Daniel Coelho critica erros no ENEM.
{ Posted on 16:10
by Edmar Lyra Filho
}
No ano de 1998, foi criado o ENEM, novo sistema de avaliação que diminuiria o peso do vestibular como prova única que escolhia quem deveria entrar nas universidades brasileiras.
Com o ENEM, premiaríamos os estudantes, ao longo do seu aprendizado, com uma avaliação mais acurada do ensino absorvido.
Além disso, uma prova única para todos os estudantes do país serviria como medida para que pudéssemos avaliar as diferenças no nível educacional brasileiro.
Uma boa ideia, um bom conceito. Tudo para haver um avanço, que desse tranquilidade aos nossos jovens. Que fizesse nossa juventude acreditar que o país que estamos construindo premia o esforço, o conhecimento e a capacidade intelectual dos que no futuro liderarão nossa nação.
E aí nos deparamos, de novo, com mais uma notícia de fraude no exame. O que dizer aos mais de quatro milhões de estudantes brasileiros que este ano fizeram o ENEM, quando ano após ano estes mesmos jovens vêem o exame vazar e alguns terem acesso às questões da prova antecipadamente?
Devemos olhar para eles e dizer que nosso governo não tem capacidade de fazer uma prova justa, sem que privilégios existam? Como convencer àqueles que batem às nossas portas todos os dias, senhores deputados, que não vivemos no país das “boquinhas”?
Um governo onde a corrupção é generalizada, onde o malfeito passou a fazer parte do "normal". Uma prova oficial do governo federal que vaza repetidas vezes para beneficiar alguns. Que conclusão isso nos traz? Que os honestos são feitos de palhaços e são obrigados a aceitar isso?
Já entraram e saíram ministros, mas só cresce a certeza de que algo está muito errado em nosso país. E não é na economia - dessa capacidade produtiva nosso povo tem cuidado. É na moral, nos princípios que vão se perdendo num pragmatismo burro.
Burro porque uma nação só atinge seus objetivos com princípios e com ética. Quero que nossos estudantes acreditem que o Brasil mudou. Que não há mais espaço para os espertos. Que ninguém se safa filando, roubando, tentando passar os outros para trás.
Enquanto isso não for verdade, não poderemos nos orgulhar da sociedade que temos. Estou indignado, refletindo sobre a dúvida dos jovens que hoje se perguntam se apenas os 639 que foram desclassificados tiveram acesso às perguntas das provas, ou se vários outros se safaram e vão ingressar nas melhores universidades do país! Eu me envergonho.
Eu me envergonho da incompetência do Governo brasileiro, que demonstra como ainda temos que lutar no processo democrático para termos líderes à altura do que sonhamos para o Brasil.
Não sou presidente da República, nem votei nesse governo que aí está. Mas sou deputado estadual por Pernambuco, filiado a um partido de oposição. E como um dos parlamentares que o povo elegeu para lutar pelos seus interesses, queria pedir desculpas a estes milhões de brasileiros que hoje se sentem traídos. E desejar que as novas gerações construam um novo Brasil.
Sem mais, senhores Deputados.
Com o ENEM, premiaríamos os estudantes, ao longo do seu aprendizado, com uma avaliação mais acurada do ensino absorvido.
Além disso, uma prova única para todos os estudantes do país serviria como medida para que pudéssemos avaliar as diferenças no nível educacional brasileiro.
Uma boa ideia, um bom conceito. Tudo para haver um avanço, que desse tranquilidade aos nossos jovens. Que fizesse nossa juventude acreditar que o país que estamos construindo premia o esforço, o conhecimento e a capacidade intelectual dos que no futuro liderarão nossa nação.
E aí nos deparamos, de novo, com mais uma notícia de fraude no exame. O que dizer aos mais de quatro milhões de estudantes brasileiros que este ano fizeram o ENEM, quando ano após ano estes mesmos jovens vêem o exame vazar e alguns terem acesso às questões da prova antecipadamente?
Devemos olhar para eles e dizer que nosso governo não tem capacidade de fazer uma prova justa, sem que privilégios existam? Como convencer àqueles que batem às nossas portas todos os dias, senhores deputados, que não vivemos no país das “boquinhas”?
Um governo onde a corrupção é generalizada, onde o malfeito passou a fazer parte do "normal". Uma prova oficial do governo federal que vaza repetidas vezes para beneficiar alguns. Que conclusão isso nos traz? Que os honestos são feitos de palhaços e são obrigados a aceitar isso?
Já entraram e saíram ministros, mas só cresce a certeza de que algo está muito errado em nosso país. E não é na economia - dessa capacidade produtiva nosso povo tem cuidado. É na moral, nos princípios que vão se perdendo num pragmatismo burro.
Burro porque uma nação só atinge seus objetivos com princípios e com ética. Quero que nossos estudantes acreditem que o Brasil mudou. Que não há mais espaço para os espertos. Que ninguém se safa filando, roubando, tentando passar os outros para trás.
Enquanto isso não for verdade, não poderemos nos orgulhar da sociedade que temos. Estou indignado, refletindo sobre a dúvida dos jovens que hoje se perguntam se apenas os 639 que foram desclassificados tiveram acesso às perguntas das provas, ou se vários outros se safaram e vão ingressar nas melhores universidades do país! Eu me envergonho.
Eu me envergonho da incompetência do Governo brasileiro, que demonstra como ainda temos que lutar no processo democrático para termos líderes à altura do que sonhamos para o Brasil.
Não sou presidente da República, nem votei nesse governo que aí está. Mas sou deputado estadual por Pernambuco, filiado a um partido de oposição. E como um dos parlamentares que o povo elegeu para lutar pelos seus interesses, queria pedir desculpas a estes milhões de brasileiros que hoje se sentem traídos. E desejar que as novas gerações construam um novo Brasil.
Sem mais, senhores Deputados.
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