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DATALYRA e o resultado eleitoral.

{ Posted on 03:04 by Edmar Lyra Filho }
Faltando quase um mês pro processo eleitoral, realizamos em nosso blog uma espécie de prognósticos sobre a eleição para Deputado Estadual e Federal em Pernambuco.

Esta análise foi feita com base em todas as chapas proporcionais tanto para a Assembleia Legislativa quanto para a Câmara dos Deputados. Fizemos isto com base em eleições anteriores dos candidatos a Deputado, volume de campanha, seus respectivos partidos, dentre outras coisas.

Do ponto de vista das chapas como um todo, acertamos que a chapa do DEM elegeria dois parlamentares para Deputado Estadual e acertamos os dois eleitos: Tony Gel e Maviael Cavalcanti. Consideramos isso pelo fato de que Priscila Krause, apesar de ter boa inserção social, não tinha mais respaldo que os dois eleitos. De fato foi o que ocorreu.

Na chapa do PMDB, imaginávamos que os eleitos seriam Gustavo Negromonte e Jayme Asfora, o primeiro acertamos, o segundo ficou de fora. Não contávamos que o voto de opinião seria pouco relevante e não levaria Jayme a ter pelo menos 20 mil votos pra Deputado Estadual, o que o elegeria. O segundo eleito foi o ex-vereador do Recife Ramos (PMN). O que, definitivamente, foi uma surpresa, porque além de Jayme Asfora ainda tinham alguns outros favoritos como Jacilda Urquiza (PMDB) que disputava reeleição, a ex-Prefeita de Afogados da Ingazeira Giza Simões (PMDB), o Deputado Barreto (PMN) e dois candidatos do PPS, Sivaldo Albino e Valmir Capellaro, que foram sempre lembrados pelos analistas políticos como possíveis eleitos.

No PSDB, imaginávamos que o partido conseguiria eleger seis parlamentares, o que não ocorreu, entrando apenas cinco: Betinho Gomes, Claudiano Filho, Antonio Moraes, Carlos Santana e Edson Vieira. Entendíamos que a Deputada Terezinha Nunes teria dificuldades de ser reeleita por ser uma opositora ferrenha do Governador Eduardo Campos, portanto, seria puxada pra baixo diante das circunstâncias atravessadas pelo palanque jarbista, de quem ela é umbilicalmente ligada.

Entendíamos que o Deputado Bringel teria condições de ser eleito na sexta vaga por ter inserção no Sertão do Araripe e ter uma ligação razoável com o Governador Eduardo Campos. Os demais tinham poucas chances, e foi o que ocorreu, nomes como Pedro Eurico, Eduardo Porto, Joaquim Neto e outros tiveram votação aquém do que poderiam ter caso disputassem em situação mais equinânime com os candidatos da Frente Popular.

Do ponto de vista dos nanicos, analisamos que o PHS elegeria três deputados: Mary Gouveia, Clóvis Corrêa e Nadegi Queiroz. A primeira seria eleita pelo fato de ter três Prefeitos lhe apoiando, como de fato foi. O segundo foi bem aquém das expectativas e não chegou a sequer sete mil votos. A terceira obteve expressiva votação, mas ficou abaixo de Mary Gouveia e de Adalberto Cavalcanti, bem como de Cássia do Moinho. Com a impugnação de Zé da Luz, o PHS perdeu uma vaga. Caso este tenha seus votos liberados o PHS garante as três vagas calculadas pelo DATALYRA.

Na chapa do PV, imaginávamos uma disputa entre Daniel Coelho, Lucrécio Gomes e Roberto Leandro, mas, conforme colocamos, a única vaga que seria destinada ao partido, ficou com Daniel Coelho que já tinha inserção política e surfou na Onda Verde de Marina Silva porque foi quem melhor soube aproveitar, desde o início da campanha quando Marina ainda tinha um dígito nas pesquisas, ele sempre associou sua candidatura a dela, como ela cresceu, isso contribuiu para um crescimento dele. Na verdade esperávamos algo em torno de 30 mil votos pra Daniel, ele chegou próximo dos 50 mil.

A chapa do PTC era uma das melhores, pois tinha diversos candidatos a Deputado com excelentes chances, pois, se aliou ao PSDC e outros nanicos. Imaginávamos que a chapa elegesse três parlamentares, como de fato elegeu e as apostas eram: Eriberto Medeiros, Ricardo Costa e Guga Lins, todos do PTC. Os dois primeiros foram eleitos, o terceiro ficou bem aquém das expectativas, e o eleito foi o Vice-Prefeito de Floresta Rodrigo Novaes, que já havia tido boa votação em 2006 e nesta se consagrou. Outra surpresa foi a votação de Beatriz Vidal, que passou dos 20 mil votos. Ela aguarda alguns desdobramentos do Ficha Limpa para poder chegar ao mandato, portanto a chapa do PTC/PSDC poderá chegar ao quarto parlamentar. Mas, isso é uma questão da justiça e precisamos aguardar os desdobramentos.

A chapa do PRP, sinceramente, não pensava que poderia chegar a um Deputado Estadual, apesar de ter o Ex-Prefeito de Pesqueira João Eudes na chapa e o Coronel José Alves que já era Deputado e disputava reeleição. O PRP elegeu um Deputado e foi Rildo Brás, o que pra mim foi uma surpresa.

Na coligação da Frente Popular imaginávamos a eleição de trinta e dois parlamentares. Porém, com as expressivas votações de Cleiton Collins, Silvio Costa Filho e Guilherme Uchôa e a surpreendente votação do Presbítero Adauto, que nas nossas contas não chegaria sequer a 30 mil votos, chegou a 120 mil, obras do acaso. Além dos demais deputados da Frente Popular que conseguiram excelentes votações.

Entre os eleitos supresa para Odacy Amorim (PSB), Diogo Moraes (PSB), Vinícius Labanca (PSB), Botafogo Filho (PDT) e Pedro Serafim Neto (PDT), bem como Francismar Pontes (PTB). Considerávamos que Sérgio Leite (PT) não conseguiria renovar o mandato bem como o seu correligionário Manoel Santos que foi outra surpresa.

Do ponto de vista dos que não foram eleitos, surpresa para José Marcos (PR) que era uma candidatura dada como pule de dez por ser apoiado por Inocêncio Oliveira e Amaury Pinto também do PR que tinha o apoio integral do Prefeito de Paulista Yves Ribeiro, e surpreendentemente não conseguiu renovar o mandato. Também surpreendentemente Manoel Ferreira não chegou nem perto do mandato, tendo em vista que seus dois filhos tiveram votações consideráveis, André Ferreira (PMDB) foi o mais votado para vereador do Recife em 2008 e Anderson Ferreira foi eleito Deputado Federal.

No PTB a surpresa foi a não eleição de Augusto César, vice de Humberto em 2006 que tinha eleito seu filho para Deputado e pretendia voltar ao mandato, bem como a não reeleição de Geraldo Coelho e também Ciro Coelho do PSB e de Petrolina, ambos tinham o apoio do Secretário Fernando Bezerra Coelho e não conseguiram renovar o mandato.

Não foi surpesa a não eleição de Airinho e Elina Carneiro porque tinham poucas condições políticas e eleitorais de conseguir chegar ao mandato. Os demais candidatos acertamos as suas vitórias, totalizando 25 acertos na Frente Popular e apenas 8 erros. No geral, acertamos 36 dos 49 eleitos.

Para Deputado Federal, tínhamos colocado 18 pela Frente Popular e 7 para a Pernambuco Pode Mais. Porém, existiram acontecimentos surpreendentes para todos, e para mim em especial alguns que considerava menos votos.

A votação de Ana Arraes não surpreendeu a ninguém, mas imaginava algo em torno de 300 mil votos no máximo, ela chegou aos 370 mil, o que aumentou a Frente Popular 70 mil votos nos cálculos. Eduardo da Fonte foi uma supresa incomum, porque imaginava algo em torno de 150 mil votos, já era um senhor aumento, considerando que ele obteve apenas 110 mil votos em 2006. Ele arrebentou as urnas com 330 mil votos, um aumento surpreendente de 180 mil votos às projeções. No caso de João Paulo, apesar de propugnarem uma grande votação para o ex-Prefeito, eu imaginei que ele teria algo em torno de 180 mil votos, nas urnas ele obteve 270 mil, um incremento de 90 mil votos. E, creio que para todos, a maior surpresa, o Pastor Eurico que chegou a quase 200 mil votos, quando nas nossas projeções ele teria no máximo 30 mil votos e serviria para a cauda da Frente Popular, portanto, ele teve um incremento de quase 170 mil votos. A soma desses incrementos dão simplesmente pouco mais de 500 mil votos, significa praticamente o que Jarbas Vasconcelos obteve como candidato a Governador.

Um incremento à chapa de 500 mil votos garantiu os dois deputados a mais para a Frente Popular e tirou 2 da Pernambuco pode Mais.

Dentre os eleitos, acertamos 22 Deputados, na Frente Popular acertamos 17 eleitos dos 20, erramos na vitória de Paulo Rubem, Pastor Eurico e Cadoca, que não considerávamos sua eleição. Nossa projeção se confirmou em relação a Cadoca. Em 2006 ele teve 160 mil votos, caiu pra 70 mil. Mesmo assim ficou a frente de muita gente. Na Frente Popular erramos apenas Negão Abençoado que teve 62 mil votos em 2006 e em vez de crescer, caiu para pouco mais de 30 mil votos.

Na oposição, obviamente, tivemos esta surpresa com o incremento dos votos da Frente Popular, em vez de sete parlamentares, foram eleitos apenas cinco. Não conseguindo a reeleição Edgar Moury (PMDB) e André de Paula (DEM), que contávamos como certos.

Os Deputados da oposição foram bem aquém do esperado, natural por conta do pífio desempenho dos candidatos majoritários. Sérgio Guerra (PSDB) esperávamos 200 mil votos, ficou apenas com 170 mil, Mendonça Filho (DEM) ficou no que esperávamos, 150 mil. Raul Henry (PMDB), que imaginávamos pelo menos a mesma votação de 2006, algo em torno de 140 mil, ele caiu pra menos de 90 mil votos, Augusto Coutinho (DEM), esperávamos em torno de 90 mil, obteve apenas 70 mil, Bruno Araújo (PSDB) ficou na votação que projetávamos pra ele.

Os demais candidatos tiveram desempenho aquém do projetado, o principal exemplo foi Bruno Rodrigues (PSDB), que obteve 80 mil votos em 2006 e caiu pra 30 mil votos em 2010, portanto, tudo isso influenciou para que a oposição fosse esmagada pelo governo, tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara Federal.

No total de parlamentares, 25 Federais e 49 Estaduais, acertamos 22 nomes para federal e 36 para estadual. A dificuldade de acertar a eleição de estadual é o fato de ter diversas chapas e diversos candidatos, a chapa de federal foram apenas duas chapas grandes com chances de eleger parlamentares e outras nanicas sem a menor perspectiva de vitória.

Em termos percentuais, conseguimos acertar 73% dos Estaduais eleitos e 88% dos Federais. Do ponto de vista do total de vagas, no caso, 74, acertamos 58. Portanto, algo em torno de 80% de acerto.
O que ocorre diante disso aí é que o Governador Eduardo Campos deu outra 'surra' eleitoral em Jarbas Vasconcelos e não terá a menor dificuldade para governar pelos próximos 4 anos, seja na Assembleia Legislativa, seja na Câmara dos Deputados.

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