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Garanhuns: Herança maldita à porta de Dilma.

{ Posted on 00:29 by Edmar Lyra Filho }
Por Terezinha Nunes


Na Era Lula virou moda inaugurar pedras fundamentais pelo Brasil. O presidente fez isso centenas de vezes, fazendo promessas que se esvaíram logo após os atos oficiais. Aqui em Pernambuco isso também aconteceu. Não resta dúvida de que o ex-presidente realizou obras por aqui mas agora estão vindo à tona os tropeços de coisas feitas apenas "para aparecer na televisão".

A Veja desta semana mostrou o caso do primeiro navio do Estaleiro Atlântico Sul, o maior estelionato eleitoral de que se tem notícia, colocado no mar na presença de Lula em 2010, em plena campanha eleitoral. Pois bem, o navio, saudado na época com um estrondoso brinde de taças de champanhe, voltou para o estaleiro logo depois da solenidade e se encontra até hoje nas oficinas, sem condições de navegar.

Esta semana, a presidente Dilma, já calejada da herança maldita que herdou e que obrigou-a a afastar, em seis meses, três ministros envolvidos com denúncias de corrupção, teve sua visita a Pernambuco recheada de atropelos por conta das pedras fundamentais e de obras inauguradas antes da hora.

Em Garanhuns, a terra onde Lula nasceu e que recebeu dele como único presente nos seus oito anos de gestão um campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Dilma assistiu a um protesto de professores e estudantes contra o abandono a que estão relegados desde que a caravana oficial cortou as fitas simbólicas.

Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo, o campus de Garanhuns, citado na época, por Lula como "pioneiro no país em interiorização das Universidades" está, conforme relato de professores e alunos, "em coma profundo, com esgotos a céu aberto, com falta de professores, servidores, salas de aula, segurança, água potável e com um hospital veterinário fantasma".

Em resumo: não existe como escola preparada para formar os alunos que para lá se dirigiram. Dilma acabou tendo o dissabor de ver um boneco gigante com a cara da presidente no mesmo molde em que foi desenhada pelo artista plástico pernambucano Romero Brito, abrir uma passeata de protesto com a inscrição "Dil-Má".

Embora tenha sido eleita por conta do que Lula fez ou deixou de fazer (no caso, as pedras fundamentais) Dilma, porém, corre o risco de trilhar pelo mesmo caminho.

Anunciou a construção de várias barragens para contenção das enchentes no Agreste e Mata Sul quando a Transposição do Rio São Francisco, alguns quilômetros adiante, está abandonada por falta de recursos. Além disso, a crise econômica não garante que as obras programadas sejam efetivamente concluídas.

Mesmo assim, como fizera Lula, a presidente falou em um enorme palanque como se estivesse entregando uma grande obra.

Também pode cair na sua conta qualquer tropeço com a Faculdade de Medicina da Universidade de Pernambuco, em Garanhuns, da qual deu a aula inaugural.

Os alunos matriculados disseram à imprensa que o início das aulas foi diversas vezes adiado e que não têm segurança sobre a presença de todos os professores em sala de aula.

Na verdade, a UPE inaugurou vários campus no interior e, segundo denúncia da imprensa na semana passada, diversos cursos da instituição não só no interior mas também na capital estão sem mestres para garantir as aulas. Os cálculos são de que faltam mais de 100 professores no quadro docente da instituição.

Prejudicados com a falta de professores os alunos estão buscando se inscrever em disciplinas isoladas em outras faculdades - inclusive particulares - para não atrasar o ano letivo.

CURTAS

Só promessa

A maior reivindicação da população de Garanhuns no momento é a duplicação da estrada que liga São Caetano àquela cidade. Várias vezes Lula foi procurado, inclusive por membros de sua família, solicitando providências neste sentido. Dilma, pressionada, prometeu liberar recursos para fazer o projeto. Quanto à obra, disse que ia ver no momento certo. Vai depender da crise.

Sonho distante

Ninguém mais aposta na possibilidade da deputada estadual Tereza Leitão vir a emplacar sua candidatura a prefeita de Olinda depois que o senador Humberto Costa e o deputado federal João Paulo, implícita ou explicitamente, refutaram a idéia de o PT se distanciar do PC do B. Tereza, tudo indica, corre o risco de, mais uma vez, morrer na praia.

Mulheres em alta

Embora Pernambuco ainda seja refratário à idéia de as mulheres avançarem nos espaços políticos - dos estados do Nordeste é o que menos tem mulheres disputando eleições majoritárias - as pesquisas feitas ultimamente na RMR mostram uma tendência da população a ver com bons olhos o voto nas mulheres. Em Olinda o percentual dos que admitem votar em uma mulher é de 82%.


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