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Eleições: os internautas farão a diferença

{ Posted on 13:24 by Edmar Lyra Filho }
Carlos Alberto Fernandes*

Nos Estados Unidos, eles estão descobrindo através do discurso emocional de Barak Obama que eles podem ser instrumento ativo da mudança - Change we can believe in! Graças às redes de relacionamentos da Internet eles estão ampliando o discurso de campanha e a arrecadação de recursos para o candidato Obama. Ao aceitar melhor a diversidade, estão provando graças a Internet que o mundo é menor e plano. É claro que estamos falando dos internautas americanos.

A despeito das diferenças econômicas e sócio-culturais, os internautas participam de um mundo acelerado e em constante mudança. Segundo Jeremy Rifkin, tal como os americanos, os internautas brasileiros tendem a considerar os shoppings centers como espaços públicos e irão comparar a soberania do consumidor com a democracia, sendo identificados, num futuro próximo, pelo seguinte perfil:

1. crescerão num mundo de emprego just-in-time e deverão se habituar a flexibilidade dos contratos temporários.
2. a tendência é que a vida deles seja bem mais instável e móvel e menos consolidada do que a de seus pais.
3. serão mais executores do que ideológicos e provavelmente pensarão mais em termos de imagens do que de palavras.
4. certamente, serão menos capazes de formar uma sentença escrita, mas serão mais competentes para processar dados eletrônicos.
5. tenderão a ser menos analíticos e mais emotivos e estarão muito mais preocupados em serem criativos do que produtivos.
6. fogem da política, são mais experimentais e gostam mais de inovações na medida em que experimentam novas formas de ser e de viver.
7. mesmo crescendo mo mundo dos hipertextos e dos links de Web sites eles têm uma percepção da realidade que é mais sistêmica e participativa do que linear e objetiva.

No Brasil, onde as contradições sociais, a cada dia, tornam-se mais gritantes, resultado de uma profunda desigualdade social, uma nova geração afluente, constituída por cerca de 15 milhões de internautas, já incorpora essas características. .

Nesse aspecto, vê-se como certa a perspectiva de esgotamento do modelo convencional de democracia, uma vez que a cultura e as experiências de vida se sobressaem como os novos desejos de consumo dos jovens, mesmo em condições extremas de “apartied” social, como se configura a realidade brasileira.

Nesse mundo novo, os costumes, as convenções e as tradições, já não são levadas em consideração porque já não há mais tempo disponível para o cultivo dessas vicissitudes. A realidade política do Brasil que joga por terra todos os sonhos idealizados pela sua democracia representativa será mais conhecida eletronicamente. Será amplificado que ela se reúne na sarjeta com todas as ignomínias realizadas em nome do pragmatismo de uma cultura política cínica, onde as palavras não têm nada a ver com as ações e os interesses pessoais reinam unânimes, contrapondo-se aos interesses maiores da sociedade.

Nesse contexto, a democracia é ficção política e mistificação social. Sustenta-se nas bases de um edifício filosófico virtual que a cada dia é implodido pela cultura e pelos costumes políticos. A história desse nosso poder republicano tem revelado que, alguns governantes, inebriados pelos fluidos palacianos e pelos espasmos confortantes dos áulicos, só vêm compreender essa virtualidade do poder, depois...

Aos jovens internautas, desejosos de reais mudanças, serão depositadas as esperanças de que nas próximas eleições, tal como vem ocorrendo nos Estados Unidos e em outras partes do mundo, que eles encontrem um candidato que os motivem e façam a diferença.

*Economista, professor da UFRPE

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