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Eleições nos EUA: comunidades e internet agitam campanha

{ Posted on 00:17 by Edmar Lyra Filho }

SÃO PAULO - Após um confiante John F. Kennedy ter derrotado um trêmulo Richard Nixon nos debates televisivos de 1960, nos Estados Unidos, foi decretado que a televisão seria o fator determinante nas eleições norte-americanas. Hoje, muitos afirmam que a internet é a mídia que revoluciona a política eleitoral e que poderá definir o resultado das próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos, em 2008.

Cada vez mais, a internet é o palco principal da disputa eleitoral nos Estados Unidos e todos os pré-candidatos usam a rede a seu favor, principalmente para conquistar os eleitores mais jovens. A colunista política Arianna Huffington, fundadora do conhecido blog The Huffington Post, afirma que “é muito claro que a campanha de 2008 será marcarda pelo que acontece on line. Novas tecnologias e novas mídias serão usadas como nunca foram antes”.

No entanto, foi na campanha de 2004 que a internet passou a ser usada com mais freqüência para fins eleitorais. O então pré-candidato democrata Howard Dean conseguiu arrecadar US$ 50 milhões para a campanha por meio de doações em seu site. O candidato John Kerry fez a mesma coisa e quase conseguiu igualar seus fundos de campanha com o do republicano George W. Bush, que acabou vencendo o pleito.

Comunidade em torno dos candidatos

Para a eleição de 2008, a internet não será usada apenas para arrecadar fundos ou enviar spam e propaganda via e-mail. A rede ficou mais “humana” e os pré-candidatos conseguem interagir melhor com seus possíveis eleitores, seja via blogs, vídeos no YouTube ou comunidades em redes sociais como o MySpace e o Facebook.

Mitt Romney foi o primeiro pré-candidato presidencial republicano a lançar um perfil no Facebook. A democrata Hillary Cliton lançou sua campanha por meio de um vídeo em seu site. O também democrata John Edwards criou uma loja no mundo virtual do Second Life para arrecadar verbas de campanha.

Analistas políticos norte-americanos passaram a usar o numero de seguidores dos pré-candidatos nas redes sociais para medir a popularidade dos políticos, principalmente entre os mais jovens. Neste quesito, Barack Obama vence disparado. Na segunda semana de dezembro, o democrata tinha 200.924 “amigos” no MySpace. Sua rival de partido, Hillary Clinton, tinha “apenas” 151.705.

Conteúdo gerado por usuários

Blogs, fotologs, vídeos no YouTube, podcasts e comentários em site. Tudo isso pode ser considerado “conteúdo gerado por usuários”. Esse tipo de conteúdo existe desde os primórdios da internet, ainda na década de 90. Mas foi nos últimos anos, com as ferramentas do que ficou conhecido como “web 2.0”, que os internautas passaram a ter mais facilidade para publicar e divulgar material próprio.

Um dos momentos mais emblemáticos do uso de conteúdo gerado por usuários aconteceu nas eleições legislativas norte-americanas em 2006. Quando o senador americano George Allen, republicano da Virgínia, viu novamente aquele jovem de origem indiana filmando seu comício, não resistiu: "Este 'macaca' [um termo pejorativo] trabalha para meu rival e filma tudo. Palmas para ele", debochou. Em poucas horas, o vídeo estava no site You Tube e a carreira de Allen e uma eleição quase ganha tinham ido para o ralo.

Dois anos depois, o uso do YouTube é muito maior, as câmeras filmadoras digitais se popularizaram e qualquer um pode publicar o que quiser. Agora, os cidadãos são capazes de produzir seus vídeos com impressões sobre determinado candidato. O que antes era uma eleição com propaganda de mão única, de cima para baixo, virou uma via de mão dupla. Os próprios eleitores passam a produzir conteúdo e fazer parte da campanha.

Uma campanha de sucesso gerada pelos próprios eleitores usava uma suposta fã do pré-candidato Barack Obama. Ela gravou um vídeo, publicado no YouTube, em que cantava uma música com elogios ao senador norte-americano. A resposta veio logo, com um vídeo de garotas que apoiavam o ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani.

A campanha viral, aquela que é espalhada rapidamente entre os usuários da internet, chegou ao ápice com o vídeo Obama Girl x Giuliani Girl. O vídeo, visto por mais de 1,5 milhão de pessoas, mostra as partidárias dos dois pré-candidatos "duelando" pelas ruas de NY.

Debate no YouTube

Em julho deste ano, os pré-candidatos democratas entraram para a história ao participarem do primeiro debate eleitoral com perguntas de usuários do YouTube. O evento contou com moderação do jornalista da CNN Anderson Cooper e os candidatos respondiam a questões feitas em vídeos amadores.

O articulista Caio Blinder, colunista do iG em Nova York, afirmou que “o debate foi uma boa amostra do potencial da internet no jogo político, mas os candidatos mostraram pouco. Com isto, as perguntas se revelaram mais memoráveis do que as respostas”.


Fonte: Último Segundo

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