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Carne Clandestina.

{ Posted on 19:38 by Edmar Lyra Filho }
Por Terezinha Nunes   
Pernambuco continua crescendo mais do que o Brasil – como ocorre desde 2003 – apesar da crise econômica que se abate sobre a Europa e já macula o PIB brasileiro. O estado tem também comemorado sucessivos recordes de receita do ICMS ,principal imposto estadual,  desde que os novos investimentos começaram a se instalar em Suape.

Mas, há pouco mais de uma semana, freqüentamos uma preocupante notícia negativa a nível nacional : ficamos sabendo, em plena hora do jantar, que mais de metade da carne comercializada no estado e, evidentemente, consumida por aqui, é clandestina.

Antes de chegar à mesa dos pernambucanos a carne passa por matadouros infectos como o que foi mostrado  na cidade de Vitória de Santo Antão, coincidentemente, um dos municípios interioranos que mais tem conseguido atrair investimentos privados nos últimos tempos.

Em Vitória, constatou-se que um servidor do município colocava, ele próprio, um carimbo de “inspecionado” na carne que saia do matadouro, sem que tivesse qualquer qualificação para tal.

Pego de surpresa com a informação em cadeia nacional, o Governo agiu com celeridade e interditou diversos matadouros mas uma pergunta se faz de canto a canto do estado desde então: por que não se cuidou antes de livrar a nossa população de tão vergonhosa constatação?

Na verdade, não se pode exigir do executivo uma atuação em todos os campos mas, no caso da higiene do que nos é servido, caberia pelo menos a continuidade de um programa de grande repercussão na administração do ex-governador Jarbas Vasconcelos: a construção de novos matadouros para substituir os antigos.

Nos oito anos de mandato, Jarbas entregou mais de 20 matadouros novos no estado, dando preferência aos municípios de mais baixo IDH, onde as Prefeituras, às quais cabe manter os matadouros, não tinham condições de arcar sozinhas com as obras.

Também se atendeu a médios municípios e se priorizou a realização das obras em forma de consórcio, fazendo com que um matadouro servisse a mais de um município ao mesmo tempo.

Como o programa foi estancado, resultado da verdadeira mania nacional de não dar continuidade a projetos iniciados pelos antecessores, saiu perdendo a população e perdeu Pernambuco, estado para o qual se voltam os olhos dos investidores.

Embora os matadouros, como se disse acima, sejam de responsabilidade dos municípios, é quase impossível que os prefeitos, cada vez mais premidos pela redução do Fundo de Participação motivada pelas constantes medidas do Governo Federal para beneficiar a industria de automóveis e eletrodomésticos, tenham condições de sozinhos resolver esta equação.

Cabe, evidentemente, uma providência urgente neste campo mas, por enquanto, a Adagro, agência estadual responsável pela fiscalização do setor, tem cuidado apenas de constatar o problema.

A secretaria da agricultura, que deveria tomar as providências para nos livrar do vexame, nenhuma medida objetiva tomou até o momento. Ou, pelo menos, se tomou não comunicou à nossa população.

CURTAS
Novo candidato -
Petistas de diferentes tendências não escondem, em conversas reservadas, a descrença na possibilidade do prefeito do Recife, João da Costa, ser candidato à reeleição. As apostas são feitas, em primeiro lugar,  no nome do senador Humberto Costa e, em segundo lugar, no do secretário e deputado federal Maurício Rands. João Paulo, da mesma forma que João da Costa, não teria chances de ser ungido pois veta o prefeito e o prefeito o veta. Ficam no 0 x 0.

Mesma moeda - Ao contrário do ex-governador Jarbas Vasconcelos, que fez parcerias com João Paulo (Recife) e Luciana Santos (Olinda) e nunca cobrou dos dois qualquer reciprocidade, o governador Eduardo Campos tem mostrado que, não só deseja que os prefeitos dos municípios beneficiados por obras estaduais  reconheçam publicamente isso, como quer vê-los fazendo parte de sua base.

Olinda – O PSB tinha demonstrado até agora que, em pelo menos um município metropolitano era certa a sua preferência por um aliado, no caso o PCdoB. Nos últimos dias, porém, os socialistas olindenses colocaram o bloco na rua e estão tentando se articular para oferecer uma alternativa ao partido na eleição do próximo ano. Teria recebido do PSB estadual a ordem para se mexer até o final de março. Se conseguirem chegar lá com um nome competitivo podem ter o apoio do Palácio, senão o governador continuará apoiando Renildo.

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