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Evidência escancarada do dossiê e enrolada do acórdão

{ Posted on 19:45 by Edmar Lyra Filho }


Coluna de Reinaldo Azevedo - VEJA

A ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, insiste numa farsa na qual apenas o subjornalismo de aluguel finge acreditar. Dilma vem de longe. Já pintou e bordou. Sabe que quem depende do governo pra viver faz-lhe as vontades. O diabo é que ninguém acredita. Vejam o que vai acima. Se preciso, clique na imagem para ampliá-la. Pois bem. Qual é a tecla em que insiste Dilma?

"Os dados referentes aos gastos estão sendo apenas digitalizados". É mesmo? A versão já está desmoralizada porque o dossiê que circula é um documento de 13 páginas que faz uma seleção dos tais dados. Mas isso ainda é o de menos. Vejam o que vai acima, estampado na página de VEJA da semana passada. Aponta-se a “REVERSÃO DO SALDO PARA CAMPANHA ELEITORAL, ASSINADO POR ESTER FREITAS GONÇALVES – ASSISTENTE DA DIVISÃO DE ORÇAMENTO”.

Simples digitalização? Quer dizer que, no documento oficial colhido pela equipe de Dilma, constava “A REVERSÃO DO SALDO PARA CAMPANHA ELEITORAL”? Isso estava no registro original ou foi ali acrescentado pela equipe que apenas "digita a base de dados”? A VEJA escreveu, então, na edição passada: “O documento sugere que houve promiscuidade entre o dinheiro público e a campanha eleitoral dos tucanos”.

Na Folha de hoje, a repórter Marta Salomon observa que, “numa das páginas, a coluna ‘observações’ do relatório anota o nome do funcionário que autorizava gastos no Palácio do Planalto em 1998, como uma possível sugestão a que fosse convocado a depor na CPI dos Cartões.”

Quer dizer que a “base de dados” de Dona Dilma — que, oficialmente, apenas traz documentos digitalizados — faz sugestões de convocação para a CPI e também promove acusações sobre promiscuidade eleitoral? Ela tem explicações para isso? Ela não tem. O Painel deste sábado, da Folha, lembrava que os dados estão fora de ordem cronológica, que Ruth Cardoso é apenas “Dona Ruth” e que uísque vira “uiscão”. É o rigor técnico da equipe da Mãe do PAC...

Bem, ninguém mais tem dúvida de que se trata mesmo de um dossiê, montado com o objetivo de intimidar a oposição, com o fito exclusivo de impedir, sabe-se lá por quê, a divulgação dos gastos do presidente Lula. E já se sabe mais: dossiê coordenado pela equipe de Dilma, com o pleno conhecimento dos ministros José Múcio (Articulação Institucional), Paulo Bernardo (Planejamento) e Franklin Martins (Comunicação Social). E, claro, com o pleno conhecimnto do pai de todos: Lula.

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