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32 bilhões de reais levados no bico

{ Posted on 17:07 by Edmar Lyra Filho }
Por Márcio Accioly

Depois de ter sido criada há quase seis meses, a CPI das Ongs parece que irá, finalmente, sair do papel e se materializar. Mas sem nada que “coloque o governo na parede”, conforme acordo entre oposicionistas e governistas.

É impressionante o fato de qualquer investigação de roubalheira ter de passar por acordo dito de “cavalheiros”, entre governo e oposição, impedindo-se que se coloquem os pontos nos is.

Deve-se isso ao fato de se encontrarem rombos monumentais, tanto na gestão Dom Luiz Inácio (PT-SP), quando na do PSDB de FHC (1995-2003). O país, impotente e escandalizado, apenas testemunha a sanha predatória dos saqueadores.

Na Antártida, onde dispõe da incomparável vantagem de poder consumir uísque sem necessidade de gelo, o presidente da República afirmou ser “o cartão corporativo a coisa mais decente que foi criada no governo passado”.

Ora, se o cartão corporativo é a mais decente herança da gestão tucana, imagine-se o resto! Explica-se o porquê de se fazer acordo todas as vezes que a necessidade de apuração de bandalheira na “administração” petista se impõe.

Essa CPI das ONGS desmonta de vez o Estado brasileiro. Expõe a putrefação do sistema. No que existe de mais cruel em sua capacidade de arrecadar tributos mais e mais extorsivos, sem corresponder a serviços que deveria prestar. Veja-se o caso da Saúde, Segurança, Educação e o que se pretenda.

Para se ter idéia do tipo de sangria efetuado pelas Ongs nos cofres nacionais, basta lembrar que, nos últimos oito anos, elas levaram R$ 32 bilhões (trinta e dois bilhões de reais).

Depois da porta arrombada, fica mais fácil cuidar da fechadura. O Incra, por exemplo, tem um convênio de R$ 7 milhões com uma ONG de Goiás, o Ifas (Instituto Nacional de Formação e Assessoria Sindical).

Na lista de fundadores do Ifas, encontra-se o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Ele declarou, certa vez, que o caso do mensalão vai terminar em piada de rodas de bate-papo no futuro.

Pois bem: na segunda feira (18), por meio de sua assessoria, o Incra revelou que colocou uma tranca na porta, ao “suspender o pagamento dos repasses ao Ifas”. Não sem antes deixar passar R$ 4,6 milhões (quatro milhões e seiscentos mil reais) por escancarada avenida.

O desvio de recursos financeiros públicos pelas Ongs alcança proporções de causar arrepios. Espalha-se pelos Estados e ninguém sabe ao certo seus limites (se é que existem).

Em São Paulo, cujo governador, José Serra (PSDB), pretende ser candidato presidencial em 2010, descobriu-se agora que “as emendas dos deputados estaduais ao Orçamento são a grande fonte de receitas das organizações não-governamentais e demais entidades”. Os valores somados alcançam o número de R$ 80 milhões!

Quando se denunciou a questão dos cartões corporativos, no plano federal, descobriu-se que, em São Paulo, foram torrados mais de R$ 108 milhões, com cartões semelhantes, no ano passado. Daí, a necessidade de se fazerem conchavos a cada anunciada apuração de malfeitos.

Dom Luiz Inácio determinou a retirada dos gastos do portal da transparência e alegou questões de segurança nacional. E enquanto se conversa e se processam arranjos, a população continua a pagar imposto e a se espantar com o desregramento moral.

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