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Artigo: Integração Cidade-Metrô

{ Posted on 23:04 by Edmar Lyra Filho }
Por Mendonça Filho

Em meados dos anos setenta a FIDEM elaborou o Plano de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana do Recife, onde se configurava uma proposta de quatro nucleações urbanas: ao Norte (Paulista, Abreu e Lima, Igarassu e Itapissuma), ao Sul (Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão e o Complexo de Suape), a Oeste (Camaragibe, São Lourenço e Moreno); e ao Centro (Recife, Olinda e parte de Jaboatão dos Guararapes).

Junto com o Plano de Desenvolvimento foram elaborados planos setoriais, destacando-se o de Transportes que continha intervenções como a II Perimetral e o Eixo de Integração Norte (BR-101 – Paulista / Igarassu). Foi neste contexto que o Metrô do Recife foi concebido, com a participação do Governo Federal através do GEIPOT e da EBTU, (hoje extintos).

Assim, em 1983 foram iniciadas as obras da Linha Centro, e inaugurados os primeiros 7 km – Recife / Areias, pelo então Governador Roberto Magalhães em 1985.

Entretanto, o Metrô do Recife, implantado a mais de duas décadas, continua dissociado da cidade, isolado dentro de seus muros de concreto e tendo estações de embarque e desembarque ilhadas – não incorporadas à malha urbana. Esta é uma das razões da subutilização de um transporte de massa eficiente e seguro. Por outro lado, a baixa densidade construtiva e populacional da região por onde passa é outro fator que mantém a ociosidade do equipamento, juntamente com a concorrência do sistema ônibus.

A proposta de integração da cidade ao Metrô responde a estas duas constatações, ao tempo em que oferece oportunidades para uma nova dinâmica urbana no sentido oeste do Recife. A proposta contempla duas intervenções:

- criação de uma nova fronteira de expansão urbana para habitação ao longo da linha centro do Metrô (10 km – Recife a Coqueiral), tendo como fator de indução a realização de operações urbanas, incentivos fiscais e agilização da aprovação de projetos para empreendimentos habitacionais;

- renovação do entorno das 10 estações (Recife, Joana Bezerra, Afogados, Ipiranga, Mangueira, Santa Luzia, Werneck, Barro, Tejipió, Coqueiral), através da oferta de espaços públicos de qualidade, praças de recepção, da articulação com o sistema viário principal e do incentivo ao comércio e serviços. A Prefeitura desenvolverá projetos de operações urbanas consorciadas a serem executadas em todas as estações da Linha Centro.

Acredito que assim é possível iniciar um processo de integração da cidade ao Metrô promovendo a ocupação de vazios urbanos, a oferta de moradias, a geração de emprego e renda, e ainda, criar um fato econômico capaz de alterar as tendências de estagnação da região, incorporando-a ao desenvolvimento do Recife.

Estas intervenções estão em sintonia com o que pensa e dizem as pessoas da região, incomodadas pelo abandono em que se encontram os entornos das estações: em sintonia também como o mercado imobiliário que já começa a se expandir para oeste, com exemplos de empreendimentos em San Martim e no Barro.

Portanto, há que se mudar a ocupação da região servida pelo metrô, oferecendo condições de acessibilidade, de infra-estrutura, de espaços públicos de qualidade, atraindo investimentos privados para dinamizar a zona oeste da cidade, promovendo por conseqüência uma planejada desconcentração do tecido urbano em favor de uma melhor qualidade de vida para os recifenses.

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