira obteve expressiva votação, mas ficou abaixo de Mary Gouveia e de Adalberto Cavalcanti, bem como de Cássia do Moinho. Com a impugnação de Zé da Luz, o PHS perdeu uma vaga. Caso este tenha seus votos liberados o PHS garante as três vagas calculadas pelo DATALYRA.

Na chapa do PV, imaginávamos uma disputa entre Daniel Coelho, Lucrécio Gomes e Roberto Leandro, mas, conforme colocamos, a única vaga que seria destinada ao partido, ficou com Daniel Coelho que já tinha inserção política e surfou na Onda Verde de Marina Silva porque foi quem melhor soube aproveitar, desde o início da campanha quando Marina ainda tinha um dígito nas pesquisas, ele sempre associou sua candidatura a dela, como ela cresceu, isso contribuiu para um crescimento dele. Na verdade esperávamos algo em torno de 30 mil votos pra Daniel, ele chegou próximo dos 50 mil.

A chapa do PTC era uma das melhores, pois tinha diversos candidatos a Deputado com excelentes chances, pois, se aliou ao PSDC e outros nanicos. Imaginávamos que a chapa elegesse três parlamentares, como de fato elegeu e as apostas eram: Eriberto Medeiros, Ricardo Costa e Guga Lins, todos do PTC. Os dois primeiros foram eleitos, o terceiro ficou bem aquém das expectativas, e o eleito foi o Vice-Prefeito de Floresta Rodrigo Novaes, que já havia tido boa votação em 2006 e nesta se consagrou. Outra surpresa foi a votação de Beatriz Vidal, que passou dos 20 mil votos. Ela aguarda alguns desdobramentos do Ficha Limpa para poder chegar ao mandato, portanto a chapa do PTC/PSDC poderá chegar ao quarto parlamentar. Mas, isso é uma questão da justiça e precisamos aguardar os desdobramentos.

A chapa do PRP, sinceramente, não pensava que poderia chegar a um Deputado Estadual, apesar de ter o Ex-Prefeito de Pesqueira João Eudes na chapa e o Coronel José Alves que já era Deputado e disputava reeleição. O PRP elegeu um Deputado e foi Rildo Brás, o que pra mim foi uma surpresa.

Na coligação da Frente Popular imaginávamos a eleição de trinta e dois parlamentares. Porém, com as expressivas votações de Cleiton Collins, Silvio Costa Filho e Guilherme Uchôa e a surpreendente votação do Presbítero Adauto, que nas nossas contas não chegaria sequer a 30 mil votos, chegou a 120 mil, obras do acaso. Além dos demais deputados da Frente Popular que conseguiram excelentes votações.

Entre os eleitos supresa para Odacy Amorim (PSB), Diogo Moraes (PSB), Vinícius Labanca (PSB), Botafogo Filho (PDT) e Pedro Serafim Neto (PDT), bem como Francismar Pontes (PTB). Considerávamos que Sérgio Leite (PT) não conseguiria renovar o mandato bem como o seu correligionário Manoel Santos que foi outra surpresa.

Do ponto de vista dos que não foram eleitos, surpresa para José Marcos (PR) que era uma candidatura dada como pule de dez por ser apoiado por Inocêncio Oliveira e Amaury Pinto também do PR que tinha o apoio integral do Prefeito de Paulista Yves Ribeiro, e surpreendentemente não conseguiu renovar o mandato. Também surpreendentemente Manoel Ferreira não chegou nem perto do mandato, tendo em vista que seus dois filhos tiveram votações consideráveis, André Ferreira (PMDB) foi o mais votado para vereador do Recife em 2008 e Anderson Ferreira foi eleito Deputado Federal.

No PTB a surpresa foi a não eleição de Augusto César, vice de Humberto em 2006 que tinha eleito seu filho para Deputado e pretendia voltar ao mandato, bem como a não reeleição de Geraldo Coelho e também Ciro Coelho do PSB e de Petrolina, ambos tinham o apoio do Secretário Fernando Bezerra Coelho e não conseguiram renovar o mandato.

Não foi surpesa a não eleição de Airinho e Elina Carneiro porque tinham poucas condições políticas e eleitorais de conseguir chegar ao mandato. Os demais candidatos acertamos as suas vitórias, totalizando 25 acertos na Frente Popular e apenas 8 erros. No geral, acertamos 36 dos 49 eleitos.

Para Deputado Federal, tínhamos colocado 18 pela Frente Popular e 7 para a Pernambuco Pode Mais. Porém, existiram acontecimentos surpreendentes para todos, e para mim em especial alguns que considerava menos votos.

A votação de Ana Arraes não surpreendeu a ninguém, mas imaginava algo em torno de 300 mil votos no máximo, ela chegou aos 370 mil, o que aumentou a Frente Popular 70 mil votos nos cálculos. Eduardo da Fonte foi uma supresa incomum, porque imaginava algo em torno de 150 mil votos, já era um senhor aumento, considerando que ele obteve apenas 110 mil votos em 2006. Ele arrebentou as urnas com 330 mil votos, um aumento surpreendente de 180 mil votos às projeções. No caso de João Paulo, apesar de propugnarem uma grande votação para o ex-Prefeito, eu imaginei que ele teria algo em torno de 180 mil votos, nas urnas ele obteve 270 mil, um incremento de 90 mil votos. E, creio que para todos, a maior surpresa, o Pastor Eurico que chegou a quase 200 mil votos, quando nas nossas projeções ele teria no máximo 30 mil votos e serviria para a cauda da Frente Popular, portanto, ele teve um incremento de quase 170 mil votos. A soma desses incrementos dão simplesmente pouco mais de 500 mil votos, significa praticamente o que Jarbas Vasconcelos obteve como candidato a Governador.

Um incremento à chapa de 500 mil votos garantiu os dois deputados a mais para a Frente Popular e tirou 2 da Pernambuco pode Mais.

Dentre os eleitos, acertamos 22 Deputados, na Frente Popular acertamos 17 eleitos dos 20, erramos na vitória de Paulo Rubem, Pastor Eurico e Cadoca, que não considerávamos sua eleição. Nossa projeção se confirmou em relação a Cadoca. Em 2006 ele teve 160 mil votos, caiu pra 70 mil. Mesmo assim ficou a frente de muita gente. Na Frente Popular erramos apenas Negão Abençoado que teve 62 mil votos em 2006 e em vez de crescer, caiu para pouco mais de 30 mil votos.

Na oposição, obviamente, tivemos esta surpresa com o incremento dos votos da Frente Popular, em vez de sete parlamentares, foram eleitos apenas cinco. Não conseguindo a reeleição Edgar Moury (PMDB) e André de Paula (DEM), que contávamos como certos.

Os Deputados da oposição foram bem aquém do esperado, natural por conta do pífio desempenho dos candidatos majoritários. Sérgio Guerra (PSDB) esperávamos 200 mil votos, ficou apenas com 170 mil, Mendonça Filho (DEM) ficou no que esperávamos, 150 mil. Raul Henry (PMDB), que imaginávamos pelo menos a mesma votação de 2006, algo em torno de 140 mil, ele caiu pra menos de 90 mil votos, Augusto Coutinho (DEM), esperávamos em torno de 90 mil, obteve apenas 70 mil, Bruno Araújo (PSDB) ficou na votação que projetávamos pra ele.

Os demais candidatos tiveram desempenho aquém do projetado, o principal exemplo foi Bruno Rodrigues (PSDB), que obteve 80 mil votos em 2006 e caiu pra 30 mil votos em 2010, portanto, tudo isso influenciou para que a oposição fosse esmagada pelo governo, tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara Federal.

No total de parlamentares, 25 Federais e 49 Estaduais, acertamos 22 nomes para federal e 36 para estadual. A dificuldade de acertar a eleição de estadual é o fato de ter diversas chapas e diversos candidatos, a chapa de federal foram apenas duas chapas grandes com chances de eleger parlamentares e outras nanicas sem a menor perspectiva de vitória.

Em termos percentuais, conseguimos acertar 73% dos Estaduais eleitos e 88% dos Federais. Do ponto de vista do total de vagas, no caso, 74, acertamos 58. Portanto, algo em torno de 80% de acerto.
O que ocorre diante disso aí é que o Governador Eduardo Campos deu outra 'surra' eleitoral em Jarbas Vasconcelos e não terá a menor dificuldade para governar pelos próximos 4 anos, seja na Assembleia Legislativa, seja na Câmara dos Deputados.

Dilma Rousseff: Uma selvagem camaleoa.

{ Posted on 01:45 by Edmar Lyra Filho }

Segundo o portal Wikipedia o camaleão é um animal diurno, onde seu período de maior atividade é a manhã e o final do entardecer, os camaleões não são caçadores ativos. Em vez de caçar, preferem ficar horas sentados e imóveis, esperando uma presa passar por eles. Alguma semelhança com Dilma Rousseff? Adiante.

Os camaleões vivem a maior parte de suas vidas solitariamente, e são bastante agressivos com membros da sua espécie, mesmo que sejam fêmeas, alguma lembrança dos gritos nos colegas Ministros e da saída de Marina Silva do Governo Lula? O hábito solitário só é abandonado na época do acasalamento, ou seja, tenta ser simpática apenas em épocas interessantes para conquistar pessoas, no caso, durante as eleições. E aí? Já se identificou com a candidata do PT? Tem mais.

A mudança de cor tem papel fundamental na luta contra seus oponentes, no caso da candidata do PT, não seria uma mudança efetiva de cor, mas sim uma mudança corriqueira de opinião de acordo com as circunstâncias. O camaleão também utiliza uma certa camuflagem, que tal a mudança de visual? Os sorrisos falsos? A forma de se comunicar? Dentre outras coisas.

Do ponto de vista da mudança de opinião, já vimos que a candidata do PT se adapta as circunstâncias e fala sobre determinados temas de acordo com o público do momento.

Dilma, se está entre os militantes do MST, defende a reforma agrária enfáticamente. Se no outro dia ela se reunir com latifundiários, ela defende a propriedade privada. Isso é só um exemplo.

Se está entre os petistas, defende a legalização do aborto sob qualquer circunstância. Se está diante do público religioso se coloca totalmente contra a prática.

Quando está diante da militância petista, que em sua maioria é ateia, diz que nem Deus tira sua vitória. Se está diante da população brasileira, prega a humildade e o respeito às religiões.

Tendo Erenice Guerra como seu braço direito, a defendeu até para ser indicada como Ministra do Tribunal de Contas da União, como não conseguiu a indicação, solicitou ao Presidente Lula que Erenice Guerra a substituísse na Casa Civil. Portanto, é uma pessoa da total confiança de Dilma Rousseff. Certo? Errado.

Quando estourou o escândalo da propina na Casa Civil, Dilma Rousseff simplesmente disse que Erenice Guerra nada tinha a ver com ela e com sua candidatura. Portanto, mais uma incoerência e uma mudança de opinião de acordo com a circunstância da candidata petista.

Isso é o que é uma verdadeira camaleoa.

Não há termo melhor para sintetizar o que é Dilma Rousseff do que chamá-la de uma selvagem camaleoa.

Ciro Gomes na campanha de Dilma: Serra beneficiado.

{ Posted on 21:37 by Edmar Lyra Filho }
A campanha da presidenciável petista Dilma Rousseff cometeu um equívoco sem tamanhos ao convidar o socialista Ciro Gomes para integrar a coordenação de campanha dela. Isso se dá por diversos motivos e o primeiro deles foi a declaração de Ciro Gomes quando disse que José Serra era mais legítimo, mais preparado e mais capaz do que Dilma Rousseff para ser Presidente da República. Como pode agora Ciro Gomes se tornar o coordenador de Dilma? Muita contradição, não?

Não obstante, o temperamento do Deputado é algo que deve ser levado em conta e deve ser evitado numa campanha presidencial.

Quem não lembra que Ciro Gomes chamou um eleitor de burro em 2002? E quando ele disse que a única função da sua esposa, Patrícia Pilar, era dormir com ele?

Sem contar com o fato das críticas que o deputado cearense fez a competência de Dilma Rousseff sobre o PAC, quando disse que o PAC não era bem gerido e pouco tinha acrescentado ao desenvolvimento do país.

Além de tudo isso, sabemos que o ódio que Ciro Gomes nutre por José Serra é algo patológico. E suas declarações, sempre bombásticas contra o presidenciável tucano, chegam ao ponto de colocar José Serra na condição de vítima, tudo o que Dilma Rousseff não precisava neste momento.

O que levamos em conta é que o PT ficou desnorteado com a existência do segundo turno e perdeu o prumo e o rumo na condução da campanha presidencial de Dilma Rousseff.

Marina Silva e o segundo turno.

{ Posted on 15:37 by Edmar Lyra Filho }
A Senadora Marina Silva foi, sem dúvidas, a principal vitoriosa do primeiro turno da eleição presidencial. Com menos de 1 minuto de televisão, nenhum palanque expressivo nos estados e poucos recursos financeiros, ela chegou a quase 20 milhões de votos, correspondendo a aproximadamente 20% dos votos válidos.

Após o resultado, Marina Silva tem recebido sistemáticos ataques do PT, bem como o seu eleitorado. O PT simplesmente desrespeita 20 milhões de brasileiros que acreditaram que Marina Silva poderia ser uma alternativa a dicotomia PT/PSDB, que já governaram o Brasil por dezesseis anos.

Essa foi a opção dos brasileiros, independentemente de perfil social, étnico ou religioso. Precisamos entender o recado das urnas, e pelo visto o PT não entendeu.

A estratégia do PT é desqualificar a Senadora Marina Silva para se, eventualmente, ela apoie a candidatura de José Serra a Presidência da República, o reflexo desse apoio seja minimizado.

O que é, efetivamente um erro, tendo em vista que, apesar do PV ter uma maior inclinação ao PSDB, Marina Silva que é a dona dos votos, tem uma larga história dentro do Partido dos Trabalhadores.

Os petistas têm incorrido ao erro de quando Marina Silva saiu do PT, como fizeram com Heloísa Helena, Chico Alencar, Luciana Genro, dentre outros. Desqualificam as pessoas como se elas, pelo fato de não compactuarem mais com o que prega o PT, não servissem mais pra nada.

Em suma, se você é do lado do PT é uma pessoa do bem, é uma pessoa ligada aos interesses populares, se você não está ao lado do PT você é contra o povo e contra o Brasil.

Marina Silva trouxe à tona um novo jeito de discutir o Brasil, focado no desenvolvimento sustentável, no respeito ao meio ambiente e no respeito ao contraditório. Marina foi, sem dúvidas, o que teve de mais belo nesta campanha, ela resgatou a autoestima dos brasileiros que estavam envergonhados com o processo político.

O que era bandeira do PT, hoje se tornou bandeira do PV e de Marina Silva em especial. Talvez seja por isso que a Senadora verde receba tantos ataques.

Quanto a questão de discussões sobre temas difíceis, a Senadora Marina Silva foi extremamente coerente quando propôs plebiscito para decisões tão difíceis como o aborto, união homossexual, legalização das drogas, dentre outros temas.

Por quê o plebiscito? Porque é, sem dúvidas, a forma mais democrática de ouvir o que a sociedade pensa e o que ela quer para o nosso país.

A Senadora Marina Silva já tinha meu respeito por toda sua história de vida, por toda sua coerência, seu caráter e sua visão de Brasil. Após a eleição, passei a admirá-la e creio que sem dúvidas, ela tem muito a acrescentar ao país com suas ideias inovadoras e propositivas para o Brasil que queremos.

O Brasil pós-Marina é outro. A política também será outra e os grandes temas precisarão ser discutidos pelos dois primeiros colocados.

No segundo turno, um eventual apoio de Marina Silva a José Serra seria o mais coerente depois da possibilidade de neutralidade. Porque poderá ser um governo, do ponto de vista da gestão ambiental, do ponto de vista ético, do ponto de vista político muito melhor do que o que seria o governo da continuidade proposto pelo PT.

Mesmo que Marina Silva não aceite apoiar José Serra e opte pela neutralidade, precisamos respeitar a decisão da mulher de 20 milhões de votos.

Análise sobre o resultado de ontem.

{ Posted on 15:13 by Edmar Lyra Filho }
Começo pela eleição dos nanicos para Deputado Estadual, o PMN elegeu 1, o PRP 1, o PV 1, o PCdoB 1, o PTC 3 e o PHS 2. Portanto, um total de 9 Deputados Estaduais, isso corresponde a quase 20% das cadeiras da Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Esse fato foi observado em eleições anteriores e tem crescido ultimamente, em 2008 houve isso pra vereador do Recife e agora novamente.

Temos observado que os nanicos estão ocupando espaços de legendas que já foram fortes em Pernambuco, como é o caso do PMDB do Senador Jarbas Vasconcelos e do próprio DEM de Marco Maciel.

Isso se dá porque o eleitorado tem votado sistematicamente nos candidatos e não mais nos partidos. O voto é nas pessoas e perdeu a essência de antigamente que se votava na pessoa, mas principalmente por conta do partido dela.

Do ponto de vista da oposição, o maior baque eleitoral se dá no DEM, que elegeu 9 Deputados Estaduais em 2006 e ontem fez apenas 2. Isso mostra que o partido tem perdido capilaridade e, diferentemente do PT quando era oposição, não tem apelo popular e tende a sumir do mapa eleição após eleição.

O DEM em 2006 possuía o Governador do Estado, Mendonça Filho, dois Senadores, José Jorge e Marco Maciel, uma expressiva bancada federal e uma estadual. Após o resultado de ontem, não tem mais qualquer perspectiva de poder, afinal, a sua principal liderança que conseguiu ser eleito, Mendonça Filho, obteve 150 mil votos, sendo apenas o oitavo entre os Federais eleitos.

A não vitória de Priscila Krause para Deputada Estadual mostra que a reoxigenação do partido foi mal feita e que dificilmente outros nomes surgirão, afinal, Tony Gel, Maviael Cavalcanti, Marcos Menezes, Romildo Gomes, Mendonça Filho e Augusto Coutinho já não são mais tão jovens e não têm perspectivas majoritárias para pleitos futuros.

O futuro do DEM, assim como toda a oposição é sombrio.

No caso do PMDB, apesar de não ter tido uma expressiva votação, Gustavo Negromonte foi eleito e tende a ocupar, ao lado de Raul Henry a liderança do PMDB no estado.

O PSDB ainda tem a perspectiva de vitória de José Serra como Presidente, manteve sua bancada federal, perdeu alguns estaduais, mas ainda consegue ser um partido expressivo em Pernambuco. Do ponto de vista do Senado, ficou comprovado que Sérgio Guerra tomou uma atitude acertada em não tentar a reeleição.

Mesmo assim, o PSDB tem, em sua maioria, uma proximidade nítida com o Governador Eduardo Campos e uma futura aliança a partir de 2011 não será novidade para ninguém.

Do ponto de vista Governista, não há muito o que comentar. Um Governo plenamente avaliado, com candidatos representativos ao Senado, a Câmara dos Deputados e a Assembleia Legislativa, seria contraditório se não reelegesse Eduardo Campos, não elegesse os dois Senadores, 20 Deputados Federais e quase 40 Deputados Estaduais.

A questão de Eduardo Campos agora é administrar o sucesso, o que não é fácil. Precisa conscientizar seus aliados que pra se manter no poder, é necessário que respeitem a vez de cada candidato e o espaço que cada um merece no governo e na aliança como um todo. Se ele conseguir administrar com maestria isso como ocorreu na fase pré-eleitoral de 2010, a Frente Popular terá vida longa no poder em Pernambuco.

Do ponto de vista Presidencial, nossos prognósticos deram certo. José Serra chegou ao segundo turno contra Dilma Rousseff, que a princípio estava eleita e depois ainda teve a dúvida se Marina Silva poderia ultrapassá-lo.

Alguns analistas políticos dizem que a eleição já está definida em prol de Dilma, outros em prol de Serra. Sob o meu ponto de vista, o segundo turno é uma nova eleição e pode acontecer tudo, inclusive nada.

Precisamos observar uma tendência, através de institutos confiáveis(não se incluem nem o Vox Populi e muito menos o Sensus, que apontaram vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno com ampla margem). Isso só será entendido a partir do início da propaganda eleitoral, que passa a ser igual tanto pra Serra quanto pra Dilma, a partir dos debates entre os dois candidatos e a partir da decisão de Marina Silva, que foi a principal vitoriosa desta eleição.

Não podemos fazer prognósticos exatos sobre o segundo turno presidencial, mas podemos analisar que Dilma entra desgastada por não ter liquidado a fatura e Serra entra renovado por não ter perdido no primeiro turno, contrariando alguns institutos de pesquisa.

Vamos aguardar o que as urnas dirão.

DATALYRA acerta 22 dos 25 Deputados Federais

{ Posted on 01:09 by Edmar Lyra Filho }
DATALYRA

PSB

1. Ana Arraes
2. Danilo Cabral
3. Fernando Filho
4. Gonzaga Patriota

PR

1. Inocêncio Oliveira
2. Anderson Ferreira

PT

1. Maurício Rands
2. João Paulo
3. Pedro Eugênio
4. Fernando Ferro

PP

1. Eduardo da Fonte
2. Roberto Teixeira

PTB

1. Jorge Côrte Real
2. José Chaves
3. Silvio Costa

PCdoB

1. Luciana Santos

PDT

1. Wolney Queiroz

PRB

1. Marcos Antônio

PSDB

1. Sérgio Guerra
2. Bruno Araújo

DEM

1. Mendonça Filho
2. Augusto Coutinho
3. André de Paula

PMDB

1. Raul Henry
2. Edgar Moury


Os eleitos

Ana Arraes (PSB)

Eduardo da Fonte (PP)

João Paulo (PT)

Inocêncio Oliveira (PR)

Pastor Eurico (PSB)

Sérgio Guerra (PSDB)

Fernando Filho (PSB)

Mendonça Filho (DEM)

Maurício Rands (PT)

Danilo Cabral (PSB)

Bruno Araújo (PSDB)

Gonzaga Patriota (PSB)

Wolney Queiroz (PDT)

Luciana Santos (PCdoB)

Raul Henry (PMDB)

Pedro Eugênio (PT)

Silvio Costa (PTB)

Cadoca (PP)

Augusto Coutinho (DEM)

José Chaves (PTB)

Jorge Corte Real (PTB)

Fernando Ferro (PT)

Roberto Teixeira (PP)

Anderson Ferreira (PR)

Paulo Rubem (PDT)

DATALYRA acerta 36 dos 49 Deputados Estaduais

{ Posted on 01:05 by Edmar Lyra Filho }
DATALYRA
PDT

1. Guilherme Uchôa

PSB

1. Leonardo Dias
2. Waldemar Borges
3. João Fernando Coutinho
4. Ângelo Ferreira
5. Aglaíson Júnior
6. Raimundo Pimentel
7. Ciro Coelho
8. Aluísio Lessa
9. Laura Gomes
10. Raquel Lyra

PT

1. Teresa Leitão
2. Múcio Magalhães
3. Isaltino Nascimento
4. André Campos

PTB

1. Augusto César
2. Izaías Régis
3. Clodoaldo Magalhães
4. Geraldo Coelho
5. Marcantônio Dourado
6. Silvio Costa Filho
7. Everaldo Cabral
8. Júlio Cavalcanti
9. José Humberto Cavalcanti

PR

1. Manoel Ferreira
2. Sebastião Oliveira
3. Henrique Queiroz
4. Amaury Pinto
5. Alberto Feitosa
6. José Marcos

PSC

1. Cleiton Collins

PCDOB

1. Luciano Siqueira

PTC

1. Eriberto Medeiros
2. Ricardo Costa
3. Guga Lins

DEM

1. Tony Gel
2. Maviael Cavalcanti

PMDB

1. Gustavo Negromonte
2. Jayme Asfora

PSDB

1. Betinho Gomes
2. Claudiano Martins Filho
3. Antonio Moraes
4. Edson Vieira
5. Bringel
6. Carlos Santana

PHS

1. Mary Gouveia
2. Clóvis Corrêa
3. Nadegi Queiroz

PV

1. Daniel Coelho


Os eleitos

Pastor Collins (PSC)

Presbítero Adauto (PSB)

Guilherme Uchôa (PDT)

Silvio Filho (PTB)

Sebastião Oliveira (PR)

João Fernando Coutinho (PSB)

Clodoaldo Magalhães (PTB)

Angelo Ferreira (PSB)

Serafim Neto (PDT)

Gustavo Negromonte (PMDB)

Ramos (PMN)

Henrique Queiroz (PP)

Isaltino Nascimento (PT)

Waldemar Borges (PSB)

Aglailson Júnior (PSB)

Alberto Feitosa (PR)

Leonardo Dias (PSB)

Raquel Lyra (PSB)

Aluizio Lessa (PSB)

Sérgio Leite (PT)

Viuicius Labanca (PSB)

Odacy Amorim (PSB)

Raimundo Pimentel (PSB)

Manoel Santos (PT)

Júlio Cavalcanti (PTB)

Laura Gomes (PSB)

Luciano Siqueira (PCdoB)

Teresa Leitão (PT)

Botafogo Filho (PDT)

Everaldo Cabral (PTB)

Diogo Moraes (PSB)

Marco Antônio Dourado (PDT)

Izaias Régis (PTB)

André Campos (PT)

Francismar Pontes (PTB)

Betinho Gomes (PSDB)

Claudiano Filho (PSDB)

Edson Vieira (PSDB)

Antônio Moraes (PSDB)

Carlos Santana (PSDB)

Tony Gel (DEM)

Maviael Cavalcanti (DEM)

Adalberto Cavalcanti (PHS)

Mery Gouveia (PHS)

Rildo Braz (PRP)

Daniel Coelho (PV)

Eriberto Medeiros (PTC)

Rodrigo Novaes (PTC)

Ricardo Costa (PTC)

A hora da verdade

{ Posted on 21:26 by Edmar Lyra Filho }
Pelo menos dois fatores singulares marcaram a presente campanha eleitoral, distinguindo-a das anteriores. O primeiro foi o engajamento absoluto e sem precedentes do presidente da República, violando com frequência a lei, indiferente e mesmo irônico em relação às sucessivas multas que lhe impôs a Justiça Eleitoral.

O segundo foi o papel confuso que nela desempenhou o Supremo Tribunal Federal, transformando-se em órgão legislador e agente ativo do processo. Dele dependerá, inclusive, o voto final para a contabilização do resultado. Se decidir que a Lei da Ficha Limpa vale, a contagem será uma; se decidir o contrário, será outra.

Haja confusão. De quebra, o STF extinguiu o Título de Eleitor a três dias do pleito, revogando lei aprovada pelo Congresso – e perfeitamente constitucional -, sancionada pelo presidente da República. A lei, proposta pelo PCdoB, exigia que, além do Título, o eleitor apresentasse documento de identidade com foto. O PT engajou-se em sua aprovação. A uma semana do pleito, questionou-a. O STF o atendeu, dispensando o Título de Eleitor.

O mais interessante é que dois dos ministros que votaram pela extinção do Título – Ricardo Lewandowski e Carmem Lúcia – haviam votado três meses antes, no Tribunal Superior Eleitoral, em sentido contrário. Defenderam os dois documentos. Nunca antes neste país, se viu nada parecido, em ambos os casos – no de Lula e no do STF.

Voltemos a Lula. Seu poder de transferência de votos não pode ser questionado, sobretudo quando acrescido do uso desmedido da máquina administrativa. Sua candidata, Dilma Roussef, sozinha, não teria chances. Perderia para Plínio de Arruda Sampaio.

Lula a inventou, abdicando da condição de chefe de Estado para reassumir a de chefe de partido. Ao pedir que votassem em Dilma como se fosse nele próprio, não agiu muito diferente do ex-governador Joaquim Roriz, que disse o mesmo ao lançar sua esposa, Weslian Roriz, candidata em seu lugar ao governo de Brasília.

A diferença é que o casamento de Lula com Dilma é apenas político. Mas o princípio da terceirização em ambos os casos é o mesmo – e cargo público eletivo não é terceirizável.

Ainda que não vença no primeiro turno, como chegou a parecer inevitável, Dilma vai para o segundo como franca favorita, e não será fácil barrá-la. Lula continuará ocupando todos os espaços para elegê-la, não hesitando em engajar a máquina do governo na campanha. Se a Justiça não o inibiu até aqui, é improvável que o faça agora.

Já José Serra, provável oponente de Dilma na eventualidade de um segundo turno, conta, para reagir, com a adesão efetiva de seus correligionários, que, ao longo do primeiro turno, preocuparam-se mais em garantir a própria eleição que em ajudá-lo.

Todos temiam afrontar a popularidade de Lula e escondiam o presidenciável tucano. No segundo turno, esse risco não existe mais e isso fará muita diferença. Não é casual que Lula se empenhe tanto em decidir a eleição no primeiro turno. Segundo turno é outra eleição, com variáveis bem distintas.

O crescimento de Marina Silva, tirando votos de Dilma, preocupa o PT. Independentemente do que Marina disser, a maioria de seus eleitores – 51%, segundo o Datafolha -, se alinhará com Serra. E ela, que deixou o governo Lula em atrito com Dilma, terá dificuldades políticas em voltar ao leito anterior.

As eleições estão aí – e a hora da verdade vale não apenas para os candidatos, mas também para os institutos de pesquisa, cujo protagonismo na campanha foi outro fenômeno sem precedentes. É hora de conferir.

Ruy Fabiano é jornalista
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