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Mendonça lucra com eterna divisão do PT

{ Posted on 13:22 by Edmar Lyra Filho }
As eleições municipais no Recife serão marcadas pela falta de unidade, tanto por parte do grupo de sustentação do atual prefeito João Paulo (PT) quanto da oposição. Diante do quadro de fragmentação das forças partidárias da cidade, a grande disputa promete se dar em torno de uma cobiçada vaga no provável segundo turno.

Por enquanto, é o ex-governador José Mendonça Filho (DEM) que sai na frente, liderando com cerca de 30% das intenções de voto em todas as sondagens realizadas por institutos de pesquisa até o momento. Mendonça era o vice do ex-governador do estado e hoje senador, Jarbas Vasconcelos (PMDB). Em 2006, ganhou o cargo quando Jarbas decidiu se candidatar ao Senado e precisou se afastar. Concorreu naquele ano ao governo estadual, mas foi derrotado no segundo turno por Eduardo Campos (PSB).

Apesar do histórico de aliança, Jarbas, importante cabo eleitoral em Recife, apoia a candidatura do deputado federal Raul Henry (PMDB). Henry, além da vantagem óbvia de ser cria do partido, também havia sido secretário estadual durante a gestão de Jarbas. Aparece com 7% das intenções de voto. Mas conta com o apoio do PSDB, o que deve lhe dar generoso espaço de propaganda eleitoral. Completa ainda o quadro de candidatos próximos a Jarbas o também deputado Raul Jungmann (PPS). O presidente do partido de Jungmann, o ex-deputado Roberto Freire, é suplente de Jarbas no Senado.

Prestígio político

Mas não é só o apoio do senador pemedebista que poderá ser fundamental para alcançar o segundo turno. O grupo que hoje comanda a prefeitura de Recife também possui trunfos poderosos para apresentar. O prefeito João Paulo, o governador Eduardo Campos e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva gozam de enorme prestígio político.

Tudo indica que a base terá dois candidatos: João da Costa (PT), secretário de Planejamento Participativo municipal é um deles. O outro deve ser o atual vice-prefeito de Recife, Luciano Siqueira (PCdoB).

Nenhum dos dois é o candidato dos sonhos do conjunto da atual base. A forma pela qual o nome de Costa foi imposto pelo atual prefeito João Paulo desagradou algumas lideranças de partidos que hoje compõem a administração do atual prefeito. Já Luciano Siqueira não desperta simpatia entre aqueles que enxergam que sua candidatura não é competitiva e que serve somente para rachar o grupo governista.

Siqueira oscila ao redor de 3% das intenções de voto. João da Costa chega aos 10%. E já angariou o apoio de PDT, PTB e PSB. Siqueira corre o risco de entrar no primeiro turno isolado e com escasso tempo de televisão para construir sua candidatura.

A pressão por parte do PT para que o vice-prefeito desista da iniciativa é grande, mas até o momento os partidários de Siqueira não demonstraram disposição nenhuma para fazê-lo. Pelo contrário, afirmam constantemente que não abrirão mão da candidatura própria.

Numa linha mais independente, aparece ainda o deputado federal Carlos Cadoca (PSC). Candidato ligado à juventude, Cadoca também já comandou secretaria estadual durante o governo de Jarbas Vasconcelos. Concorreu contra o atual prefeito nas eleições de 2004 representando o grupo de Jarbas. Mas rompeu com o senador porque não queria seguir a linha de oposição ao governo Lula.

O deputado federal aparece bem cotado nas sondagens até o momento, com pouco mais de 20% das intenções de voto. Contudo, caso não consiga ultrapassar Mendonça Filho e seja varrido por João da Costa e seus puxadores de voto poderosos, exercerá importante papel ao decidir sobre quem apoiar no segundo turno. Como a briga com Jarbas foi feia, a tendência é de que Cadoca se junte ao grupo petista. (Jornal do Brasil)

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