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Iraque encerra janeiro com 196 mortes, Pernambuco com mais de 300.

{ Posted on 21:56 by Edmar Lyra Filho }
Do G1 Notícias

As mortes violentas no Iraque se elevaram, em janeiro, a 196.

O número ficou próximo do registrado em janeiro de 2009, quando 191 pessoas perderam a vida.

No entanto, o número de feridos é mais alto do que o registrado em janeiro de 2009, segundo dados oficiais anunciados neste domingo (31).

Segundo os ministérios de Saúde, Interior e Defesa, 135 civis, 41 policiais e 20 soldados morreram no primeiro mês do ano.

O número de feridos chegou a 782, entre eles 620 civis, 120 policiais e 42 militares, contra 406 em janeiro de 2009. Cinquenta e quatro insurgentes morreram e 681 foram detidos.

Neste sábado (30), um atentado suicida a um restaurante em Samarra deixou dois mortos e cerca de 25 feridos

Blog Coturno Noturno denuncia fraude na pesquisa Vox Populi

{ Posted on 01:59 by Edmar Lyra Filho }

Do Blog Coturno Noturno

Dá para entender a demora da Band para publicar a pesquisa da Vox Populi que a imprensa nacional simplesmente desconheceu. Deve ser vergonha na cara. Um resto que ainda resta. No site do Tribunal Superior Eleitoral está o registro da pesquisa. Uma amostra realizada em 122 municípios e aí está o escândalo. Os municípios foram escolhidos a dedo, meticulosamente, dentro de redutos eleitorais de partidos da base eleitoral de Lula. Atenção! Denúncia 1! Dos 122 municípios que compõem a amostra da Vox Populi, apenas 27 têm prefeituras oposicionistas, do PSDB, DEM ou PPS. Apenas 22%. Atenção! Denúncia 2! Em 45 municípios, ou 37%, além de prefeituras governistas, não houve um só candidato da oposição. Em um terço da amostra não houve oposição nas últimas eleições municipais. Atenção! Denúncia 3! As cidades escolhidas pela Vox Populi que têm prefeitos oposicionistas tiveram férrea disputa eleitoral ou são pequenas e inexpressivas cidades. É uma vergonha estatística. Observem, por exemplo, a amostra do Rio de Janeiro, onde a Vox Populi conseguiu que Dilma Rousseff ultrapassasse José Serra. As cidades escolhidas foram Campos (PMDB), Nilópolis (PP, sem oposição em 2008), Niterói (PDT), Nova Iguaçú (PT, sem oposição nas eleições de 2008), Paraíba do Sul (PMDB), Rio de Janeiro (PMDB), São João do Meriti (PR, sem oposição em 2008) e, finalmente, um município oposicionista: Resende, onde o DEM venceu uma eleição dificílima, com placar embolado. Não há município governado por tucano na amostra da pesquisa e não surpreende que Dilma esteja à frente. No Rio Grande do Sul, dos oito municípios, apenas um é governado pelo PSDB e em três deles não houve candidato a prefeito fora da base do governo. Seria necessário fazer um cruzamento, agora, com as obras do PAC e com aquele programa de Lula, denominado Territórios da Cidadania. Em São Paulo, a manipulação é flagrante. A amostra tem cinco municípios, totalizando 573 mil eleitores, que são dirigidos por tucanos. Já o número de eleitores em três municípios petistas da amostra é de 1 milhão e 400 mil eleitores, incluindo Guarulhos e São Bernardo do Campo. Existem outros indícios de falcatrua das grossas. Em Santa Catarina, montaram uma amostra de cinco municípios, apenas um tucano, onde a eleição foi acirradíssima. Em três municípios não houve oposição aos partidos da base de Lula em 2008. E o mais escandaloso: trocaram a capital Florianópolis por São José, do PSB, onde a filha do Lula é secretária de Ação Social e está entupindo a cidade de verbas federais. O Coturno Noturno fez a sua parte. Que os comentaristas e oposicionistas façam a sua.


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Não dá para deixar de comentar a Bahia. A amostra é imensa e tiram dali a representatividade do Nordeste. Por acaso, são 13 cidades no estado do Jaques Wagner. Em 9 delas não houve candidato de oposição em 2008. Sabem quantos municípios governados pelo DEM na amostra? Nenhum! Isto na terra do ACM! O mais engraçado é que escolheram um município, cujo nome é Boa Nova, onde o nome do prefeito é Toinho da Dilma. Nada mais simbólico para emoldurar esta pesquisa da Vox Populi.
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E o que dizer do Ceará? Naquele estado, o PSDB fez 30% das prefeituras. Sabe quantas cidades tucanas estão na amostra da Vox Populi? Zero! Das 5 cidades, 2 são do PT e 1 do PCdoB. Melhor do que isso, só patinha de caranguejo.
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Em Minas Gerais, então, a Vox Populi chutou o balde. São 13 municípios na amostra, sendo que apenas dois são do DEM. Sabem quantos eleitores os municípios demos de Antonio Dias e Antônio Prado de Minas têm? Menos de 10 mil! Sabem quantos municípios não tiveram concorrência do PSDB, DEM e PPS em 2008, na amostra mineira? Cinco! E sabe quantos municípios governados pelo PSDB do governador Aécio Neves estão na amostra? Nenhum! Aliás, um! Juiz de Fora, com 370 mil eleitores, onde o PSDB elegeu o prefeito com 51% contra 48% do PT. Melhor que isso só uma vaca desatolada!

Dudu Coveiro

{ Posted on 21:28 by Edmar Lyra Filho }

Pernambuco está no primeiro mês do ano e já está próximo dos 300 homicídios, o mês nem acabou ainda e temos uma média brutal de 10 homicídios por dia. Isso, segundo os dados da SDS, mas quem garante que são verdadeiros?

É provável que tenhamos bem mais do que esses 10 homicídios/dia. Porém, não temos ninguém que conteste esses dados falaciosos apresentados pelo Palácio das Princesas. Como tinha dito no balanço do Pacto Pela Vida, não creio que Pernambuco esteja mais seguro.

Ninguém tem essa sensação de segurança, pelo contrário, a sensação é terrível, de a qualquer momento ser abordado num sinal e ser morto como Antonio Carlos Escobar, é de estar jogando tênis na praia de Boa Viagem e ser assassinado por um jovem de 15 anos como aconteceu com Rafael Dubeux.

Não estamos seguros em lugar algum. Seja em Boa Viagem, nos Aflitos, em Casa Forte, seja no Centro do Recife, seja no interior de Pernambuco. Todos estão vulneráveis à violência.

Como se não bastasse, Pernambuco tem perdido diariamente a guerra contra o Crack, é uma situação que fugiu totalmente do controle e não se vê uma política pública efetiva pra coibir o tráfico dessa droga tão letal.

Quando critico a droga, é porque sei que ela está diretamente ligada aos elevados índices de violência em nosso estado. O crack, em especial, tem tomado uma dimensão muito grande e estamos de mãos atadas para evitar que isso se prolifere.

Precisamos que Pernambuco tome as rédeas e comece a combater efetivamente as drogras, precisamos também que Pernambuco valorize o jovem, melhorando a educação dele bem como dê oportunidade de emprego e renda para que ele fique menos vulnerável ao mundo das drogas.

Pernambuco precisa vencer a luta contra as drogas e, principalmente, contra a violência, que apesar de o Governo propagar o contrário, não está vencendo.

O Pacto Pela Vida precisa de uma ação efetiva para combater a violência e o tráfico drogas, e não de propagandas falaciosas, a sociedade precisa se mobilizar em prol de uma vida melhor para que Pernambuco volte a ser um lugar seguro e bom de se viver.

Jarbas é o candidato, não existe plano B.

{ Posted on 13:26 by Edmar Lyra Filho }

Respeito Maurílio Ferreira Lima, mas discordo veementemente dessa ideia.

Eu sugeri há algum tempo a candidatura de JCPM porque não acreditava na disposição do Senador em disputar 2010.

Certa vez conversei com Sérgio Guerra e ele me disse que Jarbas era candidatíssimo.

A partir daí, coloquei de lado a proposta JCPM para o Governo.

O nome é Jarbas Vasconcelos. Se a eleição tivesse decidida faltando 9 meses, pra quê realizar eleição?

Esse negócio de derrota acachapante e não sei o quê mais são frutos da imprensa golpista e governista de PE.

Inaldo Sampaio todo dia bota uma nota dizendo que Jarbas não é candidato.

Outros dão vazão a isso. Por quê essa ideia?

Se vocês acham que o Senador vai perder a eleição, deixem ele perder. Não seria melhor para Eduardo Campos que se consagraria?

Mas não é isso, é porque vocês sabem que a eleição com Jarbas é uma, sem Jarbas é outra completamente diferente.

Jarbas Governador e Serra Presidente!

NX Zero é carnaval?

{ Posted on 13:20 by Edmar Lyra Filho }
Li a programação oficial do Carnaval 'Multicultural' do Recife. Lembro-me da segregação musical criada pelo então Prefeito João Paulo (PT), que literalmente proibiu bandas baianas(que tocam carnaval) de se apresentarem no Recife. A desculpa era que o projeto seria valorizar a cultura pernambucana e não havia espaços para as atrações da Bahia e de outros estados.

Desde um tempo que a PCR tem colocado artistas que não têm nada a ver com Carnaval. Marisa Monte, Milton Nascimento, dentre outros artistas da MPB, que nada têm a ver com Carnaval e nada representam a Cultura local.

Lendo a programação oficial, me deparo com NX Zero como 'atração de carnaval'. Pergunto: O que representa NX Zero para a cultura local? Respondo: Nada.

Isso mostra a incompetência petista no âmbito da organização do Carnaval do Recife(que, diga-se de passagem, é peculiar na própria gestão como um todo).

Se é pra proibir artistas da Bahia, proibam todos, mas se é pra liberar tocar NX Zero, que liberem qualquer atração, principalmente as da Bahia, que, de fato, tocam carnaval.

DENÚNCIA - Lafepe em situação caótica.

{ Posted on 15:32 by Edmar Lyra Filho }




Apesar do Governador Eduardo Campos ter doado mais de R$ 2 milhões em medicamentos às vítimas do Haiti, o LAFEPE está em situação caótica, a unidade do Pina está dessa maneira como vocês podem acompanhar nas imagens acima.

Meliantes roubaram as telhas da unidade e, após 15 dias, o Governo do Estado não providenciou a reforma da unidade. Com essas últimas chuvas que têm caído no Recife, está sendo caótico a unidade operar corretamente.

Além disso, com essas infiltrações na estrutura do local, fica difícil a estocagem dos medicamentos.

Esperamos que após essa denúncia, o Governador Eduardo Campos reestruture a unidade do LAFEPE. Afinal, o laboratório tem o nome do avô do Governador e não merece que suas unidades funcionem nesta situação.

Secretário Fernando Bezerra Coelho elogia coluna Política e Economia de Edmar Lyra no Gazeta Nossa.

{ Posted on 18:18 by Edmar Lyra Filho }
É grande o apreço com que li o artigo “A ascensão de Fernando Bezerra Coelho”, publicado no dia 27 de dezembro de 2009, escrito pelo colunista Edmar Lyra, do jornal Gazeta Nossa. É animador perceber o reconhecimento pela realização de um trabalho, ainda mais quando nos comprometemos e fazemos com responsabilidade, compromisso, dedicação e paixão, como venho tentando fazer desde a conquista da primeira eleição como prefeito de Petrolina, passando por outros mandatos, até assumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e a presidência do Porto de Suape. Hoje, minha maior satisfação é participar, ao lado do governador Eduardo Campos, da viabilização de projetos que definem o crescimento do nosso Estado, com grande orgulho de ser Pernambucano. E é esse entusiasmo que, de fato, me faz querer seguir os rumos que a política me permitir.

Atenciosamente,
Fernando Bezerra Coelho

Artigo: Censura

{ Posted on 20:32 by Edmar Lyra Filho }
Múcio Aguiar Neto
Conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)
mucioaguiar@estadao.com.br

Foi julgada no último dia 10, pelo Supremo Tribunal Federal a ação contra a censura imposta pelo desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), que proibiu o jornal O Estado de S. Paulo e o portal Estadão de publicar reportagens que contenham informações da Operação Faktor, mais conhecida como Boi Barrica. O recurso judicial, que pôs o jornal sob censura, foi apresentado pelo empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) - recém saído de uma crise política no Congresso.

Pasme, a mais alta corte de justiça do país, num ato que relembra o período ditatorial brasileiro, manteve a censura e agrediu fortemente a nossa Carta Magna e os mais importantes preceitos democráticos, conquistados com sangue e dor ao longo de toda a história.

Para os ministros, a principal justificativa é que o STF não é a instância correta para que o Estadão recorra da decisão, por não ser uma instância de reclamação. Por isso, eles não reconhecem a liminar. Foram três votos a favor - dos ministros Celso de Mello, Carmen Lúcia e Ayres Britto - e seis contra - de Eros Grau, Cesar Peluso, Gilmar Mendes, José Toffoli, Ricardo Lewandowski e Ellen Gracie.

Celso de Mello citou, em seu voto, a Corte Interamericana de Direitos Humanos, que "reconheceu as liberdades de difundir e receber informação". "A informação tem por destinatário o cidadão, que tem a prerrogativa de receber informação sem interferência de qualquer órgão do Poder Público, que também é titular do direito de liberdade, de livre transmissão das ideias, críticas, direito esse que também é titularizado pelos próprios profissionais de veículos de comunicação", afirmou.

Para Karl Marx, "A censura não é uma lei, mas uma medida policial, uma má medida policial, porque não consegue o que quer, nem quer o que consegue". Nessa mesma linha de raciocínio Marx faz um desafio: "Por que nenhum estado tem a coragem de formular através de princípios legais e universais aquilo que os censores fazem na prática?".

De tudo isso, fica a certeza que as decisões dos ministros condenam a liberdade, porém, os seus votos, impressos e gravados, os condenaram por toda a vida. A liberdade, essa se perpetuará sempre, mesmo que pelo sangue da democracia, como até hoje vem perdurado, mas aqueles que buscam cerceá-la serão calados pela história.

As eleições chilenas

{ Posted on 00:03 by Edmar Lyra Filho }
*Por: Maurílio Ferreira Lima

O Chile é completamente diferente do Brasil. País branco, falando língua de branco, sem índios, negros e mulatos. População instruída, alto nível de vida. Tem bolsões pobres, mas não tem miseráveis.

Não tem nenhuma identidade com os países andinos e apesar da tenebrosa ditadura de PINOCHET sempre teve intensa vida partidária. Portanto, não é automático dizer que o que acontece no CHILE pode acontecer no Brasil. Entretanto é inegável o efeito psicológico do resultado das eleições presidenciais na cabeça e comportamento dos políticos brasileiros.

A Presidente do Chile, Michele Bachelet, fez um governo de pleno êxito e sua popularidade só é menor do que a de LULA. O candidato dela, Eduardo Frei, sempre esteve atrás em todas as pesquisas contra um empresário riquíssimo, erradamente chamado de direita.

A pergunta que se fazia no Chile é a mesma do Brasil, HAVERÁ TRANSFERÊNCIA DE VOTOS? Michele BACHELET FOI PARA AS RUAS PEDIR VOTOS PARA SEU CANDIDATO E PERDEU. NÃO HOUVE TRANSFERENCIA DE VOTOS.

Esses são os fatos e contra fatos não há argumento. Esse resultado deve ter abalado psicologicamente DILMA ROUSSEFF, o PT e LULA e encheu de alegria tucanos e democratas, além de reforçar no PMDB a ala que quer evitar que o Partido apóie DILMA.

No meio povão e opinião publica a influência é zero, mas no meio político é quase um terremoto. Só pesquisas futuras com resultados mais fortes ou fracos a favor de Dilma, tirarão ela da defensiva ou enterrarão sua candidatura.

É erro rotular

É um erro grave em política rotular pessoas e fatos. Dizer que no Chile ganhou a direita, já se pensa na era Pinochet com policia política, tortura, censura e outras desgraças.

Nada disso vai acontecer.

Quem ganhou a eleição foi um capitalista riquíssimo, que sabe que o que mais atrapalha o capitalismo é um ditador, com uma família que não quer trabalhar, mas roubar muito.
Uma justiça desmoralizada e não reconhecida internacionalmente. Censura e ausência de Parlamento livre e plural e pluripartidário.

Na cabeça desse empresário, dividir o mundo entre esquerda e direita é coisa anterior aos dinossauros, é jurássica. Pelo seu perfil, acredita em primeiro lugar no mercado e parcerias com o capital investidor estrangeiro e acha que essa história de Partidos marxistas devem existir no seio de um Parlamento plural e multipartidário.

O Estado não pode decidir segundo padrões ideológicos e deve ser forte sem ser intervencionista ou se ingerir na produção para exercer um papel regulador na sociedade e abrir portas no exterior para o comercio. Esse é o perfil do novo Chile a nosso ver.

*Maurílio Ferreira Lima (PMDB) é ex-deputado federal.

Serra vai bem, obrigado!

{ Posted on 20:51 by Edmar Lyra Filho }
No Blog do Noblat

Nem tão de leve que sugira desinteresse, nem tão forte que desate uma reação contrária.

É assim que se comporta o governador José Serra, de São Paulo, em relação ao colega Aécio Neves, de Minas Gerais.

Sonha com ele de vice em sua chapa de candidato à vaga de Lula. Mas se o pressionar muito poderá perdê-lo. E se não o pressionar, também.

Em meados do ano passado, Serra visitou Aécio no Palácio das Mangabeiras, em Belo Horizonte. Aécio estava embalado para sair candidato pelo PSDB a presidente da República.

A certa altura do encontro, Aécio advertiu Serra: “Você poderá ser o candidato do partido. Só não poderá me derrotar. Se o fizer, não terá os votos de Minas por mais que eu me esforce para ajudá-lo”.

Foi por isso que Serra fez cara de paisagem e engoliu todos os sapos servidos por Aécio. Alguns foram sapos gordos.

Um deles: as recepções festivas oferecidas por Aécio a Lula em Minas.

Outro: a pregação de Aécio contra o predomínio dos paulistas na política nacional.

Mais um: a insinuação de que somente ele, Aécio, atrairia apoios de partidos alinhados com o governo Lula.

Acabou indo pelo ralo a proposta de Aécio para que o PSDB escolhesse seu candidato a presidente por meio de prévias. De público, Serra concordou com a proposta. Na troca de telefonemas com líderes do partido, rejeitou-a.

Também foi pelo ralo o esforço de Aécio para crescer nas pesquisas de intenção de voto. Serra nada teve a ver com isso. Finalmente, Aécio desistiu de ser candidato.

“Vou me dedicar às eleições em Minas”, anunciou no final de dezembro último. E desde então tem descartado a hipótese de ser vice de Serra. Repete que será candidato ao Senado.

Serra dá tempo ao tempo. Lembra do que dizia Ulysses Guimarães, condestável do PMDB e da Nova República que sucedeu ao regime militar: “O segredo da política reside em três coisas: paciência, paciência e paciência”.

Há dois calendários em confronto para a próxima eleição presidencial – o de Lula e o de Serra. E ambos estão certos.

A única maneira que tinha Lula para eleger Dilma Rousseff era antecipar em mais de um ano o início da campanha. Foi o que fez. Dilma jamais disputou uma eleição. Era preciso torná-la conhecida. Sob o disfarce de lançar ou de inaugurar obras, Lula percorre o país com Dilma a tiracolo.

Serra se fingiu de morto para não ter que trombar, primeiro, com Aécio, e depois com Lula e Dilma. Só teria a perder. Se puder não trombará com Lula, o presidente mais popular da História. E evitará trombar com Dilma até o último minuto.

Lula afirmou na semana passada que é capoeirista e que está pronto para a briga. Se depender de Serrinha “paz e amor”, não haverá briga – só confronto de idéias.

Na moita, Serra se esforça por desmanchar a poderosa coligação de partidos montada por Lula para apoiar a candidatura de Dilma. E está se saindo bem.

Foi dado como certo que ele não teria um palanque forte no Rio, o terceiro maior colégio eleitoral do país. Serra negociou com Marina Silva, candidata do PV a presidente, e resgatou a candidatura de Fernando Gabeira ao governo do Rio.

Quer juntar na Bahia o PFL do ex-governador Paulo Souto com o PMDB do ministro Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional. De preferência com Geddel para o governo e Souto para o Senado.

O PSB de São Paulo está com ele e o de Minas com Aécio. É por isso que Serra assimila sem retribuir os golpes que Ciro Gomes lhe aplica. O PSB quer Ciro como candidato ao lugar de Lula.

Caso Lula vete Ciro, no momento o PSB prefere não se juntar ao PT para eleger Dilma, facilitando assim suas mais heterogêneas alianças nos Estados. Foi como procedeu em 2006, negando a Lula seu tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.

Se o PSB foi capaz de pensar em si antes de pensar em Lula, quanto mais com Dilma?

De volta a Aécio: chegará a hora certa de Serra abordá-lo sobre a vaga de vice.

Pernambuco continua na disputa por usina nuclear

{ Posted on 19:00 by Edmar Lyra Filho }

Eletronuclear indicará até fevereiro regiões para construção de novas usinas nucleares

Brasília - A Eletronuclear deve enviar até o próximo mês ao Ministério de Minas e Energia um estudo apontando as regiões em que serão construídas as próximas usinas nucleares no país. A informação foi dada hoje (16) por Leonam Guimarães, assistente da presidência da Eletronorte.

Segundo Guimarães, serão indicadas, inicialmente, cinco microrregiões nos estados da Bahia, de Alagoas, de Sergipe e de Pernambuco e, até o fim do ano, após a conclusão de outros levantamentos, o governo deve definir os locais exatos em que serão construídas as usinas.

Ele informou que atualmente estão sendo estudadas microrregiões nas quais é possível instalar uma central, com uma análise do litoral e dos vales dos grandes rios, como o São Francisco e o Sergipe. “Até fevereiro, vamos enviar ao governo [as conclusões do estudo]”, disse Guimarães, que participou hoje (16), no Rio, do Seminário Nacional de Energia Nucelar.

De acordo com o representante da Eletronuclear, nas próximas etapas serão feitos levantamentos mais aprofundados, incluindo pesquisa de campo de cada uma das microrregiões apontadas, além do desenvolvimento de relatórios de impacto ambiental. Ao fim de todo o processo, o governo, “a quem cabe a decisão política”, se encarregará de escolher os locais específicos para construção das usinas.

Ele informou que a Eletronuclear deve iniciar neste ano estudos para a construção de outras usinas na Região Sudeste. Para tanto, a estatal negocia um novo contrato com a Coordenadoria dos Projetos de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) para elaboração das pesquisas. “Ainda não começamos, mas vamos começar a estudar [ESSA REGIÃO]neste ano. Espero que no ano que vem tenhamos condição de apontar os locais”, concluiu.

Na opinião de especialistas, a energia nuclear é uma alternativa economicamente viável e ambientalmente sustentável para suceder os combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão. Segundo o Ministério de Minas e Energia, com apenas um terço do território prospectado, o Brasil detém a sexta maior reserva de urânio do mundo. O país está entre as sete nações que têm conhecimento e meios para gerar energia elétrica de fonte nuclear.

Com informações da Agência Brasil

Com eleição de Piñera, chilenos deixam de ser uma vítima tradição dos mortos oprimindo os vivos. Ditadura fica no seu lugar, o passado

{ Posted on 18:54 by Edmar Lyra Filho }
Do blog de Reinaldo Azevedo

No mundo inteiro, mas muito especialmente na América Latina, as esquerdas tentam manter a população na jaula do Dia da Marmota. Trata-se de uma espécie de seqüestro moral: “Cuidado! Fulano ou Beltrano foram ligados à ditadura militar. Jamais vote nele!” Ou ainda: “Fulano e Beltrano são descendentes pólíticos da ditadura militar”. O Chile, ontem, deu um “basta!” nessa estratégia vigarista. O eleitor se liberta do passado; ele deixa de ser uma vítima tradição dos mortos oprimindo o cérebro dos vivos, para citar o barbudo com furúnculos no traseiro — e na alma — de que “eles” gostam tanto.

Sebastián Piñera, candidato da Coalizão pela Mudança, venceu Eduardo Frei, da Concertação. E venceu também uma abordagem política que tentou degradar a inteligência e a democracia, com ecos de cobertura da imprensa que chegaram ao Brasil: “A direita está tentando voltar ao poder!”. Li, por exemplo, o Estadão de hoje, aquele jornal que continua a nos premiar com editoriais exemplares quase sempre. Em nenhum momento se diz o nome da coalizão de Piñera. É tratado apenas como o candidato “da direita”. E seu nome continua atrelado à suposta herança da ditadura de Pinochet.

Ocorre que, sob certo ponto de vista, herdeiros de Pinochet, lamento pelos finórios, são todos os políticos chilenos. A maior caudatária do regime militar naquele país é a economia. Ou alguém aí conseguiria sustentar que foi a democracia que deu estabilidade econômica ao país? Seria uma mentira grotesca. E isso nada tem a ver com endossar brutalidades. Já encomendei a alma de Pinochet ao diabo mais de uma vez. Que arda no fogo do inferno. Mas não foi a “coalizão de centro-esquerda”, no poder há 20 anos, que inventou o Chile moderno e sua economia virtuosa.

Os governos que se sucederam à ditadura tiveram a grande sabedoria de não mudar o que estava dando certo. A rigor, fizeram precocemente o que Lula viria a fazer no Brasil mais tarde. Com a brutal diferença de que o petista deu continuidade ao governo democrático de FHC. Este, sim, foi obrigado a romper com o passado — o passado de inflação, de gastança desenfreada de dinheiro público, de irresponsabilidade fiscal.

À diferença da Argentina — onde a ditadura militar foi derrubada (já falo um pouco mais a respeito) —, o Chile, como o Brasil, fez uma transição pacífica do regime ditatorial para o democrático e não se desconstituiu. O primeiro governo civil pegou um país com uma economia organizada. Atenção! É fato, não juízo de valor. Já os militares da Argentina destruíram a economia, e gangues foram se sucedendo no poder. Foram dois regimes brutais, mas, mesmo nesse aspecto, desiguais. A ditadura argentina matou 30 mil pessoas; a chilena, 3 mil; a brasileira (números da esquerda), 424. O Chile (16,5 milhões de habitantes hoje) tem bem menos da metade da população argentina (40 milhões), que tem um quinto da população brasileira. Caso se faça a conta dos mortos por 100 mil, tem-se noção da brutalidade de cada regime. E se desfaz o mito de que todas as ditaduras latino-americanas foram iguais. “Qual seria o número razoável de mortos?” Nas mãos do estado, depois de as pessoas rendidas, a resposta é esta: ZERO! Adiante.

O repúdio à ditadura de Pinochet no Chile sempre foi grande, mas, de longe, não reproduzia o justificado asco que os argentinos tinham de seus militares. O que o “antigo regime” chileno não teve, e a Concertação se beneficiou disso, foram políticos de expressão para se opor aos candidatos de centro-esquerda. Até porque essa Concertação foi formada com os conservadores da Democracia Cristã. Em suma: quase não sobrou conservador com expressão eleitoral fora dessa coalizão.

Essa configuração ajudou a consolidar uma farsa eleitoral: ou se estava com a Concertação ou se estava com Pinochet, com o passado, com as mortes arbitrárias… E não surgia um nome com força para romper esta doxa fundada numa falsa polarização.

A eleição de Piñera significa que os chilenos abriram a jaula e não aceitam mais ser seqüestrados pelo passado. Ainda que o governo Bachelet tenha o apoio da esmagadora maioria da população, as urnas indicaram um desejo de mudança. E foi inútil tentar recuperar o passado mais distante. Para um bom número de eleitores, a Concertação também já tem passado.

Não! Não vou fazer o paralelo fácil: “Bachelet, com 80% de popularidade, não fez o sucessor; Lula, então, também não vai conseguir…” Não existem paralelos perfeitos em política. As circunstâncias nos ajudam a pensar. O Chile deixa claro que um governo muito popular — 80% de aprovação — não faz necessariamente seu sucessor. Evidencia também que a satanização do passado, por mais virtuoso que seja o presente, não é receita infalível de sucesso.

E é preciso levar em conta as diferenças entre as circunstâncias de lá e de cá. Michelet não é Lula. Embora aprovadíssima pelos chilenos, não é uma figura que abusa do carisma; mesmo fazendo o jogo “passado x presente”, ela atuou nos estritos limites da lei eleitoral, coisa que o petista ignora. Eduardo Frei, o governista derrotado, não é Dilma. Já foi presidente da República e é homem de experiência comprovada — ao contrário da petista. Na outra ponta, Piñera não é José Serra. Ao contrário do outro, o candidato das oposições no Brasil é muito conhecido COMO POLÍTICO — não representa uma aposta ousada. No Chile, tentaram ligar o agora vitorioso ao passado ditadorial. Não funcionou. Aqui, os petistas tentam fazer de Serra A continuidade de FHC — governo cuja reputação eles enlamearam com toda sorte de mentiras e trapaças. Vai colar? Essas diferenças contam a favor ou contra os candidatos brasileiros? Vamos ver.

Uma coisa é certa: os chilenos disseram “não” ao maniqueísmo tentado pela máquina oficial. É como se tivessem dito a Bachelet: “Aprovamos o seu governo, mas chegou a hora de mudar”. Aquela falsa dicotomia está morta. O futuro de Piñera — e da “direita” (como gosta de escrever a imprensa brasileira) depende agora de ele fazer ou não um governo competente. Assim é nas democracias. O resto é seqüestro da inteligência.

PNDH-3

{ Posted on 16:05 by Edmar Lyra Filho }

Governo Lula aumenta gasto com publicidade em 20% em 2010. Se fosse nos anos FHC, seria maracutaia

{ Posted on 15:49 by Edmar Lyra Filho }

Na Folha Online

Contrariando limites impostos pela legislação eleitoral, o governo Luiz Inácio Lula da Silva prevê o aumento de 20% dos gastos de publicidade no ano da eleição do seu sucessor, informa reportagem de Marta Salomon, publicada nesta segunda-feira pela Folha (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo a reportagem, os números estão na lei orçamentária, que o presidente Lula sancionará nesta semana, com autorizações de gastos para 2010.

A Lei Eleitoral determina que, em ano de pleito, as despesas com publicidade dos órgãos públicos não podem ultrapassar a média dos três anos anteriores ou o valor gasto no ano imediatamente anterior.

O limite do governo federal leva em conta ainda os gastos das empresas estatais, cujos números ainda não estão disponíveis.

A Secretaria de Comunicação da Presidência informou que o governo não usará integralmente as autorizações de gastos para 2010, de forma a respeitar os limites impostos pela legislação eleitoral.

Lula, o filho do Brasil: verdades e invenções.

{ Posted on 00:02 by Edmar Lyra Filho }
Recebi este e-mail, e entendo ser interessante a leitura desse tema.

A exemplo da Alemanha dos anos 30 está sendo aqui desenvolvida a imagem de um mito, a ser venerado pelo povo, que o elevará à presidência perpétua, com amplos poderes ditatoriais. A oposição será arduamente reprimida e sufocada e o poder será exercido sem limites constitucionais. Assim gerou-se o regime nazista e Hitler, seu líder, que levou o mundo à catástrofe da II GM. O processo já está em plena marcha no nosso país, com a omissão da parcela esclarecida da população e a conivência plena dos políticos corruptos que o apóiam.

Abraços.
Amancio..

Lula, o Filho do Brasil ...

O filme Lula, o Filho do Brasil faz parte de um projeto de bajulação e de endeusamento do atual presidente da República, o que, às vésperas das eleições de 2010, será uma eficiente propaganda política.
"Lula, o Filho do Brasil, a cine biografia que estreará nos cinemas no começo do próximo ano, é o primeiro filme de ficção sobre a vida do presidente. A LC Barreto, responsável pelo projeto, enviará 500 cópias ao circuito comercial – o maior lançamento da história do cinema brasileiro. As centrais sindicais, como a CUT e a Força Sindical, planejam projetar a fita para espectadores das áreas mais pobres do país. Os trabalhadores sindicalizados poderão comprar ingressos subsidiados a 5 reais. As estimativas mais conservadoras indicam que, somente nas salas comerciais, 5 milhões de pessoas assistirão ao longa. É pouco diante do que se seguirá. O DVD do filme será lançado no dia 1º de maio, feriado do trabalhador. Em seguida, a Rede Globo levará a fita ao ar, editada como uma minissérie. Ao final, se essa ambiciosa estratégia de distribuição funcionar, Luiz Inácio, o homem que fez história, dará um salto rumo a Luiz Inácio, o mito. Esse mito paira acima do bem e do mal, mas estará dizendo o que é certo e o que é errado na campanha eleitoral de 2010. Por fazer parte de um projeto de beatificação do personagem com vista a servir de propaganda eleitoral disfarçada de entretenimento na próxima campanha, Lula, o Filho do Brasil parece coisa de marqueteiro." (revista VEJA)

Verdades e mentiras do filme
Para fazer o filme, o diretor Fábio Barreto baseou-se nas histórias contidas em uma biografia do presidente Lula, escrita pela jornalista Denise Paraná. Claro que, no filme, o diretor, omitiu episódios da vida de Lula que pudesse apresentá-lo como um fraco, na verdade, como um ser humano comum, e pintou com tintas fortes os momentos em que Lula pode ser apresentado como herói, um ser perfeito. Veja alguns fatos citados pela revista VEJA, em sua última edição.

No filme - O pai de Lula lhe dá um tapa e, depois, avança para cima de Dona Lindu, mãe de Lula, mas é contido pelo filho, que esbraveja heroicamente com o pai: "Homem não bate em mulher". O pai, envergonhado, abaixa as mãos.

O fato - Na verdade, Lula, quando era criança, presenciou um acesso de fúria de seu Aristides, seu pai, que bateu em Dona Lindu, sua mãe, com uma mangueira. Lula também quase apanhou do pai, mas Dona Lindu impediu a agressão. Portanto, foi Dona Lindu que salvou o filho da surra, e não o inverso, como está no filme.

No filme - Impressionada com o notável desempenho de Lula na escola, sua professora, Dona Terezinha, visita Dona Lindu e se oferece para adotar o menino "de papel passado". Diz a professora: "A senhora não quer que ele seja alguém?". Dona Lindu responde, com aquela altivez que só se vê em filme e novela: "Ele já é alguém. Ele é Luiz Inácio". Que lindo! Tremenda mentira.

O fato - Quando Lula ainda morava em Santos e cursava a 2.ª série primária, sua mãe, Dona Lindu, como todo brasileiro típico, que não sossega o facho em lugar nenhum, quis mudar-se para São Paulo. Dona Terezinha, a professora de Lula, apenas insinuou que adotaria o menino para que ele pudesse continuar os estudos em Santos. Dona Lindu não topou.

No filme - Ao ver um linchamento de um diretor da fábrica, Lula diz ao irmão sindicalista: "Ele também é um trabalhador".

O fato - Durante uma greve, um diretor da fábrica atirou em um operário. Os grevistas, revoltados, o jogaram da janela e o espancaram com selvageria. Lula, que viu a cena, apenas comentou: "Eu achava que o pessoal estava fazendo justiça".

No filme - Lula, ao tomar conhecimento da existência de corrupção no Sindicato dos Metalúrgicos, fica indignado e cobra, veementemente, o afastamento do presidente da entidade.

O fato - Não há nenhuma referência disso na biografia de Lula. A cena provavelmente foi inventada por Fábio Barreto para valorizar o protagonista.

QUEM PAGOU PELO FILME?
Vamos, agora, ao lado prático da coisa. Quem pagou por tudo isso? Segundo a revista VEJA, o filme foi patrocinado e apoiado por um grupo de empresas, a maioria delas com negócios com o governo, que doou 10,8 milhões de reais. Veja a relação abaixo.

AmBevEm 2005, o BNDES destinou 319 milhões de reais para a empresa de bebidas.
Camargo CorrêaA construtora participa das obras do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, tendo recebido, em 2008, 102,7 milhões de reais.
CPFL EnergiaO controle da distribuidora de energia está dividido entre a Camargo Corrêa, o BNDES e fundos de pensão de estatais.
EBXOs empréstimos feitos pelo BNDES às empresas de Eike Batista ultrapassam 3 bilhões de reais só neste ano.
GDF SuezA empresa faz parte do consórcio responsável pelas obras da hidrelétrica de Jirau e recebeu do BNDES empréstimo de 7,2 bilhões de reais.
GrendeneO BNDES aprovou, em 2008, financiamento de 314 milhões de reais para a aquisição total do controle acionário da Calçados Azaléia pela Vulcabrás dos mesmos controladores da Grendene.
HyundaiEm 2007, o governo federal deu uma mãozinha para a implantação da fábrica da montadora em Goiás.
Neoenergia O Banco do Brasil e a Previ (fundo de pensão dos funcionários do BB) detêm, juntos, 61% da companhia. Em 2008, o BNDES aprovou crédito superior a 600 milhões de reais para a construção de usinas pelo grupo.
OASFoi uma das financiadoras da campanha de reeleição de Lula. Participa das obras do PAC, tendo recebido, em 2007, 107 milhões de reais.
OdebrechtVenceu em 2007, em parceria com a estatal Furnas, a licitação para a construção da usina de Santo Antônio, no Rio Madeira. O valor do investimento foi definido em 9,5 bilhões de reais, com 75% do total financiado pelo BNDES.
Oi O BNDES aprovou, na semana passada, financiamento de 4,4 bilhões de reais, o maior valor já concedido para uma empresa de telecomunicações. Desde a aquisição da Brasil Telecom (BrT), bancos públicos já aprovaram empréstimos de mais de 11 bilhões de reais ao grupo Oi. O BNDES e a Previ têm participação no bloco de controle da companhia de telefonia.
VolkswagenTem contrato com o governo para o programa Caminho da Escola para a renovação da frota de ônibus escolares. Em agosto, entregou o primeiro lote de 1.100 veículos, pelo qual recebeu 223 milhões de reais.

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Em janeiro, o filme deve estar em cartaz nos cinemas. Se você for o feliz beneficiado do BOLSA CINEMA, que o governo de Lula pretende implantar no ano que vem, poderá ver essa "superprodução" por um preço bem pequeno ou até de graça. Você poderá, também, aguardar o DVD, que deverá ser lançado em 2010. Mas não espere cópia pirata. Acho que ninguém vai ter coragem de piratear essa droga..
Eu, de minha parte, não vou ver esse filme. Vou esperar a cine biografia da Dilma, que deverá ser muito mais emocionante. Por exemplo, como será que vão reconstituir no cinema a cena do roubo do cofre de Ademar de Barros? Vamos aguardar.

Chile: resultados dão vitória a Sebastian Piñeira, da oposição

{ Posted on 21:36 by Edmar Lyra Filho }
Os primeiros resultados oficiais do segundo turno das eleições presidenciais no Chile indicam vitória do candidato opositor, o empresário bilionário Sebastian Piñera, da Coalición por el Cambio (Frente para Mudança). O adversário de Piñera, Eduardo Frei, reconheceu a derrota e felicitou o novo presidente.

Com 60,32% das urnas apuradas (4,1 milhão de votos), Piñera recebeu 2,1 milhões, o que representa a maioria de 51,87% da votação, comparados com os 48,12% conquistados pelo candidato do governo e ex-presidente Eduardo Frei, da Concertación, com 2,1 milhões de votos.

O ministro do Interior do governo da presidente Michelle Bachelet, Perez Yoma, que também é vice-presidente do país, disse que o país deu sinais, nas urnas, de que queria “mudanças”, após vinte anos de governo da frente de centro-esquerda Concertación. “As pessoas escolheram a direita”, afirmou. O ministro disse que ligou para Piñera para desejar “boa sorte”. A divulgação dos resultados provocou festa no comitê de campanha de Piñera e silencio no comitê de Frei.

Com a eleição confirmada, é a primeira vez desde 1958 que um candidato de direita (ou centro-direita como Piñera é definido) é eleito para ocupar a cadeira no Palácio presidencial La Moneda.(BBC Brasil)

O PT mudou o Brasil? Ou foi o contrário?

{ Posted on 01:51 by Edmar Lyra Filho }
"Lula e o PT conseguiram, mediante a desconstrução sistemática das realizações de outros governos, convencer a maioria de que o Brasil teria começado em 2003. Nunca antes"

De Maílson da Nóbrega:

Nunca antes na história deste país um partido se vangloriou tanto de feitos que não realizou. É o caso do PT. No seu último programa no rádio e na TV, o partido reivindicou o papel de marco zero. Até a estabilização da economia teria sido obra sua. Os petistas se jactam de ter mudado o país. Para um de seus senadores, 2009 foi "a segunda descoberta do Brasil".

No mundo, três transformações radicais sobressaem: (1) a Revolução Gloriosa (1688), que extinguiu o absolutismo inglês e levaria a Inglaterra à Revolução Industrial; (2) a Revolução Americana (1776), da qual surgiria a maior potência no século XIX; e (3) a Revolução Francesa (1789), a profunda mudança que substituiria os privilégios da nobreza, do clero e dos senhores feudais pelos direitos inalienáveis dos cidadãos.

Nada desse porte aconteceu no Brasil, nem agora nem antes. A independência foi declarada por dom Pedro, representante da metrópole. A República nasceu de um golpe de estado dado por Deodoro da Fonseca. A Revolução de 1930, a única que talvez possa ter esse título, promoveu mudanças, mas não daquela magnitude. Aqui não se viram rupturas nem violências. O regime militar findou sob negociação.

O PT pretendia mudar o Brasil, mas para pior. O título de seu programa para as eleições de 2002 era "a ruptura necessária". Prometia "uma ruptura com o atual modelo econômico, fundado na abertura e na desregulação radicais da economia nacional e na consequente subordinação de sua dinâmica aos interesses e humores do capital financeiro globalizado". Soa ridículo hoje, não?

As propostas continham inúmeros disparates: controles na entrada de capitais estrangeiros, mudanças na captação de recursos externos pelos bancos e a denúncia do acordo com o FMI, entre outros. Uma reforma tributária taxaria as grandes fortunas. O pagamento dos juros da dívida pública seria reduzido de forma voluntarista.

A Carta ao Povo Brasileiro (22 de junho de 2002) foi o começo do fim dessas ideias. Nela, Lula ainda defendia "um projeto nacional alternativo", mas falava em "respeito aos contratos e obrigações do país". O superávit primário seria preservado "para impedir que a dívida interna aumente e destrua a confiança na capacidade do governo de honrar os seus compromissos".

As visões econômicas do PT morreram de vez com Lula na Presidência. Um banqueiro foi presidir o Banco Central. No primeiro mês, elevaram-se a taxa de juros e a meta de superávit primário. Tudo o que o PT tachava de neoliberal. Na política, a coalizão de governo incluiu partidos políticos e figuras conhecidas que o PT abominava.

A política econômica foi mantida. Com a preservação da plataforma construída por seus antecessores, Lula conseguiu alçar o Brasil a novas alturas. O amadurecimento das mudanças anteriores ampliou o potencial de crescimento da economia, que foi adicionalmente impulsionada pelos ventos favoráveis da economia mundial entre 2003 e 2008. Tornou-se possível manter e ampliar os programas sociais herdados.

Muito se deve à intuição política do presidente e ao trabalho de seu primeiro ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Lula percebeu que a preservação de sua popularidade dependia do controle da inflação e por isso reforçou a autonomia do Banco Central. Ele cresceu aos olhos do mundo em razão de sua simpatia, de seu carisma e por ser um líder de esquerda moderado, defensor da democracia e da economia de mercado.

Lula e o PT conseguiram, mediante a desconstrução sistemática das realizações de outros governos, convencer a maioria de que o Brasil teria começado em 2003. Nunca antes. É um grande tento, que requereu doses elevadas de desfaçatez. Recentemente, na falta de energia no Sul e Sudeste, a preocupação não foi explicar, mas mostrar que o apagão de Lula era melhor que o de FHC.

A manutenção da política econômica foi uma decisão corajosa. Respondeu a um novo ambiente, caracterizado pela intolerância da sociedade à inflação, pela imprensa livre, pela nascente valorização da democracia e pela disciplina do mercado. Lula curvou-se às imposições dessa nova realidade. Ainda bem. O Brasil mudou o PT, que agora é, em todos os sentidos, um partido como os outros.

Raul Henry parabeniza os dois anos do Blog de Edmar Lyra

{ Posted on 21:52 by Edmar Lyra Filho }
Para mim, que acredito na política como meio de transformação da sociedade, é muito gratificante ver um jovem como você, Edmar, comungando do mesmo pensamento. Isso fica evidente em sua atuação à frente da militância jovem da oposição de Pernambuco e em seu blog, duas atividades feitas com compromisso e seriedade. Parabéns pelos dois anos do Blog de Edmar Lyra, importante ferramenta de comunicação, que fiscaliza o poder público e faz uma análise diferenciada e pertinente da nossa política.

Abraço,
Raul Henry

Indicação de Rands facilita a vida de Maciel e Guerra.

{ Posted on 00:22 by Edmar Lyra Filho }
Independentemente da candidatura de Jarbas Vasconcelos ao Governo de Pernambuco em outubro, que ao meu ver está consolidada, os Senadores Marco Maciel (DEM) e Sérgio Guerra (PSDB) terão uma ajuda a mais para renovarem seus mandatos se o candidato da Frente Popular ao Senado pelo PT seja o Deputado Maurício Rands.

Rands nunca disputou nenhuma eleição majoritária e pouco agregará a chapa de Eduardo Campos, Rands será presa fácil para os experts Marco Maciel e Sérgio Guerra. Diante do veto cada vez mais claro do nome de João Paulo para a chapa majoritária do Governador por parte da tendência hegemônica do PT, o melhor para o palanque de Eduardo Campos seria indicar o Secretário das Cidades Humberto Costa (PT) para o posto de Vice-Governador e lançar o Secretário de Desenvolvimento Econômico Fernando Bezerra Coelho (PSB) e o Deputado Federal Armando Monteiro (PTB) para o Senado.

Por quê FBC e Armando? Porque ambos têm uma carreira política consolidada, representam diversos segmentos da sociedade. Não obstante, ambos têm uma capacidade de articulação muito maior que a do Deputado Maurício Rands.

Indicar Rands para a chapa majoritária é um tremendo tiro no pé do bloco governista.

Qual será a bandeira do PSDB para 2010?

{ Posted on 21:31 by Edmar Lyra Filho }
O governador de São Paulo, José Serra, tem aproximadamente 40% das intenções de voto para as eleições à presidência em 2010. Seu governo é bem avaliado nas pesquisas e ele conta com uma invejável biografia política, que inclui exílio durante a ditadura militar, carreira ilustre de economista e uma disputa eleitoral contra Lula em 2002. No entanto, tanto o PSDB quanto o governador não parecem ainda saber qual será sua bandeira para as eleições.

De acordo com o professor Eurico Figueiredo, coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciências Políticas da UFF, o partido não poderá atacar o governo como gostaria. O presidente Lula tem altos índices de aprovação, e seus programas sociais também. O Mensalão petista e o apagão de novembro de 2009 estarão velhos em 2010. Além disso, “seria o roto falando do esfarrapado”, afirma Figueiredo.

O partido parece perdido, de acordo com o professor de Ciência Política da Unicamp Valeriano Costa. A defesa da ética se tornou frágil com o caso do senador Eduardo Azeredo (PSDB), que teve denúncias contra ele acatadas no Supremo Tribunal Federal. Para piorar, o principal aliado do partido, o Democratas, perdeu o governador José Roberto Arruda, no que foi nomeado “Mensalão do DEM”.

Valeriano acredita que o governo leva vantagem em uma campanha propositiva, apesar de muitas de suas obras não terem ainda saído do papel. “Há um altíssimo risco de rejeição, mas terá que ser uma campanha negativa, baseada na desconstrução de Dilma Rousseff”, afirma. Desvincular a ministra como sucessora de Lula pode ser vital para a vitória. Para o cientista político, a maior fraqueza do governo foi a nomeação da petista, uma candidata sem experiência política em eleições.

Neste quesito, o governador tem vantagem sobre a ministra-chefe da Casa Civil. Figueiredo afirma que provavelmente será uma campanha baseada em marketing, e não em confronto de ideias. De acordo com o professor, um marqueteiro habilidoso pode transformar a biografia de Serra em um diferencial político em relação à petista.

Um problema seria comum aos dois partidos: candidatos antipáticos. Tanto Serra quanto Dilma correm o risco de sofrer um destino parecido com o da candidata para o governo do Rio de Janeiro em 2006 Denise Frossard. “Ela tinha bons índices, mas quando começaram os debates e aparições públicas, ela mostrou seu ranço autoritário e antipatia, o que custou votos”, analisa Figueiredo. Para ele, um candidato não correria este risco: o mineiro Aécio Neves, que decidiu, nesta quinta-feira, 17, não concorrer à presidência, o que consolida o governador de São Paulo como candidato do partido.

Outro problema do PSDB é o potencial de crescimento de Serra. Valeriano afirma que a margem de manobra do governador é muito pequena. Seus índices são bons nos grandes centros urbanos, mas o candidato precisa crescer ainda nas regiões pobres, normalmente redutos do PT. Apesar do baixo índice de rejeição, 25%, não será tarefa fácil. “A perspectiva é de um confronto político duríssimo”, especula Valeriano.

Opinião e Notícia

Os atores na eleição de Pernambuco

{ Posted on 21:21 by Edmar Lyra Filho }
*Por: Adriano Oliveira

A Ciência Política tem condições de prever as ações dos atores. E, por conseqüência, construir cenários eleitorais. Contudo, é necessário que o analista político esteja bem informado para construí-los. Sem informação é impossível construir cenários.

No momento, diversos atores políticos cantam vitória. Por outro lado, alguns atores estão desmotivados. Diante deste quadro, observo que os atores políticos, em particular os candidatos nas próximas eleições, não estão conseguindo prever o que poderá acontecer. Em razão disto, como analista político, observo que:

1. João Paulo pode ser candidato ao Governo do Estado. Condição para tal existe. Se, e não somente se, Ciro Gomes mantenha a sua candidatura à presidente da República. José Dirceu e outras lideranças certamente não aceitarão que Ciro atrapalhe o possível sucesso eleitoral de Dilma. Portanto, João Paulo, apesar de João da Costa e Humberto Costa desmentirem, pode ser candidato ao governo.

2. Por incrível que pareça, só existiram duas razões para Eduardo Campos ter permitido que Ciro lançasse a sua candidatura à presidente: 1) incerteza nas chances eleitorais de Dilma. Neste caso, Campos no segundo turno estaria liberado para negociar com Serra; 2) Ou desejo de obter mais benefícios no governo Lula. A estratégia de Campos em ainda manter Ciro Gomes na disputa não é a mais adequada.

3. Apesar das especulações, Sérgio Guerra será candidato no campo oposicionista. Ele se candidatará a reeleição ou à Câmara. Se Jarbas for candidato, e somente se, Guerra poderá optar pelo senado. Caso não, Guerra tem base robusta para garantir a sua eleição para federal. Informações que me chegam dão conta de que Guerra esperava que atores ligados a Eduardo Campos não invadissem as suas bases eleitorais. Mas isto não ocorreu. Por conseqüência, e em razão da possível candidatura de José Serra, o senador tucano torce para que Jarbas seja candidato.

4. O PT irá compor o chapão? O governador Eduardo Campos tem dúvidas quanto a isto. Se João Paulo for candidato a deputado federal não existe motivo para o PT ir para o chapão. A não ser que o PT ganhe a vice-governadoria. E João Paulo aceitaria ser vice de Eduardo? Não. O tamanho político do ex-prefeito não possibilita esta escolha. Humberto Costa é uma alternativa. Mas provocaria grande racha no PT, pois João Paulo não admitirá. Neste instante, os petistas, na verdade, têm dúvidas do que fazer.

5. Fernando Bezerra Coelho luta desesperadamente por um espaço na chapa majoritária – vice de Eduardo Campos ou o Senado. A última opção é possível, caso Armando Monteiro desista da disputa. Com Jarbas candidato, a pujança eleitoral será enfraquecida. Diante disto, o deputado petebista retira a sua candidatura à Câmara Alta e disputa a reeleição. Marco Maciel e João Paulo são os favoritos para a disputa do Senado. Com Jarbas Vasconcelos candidato, cresce as chances de reeleição do senador democrata. Mas se Jarbas não for? Maciel tem capital eleitoral para renovar o mandato.

O quadro eleitoral em Pernambuco não está definido. Apenas alguns deputados podem ser considerar reeleitos. No mais, os atores políticos ainda não se definiram. Fatos irão ocorrer que poderão mudar o destino desta eleição. Neste sentido, definir vitória de algum ator é ato de forte precipitação. Alguns atores ainda não mostraram as suas reais intenções.

*Adriano Oliveira é doutor em Ciência Política e professor adjunto do Departamento de Ciência Política da UFPE (adrianopolitica@uol.com.br).

Preterido, Garotinho sinaliza apoio a Serra no Rio

{ Posted on 21:03 by Edmar Lyra Filho }
Da Agência Estado

O governador de São Paulo e pré-candidato à presidência da República, José Serra (PSDB), pode ganhar mais um palanque forte no Rio de Janeiro - terceiro maior colegiado do país.

Depois do anúncio da volta do deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) à disputa pelo governo do Estado, hoje foi a vez do ex-governador e também pré-candidato ao Palácio Guanabara Anthony Garotinho (PR) anunciar que pode apoiar o tucano.

Garotinho está furioso com as seguidas manifestações de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à campanha de reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB). Segundo ele, se não houver uma postura neutra por parte do presidente e de sua pré-candidata a sua sucessão, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ele poderá reavaliar toda a sua estratégia de alianças.

"Minha prioridade é apoiar a Dilma. Se nem ela e nem o Lula se mantiverem neutros, se não houver reciprocidades, posso tomar duas posições. A primeira é também ficar neutro. A segunda é embarcar na candidatura do Serra. Mas isso só vai ocorrer se o PSDB e o DEM locais resolvam me apoiar e me dar seus tempos de televisão", disse o ex-governador, que vem aparecendo em segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos, sempre a cerca de 10 a 15 pontos porcentuais atrás de Cabral.

Garotinho explicou que esteve com o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), depois que ele desistiu de sua pré-candidatura ao governo em favor de Cabral. O petista teria lhe explicado que sua renúncia à disputa ocorreu por pedido pessoal do presidente. Ainda de acordo com Garotinho, Lindberg lhe informou que Lula vai fazer campanha aberta para o peemedebista.

Pré-candidato ao senado pela coligação que deve apoiar Gabeira, o ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM) disse que apenas José Serra poderia avaliar a possibilidade do apoio de Garotinho.

"O DEM acredita firmemente na candidatura do Gabeira", disse o ex-prefeito, via e-mail. O presidente do PSDB no Rio, deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha, fez coro: "O PSDB está a caminho de fazer uma aliança quádrupla com o PV, DEM e PPS, com o Gabeira governador. Não tem outro caminho". Berzoini e Lindberg não responderam as ligações.

Veja como prestar solidariedade ao Haiti aqui no Recife

{ Posted on 20:55 by Edmar Lyra Filho }

Para amenizar o sofrimento das vítimas do recente terremoto ocorrido no Haiti, que vitimou milhares de pessoas, entidades lançaram nesta quinta-feira (14), uma campanha de solidariedade intitulada "Ajude o Haiti".

Pela manhã, foi criado o Comitê de Solidariedade ao Haiti, durante encontro que reuniu diversas entidades civis, militares e governamentais de Pernambuco na sede do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe).

A Prefeitura do Recife se colocou à disposição para contribuir com a campanha. A iniciativa conta com o apoio da Prefeitura por meio da Secretaria de Controle, Desenvolvimento Urbano e Obras (Codecir); Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Cidadã (SDHSC) e do Instituto de Assistência Social e Cidadania (Iasc).

O objetivo da ação é arrecadar, durante 15 dias, alimentos não-perecíveis, roupas e água mineral (garrafão de até 5 litros) para as vítimas do desastre.

A partir da tarde desta quinta-feira (14) começaram a funcionar os três primeiros pontos de coleta: Quartel do Derby, Praça Professor Fernando Figueira (antiga Praça Miguel de Cervantes), sede da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Pernambuco (OAB-PE) e sede do Instituto de Assistência Social e Cidadania (Iasc).

Na sexta-feira (15), às 14h, serão montadas pelo Exército Brasileiro barracas no Parque da Jaqueira e no Segundo Jardim, em Boa Viagem.

Para a secretária de Direitos Humanos, Amparo Araújo, a participação dos recifenses e pernambucanos é fundamental para ajudar a aliviar o sofrimento das vítimas.

"Essa campanha reaviva o sentido da solidariedade entre os povos. É importante que a cidade do Recife e o Estado se engaje nesse movimento, pois foram milhares de vidas perdidas. É importante lembrar que o Brasil está numa missão de paz no Haiti, onde muitos brasileiros morreram, inclusive pernambucanos", disse.

Segundo a presidente do Iasc, Tereza Jacinta, apoio às vítimas é uma questão humanitária e urgente.

"É uma situação de calamidade onde os povos devem ajudar. O Iasc está comovido e fazendo parte da campanha", afirmou. O Instituto disponibilizou sua sede, localizada na Rua Imperial, 203, no Bairro de São José, durante o funcionamento, que é das 8h às 17h.


Participam do Comitê de Solidariedade ao Haiti, além da PCR, a Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), a Polícia Militar de Pernambuco, o Exército Brasileiro, a Força Aérea Brasileira, a Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Pernambuco (OAB-PE), Arquidiocese de Olinda e Recife, Fundação Cáritas da Igreja Católica, o Conselho Federal de Medicina (CFM), o Cremepe, o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), a Fundação Alice Figueira de

Apoio ao IMIP, a Globo Nordeste, o Governo do Estado de Pernambuco, a Associação Pernambucana de Supermercados, Unimed Recife e Unicred Recife.

Confira abaixo os pontos de coleta:
- Quartel do Derby - 24h
- Praça Professor Fernando Figueira - Das 8h às 18h
- Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Pernambuco (Rua do Imperador Pedro II,
235, Santo Antônio) - Das 9h às 18h
- Instituto de Assistência Social e Cidadania - Iasc (Rua Imperia, 203, São José) -
Das 8h às 17h
- Igreja Matriz das paróquias - De acordo com o horário das Igrejas
- Parque da Jaqueira (a partir das 14h de amanhã) - Das 8h às 22h
- Segundo Jardim, em Boa Viagem (a partir das 14 de amanhã) - Das 8h às 22h.

Fábio Oliveira tem reunião com o Deputado Federal Raul Henry

{ Posted on 01:06 by Edmar Lyra Filho }

Início de ano é sinônimo de férias, mas também é tempo para traçar metas para 2010. Pensando assim, o pré-candidato a assembléia legislativa, Fábio Oliveira se reuniu com o Deputado Federal Raul Henry em seu escritório no Recife para começar o seu planejamento para as eleições de 2010. Na pauta, Fábio acertou visitas de Raul Henry e do Senador Jarbas Vasconcelos a Caruaru. O Deputado frisou que dará todo apoio necessário a Fábio e que o clima para 2010 será bastante positivo.

Para quem acha que Fábio Oliveira será ‘laranja’, ou servirá de “cauda” para alguém, está muito enganado. O PMDB adotou uma nova filosofia, não irá compor legenda com nenhum partido com o intuito de valorizar ainda mais seus candidatos. Em relação aos panfletos distribuídos e boatos que circulam na cidade, Fábio acha normal e respeita toda e qualquer movimentação referente à sua candidatura. “Não vamos admitir políticas pequenas, queremos agregar valores e estamos abertos para diálogos”, disse.

Confiança mútua

Tanto Fábio Oliveira quanto o deputado Raul Henry saíram das 2 horas de reunião satisfeitos e otimistas, uma vez que foram discutidas muitas idéias, estabelecendo-se entre os dois lados uma confiança mútua em relação a um grande futuro para Pernambuco. Ficou evidente o clima de certeza de que tudo dará certo no futuro.

Funcionária denuncia abuso na gestão Elias Gomes ao Blog do Magno.

{ Posted on 16:39 by Edmar Lyra Filho }
'Caro Magno Martins,
É notório as mudanças que vem acontecendo em Jaboatão dos Guararapes. O prefeito Elias Gomes realmente organizou a Prefeitura e a cidade, mas ele tem que cuidar melhor do atendimento ao publico. Posso citar, por exemplo, o comportamento da gerente da secretaria de gestão de pessoas, Givonete Lubarino, que não segue a mesma linha de administração do atual prefeito.

Elias Gomes atende bem as pessoas e cobra resultados, mas essa senhora maltrata os funcionários na frente de todo mundo. Além disso, não recebe, não atende as ligações e persegue os funcionários. As pessoas que trabalham na Secretaria são tratadas como escravos dessa mulher, que veio de Petrolina na cota de Fernando Bezerra Coelho. O prefeito Elias Gomes precisa urgentemente tomar as providencias, porque a gerente vem estragando o seu governo.

Acorda prefeito!!.

Um abraço,

Uma funcionária que não pode ser identificar para não ser perseguida.
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COMENTO: Posso confirmar o teor da denúncia porque senti na pele a incompetência da senhora Givonete Lubarino, uma pessoa totalmente despreparada, sem condição alguma de ocupar o cargo que ocupa na gestão do Prefeito Elias Gomes. Tenho um imóvel alugado ao município e só eu sei a dificuldade que passei na mão desta senhora. Minha sorte foi que encontrei Delzuita Viero que é uma pessoa extremamente competente que muito contribui com o Prefeito Elias Gomes.

Santinha! As mentiras de Dilma Rousseff

{ Posted on 16:27 by Edmar Lyra Filho }

Dilma disse que era mestre pela Unicamp no site da Casa Civil e na Plataforma Lattes: MENTIRA!

A VERDADE:
Dilma Rouseff não obteve o título de mestre, confirmou a Unicamp.

Dilma disse que era doutoranda pela Unicamp no site da Casa Civil e no Sistema Lattes : MENTIRA!

A VERDADE:
Dilma não é doutoranda, pois teve sua matrícula cancelada em 2000, por falta de inscrição, e acabou jubilada pela Unicamp.

Dilma disse na Plataforma Lattes que obteve o mestrado da Unicamp com uma dissertação sobre “Modelo Energético do Estado do Rio Grande do Sul”: MENTIRA!

A VERDADE:
Dilma não apresentou dissertação nem obteve mestrado na Unicamp.


Dilma disse que não concluiu o mestrado porque assumiu a Secretaria da Fazenda da Prefeitura de Porto Alegre: MENTIRA!

A VERDADE:
Dilma só assumiu o cargo de secretária da Fazenda em 1986, três anos depois de ter deixado o curso de mestrado, segundo informou oficialmente a Casa Civil.


Dilma disse que não sabia das informações mentirosas em seu currículo: MENTIRA!

A VERDADE:
Pelo menos em duas ocasiões, quando foi entrevistada pelo programa Roda-Viva, da TV Cultura, Dilma ouviu impassiva as mesmas mentiras sobre seu currículo acadêmico publicadas pelo site da Casa Civil e pela Plataforma Lattes.


Dilma disse que foi presa por crime de opinião: MENTIRA!

A VERDADE:
Como lembra o jornalista Elio Gaspari, “presos e condenados por crime de opinião foram o historiador Caio Prado Júnior e o deputado Chico Pinto, Dilma Rousseff militou em duas organizações que, programaticamente, defendiam a luta armada para instalar um Governo Popular Revolucionário (Colina, abril de 1968) ou um Governo Revolucionário dos Trabalhadores, expressão da Ditadura do Proletariado (VAR-Palmares, setembro de 1969).”


Dilma disse que não participou da luta armada, que não foi terrorista: MENTIRA!

A VERDADE:
O também ex-guerrilheiro Darcy Rodrigues testemunha que uma das funções de Dilma era indicar o tipo de armamento que deveria ser usado nas ações e informar onde poderia ser roubado. “Só em 1969 ela organizou três ações de roubo de armas em unidades do Exército, no Rio”.A própria Dilma que contou, em entrevista: “Eu e a Celeste [Maria Celeste Martins, hoje sua assessora] entramos com um balde; eu me lembro bem do balde porque tinha munição. As armas, nós enrolamos em um cobertor. Levamos tudo para a pensão e colocamos embaixo da cama. Era tanta coisa que a cama ficava alta. Era uma dificuldade para nós duas dormirmos ali. Muito desconfortável. Os fuzis automáticos leves, que tinham sobrado para nós, estavam todos lá. Tinha metralhadora, tinha bomba plástica. Contando isso hoje, parece que nem foi comigo”.

Dilma disse que não tinha feito um dossiê sobre gastos pessoais da dra. Ruth Cardoso e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: MENTIRA!

A VERDADE:
Dilma informou, em um jantar com trinta empresários, que o governo estava colecionando contas de FHC consideradas incriminatórias. O jantar ocorreu um mês antes da ministra tentar justificar como “banco de dados” o dossiê produzido pela Casa Civil.


Sobre o que mais mente Dilma Rousseff?

Lula recua e tenta conter crise

{ Posted on 19:36 by Edmar Lyra Filho }
Para atender a militares, presidente manda alterar expressão no decreto da Comissão da Verdade

De Gerson Camarotti em O Globo:

Para tentar encerrar a crise deflagrada no governo com o lançamento do novo Programa Nacional dos Direitos Humanos, que trata dos mais variados temas e defende aprovação de 27 novas leis, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve determinar uma alteração no texto do decreto que previa a criação da Comissão Nacional da Verdade para investigar atos cometidos durante a ditadura militar.

Atendendo a pedido do ministro da Defesa, Nelson Jobim, e dos comandantes militares, a frase que justificava a criação da comissão deve ser mudada. A versão original diz que a comissão vai apurar violações de direitos humanos "praticadas no contexto da repressão política". Na nova versão, entrará a expressão "praticadas no contexto de conflitos políticos".

No jargão das Forças Armadas, a mudança de expressão significa que a Comissão da Verdade investigará não só militares, mas também militantes da esquerda armada durante a ditadura. Antes de anunciar a decisão, Lula informou a auxiliares, na primeira reunião de coordenação política do ano, que conversará com os ministros Paulo Vannuchi (Secretaria de Direitos Humanos) e Jobim. A conversa deve ocorrer até amanhã. Lula deseja uma solução negociada, sem traumas. Segundo integrantes do governo, ele determinara a Vannuchi a substituição da expressão antes de ir a Copenhague, em dezembro.

Lula também ordenará mudanças no trecho sobre aborto. Não se falou na reunião, porém, em alteração de outros pontos polêmicos: a criação de um grupo para discutir com o Congresso iniciativas propondo a revogação de leis remanescentes da ditadura e que tenham sustentado violações — ponto interpretado pelos militares como brecha para rever a Lei da Anistia — e a mudança nos critérios de concessão de rádios e TVs.

Lula teria pedido a mudança do texto sobre a Comissão da Verdade durante uma escala de voo que fez em Natal, no dia 15 de dezembro, depois de ter sido alertado por Jobim. Lula acionou seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, para falar com Vannuchi, mas este alegou que o texto já estava na gráfica e não dava mais para fazer a alteração.

O episódio foi confirmado ao GLOBO pelo deputado Raul Jungmann (PPS-PE), que conversou com Vannuchi semana passada. Mas, apesar da alegação de Vannuchi, o governo ainda poderia ter mudado o decreto, que só foi editado em 21 de dezembro. O texto acabou sendo publicado sem alteração, e os comandantes das Forças Armadas reagiram com um pedido de demissão coletiva.

Jungmann: Eduardo apoiou João e estimulou Cadoca

{ Posted on 20:35 by Edmar Lyra Filho }

Por Arthur Cunha - Folha de Pernambuco

Um dos personagens da eleição municipal do Recife, em 2008, o deputado federal Raul Jungmann (PPS) revelou uma suposta articulação montada pelo governador Eduardo Campos (PSB) para enfraquecer politicamente o ex-prefeito João Paulo (PT). Segundo ele, Eduardo teria, nos bastidores, avalizado a campanha do deputado federal Carlos Eduardo Cadoca (PSC) como uma forma de desestabilizar o palanque do então candidato João da Costa (PT) - eleito com o apoio de João Paulo. O partido de Jungmann, o PPS, indicou o vice (Rossini Barreira) na chapa de Cadoca; enquanto o PSB, de Campos, cedeu o vice (Milton Coelho) à chapa petista. Nesta entrevista, o pós-comunista também revelou um suposto convite de Eduardo ao senador Sérgio Guerra para que o tucano fosse o “candidato da unidade” à PCR, em troca de um apoio “branco” à campanha de José Serra (PSDB) a presidente.

O senhor corrobora com as avaliações do prefeito Renildo Calheiros (PCdoB/ Olinda) e do secretário Humberto Costa (PT/Cidades), que acusaram o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) de fazer campanha agredindo os adversários?

Jarbas não era agressivo nem agredia quando foi um grande tribuno da resistência à Ditadura. Pelo contrário, era muito elogiado pela sua firmeza de subir na tribuna e correr o risco de quebrar a clandestinidade de alguém que estava sendo torturado, como, por exemplo, a avó dos meus filhos. Jarbas não mudou, esse é o estilo dele de fazer política. Evidentemente que isso, nos tempos de hoje, quando você tem o primado da comunicação e do marketing, pode até soar, digamos assim, uma oitava a mais. Num estilo até áspero. Por baixo dessa aspereza está uma sinceridade de posições, e, sobretudo, uma firmeza em termos de princípios. Jarbas é o que ele sempre foi: um político de combate, de uma maneira aberta, de uma maneira franca. Você pode gostar ou não.

O senador é capaz de vencer o governador Eduardo Campos?

Eu esperava que Eduardo assumisse e promovesse uma unidade, ou pelo menos uma elevação desse patamar em termos de disputa. Acho que não tem acontecido. Em 2008, o governador estava no palanque do candidato do PT, João da Costa, e ele (o governador) foi quem bancou e articulou a campanha de Cadoca. ‘Nunca antes na história deste Estado’ você teve um governador que, para fins externos estivesse num palanque (o de João da Costa), e para os seus fins próprios, do seu interesse político, articulasse, bancasse outro palanque.

O senhor está afirmando que o governador apoiou, nos bastidores, a campanha a prefeito de Cadoca, mesmo, oficialmente, estando o PSB coligado com o PT?

Digo isso como alguém que fez parte desse palanque, de Cadoca, e que também, juntamente com João Braga, tem o inteiro conhecimento que essa opção foi feita sim, pelo governador. Isso não é modernidade política. Isso, de forma nenhuma, agrega. Quando Cadoca cai nas pesquisas, o governador, literalmente, desconhece o projeto do qual ele participou politicamente. Eu abro os jornais e vejo ele inteiramente empenhado na vitória de quem ele, na verdade, tudo fez ao seu alcance para derrotar (João da Costa).

Por que, em sua opinião, o governador tomaria tal atitude?

Porque ele temia, à época, aquilo que eu, em entrevista à Folha, chamei da punhalada de João Paulo. Também se pode dizer que o governador apunhalou João Paulo. Este palanque que está aí - e João Paulo sabe disso - não é um palanque que tem uma liga forte. Digo mais: por dois motivos João Paulo não será o candidato a senador. Primeiro, ele seria, única e exclusivamente, para combater Jarbas na Região Metropolitana, não necessariamente para ganhar. Segundo lugar porque o grupo de Humberto Costa tem uma escolha que é o (deputado federal) Maurício Rands (PT). E por que essa escolha? Porque se João Paulo ganha essa eleição para o Senado, eles perdem toda a interlocução nacional e verão o desmantelar da sua tendência dentro do PT.

Nesse cenário, João Paulo concorreria à Câmara Federal ou daria uma “punhalada” em Eduardo disputando o Governo?

Não acho que João Paulo tenha mais condições a esse respeito. Hoje, a gente sabe que ‘João não é João’. Tá certo? João Paulo se colocou em uma situação muito singular de ser um vencedor que ganhou, mas não levou. Ele sofre limites, resistências por parte do governador. Ele claramente tem um processo de ruptura com o ‘João que não é João’. E que hoje se aproxima do grupo de Humberto Costa. Portanto, ele é aquilo que já era antes. João Paulo não consegue aglutinar. É o típico caudilho, digamos assim. Sem dúvida tem talento, sem dúvida tem votos, mas está sendo preterido por quem tem menos votos que ele.

A vaga de vice pode ir para o PT, em sua ótica?

Tenho um apreço pelo vice-governador (João Lyra Neto-PDT). É um homem sério, de boas intenções. Mas a gestão dele à frente da Saúde é um desastre. Ser você prestar atenção às manchetes de que você está tendo discriminação de idosos, discriminação de pessoas. Ora, que modernidade é essa que implanta em Pernambuco o apartheid da Saúde? Você tem um sistema do marketing, das inaugurações. Aqui você tem uma outra característica do governador: inaugurar o Hospital Miguel Arraes com apenas 30%, aquilo que os gregos chamam de hybris. O que é a hybris? Ela é exatamente o descomedimento, a pressa. É o orgulho excessivo ou a vaidade. E o governador é muito isso.

O senhor acha o governador vaidoso?

Ah, não tenha... Mas isso não é tão importante. O mais importante é a característica do descomedimento. (O ex-deputado) Byron Sarinho, meu melhor amigo, me dizia uma vez, vendo Eduardo secretário da Fazenda do governador Arraes e candidato a deputado federal... Ele dizia: ‘Raul, ele já tem votos para se eleger, mas o apetite dele, o descomedimento faz com ele multiplique’. Enfim, ele ocupa todos os espaços. É isso, por exemplo, que a gente interpreta quando vê um Eduardo com 72 horas, uma semana de governo, encher a cidade de outdoor. É essa pressa, é essa ansiedade que chamo de descomedimento ou a hybris, que faz com que o governador esteja em um palanque e, ao mesmo tempo, monte outro palanque à Prefeitura e depois deixe ao léu. Quero render aqui minha homenagem a Cadoca, que vem enfrentando vicissitudes. Havia um pacto de apoio de que o governador viria e tocaria isso. E todo Pernambuco sabe isso.

E por que o senhor não denunciou isso na época da campanha?

No PPS, tivemos a seguinte situação: eu retiro a candidatura porque não tinha condições, em termos de recursos. Aí uma ala do partido, Roberto Freire à frente, não queria a aliança com os Democratas porque achava que a aliança anterior (em 2006) tinha tido um custo muito alto para o partido, de resistências. De outra parte, tínhamos uma aliança com o PV, que tinha vindo conosco. Eu tinha tido problemas com o Raul (Henry/PMDB), já superados. O PV também tinha tido problemas com o Raul. Então, tinha uma resistência do PV. Se coloca a alternativa de Cadoca, que é um companheiro de grande trajetória etc... Nós negociamos um acordo com o governador. Aliás, o mesmo governador que encontrou-se com Sérgio Guerra antes desse processo todo para convidá-lo a ser o candidato da unidade a prefeito. O que foi recusado por Sérgio Guerra.

Eduardo convidou Guerra para ser candidato a prefeito? Essa é nova...

O mesmo governador que mandou vários recados sobre um apoio a Serra. E isso não foi Sérgio quem me disse... Eduardo poderia vir a apoiar ou ter uma atitude neutra em relação ao candidato do PSDB, José Serra (caso Guerra se lançasse no Recife).

O senhor afirmou que o governador reuniu-se com Sérgio Guerra para convidá-lo a ser candidato a prefeito do Recife em troca de um apoio ‘branco’ a José Serra...

Propor que ele fosse o candidato da unidade a prefeito do Recife.


O senhor estava nesse encontro?

Não, não. Eu soube por terceiros. O governador teve, até pelo momento histórico e pelas suas origens, a possibilidade de promover uma unidade política se não tivesse sido tão revanchista, se tivesse feito o reconhecimento dos avanços do Governo Jarbas. Não é que o Governo Eduardo seja mal. Acho que, inclusive, teve avanços. A questão é que o Governo Jarbas foi muito melhor e, sobretudo, é quem bota Pernambuco nos trilhos. Negar tudo isso não é, se me permite a frase, ‘politicamente correto’. Quando ele vai fazer esse convite a Sérgio, ele vai ainda imbuído desse espírito de unidade. Mas Sérgio, pelo que me disseram, e não foi Sérgio quem me disse, recusou porque já via e percebia o viés que teria daí para frente.

Então, a suposta candidatura de Sérgio Guerra seria o aval para um apoio branco do PSB a José Serra, no plano nacional?

Não sei dizer, exatamente, se foi trade off. Ou seja, ‘toma lá, da cá’. Mas a verdade é que isto chegou ao conhecimento do próprio José Serra. Depois, Serra se sentiu muito frustrado quando viu o governador incentivar a candidatura de Ciro Gomes, em São Paulo. Isso, inclusive, os afastou bastante. José Serra ficou magoado, tinha outra sinalização. Agora, vamos olhar para o futuro. Jarbas será candidato, não tenho a menor sombra de dúvida.

Qual a avaliação que o senhor faz das ações do Governo na área de Saúde?

Às vezes, vejo a intransigência dos médicos, inclusive, com aquele ato que teve o ano passado da renúncia. Aquilo me dói. Um médico abandonar o seu posto não vou negar para você que é uma coisa que me dói, porque sei das pessoas que estão sofrendo e necessitando de atendimento. Embora eu também reconheça as suas faltas de condições. Mas quando você vê um Hospital da Restauração, um Getúlio Vargas, um Agamenom e outros mais na situação que se encontram, dramáticas. Aqui tem uma faixa de gaza, se você é velho você não vem para cá, fica lá. A Saúde não mudou.

E quanto às ações em Segurança Pública?

Fui presidente da Comissão de Segurança (da Câmara) e jamais atuei com o viés oposicionista, por ser oposicionista. Tenho uma projeção nacional, mas tenho respeito por tudo que se busque construir nessa área que se envolve a vida. Acho que o governador tem avanços, que se fazem com base naquilo que o Governo Jarbas e equilibrou em termos de finanças. Ao mesmo tempo, não é um avanço sustentável quando você vê o Aníbal Bruno do jeito que está. O aparato policial está conseguindo levar muito mais gente para a cadeia. Mas o que está acontecendo na cadeia? Absolutamente superlotada.

E dá para a oposição vencer nesse cenário?

Em março, eu creio, Aécio assume a vice. Conversei com Roberto, com o presidente Fernando Henrique. Acho que será irresistível à pressão, por assim dizer, o chamamento a Aécio. Isso tem um reflexo extraordinário. A tentativa do governador em Vitória de Santo Antão, de colocar lados absolutamente opostos, José Aglailson, Elias Lira, resultou num desastre. Isso tende a se reproduzir e você pode ter certeza que na Região Metropolitana ainda não há uma consolidação do nome de Eduardo. Você tem outras regiões onde há um potencial de crescimento sem a menor sombra de dúvida. A oposição precisa de um novo caminho e precisa construir um discurso.

O senhor já tem a fórmula, então?

É preciso não replicar o comportamento que você tem no Governo Eduardo. Quando o bom Danilo Cabral (PSB/Secretário de Educação), que é uma pessoa com quem tenho boa relação, do alto de um salto 15, diz que derrotar Jarbas é sempre mais gostoso... Deixa eles ficarem com esse salto 15, deixa eles crerem que essa vitória será fácil, deixa eles desconhecerem o cenário que está se montando.

O PPS terá candidato ao Senado?

Espero que seja o ex-secretário de Saúde, Guilherme Robalinho. Não vamos subir em salto algum, vamos ficar de chinelo. Temos uma coesão que você não encontra do outro lado. Ah, não. Olha o que aconteceu com Inocêncio Oliveira. Foi o primeiro a chegar e veja o que aconteceu com ele. Divergência com o governador e, pelo que eu sei, o governador manda emissários à casa de Inocêncio com um texto para ele assinar. E Inocêncio, coerentemente com aquilo que ele é, com sua trajetória, não quis. Tem também a disputa de Fernando Bezerra Coelho, que não é uma coisa muito clara até hoje. Não fica evidente qual é o papel que ele tem nessa saída do João Paulo. Veja os conflitos do PTB, esse caso da Empetur, na área do Turismo. Temos é que ter sandálias da humildade.

Coluna João Alberto 11/01/10 Diário de Pernambuco

{ Posted on 00:36 by Edmar Lyra Filho }
Hoje, recebemos mais uma menção sobre os dois anos de blog, nosso querido amigo João Alberto colocou uma nota em sua coluna no Diário de Pernambuco, segue abaixo:

O blog de Edmar Lyra Filho, que aborda administração, economia e política, completa dois anos no ar. O endereço é: http://www.edmarlyra.com/.

http://www.diariodepernambuco.com.br/2010/01/11/viver5_0.asp

O golpismo petista no decreto dos Direitos Humanos.

{ Posted on 19:36 by Edmar Lyra Filho }
O Plano Nacional dos Direitos Humanos gerou uma polêmica sem tamanho. Se defendesse mesmo os Direitos Humanos tenho certeza que todos estariam a favor do PNDH, porém, não é bem essa a finalidade.

O primeiro ponto com viés golpista se dá na 'Comissão da Verdade', onde ele pretende apurar apenas os crimes cometidos pelos militares, principalmente os de tortura, mas esquecem de apurar também os crimes de terrorismo cometidos pelos militantes de esquerda.

Não pode existir dois pesos e duas medidas, a lei tem que ser igual para todos. Até porque todos nós sabemos que no regime militar não haviam vilões e mocinhos, como os esquerdistas tentam pregar. Se formos apurar os crimes cometidos pelos militares, também temos que apurar as diversas mortes ocorridas pelos 'revolucionários'.

Outro ponto passível de discussão é a questão da extinção da propriedade privada. Como podemos retroceder desta maneira? Acabar com a propriedade privada é um total desrespeito para com a democracia, e principalmente um atentado a livre iniciativa. Total retrocesso.

E a liberdade de imprensa? O PNDH é um atentado golpista a liberdade de imprensa. Total cerceamento a liberdade de imprensa e de expressão, o governo pautar o que ela vai escrever ou deixar de escrever, bem como imputar a pecha de 'antiumanista' naquele meio de comunicação que divulgar qualquer ação que possa ir de encontro ao que prega os Direitos Humanos.

O PNDH é uma afronta aos preceitos democráticos porque não defende o princípio da igualdade jurídica, serve apenas a determinados segmentos sociais. A sociedade, o congresso nacional e a imprensa não podem aceitar que essa ideia estapafúrdia siga adiante.

Defender Direitos Humanos não é isso, isso tem outro nome, se chama autoritarismo populista, ou melhor, golpismo petista. Se querem defender os Direitos Humanos procurem melhorar a péssima educação que temos no país, bem como viabilizar uma saúde pública de qualidade, dentre outras ações que de fato sejam inertentes a sociedade em geral e não a grupos privilegiados ligados ao PT.

Guerra nas páginas amarelas de Veja: "A esquerda somos nós"

{ Posted on 14:27 by Edmar Lyra Filho }
O senador pernambucano Sérgio Guerra, de 62 anos, prepara-se para a tarefa mais difícil de sua carreira: coordenar a campanha que pode reconduzir seu partido à Presidência da República. Ele já dá como certa a candidatura do governador de São Paulo, José Serra. Juntos, eles preparam a estratégia para enfrentar a ministra Dilma Rousseff, que representará o governo mais bem avaliado da história.

Será a segunda vez que Serra vai disputar a Presidência da República. Na primeira, em 2002, perdeu para Lula. Naquela ocasião, Serra era visto como o candidato de centro-direita, por representar o governo "neoliberal" de FHC. Lula era o homem da esquerda, que fazia oposição.

Oito anos depois, o redemoinho da política inverteu os papéis. O PT lançará a candidatura governista, defendendo a mesma política econômica de FHC, e o PSDB, agora na oposição, apostará numa posição mais à esquerda, como explica o senador nesta entrevista a VEJA.

O governador José Serra é o candidato do PSDB à Presidência da República?

Nós trabalhamos com esse cenário.

Com a desistência do governador de Minas, Aécio Neves, por que o PSDB não anuncia de uma vez a candidatura de Serra?

Serra tem compromissos com o estado de São Paulo. A população paulista espera que ele cumpra suas obrigações até o fim do mandato. Quando ainda existia a disputa entre Serra e Aécio, nós sentíamos que havia a necessidade de definir logo o nome. Como o governador de Minas Gerais desistiu, o anúncio se tornou irrelevante. Virá no momento apropriado. Isso não vai demorar.

Aécio já disse que não aceita ser vice na chapa tucana. Quem será?

A definição do vice se dará apenas depois do anúncio da candidatura Serra. O nome pode vir do PSDB ou do DEM, que é nosso grande parceiro. Há bons quadros nos dois partidos.

O governador de Minas parece bem descontente com o desfecho dessa disputa...

Tenho 100% de certeza que Aécio estará ao nosso lado durante a campanha. Desistir não foi uma decisão fácil para ele. A população de Minas esperava a candidatura dele a presidente. Não é fácil para Aécio administrar essa pressão. Mas cada coisa no seu tempo. Agora, ele poderá se dedicar à campanha dos nossos aliados no seu estado.

Sem Aécio na chapa, o PSDB não enfrentará ainda mais dificuldades na disputa com a candidata governista, Dilma Rousseff, que terá no seu palanque o presidente mais popular da história?

Temos um candidato fortíssimo, que não está à frente nas pesquisas por mera sorte. Serra é um político inteligente, preparado, que sabe governar e já mostrou isso. Tem história e compromisso com o país. O governo vai de Dilma, que não tem nada disso. Ela nunca foi candidata, não tem história, hospedou-se por algum tempo no PDT e agora foi para o PT. Dilma não tem o que dizer nem o que mostrar. Qual o currículo dela? Dilma é candidata porque o presidente assim quis. Mas essa história de Lula de saias não funciona.

Ela será a candidata de um governo que beira a unanimidade. O PT vai comparar os números do governo Lula com os do governo tucano.

Isso não vai colar. Eles querem impor essa campanha plebiscitária, uma pauta artificial, mas o eleitor não é bobo. Na hora da campanha, quem vai disputar a eleição serão Dilma e Serra, cada um com sua biografia. A não ser que a Lula se
esconda… (risos) Ato falho. Que a Dilma se esconda.

Como Serra poderá conquistar o eleitorado do Nordeste, que idolatra o presidente e foi largamente beneficiado por programas como o Bolsa Família?

Ninguém terá os votos que Lula tem no Nordeste. Nem Dilma. Fala-se muito em transferência de votos, mas isso acontece até certo ponto. Não acredito que haverá tanta transferência para Dilma. Tenho visto isso no interior do Nordeste: o povo não ama a ministra. Mas muita gente gosta do Serra. Não será como em 2006, quando os nordestinos votaram maciçamente em Lula. Naquele ano, só fizemos campanha em Sergipe. Nos outros estados, não havia organização. Aliás, eu não podia nem falar no nome de Alckmin (então candidato do PSDB). Só queriam saber do Lula. Agora é diferente. Estamos mais organizados, temos um candidato fortíssimo.

Caso Serra vença, haverá mudanças substanciais na política econômica?

Sem dúvida nenhuma. Iremos mexer na taxa de juros, no câmbio e nas metas de inflação. Essas variáveis continuarão a reger nossa economia, mas terão pesos diferentes. Nós não estamos de acordo com a taxa de juros que está aí, com o câmbio que está aí. Estamos criando empregos no exterior. Os últimos resultados da balança comercial são negativos. Precisamos estabelecer mecanismos para criar empregos no Brasil. Espero que a sociedade nos compreenda. Será necessário fazer um rigoroso ajuste das contas públicas. Hoje, o governo gasta muito – e mal. Os gastos cresceram além da capacidade fiscal do país.

E como transcorreriam essas mudanças?

Se ganharmos, agiremos rápida e objetivamente. A forma de fazer será discutida no momento adequado. Haverá um Ministério do Planejamento que realmente planeje, e não o desastre que está aí hoje. O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) não se realizou. Não há prioridades programáticas, só números inflados. Apenas os projetos eleitoreiros, os que têm padrinhos políticos, estão andando. As estradas estão esburacadas, os aeroportos estão na iminência de outro apagão, a infraestrutura de transportes, como os portos, foi entregue a políticos e a grupos de pressão. Isso é o PAC na realidade – e nós vamos acabar com ele.

Falando assim, até parece que o PSDB está à esquerda do PT...

Mas nós estamos à esquerda mesmo. Se ganharmos, vamos acelerar os investimentos na educação e na saúde. Manteremos o Bolsa Família, que é um mecanismo eficiente de erradicação da miséria e da fome. O PT não é de esquerda. Já foi; não é mais. O PT se transformou num partido populista. Antes, o PT tinha militância nas grandes cidades. Agora, tem cabos eleitorais nos grotões, pagos com dinheiro público, que escorre por meio de ONGs. Isso é esquerda? Não, é populismo.

A verdade é que o PT só gosta de democracia quando lhe convém. Na eleição passada, quando estávamos atrás nas pesquisas, o PT introduziu o crime na campanha, com o dossiê fajuto dos aloprados e aquela pilha de dinheiro que ninguém sabe de onde surgiu. Agora que estamos na frente, imagine o que eles vão fazer. Será uma campanha sangrenta. Eles vão fazer de tudo para impedir uma possível vitória nossa. O que está acontecendo atualmente são apenas ensaios.

Como assim?

Dilma e o PT estão fazendo campanha eleitoral sem a menor cerimônia. Isso é contra a lei. Estamos assistindo a um banho de propaganda, na linha "Pra frente, Brasil", do Médici (general Emílio Garrastazu, presidente entre 1969 e 1974, na ditadura militar). É uma estratégia bem articulada de propaganda, na qual as empresas públicas entraram fortemente. O incrível é que empresas privadas também participam disso. O filme sobre Lula (Lula, o Filho do Brasil, em cartaz) foi financiado assim. Isso é inconcebível numa democracia.

As empresas não são livres para apoiar o governo?

Apoiam para se aproximar do poder. Mas não é só isso. Em 2002, a máquina pública não foi usada na campanha de Serra a presidente. Agora, há comícios de Dilma e Lula toda semana. É um espanto. Eu vi isso no meu estado. No ano passado, Dilma passou dois dias visitando as obras de transposição do Rio São Francisco. Eu as visitei em duas horas. O que justifica ficar tanto tempo lá? É claro que se trata de campanha, e ainda por cima paga com dinheiro do contribuinte. Isso é reflexo do trato do PT com a coisa pública. Nenhum governo até hoje tinha sido capaz de aparelhar a máquina estatal de alto a baixo. Isso é péssimo para o país.

Por exemplo?

A Petrobras. É a maior empresa do país, um governo dentro do governo, e sempre foi poupada da sanha do fisiologismo. Era aceitável que se nomeassem diretores, mas a interferência parava por aí. No governo do PT, virou uma esculhambação. Puseram apaniguados em todos os setores e cargos.

Mas a Petrobras não está divulgando lucros recordes a cada trimestre?

Certamente seriam bem maiores, não fosse o loteamento. Essas nomeações causaram perda de eficiência e corrupção. No nosso governo, liquidaríamos essa prática. Seriam nomeados apenas técnicos que tivessem interesse no bem da Petrobras – e não no de um partido político. É preciso moralizar as ações políticas.

O PSDB vai mesmo usar esse discurso na campanha?

Os maus costumes já se estabeleceram como aceitáveis no mundo político.
Eu votei em Lula várias vezes, mas nesse quesito ele me decepcionou. Acho que Lula foi o último presidente a fazer política com as mãos sujas. O clima político está saturado. A convivência parlamentar não suportará mais uma legislatura com tantas crises. Atingimos o limite. Não há mais espaço para esse tipo de mentalidade que redundou no mensalão, na compra espúria do Parlamento. É a mesma mentalidade que troca votos no Congresso por cargos no governo, por emendas
parlamentares.

Essas práticas já eram empregadas antes do governo Lula.

Não estou dizendo que antes era o céu e que agora vivemos no inferno. Mas o PT levou ao limite essas atitudes corruptas. O mensalão não morreu. Ele sobrevive nessas práticas, no desrespeito às normas democráticas. Os mensalões têm se expandido pelo país, nas assembleias e nas câmaras municipais.

Qual a autoridade do PSDB para criticar os petistas, no momento em que o senador Eduardo Azeredo acaba de se tornar réu no Supremo Tribunal Federal, acusado de liderar o mensalão mineiro?

Eu não concordo que tenha havido mensalão em Minas. O senador Azeredo é um dos homens públicos mais íntegros do país. Temos certeza de que ele será inocentado no STF.

Por que o PSDB não consegue fazer oposição?

Tentamos fazer, mas é difícil. O Congresso está desmoralizado, e o exercício da oposição sempre se deu no Parlamento. Se o Parlamento não tem força, a oposição fica limitada. As comissões parlamentares de inquérito, que são o instrumento mais poderoso da minoria, foram exterminadas. O governo aprendeu a aniquilar CPIs.

O governo FHC também enterrava CPIs, como a da Corrupção, que foi barrada no fim da gestão tucana.

Cometemos nossos equívocos, mas o PT destruiu o Congresso. Crises como a do mensalão nascem no Executivo. Não há diálogo do governo com o Congresso. O PT montou tropas de choque, com parlamentares inexpressivos, que não se constrangem em defender o indefensável, atacam os outros sem pudor e agridem a imprensa. A gasolina dessa tropa é o dinheiro público. Foi o que se viu na CPI dos Cartões Corporativos e na CPI da Petrobras, que terminaram sem começar.

Como o PSDB poderia fazer diferente, se a qualidade do próximo Congresso provavelmente será a mesma?

Primeiro, não podemos partir do princípio de que o Parlamento não presta. É preciso respeitar todos os partidos e buscar diálogo com quem queira conversar. Vamos acabar com a linguagem dos cargos e das emendas. É claro que há elementos que não se dobram a argumentos republicanos. Com esses, não haverá conversa. Para isso, é preciso ter capacidade de liderança, o que Serra sempre demonstrou ter. Nosso candidato terá autoridade política e moral para conduzir esse processo de limpeza. Dilma, por outro lado, não poderá fazer isso. Ela é filha desse contexto ruim.
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