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Artigo: A crise econômica bateu a porta do Brasil

{ Posted on 18:36 by Edmar Lyra Filho }
Por Edmar Lyra

Quem acompanha o noticiário econômico nacional, já percebeu que a crise mundial não é apenas uma "marolinha" como definiu o Presidente Lula, em um discurso que concedeu há algumas semanas.

Algumas empresas começaram pelo corte de gastos, dando férias coletivas aos seus funcionários, bem como os governos municipais e estaduais estão replanejando seus respectivos orçamentos para o ano de 2009. A Prefeitura de São Paulo, por exemplo, fez um corte da ordem de R$ 2 bilhões em seu orçamento para 2009. Priorizando as áreas vitais para a cidade, e redistribuindo os recursos de áreas que não são tão prioritárias.

O Risco Brasil começou a aumentar, bem como o dólar que já ultrapassou a casa dos R$ 2,50. É público e notório o reflexo da crise mundial na economia brasileira. Para se ter noção, os financiamentos de veículos que chegavam até 100 meses, hoje estão sendo feitos em 24, 36, no máximo 48 meses. Eles eram feito sem entrada, hoje as empresas estão fazendo estes financiamentos com uma boa entrada. Além do mais, muitas agências de veículos não estão mais recebendo veículos seminovos como parte do pagamento de novos veículos.

Os financiamentos bancários, além de empréstimos pessoais não estão mais sendo feitos com a freqüência que era antes. Muitas empresas deixaram de fazer empréstimos
por conta da vulnerabilidade do mercado, da incerteza de que os clientes cumprirão com seus respectivos contratos. Estão fazendo apenas empréstimos consignados em folha.

O Programa de Aceleração do Crescimento perdeu um pouco o sentido, e analistas econômicos fazem projeções nada animadora para os brasileiros. O crescimento econômico projetado para 2009, que era de 2,8% caiu para 2,5%. Comparado ao crescimento de 2008, que foi de 5,24%, a estimativa do ano que vem é totalmente desanimadora, para quem imaginava um fortalecimento economia brasileira com a criação do PAC.

Estas são algumas das muitas provas de que a crise econômica não é apenas uma "marolinha".

O COPOM vai se reunir na semana que vem, pelo que acompanhamos do Comitê de Política Monetária durante estes últimos anos, é bem provável que a taxa básica de juros, a SELIC, caia pouco. Hoje está em 13,75% ao ano. Se muito baixar, chega a 13,00%. O que é pouco provável. A inflação acumulada está em 6,39%. Um pouco acima da meta do BACEN que era de 4,5%. Mesmo assim, está dentro da margem de erro, que é de 2 pontos percentuais.

O fundamental para o Brasil hoje, não é baixar os juros, pois, vai aquecer a economia levando-se em consideração que o consumo vai aumentar, conseqüentemente, aumentará a inflação. É interessante para o Brasil uma redução de custeios, bem como de investimentos.

Uma retração da economia neste momento é a melhor alternativa para o Brasil. Uma redução nos investimentos, bem como nos gastos públicos, vai deixar o Brasil em condições de se manter bem depois que a crise passar.

O que não pode é o Presidente Lula repassar para a grande maioria da população que tudo está às mil maravilhas, e que a população brasileira deve continuar comprando mais e mais. É natural que ele não possa repassar pessimismo, isso todos entendem, mas, levando-se em consideração que a população assalariada não tem tanta noção do que está acontecendo, não se pode, na condição de chefe de estado e de governo, um Presidente mandar a população gastar.

Todos os governos, em todas as esferas, devem cortar gastos, e conscientizar a população do que está acontecendo. Para que a crise econômica não deixe tantos estragos na economia brasileira. A sociedade civil também deve fazer sua parte, as entidades representativas devem divulgar a necessidade uma conscientização da população em relação à crise econômica.

Historicamente, foram em crises que países se reestabeleceram e se tornaram potências mundiais, o Japão com o modelo Toyota de produção, que consistia na produção Just in time, "no tempo certo", ou seja, produzir de acordo com a demanda, diminuindo os desperdícios, tendo em vista a escassez de matérias primas. É um ótimo exemplo de que adversidades podem fortalecer países e nações.

Portanto, no Brasil, a crise pode ser um divisor de águas para que os governos diminuam a gastança pública e traga uma melhor eficiência para o setor público. Com uma diminuição da máquina pública, enxugando a estrutura, poderemos readaptar nossos costumes e deixar nossa economia menos vulnerável às crises mundiais.

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