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O xadrez político em Pernambuco.

{ Posted on 00:46 by Edmar Lyra Filho }



Com o cada vez mais factível rompimento do senador Armando Monteiro com o governador Eduardo Campos, novas conjunturas precisam ser analisadas para a política local.

Analisando a saída de Armando Monteiro da base de Eduardo Campos, podemos considerar que a Frente Popular receberá, depois de cinco anos governando Pernambuco, o seu primeiro baque. Armando Monteiro levaria consigo os quatro deputados federais filiados ao seu partido, são eles: José Chaves, José Augusto Maia, Sílvio Costa e Jorge Côrte Real. Também levaria consigo a bancada estadual petebista e o deputado federal João Paulo que sairia do PT e se filiaria ao PTB para disputar a PCR no ano que vem.

Armando Monteiro precisaria compor com o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e o deputado Mendonça Filho (DEM). E o primeiro grande teste dessa aliança seria a disputa desse grupo apoiando a candidatura de João Paulo a prefeito do Recife ano que vem para vislumbrar um projeto mais arrojado em 2014. Pra isso precisaria aglutinar mais uns dois ou três partidos que hoje orbitam em torno de Eduardo Campos.

Ao governador, que tem como candidato a seu sucessor o atual ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho, restaria compor com o PSDB do deputado Sérgio Guerra, com quem sempre manteve uma relação cordial, mesmo este tendo se aliado ao seu maior desafeto: Jarbas Vasconcelos.

Eduardo Campos também teria a garantia do PDT como aliado fiel ao seu projeto, a considerar que João Lyra Neto vai assumir o governo do estado em abril de 2014 para que Eduardo dispute o Senado ou até mesmo faça parte de uma chapa presidencial.

Visando a eleição de 2012, Eduardo possívelmente apostaria em um nome do PT, que tende a ser o Secretário de Articulação Política Maurício Rands. Tendo em vista a falta de condições de João da Costa em disputar e conquistar a reeleição no ano que vem. Caso tivesse a Frente Popular unida em torno do PSB, qualquer nome que o governador lançasse, de qualquer partido, teria grandes chances de vitória. Como não há mais essa homogeneidade, Eduardo precisará da força do PT na capital para tentar se manter inteiro e comandar com boas chances de vitória a sua sucessão.

Caso o PT vença a eleição de 2012 com Maurício Rands, ele consegue se manter vivo, mas os louros serão compartilhados com o governador, que comandará com mãos-de-ferro sua sucessão e colocará o partido em posição secundária na chapa de 2014. Caso o PT perca a eleição de 2012 no Recife, poderá arriscar um voo solo com Humberto Costa, tendo em vista que ele estará no meio do seu mandato no Senado e não correrá muitos riscos caso perca a eleição, mas o que deve ocorrer é que o PT continue a orbitar em torno de Eduardo e aceite o que ele apresentar.

Como em Pernambuco é muito difícil a realização de uma terceira via, é provável que o protagonismo político ficará para uma disputa entre Armando Monteiro, com o apoio de Jarbas Vasconcelos, Mendonça Filho e João Paulo, e Fernando Bezerra Coelho com o apoio de Eduardo Campos, Sérgio Guerra, Humberto Costa e João Lyra Neto. Restando saber com quem ficaria os pragmáticos Inocêncio Oliveira (PR) e Eduardo da Fonte (PP) e legendas menores como PCdoB, PSC, etc.

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