Por quê o preço da gasolina não cai na bomba
{ Posted on 14:45
by Edmar Lyra Filho
}
Se você é como eu e toda semana deixa uma parcela razoável dos seus proventos em algum posto de gasolina, deve estar se perguntando por que o preço do danado ouro negro não cai para o consumidor se o noticiário anuncia quase que cotidianamente a queda nas cotações internacionais dessa commodity.
Esta semana o preço do barril de petróleo bateu os US$ 40 nos pregões mundo a fora. Em junho do ano passado, esse mesmo barril custava U$ 140. Tamanha queda - fruto do freio no consumo provocado pela crise econômica mundial - deveria representar uma baixa significativa no preço final, certo?
Errado. O preço na bomba nem se mexeu. Aqui no Recife, por exemplo, o cartel dos postos fixou o litro em R$ 2,59 há um tempão.
O resultado é que o litro da gasolina brasileira (note-se que produzimos 90% do que consumimos) é 33% mais cara que o mesmo litro de gasolina nos EUA, por exemplo. O caso do óleo diesel chega a ser pior: 68% mais caro para nós.
As más línguas dizem que a monopolista estatal Petrobras não baixa o preço do combustível porque estaria compensando as “perdas” que teve ao segurar a tabela ano passado, vésperas das eleições municipais. E que o Governo Lula não quer que o preço baixe tão radicalmente agora para não impactar em perda de arrecadação.
Isso mesmo, amig@s, combustível é um dos pilares arrecadatórios da República - junto com telefonia e energia elétrica.
Lembro que quando fui a Buenos Aires, em julho de 2005, passei na frente de um posto BR (isso mesmo, a distribuidora da Petrobras) e a placa indicava a gasolina a 1,56 pesos - praticamente a mesma coisa em reais pelo câmbio da época. Aqui, no Brasil, a litro custava 2,09 reais.
Por quê?
Veja o quadro abaixo. Os preços são do ano passado, referentes a São Paulo, mas a participação relativa dos agentes econômicos não se alterou desde então:
Esta semana o preço do barril de petróleo bateu os US$ 40 nos pregões mundo a fora. Em junho do ano passado, esse mesmo barril custava U$ 140. Tamanha queda - fruto do freio no consumo provocado pela crise econômica mundial - deveria representar uma baixa significativa no preço final, certo?
Errado. O preço na bomba nem se mexeu. Aqui no Recife, por exemplo, o cartel dos postos fixou o litro em R$ 2,59 há um tempão.
O resultado é que o litro da gasolina brasileira (note-se que produzimos 90% do que consumimos) é 33% mais cara que o mesmo litro de gasolina nos EUA, por exemplo. O caso do óleo diesel chega a ser pior: 68% mais caro para nós.
As más línguas dizem que a monopolista estatal Petrobras não baixa o preço do combustível porque estaria compensando as “perdas” que teve ao segurar a tabela ano passado, vésperas das eleições municipais. E que o Governo Lula não quer que o preço baixe tão radicalmente agora para não impactar em perda de arrecadação.
Isso mesmo, amig@s, combustível é um dos pilares arrecadatórios da República - junto com telefonia e energia elétrica.
Lembro que quando fui a Buenos Aires, em julho de 2005, passei na frente de um posto BR (isso mesmo, a distribuidora da Petrobras) e a placa indicava a gasolina a 1,56 pesos - praticamente a mesma coisa em reais pelo câmbio da época. Aqui, no Brasil, a litro custava 2,09 reais.
Por quê?
Veja o quadro abaixo. Os preços são do ano passado, referentes a São Paulo, mas a participação relativa dos agentes econômicos não se alterou desde então:
É isso mesmo. A carga tributária praticamente dobra o preço do combustível no trajeto entre a Petrobras e a bomba de gasolina.
E advinha quem paga a conta…
Blog Acerto de Contas
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