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Entrevista de Mendonça Filho ao Blog da Folha

{ Posted on 01:57 by Edmar Lyra Filho }
Na penúltima entrevista com os pré-candidatos à Prefeitura do Recife realizada pelo Blog da Folha, o ex-governador e presidente do Democratas, Mendonça Filho (DEM), prometeu manter o pacto de não-agressão com os partidos de oposição durante a campanha eleitoral.

"O nosso adversário é a administração petista. Mesmo que cada um trabalhe para conseguir ir para o segundo turno, isso não pode atrapalhar o nosso foco principal", garantiu.

O ex-governador disse ainda que não acredita que a popularidade do presidente não irá alterar a popularidade no Recife.

"Sabemos que Lula tem uma grande aprovação da população e particularmente em Pernambuco. Mas o debate desta eleição será pautado pelo comprometido com os problemas do Recife, com a gestão da cidade", afirmou.

Mendonça disparou ainda ataques contra a gestão do prefeito João Paulo. Segundo ele, faltou foco na educação municipal.

"Um dos principais problemas do Recife é a educação e isso já foi atestado pelo MEC e pelos resultados do Prova Brasil, que colocou o Recife em ultimo lugar entre as capitais do País na educação básica", disparou.

O ex-governador também apontou algumas das suas prioridades no programa de governo.

"A Saúde no Recife é precária e em algumas áreas ela chega a ser crítica. A população sofre com a falta de remédios e até de especialistas de algumas áreas. Além do problema do funcionamento do sistema laboratorial. Tem gente que passa três meses para receber um exame", destacou.

O que o senhor considera o principal defeito da administração petista e o que senhor pretende fazer para resolver o problema?

Um dos principais problemas do Recife é a educação e isso já foi atestado pelo MEC e pelos resultados do Prova Brasil, que colocou o Recife em ultimo lugar entre as capitais do País na educação básica.

E além do problema da educação, os jovens não são atendidos também em outras áreas. Falta lazer, cultura, espaço para a prática de esportes. O que se vê é um grande descaso com a infância e a juventude.

Outro problema é a questão da saúde, onde basta falar com um cidadão do Recife, em qualquer localidade pobre da cidade, para ouvir queixas da deficiência no atendimento prestado à população pela Prefeitura do Recife.

E como o senhor pretende resolver essa questão?

A educação precisa de uma mudança radical. E para começar o que se tem que fazer é cumprir o que é obrigatório. A prefeitura não vem destinando os 25% para a Educação e isso já foi até detectado pelo TCE. Nós vamos investir na Educação desde a primeira infância, ampliando e melhorando o acesso a creches e pré-escola, e revolucionando o ensino fundamental com a escola em tempo integral.

No ensino fundamental vamos trabalhar com duas diretrizes a correção de fluxo e a alfabetização visando à qualidade do ensino. Vamos fazer parcerias como as que fizemos no Governo do Estado com o Instituto Airton Senna, desenvolvendo os projetos Se Liga e Acelera. Projetos feitos em parceria e que alcançaram resultados excelentes e o reconhecimento nacional.

No plano municipal, temos de investir na alfabetização. Uma criança que não se alfabetiza direito terá sua vida escolar toda comprometida. Queremos dar uma educação de boa qualidade ao recifense.

O senhor falou da educação, mas quais serão as outras prioridades do seu
programa de governo?


Acho que cuidar do jovem é fundamental. Além da escola, é necessário dá opções de lazer, educação esportiva. Os espaços que existem para isso no Recife estão abandonados. Então, é preciso reativar estes espaços e construir novos.

É lamentável ver espaços como os dos centros sociais urbanos totalmente desprezados. O descaso da Prefeitura do Recife com os CSUs priva a população de espaços de lazer e atividade esportiva.

Também vamos oferecer educação profissional em parceria com o Governo do Estado e o Governo Federal. Queremos dar atenção especial para os jovens que vivem em áreas de risco, violentas.

Nós tivemos uma experiência muito positiva neste sentido quando fui governador com o projeto Estação Futuro, que acolhia esses jovens tirando-os da rua e oferecendo educação, lazer, profissionalização e uma bolsa para ajudá-los a se manter.

Um outro compromisso nosso é melhorar os projetos sociais, como o Bolsa Família, que deve ser ampliado, o Pró-Jovem e o Agente Jovem. A gente também tem outras prioridades.

A Saúde no Recife é precária e em algumas áreas ela chega a ser crítica. A população sofre com a falta de remédios e até de especialistas de algumas áreas. Além do problema do funcionamento do sistema laboratorial. Tem gente que passa três meses para receber um exame.

Outro ponto é a mobilidade. A gente tem que cuidar do transporte dentro da cidade, desde o transporte dos pedestres até o transporte viário. Vamos cuidar das calçadas, padronizá-las, melhorar o serviço de transporte público e fazer investimento em obras em várias áreas do Recife do Recife como a continuação da Beira Rio até a integração entre a Zona Sul e a Zona Norte, através da Linha Verde.

Outras duas áreas também são prioritárias, como a Urbanização de Favelas, melhorando a qualidade de vida das pessoas que vivem em situação de extrema pobreza.

Um Recife melhor, com qualidade de vida e com menos violência, passa por cuidar dessas áreas fazendo obras de calçamento, drenagem e, neste contexto, vamos investir nas Zeis (Zonas de Interesse Social). Elas são 66 no Recife e tiveram poucos investimentos da PCR, apesar do slogan dizer que a atual gestão cuida das pessoas. As áreas carentes merecem mais atenção e mais investimento e esse é um compromisso que assumo com o Recife.

Esta eleição terá um grande número de postulantes disputando o Executivo municipal. Como o senhor avalia o cenário da disputa eleitoral deste ano?

A amplitude de candidaturas de governo e de oposição é boa para o debate a favor da cidade. Acho, sinceramente, que a população com isso vai acabar valorizando quem terá ousadia para enfrentar os problemas da cidade e as melhores propostas.

Esta semana as pesquisas mostraram novamente a boa avaliação do presidente Lula. O senhor acha que o apoio dele pode influenciar na disputa eleitoral?

Sabemos que Lula tem uma grande aprovação da população e particularmente em Pernambuco. Mas o debate desta eleição será pautado pelo comprometido com os problemas do Recife, com a gestão da cidade.

O debate sobre a nossa cidade não pode ser construído de fora para dentro, a partir da realidade estadual ou nacional. O povo do Recife sabe que é preciso resolver a questão do abandono do Centro do Recife, da Avenida Guararapes, do Camelódromo, do Bairro do Recife, da urbanização de favelas, da contenção de morros, da educação de qualidade para o seu filho, do atendimento médico próximo de casa.

Temos que recuperar o Recife Antigo, que favorece as atividades turísticas e que não foi valorizado e nem cuidado na atual gestão. Vou discutir com o povo do Recife as questões que interessam a ele no seu dia-a-dia. O recifense sabe que tenho disposição de trabalho e sei fazer parceria, tanto que já fiz como governador com o presidente Lula e com o prefeito do Recife, João Paulo.

E como anda a sua agenda de pré-campanha?

Tenho me reunido com grupos nos mais diversos bairros, conversando com os técnicos e discutindo projetos para o Recife. Temos que ter um diagnóstico das mais diversas áreas da cidade. Estou vivendo o Recife intensamente, conversando com o comerciante, com o comerciário, com a mãe de família, com o camelô, com o taxista. Creio que só assim terei condições de apresentar propostas sintonizadas com o desejo do recifense.

O que o senhor acha da proposta do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) de um pacto de não-agressão entre as oposições?

Eu conversei como senador Jarbas e a conversa foi exatamente neste sentido. Ou seja, o nosso adversário é a administração petista. Mesmo que cada um trabalhe para conseguir ir para o segundo turno, isso não pode atrapalhar o nosso foco principal. E eu concordo com ele. A lógica é de preservar a harmonia política para conseguir um apoio no segundo turno. O nosso adversário está no outro campo de força política.

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