Juro bancário é o mais alto desde março de 2006
{ Posted on 19:52
by Edmar Lyra Filho
}
Por Fabio Graner, no Estadão:
Apesar do discurso do governo de que o crédito estaria se normalizando em novembro, os dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC) mostraram piora, especialmente para as famílias. Os juros médios subiram, os prazos foram encurtados, a inadimplência das pessoas físicas aumentou e o crescimento do estoque total no mês, que atingiu 40,3% do Produto Interno Bruto (PIB), foi mais lento do que em outubro e sustentado graças aos bancos públicos.
Os números mostram que a taxa média de juros subiu 1,2 ponto porcentual, atingindo 44,1% ao ano em novembro. Nos financiamentos para as pessoas físicas, a taxa média subiu de 54,9% para 58,7% anuais, nível mais alto desde março de 2006. Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir, essa alta reflete o medo dos bancos em emprestar.
Para pessoa jurídica, os juros até caíram (0,2 ponto porcentual), para 31,2% ao ano. Mas poderiam ter recuado mais se os bancos não tivessem embolsado parte da queda do custo de captação e elevado o spread - diferença entre taxa de captação paga pelo banco e o juros cobrado do cliente - para o nível mais alto desde julho de 1994: 18,3 pontos porcentuais.
Os dados preliminares do BC para dezembro não mostram melhora. A taxa média de juros até o dia 11 deste mês seguia em 44,1% ao ano e para pessoa física subiu mais 0,8 ponto porcentual, para 59,4% anuais.
Além de pagar juros mais altos, os bancos estão emprestando por prazos menores, especialmente para pessoa física, em que o prazo recuou de 490 para 482 dias. Segundo Altamir, um reflexo do sofrível desempenho do crédito automotivo, que caiu 10,6% na média diária de novos empréstimos com a redução de 25% nas vendas.
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