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Com medo de desastre, governo prorroga redução de IPI para carros por mais três meses

{ Posted on 15:23 by Edmar Lyra Filho }
Na Reuters

O governo anunciou nesta segunda-feira a prorrogação por três meses da redução do IPI sobre veículos e caminhões, após avaliação de que a medida foi bastante positiva para a atividade do setor. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que o corte inclui agora um acordo para a manutenção do emprego no setor.

"Esta medida foi muito bem-sucedida, porque houve uma recuperação rápida da atividade... a indústria automotiva é importante para o país porque é uma cadeia produtora que chega a representar 23 por cento do PIB industrial", disse Mantega.

"Vamos anunciar a prorrogação para veículos e caminhões, igual ao (anúncio) de dezembro. A novidade é que vamos agora celebrar um acordo de não demissão", afirmou Mantega.

Segundo o ministro, "daqui a três meses a economia já vai ter se recuperado e o emprego terá sido retomado".

Presente ao anúncio das medidas de incentivo à economia, o vice-presidente da General Motors no Brasil, José Carlos Pinheiro Neto, disse que a manutenção do corte do IPI "é o preço do acordo". Ele acrescentou que houve muita negociação e que o entendimento só foi fechado na tarde da última sexta-feira.

O IPI para automóveis de passeio 1.0 está zerado, tanto para modelos a gasolina quanto a álcool ou flex. De 1.0 a 2.0 o IPI é de 6,5 por cento para carros a gasolina e de 5,5 por cento para carros a álcool ou flex. O IPI para automóveis acima de 2.0 é de 25 por cento para modelos a gasolina e de 18 por cento para modelos a álcool e flex.

Para caminhões, o IPI está zerado e para caminhonetes é de 1 por cento.

A redução do IPI para os veículos foi anunciada pela primeira vez em meados de dezembro, depois que a indústria sofreu drástica queda na demanda provocada pelo congelamento do crédito aos consumidores. O anúncio foi feito dentro de um pacote de cortes de impostos de 8,4 bilhões de reais para pessoas físicas e o setor automotivo.

Na ocasião, o IPI foi zerado para carros populares e reduzido em 50 por cento sobre automóveis com motor até 2.0. Houve também redução para picapes.

Desde o anúncio de dezembro, o setor tem avançado na comparação mensal, depois de ter chegado a acumular em novembro estoques de mais de 300 mil veículos novos não vendidos, equivalente a quase dois meses de vendas. Os estoques elevados, mais a demanda fraca, fizeram as montadoras do país promoverem uma série de paradas na produção entre o fim de 2008 e início deste ano via concessão de vários períodos de férias coletivas, redução de turnos e demissões.

Em fevereiro --mês mais recente de dados reunidos pela associação que representa as montadoras instaladas no país, Anfavea, as vendas subiram pelo segundo mês consecutivo e a produção pelo terceiro mês em sequência, com a Anfavea atraindo à performance à redução do imposto e ligeira melhora no crédito ao consumidor.

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