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PT quer controle da imprensa e jornal chapa branca.

{ Posted on 18:18 by Edmar Lyra Filho }
Por Terezinha Nunes
O Governo Federal vai gastar este ano R$ 628 milhões com a publicidade oficial, sendo que mais que um terço destes recursos estão destinados à Presidência da República. De 2007 para 2010 a publicidade governamental mais que triplicou em termos nominais, apesar da inflação ter tido um crescimento mínimo no período. Em 2007, por exemplo, os gastos com a publicidade do Palácio do Planalto e Ministérios foram de R$ 198 milhões e em 2010 chegaram a R$ 649 milhões, segundo o portal Transparência Brasil.

Além das informações de utilidade pública, normalmente divulgadas pelo Ministério da Saúde, a publicidade do governo federal serviu nesses quase 10 anos de administração petista, também para incutir, sub-repticiamente, na cabeça dos brasileiros a idéia de que só o PT se preocupa com os pobres e com as chamadas minorias como os negros, os homossexuais, os índios, etc.

Como se não bastassem todos os preciosos minutos das TVs e das emissoras de rádio, pagos com recursos públicos de norte a sul e de leste a oeste, a imprensa brasileira, através da chamada free mídia, destinou todos esses anos, também em todos os estados, mas, principalmente, nos mais dependentes dos recursos federais, preciosos espaços de jornais, rádios e TVs para divulgar o trabalho dos petistas a nível nacional.

Além do material que normalmente os governos produzem, pois no dia-a-dia tomam iniciativas de interesse da população, o PT contou nos oito anos do Governo Lula com um espetacular comunicador de massas, o próprio presidente, sempre preocupado,no país ou nas viagens ao Exterior, em falar o que queria na frente das câmeras, comunicando-se, sem intermediários, com todos os brasileiros.

Diante de toda esta exibição midiática, não foi à-toa que o presidente Lula conseguiu se manter no poder, apesar dos ruidosos escândalos, como o do Mensalão, e ainda de fazer sucessora a presidente Dilma, então uma ilustre desconhecida para a maioria do povo brasileiro, ao ponto de ter sido chamada na campanha nas áreas mais distantes de “a mulher de Lula”, apesar D. Marisa ter feito questão de estar permanentemente ao lado do presidente, desde o dia da posse até o término do mandato.

Pode-se dizer que, nos quatro primeiros anos de mandato, Lula navegou em céu de brigadeiro com a imprensa nacional a exaltar-lhe o ineditismo de ter sido o primeiro operário a chegar à Presidência. Nos últimos quatro anos, assim como qualquer governante que se reelege, Lula começou a enfrentar notícias negativas, oriundas, quase sempre, dos subterrâneos do poder, onde a corrupção foi motivo de reportagens cujas informações eram propagadas pelos próprios governistas, na luta pela conquista de espaços com eventuais correligionários.

Foi aí que o PT, que sempre viveu em comunhão com a imprensa brasileira, começou a falar em controle da mídia, em regulamentação ou outros nomes parecidos, todos voltados para uma inusitada defesa da censura à imprensa.

Ou seja, enquanto se beneficiou da totalidade da imprensa nacional, o PT ficou calado. Quando a parte mais independente começou a mostrar a realidade, o discurso mudou. Embora a maioria dos petistas defenda hoje um controle da mídia, coisa que era abominada no tempo da ditadura militar, o maior defensor disso é o ex-ministro José Dirceu, incomodado com o fato de ter sido denunciado pela justiça como o principal comandante do mensalão.

Na semana passada, Dirceu passou dos limites e defendeu que o país tivesse um jornal, que ele chamou de esquerdista, voltado para a defesa do Governo.

No jargão jornalístico um jornal deste tipo tem um nome peculiar “chapa-branca”. Dirceu quer portanto que algum grupo de esquerda, quem sabe ele próprio, financiado não se sabe por quem, produza mais um Diário Oficial. Desta vez não só voltado para divulgar o Governo Federal mas o próprio PT e suas idéias, infelizmente, cada vez mais autoritárias.

Se o PT, como deseja, implantar a censura à imprensa, o Brasil vai ter um retrocesso sem tamanho. Quem sabe, como acontecia na Ditadura, os jornais tenham que voltar a publicar receitas de bolo.

CURTAS

DIRETO – O governador Eduardo Campos não usou intermediários. Ele próprio chamou ao Palácio Aloísio Lessa, João Fernando Coutinho, Antonio Dourado, Fernando Bezerra e Sebastião Oliveira, pessoas que escolheu a dedo para disputar as eleições municipais em Goiana, Jaboatão, Garanhuns, Recife e Serra Talhada e os convenceu a entrar na disputa.Sebastião foi o primeiro da fila.

CHUMBO GROSSO – Quem esteve com João Paulo ou algum dos seus assessores mais próximos recentemente ficou convencido de que vem chumbo grosso por aí mirando João da Costa. A artilharia não vai se limitar à entrevista em que JP disse na TV Jornal que não quer aproximação com o outro João e duvidou da possibilidade de JC se reeleger.

ESPOSA - As rixas entre João Paulo e João da Costa podem não ter começado, como se especulou, por conta de uma discussão entre Lygia Falcão e Marília Costa mas a esposa de João Costa é persona non grata junto a João Paulo e assessores tanto quanto ou até mais que o atual prefeito.

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