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Uma noiva rebelde

{ Posted on 16:59 by Edmar Lyra Filho }
Aliado do governo, o PMDB ignora acordo com o PT sobre o comando do Congresso, divide-se entre Dilma e Serra e apresenta faturas cada vez mais pesadas a Lula, o PMDB é o maior partido do país. A sigla comanda 1 199 prefeituras, incluindo seis das principais capitais, que concentram 30 milhões de eleitores. Também controla sete governos estaduais e tem maioria na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Esse vigor, somado à ausência de um projeto próprio de governo, transformou o PMDB na noiva mais cobiçada da próxima eleição presidencial.

Com seis ministérios no governo do presidente Lula, o natural seria que a sigla estivesse empenhada em garantir a paz no consórcio governista. Nada disso. O PMDB tem se dedicado a se dividir para governar, com o objetivo de se entronizar no poder. O partido ameaça romper com o PT sobre o comando do Congresso Nacional e já decidiu apoiar o adversário de Lula em cinco estados, entre eles São Paulo. Portanto, a única certeza da próxima disputa eleitoral: o PMDB, graças a sua força e ambigüidade, estará no governo em 2011, independentemente de quem estiver no comando do país.

Como era de esperar, aguça os apetites presidenciais do tucano José Serra e da petista Dilma Rousseff. Por enquanto, a maioria dos estados está com Dilma, mas a atual aliança não garante o apoio formal do partido à candidata de Lula. É que, a chamada verticalização. Também por causa disso, o presidente da legenda, Michel Temer, tem desencorajado os potenciais candidatos a vice de Dilma ou Serra.

A estratégia da divisão é tão evidente que alguns líderes falam abertamente sobre ela. 'O compromisso de apoiar Lula não significa uma aliança em 2010. O mais provável é ficar neutro, dividido', diz o deputado federal Eunício Oliveira (PMDB-CE), ex-ministro das Comunicações de Lula. Os estudiosos da política, garantem que a razão da divisão é o fisiologismo. 'Somos o partido do centro, do equilíbrio e da governabilidade', diz o líder do governo no Senado, o peemedebista Romero Jucá. (Veja)

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