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Coluna Gazeta Nossa segunda quinzena de Novembro.

{ Posted on 21:37 by Edmar Lyra Filho }
Como fica Pernambuco?

Com o final do segundo turno das eleições presidenciais, consolidaram-se as posições das forças políticas em Pernambuco. E outras que irão se consolidar com o decorrer do tempo. Diante da vitória de Dilma Rousseff, o grupo que a apoiou, ficou mais forte do que no primeiro turno, quando elegeu 38 dos 49 Deputados Estaduais, trinta e três no chapão da Frente Popular e cinco nas chapinhas proporcionais que apoiavam o Governador, 20 dos 25 Deputados Federais e os dois Senadores nas vagas que estavam em disputa, onde Armando Monteiro (PTB) e Humberto Costa (PT), foram eleitos. A única chance da oposição era a vitória de José Serra no segundo turno, porém, Dilma Rousseff foi eleita e a Frente Popular se fortaleceu mais ainda. Diante do ocorrido, a oposição, já fragilizada, fica praticamente dizimada. Ainda há possibilidade, que é grande, de o PSDB migrar para a base do governador, portanto sobram apenas o PMDB e o DEM na oposição. Ambos fizeram um e dois deputados, respectivamente. No caso do PMDB, pode ter Gustavo Negromonte como um crítico ferrenho do governador, porém, se ele repetir o que fez quando era vereador do Recife, Eduardo Campos não terá problemas. Do ponto de vista do DEM, Maviael Cavalcanti já não fazia oposição ao Governador do PSB, e Tony Gel, recém-eleito, já deu demonstrações claras que não será uma pedra no sapato de Eduardo. O 'independente' Daniel Coelho (PV) não deve repetir o que fez quando vereador do Recife, deverá manter uma relação cordial com o Palácio e criticando o governo apenas no que precisar ser criticado. Portanto, em tese, Eduardo Campos fará um governo praticamente sem oposição. Cabendo apenas aos Deputados Federais Mendonça Filho e Augusto Coutinho (DEM) e Raul Henry (PMDB) e ao Senador Jarbas Vasconcelos (PMDB). Jarbas não fez muita oposição a Eduardo enquanto Senador da República, as críticas vieram apenas quando ele se lançou pré-candidato ao Governo de Pernambuco. O Deputado Raul Henry não tem o perfil oposicionista que se espera, bem como Mendonça Filho. Apenas resta a Augusto Coutinho, que exerceu com maestria a função de líder da oposição na Assembleia, a tarefa de alvejar Eduardo Campos com críticas, porém, na atual conjuntura ele não deverá fazer isso. Deve, em seu primeiro mandato em Brasília, priorizar a apresentação de projetos de Lei, emendas ao orçamento, etc. Portanto, diante do exposto, a única chance da oposição surge numa eventual ruptura no campo político que sustenta o Governador. O que pode vir a ocorrer, mas pode não ocorrer. Aguardaremos as cenas dos próximos capítulos.

André Campos - O Deputado André Campos (PT), fiel aliado do Governador, merecia uma atenção especial e ser indicado para ser o primeiro secretário da Assembleia, afinal, João Fernando Coutinho (PSB) já ocupou o posto durante todo o primeiro governo de Eduardo.

Fernando Bezerra Coelho - Comenta-se nos bastidores que FBC deverá se filiar ao PMDB e ser indicado na quota do próprio PMDB nacional e do Governador Eduardo Campos para ser Ministro da Presidente Dilma Rousseff. Fiel aliado de Eduardo, abdicou da postulação ao Senado para facilitar a vida da Frente Popular, agora merece ser recompensado pelo esforço indo pro plano nacional.

Sérgio Guerra - Depois de ter sido aliado de Miguel Arraes e Eduardo Campos, Sérgio Guerra foi convidado por Jarbas Vasconcelos pra lhe apoiar, foi eleito Senador da República em 2002. Agora, eleito Deputado Federal, tende a levar o seu partido, o PSDB, para a base de apoio de Eduardo Campos.

Aproximação - A reaproximação política de Eduardo Campos e Sérgio Guerra ficou factível desde a eleição de 2006 quando o tucano foi rifado do processo para que Mendonça Filho fosse o candidato. Agora não há nada que os impeçam de reeditar a aliança que sustentou o Governo Miguel Arraes.

CPMF - A contribuição provisória sobre movimentação financeira, derrubada pelo plenário do Senado em 2007, tende a voltar. A Presidente Dilma Rousseff e os Governadores aliados querem a volta do imposto e têm maioria tranquila para ressuscitar a famigerada contribuição.

Reforma Tributária - Em vez de defenderem a volta da CPMF, diante da maioria política da Presidente Dilma Rousseff no Congresso, os aliados dela deveriam defender a Reforma Tributária onde poderiam redistribuir melhor os recursos auferidos do bolso do contribuinte, onde ultrapassou a marca de R$ 1 trilhão.

Reforma Tributária 2 - Hoje a União fica com 70% de tudo que é arrecadado, os Estados ficam com 20% e apenas 10% são repassados aos Municípios. Justo seria 50% União, 30% Estados e 20% Municípios. Ajudaria a diminuir a corrupção e as obras oriundas desses recursos chegariam com maior facilidade ao cidadão brasileiro.

Policiais - O Governador Eduardo Campos tem se deparado com uma verdadeira guerra entre as diversas categorias da Segurança Pública de Pernambuco. Os bombeiros e policiais militares reivindicam tratamento igual ao que é dispensado pelo Governador a Polícia Civil do ponto de vista salarial e das condições de trabalho.

Pacto Pela Vida - Pelo vigésimo quarto mês seguido, Pernambuco tem diminuído a quantidade de homicídios, um alívio para todos os pernambucanos que encontravam um estado violento com elevados índices de mortes. Pernambuco hoje está mais seguro. Uma vitória não só do governo Eduardo Campos, mas de todos os pernambucanos.

Joaquim Francisco - Sem espaço no DEM, o ex-governador de Pernambuco se filiou ao PSB na perspectiva de disputar um mandato de Deputado Federal, teria, tranquilamente 50 mil votos e seria eleito. Porém, Eduardo Campos o colocou como suplente de Humberto Costa e caso este seja Ministro de Dilma Rousseff, Joaquim Francisco será Senador da República por Pernambuco. Nada mal, para quem, a 4 anos, não conseguiu se eleger Deputado Federal.

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