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Comece a sonhar com o seu presente

{ Posted on 21:25 by Edmar Lyra Filho }
Por Queiroz Filho

A indústria aquece as máquinas, o comércio reorganiza o estoque, os atacadistas preparam as encomendas, os importados disparam pedidos. Essa engrenagem da economia já vem sendo tocada há, pelo menos, três meses, com vista ao Natal que se aproxima. E as agências de publicidade estão a postos, com suas equipes, para produzirem e veicularem os necessários apelos de vendas para o fim do ano, já que o período se constitui em uma da melhores oportunidades para o comércio.

Um bolo de consumo potencial estimado entre R$ 100 bilhões e R$ 150 bilhões está na disputa. Essa fortuna que sai dos bolsos das famílias nos últimos meses de 2010 para bancar sonhos com roupas, bebidas, itens alimentícios, carros, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, artigos de luxo ou simples lembrancinhas made in Brasil ou produzidas lá fora. E para quem sonha em faturar alto, motivos de otimismo não faltam: o desemprego está em queda, o crédito continua a jorrar e os prazos são elásticos.

Com produção em alta, as contratações tendem a aumentar e desde este outubro que já acontecem os contratos temporários. Daqui há pouco vem o 13°. Na esteira das indústrias, setor que mais sofreu com a crise de 2009 e quer retomar seu importante papel no crescimento da nossa economia, os atacadistas e distribuidores traçam suas estratégias natalinas. A Associação Brasileira dos Atacadistas e Distribuidores-ABAD, entidade que representa as empresas do setor , prevê salto de 6% no faturamento imediato em comparação ao ano passado e, otimista, diz que esse percentual pode ser ultrapassado. Em 2009 o total movimentado no fim de ano chegou a significativos R$ 131,8 bilhões.

Portanto os bons ventos sopram em todas as direções até chegar no comércio. Nas lojas de ruas e nos shoppings é tempo também de se pensar o Natal. E para tal existe fator primordial que embala dia-a-dia o comércio para dezembro: criarmos o espírito natalino. Este é gerado por uma atmosfera que gira em torno da busca dos produtos para a ceia, da criação dos tradicionais amigos ocultos, das luzes que arrebatam a decoração da cidade, confraternizações no trabalho e até por aspectos encarados como próprios da época: filas para presentes e um péssimo trânsito.

Cada um tenta fazer o melhor. E, de olho em melhores vendas, a previsão de incrementos das verbas publicitárias destes anunciantes devem aumentar a disputa por espaços na mídia e os segmentos de promoção de eventos. Que nossos criativos estejam atentos. Que bons projetos sejam desenvolvidos para os clientes. De vendas ou de cunho social, como fazem algumas marcas tradicionalmente. A Celpe, por exemplo, todos os anos, ilumina sua sede e movimenta a praça Oswaldo Cruz, com decorações temáticas, atraindo curiosos que ali fotografam os familiares e assistem apresentações culturais tipicamente pernambucanas. Outro bom exemplo é a campanha dos cartões de natal do IMIP que são fonte de receita para a entidade e acabaram se constituindo em referência para o mercado.

Há quem garanta que não exista maior apelo para vendas que aquele gerado pelo clima natalino. E a partir daí que todos correm às compras. Não dá para querermos ser tão racionais e ficar do contra, analisando o “politicamente correto”, se Papai Noel é consumista e se o trenó é feito de material biodegradável. O Natal tem seu formato. Existe e deve ser preservado. Há espaço para todos os tipos de cuidados. Deve ser absorvido culturalmente pela nossa sociedade. Podemos não ter neve, mas com certeza temos bom humor para adaptarmos isso ou aquilo

Para nosso universo de trabalho, tão importante quanto uma campanha publicitária, são as ações de marketing neste período. Gerar bons serviços e incentivar essa prática,nos parece viável para manter nosso negócios devidamente integrados à época.Portanto, outubro vai chegando ao fim. E, em busca desse desejado clima a ser instalado, as agências já devem ir se preparando. Vamos lembrar, por exemplo, em ritmo de teaser que “é tempo de começar a sonhar com o seu presente”.

* Queiroz Filho é diretor da Abap e presidente da Ampla.

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