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O futuro político de João Paulo.

{ Posted on 20:42 by Edmar Lyra Filho }

Eleito em 2000 de maneira surpreendente contra Roberto Magalhães que disputava reeleição para a Prefeitura do Recife, João Paulo foi o responsável pelo início da desestabilização política da União por Pernambuco que detinha a Prefeitura do Recife e consequentemente pela consolidação política da Frente Popular.

João Paulo em 2006 ajudou a fortalecer o palanque de Eduardo Campos na região metropolitana do Recife, tendo em vista que o Governador tinha total inserção no interior do estado mas tinha pouca no estado.

Em 2008 foi o principal responsável pela eleição de João da Costa, se João Paulo não tivesse o apoiado, dificilmente o atual Prefeito teria condições políticas de ser eleito.

Desde que fez o sucessor, João Paulo quis porque quis ingressar na equipe ministerial do ex-presidente Lula, mas por não ter respaldo político do Presidente, do Governador Eduardo Campos e de Humberto Costa, líder do grupo que controla o PT, ele não conseguiu ser alçado para o plano nacional.

Eduardo Campos, sabiamente, convidou João Paulo no intuito de colocá-lo sob a égide dele, para o posto de Secretário de Articulação Regional, conforme coloquei à época, não deu certo e João Paulo optou por seguir seu rumo sem o cargo no primeiro escalão de Eduardo. Ele errou ao aceitar, porque ele era politicamente e eleitoralmente muito maior do que o cargo que ocupou.

O ex-Prefeito tentou se viabilizar na chapa da Frente Popular para o posto de Senador da República pelo PT, mas como na vez que tentou ser Ministro de Lula, foi vetado, mesmo sendo eleitoralmente maior que Humberto Costa.

Candidato a Deputado Federal, sabíamos que ele não seria o mais votado porque as prioridades da Frente Popular eram Ana Arraes (PSB), Inocêncio Oliveira (PR), e alguns outros políticos ligados ao Governador que foram impulsionados pela força política de Eduardo.

Mesmo não sendo prioridade, João Paulo foi o terceiro Deputado Federal mais votado, perdendo apenas para Ana Arraes e Eduardo da Fonte, o que consolidou sua força política mais uma vez, obtendo quase 300 mil votos.

Todos sabemos que não há o menor clima para João Paulo continuar no PT, e também não há a menor chance de ele obter êxito em faixa própria numa eventual disputa para a Prefeitura do Recife pelo PDT ou PCdoB, partidos que orbitam em torno do Governador Eduardo Campos.

João Paulo está na mesma situação que Jarbas Vasconcelos um dia esteve quando era aliado de Miguel Arraes. A única alternativa para João Paulo é se viabilizar na oposição e o partido mais factível para isso é o PMDB.

Por quê o PMDB? É um partido da base de Dilma Rousseff, além do mais tem um robusto tempo de televisão para disputar um mandato de Prefeito do Recife. Ainda tem o fato de consumar a aliança política que todos já desconfiavam que inexoravelmente iria ocorrer com Jarbas Vasconcelos.

O Senador Jarbas Vasconcelos mesmo tendo perdido o Governo de Pernambuco em 2010 da maneira como perdeu é uma liderança política do estado e tem densidade no Recife por já ter sido Prefeito.

Se João Paulo acalenta algum projeto majoritário, a única chance dele é na oposição, é romper com o atual grupo político e se viabilizar ao lado de políticos que ele tem afinidade.

Caso continue no PT ou na Frente Popular, João Paulo será um mero ex-prefeito e Deputado Federal. Ele precisa entender que há vida fora do PT, principalmente com a força política e eleitoral que ele tem, podendo ser Prefeito do Recife novamente e até mesmo Governador de Pernambuco, cargo que ele sempre almejou desde que foi reeleito em 2004.

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