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Um novo olhar sobre o sertão do Pajeú.

{ Posted on 18:28 by Edmar Lyra Filho }

Pernambuco vive um momento de elevado desenvolvimento econômico. Desde o anúncio de obras como a Refinaria, o Estaleiro, a Transnordestina, o Pólo de Poliéster, etc. o estado tem se consolidado como uma das maiores alavancas do desenvolvimento brasileiro.

Infelizmente essa realidade não é compartilhada por todas as microrregiões do estado, e uma delas é o sertão do Pajeú, composto por dezessete cidades, são elas: Afogados da Ingazeira, Brejinho, Calumbi, Carnaíba, Flores, Iguaraci, Ingazeira, Itapetim, Quixaba, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Terezinha, São José do Egito, Serra Talhada, Solidão, Tabira, Triunfo e Tuparetama.

Uma das demandas da região do Pajeú é, sem dúvidas, a construção de novas estradas, tendo em vista a situação precária das atuais, que prejudicam qualquer projeto de desenvolvimento regional. Outra demanda importantíssima seria a implantação de campus universitários da UFPE e da UPE em outras cidades, tendo em vista que só existe um campus da UFPE em Serra Talhada e as demais cidades não têm nenhum espaço de ensino público superior.

O governo de Pernambuco construiu escolas técnicas em algumas cidades e isso é uma atitude louvável, mas a região precisa de muito mais. Além do que, as instituições privadas de ensino superior existentes oferecem, em sua maioria, cursos voltados para o ensino, como Letras, Matemática, Pedagogia, etc.

É sentida a necessidade de cursos como Direito, Administração de Empresas, Odontologia, Medicina, Nutrição, Enfermagem, Engenharia, Ciências Contábeis, etc. para consolidar o desenvolvimento econômico e social da região e apenas as instituições públicas de ensino têm condições de efetivar esses cursos, tendo em vista que o poder aquisitivo da região ainda é baixo e não há condições para a maioria dos jovens de pagar um curso em uma instituição privada de ensino.

Sob o âmbito da geração de emprego e renda, o sertão do Pajeú requer uma ação efetiva do governo do estado para incentivar as empresas e indústrias a se instalarem na região.

O PIB do sertão do Pajeú, segundo o IBGE de 2005 é de R$ 913.060,00 e o PIB per capita é de R$ 2.822,00. Em um comparativo com a Região Metropolitana do Recife entendemos diretamente o abismo que existe entre a capital e o sertão. O PIB da RMR é de R$ 45.715.021,65, enquanto o PIB per capita é de R$ 12.250,39 segundo dados do IBGE de 2008.

Diante de um estrangulamento socioeconômico na RMR, sente-se a necessidade de novos projetos de interiorização do desenvolvimento, e a região do Pajeú tem muito a crescer e prosperar, caso exista um olhar diferenciado por parte do governo do estado e das empresas que estão instaladas em Pernambuco ou pretendem se instalar.

A secretaria de desenvolvimento econômico de Pernambuco deveria realizar um programa de incentivo fiscal para as empresas que pretendem se instalar no Pajeú, bem como propulsores do desenvolvimento e entusiastas da região devem se unir visando o bem do sertão do Pajeú.

Programas voltados para o financiamento da agricultura familiar, empreendedorismo individual, etc. deveriam ser mais utilizados para os residentes da região. Tendo em vista que o Nordeste está se desenvolvendo e recuperando o tempo perdido quando os investimentos iriam apenas para as outras regiões do país, o sertão do Pajeú também quer crescer e tirar o atraso em relação a capital pernambucana.

O estado de Pernambuco tem grandes perspectivas de dobrar o seu PIB e nada mais justo que o desenvolvimento seja distribuído de maneira compartilhada, tendo em vista que a região do São Francisco detém o pólo de vinicultura, a região do Araripe o pólo gesseiro, o Agreste detém o pólo de confecções e o Pajeú infelizmente não tem uma atividade econômica que impulsione o seu desenvolvimento, pra isso necessita de apoio institucional.

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