Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina

Ex-presidente da Empetur diz que os R$ 3 milhões da Mangueira foram pelo ralo da Sapucaí

{ Posted on 14:36 by Edmar Lyra Filho }

Por Allan Aguiar

Se o Setor Público fosse orientado para resultados, a exemplo do Setor Privado, o Conselho de Administração , examinando as decisões de investimentos tomadas ou influenciadas pelo Órgão do Turismo Municipal, já teria apontado a porta da rua para os Gestores que vem produzindo verdadeiros vexames para Recife, enquanto Destino Turístico.

Os números recetemente apresentados pela maior Operadora Brasileira de Turismo revelam o tamanho da fragilidade do atual esquema de trabalho vigente na milionária Secretaria do Turismo da Capital.

Frente a 2006, os resultados das vendas de pacotes turísticos no Brasil, para Recife em 2007, despencou impressionantes 17,53%.

O segundo pior resultado dentre todas as capitais nordestinas e uns dos piores dentre todos os Destinos turísticos brasileiros, inobstante ter sido aquela que mais "investiu" no segmento.

A vitória da incompetência pode ser traduzida em eVENTOs como o "Recife é Aqui", que muita dor de cabeça trará para algumas figuras da elite declinante encastelada em Governos Populares, e a patrocínios estapafúrdios como o direcionado ao Carnaval Carioca que vitimou a Mangueira, o Frevo, a imagem de Recife e quase sentencia a Estação Primeira a encarar a Segundona em 2009.

O orçamento mais mal alocado que se tem notícia no Marketing Turístico e que será lembrado como "case" de anti-marketing de Cidades as expensas dos cidadãos(ãs) residentes.

O famoso fogo-amigo digno dos trapalhões de outrora.

No desfile da Mangueira a única coisa que funcionou foi o sistema de drenagem da Sapucai, por cujos ralos desapareceram os R$ 3.000.000,00 do lânguido Tesouro Municipal.

Registro que o erro não reside no fato de incorporar atrações culturais de regiões do Brasil como tema central de enredos, mas sim os cofres públicos pagarem para isso sob a fantasia de up grade na visibilidade de Produtos ou Destinos Turísticos.

Se os resultados até aqui contabilizados pela Gestão Pública do Turismo Municipal fosse em qualquer outro Destino no Brasil, a Hotelaria já estava na quinta edição de abaixo-assinados requerendo a imediata substituição dos Trapalhões.

Resta entender o comportamento curioso, misericordioso, leniente, muito atípico de alguns poucos seres do "trade" Recifense que assiste ao naufrágio dessa linda Cidade que vem, paulatinamente, angariando a antipatia daqueles poucos turistas que testam o Produto.

Tomemos o exemplo do Galo da Madrugada que há trinta anos fecunda a imagem de Pernambuco, produzindo uma mídia espontânea que seria impagável caso cobrada.

Alguém saberia informar qual o efeito multiplicador de mais três milhões abastecendo a mangueira do Galo ou de outras Agremiações carnavalescas locais?

Mais uma vez, no quesito Promoção e Fixação de marcas, os Baianos já estão anos-luz à frente de nós. Conseguiram a auto-sustentabilidade econômica do Carnaval dos trios-elétricos, do Axé e do Olodum, exportando a parafernália do Chiclete e da Ivete para além- fronteira e além-mar, animando as Micaretas (carnaval baiano) em muitos municípios brasileiros.

Recifolia (extinto), CarNatal e Fortal, para citar alguns, nada mais são que a mais forte expressão da musicalidade (cultura) baiana, promovida fora da Bahia e paga por patrocinadores e brincantes consumidores de Abadás, jovens que cresceram correndo atrás do Trio Elétrico, não na Bahia, mas em suas próprias Cidades.

Os baianos transformaram Cultura em Produto comercializado no Brasil e no Mundo! A exportação, via Turismo, da produção cultural da Bahia auxiliando a balança comercial do Estado. A economia da Cultura é a melhor política de Cultura que um Governo pode formular e apoiar, considerando que ela é o caminho mais inteligente para geração de renda para os agentes econômicos produtores de Cultura.

Ouso propor outros Três Milhões para o nosso trintão GALO estruturar, inicialmente nas capitais nordestinas, a GALOMANIA, a Micareta do Galo, levando a música, a dança(frevo), os Bonecos Gigantes, o Bacalhau do Batata, os Papangus e todo mundo que sai na Rede Globo, de graça, durante o Carnaval.

Sobre carros-de-som faremos grandes apresentações para atrair turistas o ano todo para assistir, no espaço do GALO que vamos construir, as evoluções e fantasias de todo o Galinheiro e das demais importantes agremiações.

Incrementada a demanda turística (procura por Recife), estaria aberta a temporada de implantação, em Recife, de novas bandeiras hoteleiras, quem sabe internacionais, trazendo, além de empregos, a tão aguardada profissionalização das relações com o Governo.

O Oculto, que explica o atraso, seria atacado e derrotado! Isso requer muita vontade política e mentes arejadas.

Cabe comentar ainda a experiência do Ceará, que hoje conta com muito mais paulistas dançando Forró, inclusive no Ceará, e que este ritmo vem conquistanto a preferência de muita gente graças a multiplicação das Bandas de nomes estravagantes onde a galera só pensa no atual refrão beber, cair e levantar.

Não almejo mergulhar na polêmica da Cultura útil ou inútil. Estamos falando de despertar o interesse de Mercados emissores de turistas por determinado Destino.

Neste sentido, a alegria e a irreverência do Forró do Pirata, em Fortaleza, abasteceu a fama de segunda-feira mais animada do Brasil. Hoje não se sabe ao certo qual Estado tem a paternidade do Forró. Isto não é relevante! Está em todo Nordeste, espalhando-se pelo Brasil, assim como o Axé o fez.

Quando na EMPETUR, essa era uma linha de Promoção que estava amadurecendo e costurando, quando um certo Caranguejo Pernambucano agarrou minha perna e terminou caindo os dois.

Fonte: Blog de Jamildo

No Response to "Ex-presidente da Empetur diz que os R$ 3 milhões da Mangueira foram pelo ralo da Sapucaí"

Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina