Minério de ferro dá o tom no balanço da CSN.
{ Posted on 17:41
by Edmar Lyra Filho
}
Do Valor Econômico
O balanço da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) no terceiro trimestre do ano mostrou que a empresa comandada pelo empresário Benjamin Steinbruch vem ganhando dinheiro de fato é com a mineração de ferro, e quase nada com aço. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) obtido com o negócio de mineração no terceiro trimestre respondeu por 59% do total de R$ 1,7 bilhão.
Essa linha do resultado da companhia saltou de R$ 831 milhões no mesmo trimestre de 2010 para R$ 1,04 bilhão no fim de setembro, com margem de 66%. Enquanto isso, a atividade siderúrgica despenca a cada trimestre: no mesmo período saiu de R$ 957 milhões para R$ 596 milhões, com margem Ebitda de 26%.
Na receita líquida, a siderurgia ainda se manteve preponderante, com R$ 2,3 bilhões (53% do total), resultado da venda de 1,22 milhão de toneladas de aço produzido na usina de Volta Redonda (RJ). Porém, exibiu uma retração expressiva frente aos R$ 2,5 bilhões do mesmo trimestre de 2010 e do segundo trimestre deste ano.
A mineração de ferro, com as operações da mina Casa de Pedra (100% CSN) e da controlada Namisa (60%), alcançou R$ 1,58 bilhão, o que representou 36,4% do total da receita. Um ano atrás, esse negócio faturava R$ 1,2 bilhão.
Todos os esforços da CSN nos últimos anos têm sido direcionados à mineração de ferro, com investimento pesado na expansão da mina Casa de Pedra, que está apta a produzir 40 milhões de toneladas. Também no porto de Sepetiba, que é a base de exportação. De julho a setembro, da venda de 8 milhões de toneladas, 96% foram embarcadas ao mercado externo, principalmente a Ásia. China, Japão e Coreia do Sul são os principais clientes.
No negócio aço, a companhia, como outras do setor, enfrenta a concorrência do importado no mercado doméstico, tanto de forma direta quanto indireta (via produtos acabados, como automóveis e máquinas e equipamentos). No caso da CSN, o ataque maior tem sido em aços mais nobres, como os galvanizados e pré-pintados.
A margem Ebitda dessa unidade de negócio caiu para 26%, três pontos percentuais a menos que no trimestre anterior. Isso não leva em conta que o minério é computado a preço de custo, por ser próprio. Se fosse a valor de mercado, a margem ficaria entre 12% e 15%, segundo analistas. Na mineração, houve também leve retração na margem, para 66% (foi 68% de abril a junho).
Os outros três negócios da CSN - logística (de portos e ferroviária), cimento e energia - responderam por 10,7% da receita líquida e por 7,7% do Ebitda da companhia no terceiro trimestre.
Na sequência da divulgação dos resultados, a direção da CSN traçou na sexta-feira um cenário de estabilidade em preços e vendas nos próximos meses, com recuperação mais consistente dos negócios a partir do início de 2012.
Para o próximo ano, as projeções da empresa apontam para vendas de produtos siderúrgicos na faixa de 5 milhões a 5,3 milhões de toneladas, além de embarques de minério de ferro ao redor de 33 milhões de toneladas, dando sequência à renovação de recordes pela operação de mineração do grupo.
Mesmo com a desvalorização do minério de ferro no mercado chinês - que pode desencadear um novo movimento de baixa no preço internacional do aço, na busca das siderúrgicas por competitividade -, a CSN informou que não visualiza o risco de contração nos valores de seus produtos.
Luiz Fernando Martinez, diretor comercial da empresa, disse que o preço já está "no chão". Ele disse, contudo, que não acredita em aumento de preços, dada a prioridade das siderúrgicas de bloquear a entrada de aço importado. Assim, a tendência é que os valores sigam nos patamares atuais.
O balanço da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) no terceiro trimestre do ano mostrou que a empresa comandada pelo empresário Benjamin Steinbruch vem ganhando dinheiro de fato é com a mineração de ferro, e quase nada com aço. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) obtido com o negócio de mineração no terceiro trimestre respondeu por 59% do total de R$ 1,7 bilhão.
Essa linha do resultado da companhia saltou de R$ 831 milhões no mesmo trimestre de 2010 para R$ 1,04 bilhão no fim de setembro, com margem de 66%. Enquanto isso, a atividade siderúrgica despenca a cada trimestre: no mesmo período saiu de R$ 957 milhões para R$ 596 milhões, com margem Ebitda de 26%.
Na receita líquida, a siderurgia ainda se manteve preponderante, com R$ 2,3 bilhões (53% do total), resultado da venda de 1,22 milhão de toneladas de aço produzido na usina de Volta Redonda (RJ). Porém, exibiu uma retração expressiva frente aos R$ 2,5 bilhões do mesmo trimestre de 2010 e do segundo trimestre deste ano.
A mineração de ferro, com as operações da mina Casa de Pedra (100% CSN) e da controlada Namisa (60%), alcançou R$ 1,58 bilhão, o que representou 36,4% do total da receita. Um ano atrás, esse negócio faturava R$ 1,2 bilhão.
Todos os esforços da CSN nos últimos anos têm sido direcionados à mineração de ferro, com investimento pesado na expansão da mina Casa de Pedra, que está apta a produzir 40 milhões de toneladas. Também no porto de Sepetiba, que é a base de exportação. De julho a setembro, da venda de 8 milhões de toneladas, 96% foram embarcadas ao mercado externo, principalmente a Ásia. China, Japão e Coreia do Sul são os principais clientes.
No negócio aço, a companhia, como outras do setor, enfrenta a concorrência do importado no mercado doméstico, tanto de forma direta quanto indireta (via produtos acabados, como automóveis e máquinas e equipamentos). No caso da CSN, o ataque maior tem sido em aços mais nobres, como os galvanizados e pré-pintados.
A margem Ebitda dessa unidade de negócio caiu para 26%, três pontos percentuais a menos que no trimestre anterior. Isso não leva em conta que o minério é computado a preço de custo, por ser próprio. Se fosse a valor de mercado, a margem ficaria entre 12% e 15%, segundo analistas. Na mineração, houve também leve retração na margem, para 66% (foi 68% de abril a junho).
Os outros três negócios da CSN - logística (de portos e ferroviária), cimento e energia - responderam por 10,7% da receita líquida e por 7,7% do Ebitda da companhia no terceiro trimestre.
Na sequência da divulgação dos resultados, a direção da CSN traçou na sexta-feira um cenário de estabilidade em preços e vendas nos próximos meses, com recuperação mais consistente dos negócios a partir do início de 2012.
Para o próximo ano, as projeções da empresa apontam para vendas de produtos siderúrgicos na faixa de 5 milhões a 5,3 milhões de toneladas, além de embarques de minério de ferro ao redor de 33 milhões de toneladas, dando sequência à renovação de recordes pela operação de mineração do grupo.
Mesmo com a desvalorização do minério de ferro no mercado chinês - que pode desencadear um novo movimento de baixa no preço internacional do aço, na busca das siderúrgicas por competitividade -, a CSN informou que não visualiza o risco de contração nos valores de seus produtos.
Luiz Fernando Martinez, diretor comercial da empresa, disse que o preço já está "no chão". Ele disse, contudo, que não acredita em aumento de preços, dada a prioridade das siderúrgicas de bloquear a entrada de aço importado. Assim, a tendência é que os valores sigam nos patamares atuais.
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