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Análise sobre o resultado de ontem.

{ Posted on 15:13 by Edmar Lyra Filho }
Começo pela eleição dos nanicos para Deputado Estadual, o PMN elegeu 1, o PRP 1, o PV 1, o PCdoB 1, o PTC 3 e o PHS 2. Portanto, um total de 9 Deputados Estaduais, isso corresponde a quase 20% das cadeiras da Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Esse fato foi observado em eleições anteriores e tem crescido ultimamente, em 2008 houve isso pra vereador do Recife e agora novamente.

Temos observado que os nanicos estão ocupando espaços de legendas que já foram fortes em Pernambuco, como é o caso do PMDB do Senador Jarbas Vasconcelos e do próprio DEM de Marco Maciel.

Isso se dá porque o eleitorado tem votado sistematicamente nos candidatos e não mais nos partidos. O voto é nas pessoas e perdeu a essência de antigamente que se votava na pessoa, mas principalmente por conta do partido dela.

Do ponto de vista da oposição, o maior baque eleitoral se dá no DEM, que elegeu 9 Deputados Estaduais em 2006 e ontem fez apenas 2. Isso mostra que o partido tem perdido capilaridade e, diferentemente do PT quando era oposição, não tem apelo popular e tende a sumir do mapa eleição após eleição.

O DEM em 2006 possuía o Governador do Estado, Mendonça Filho, dois Senadores, José Jorge e Marco Maciel, uma expressiva bancada federal e uma estadual. Após o resultado de ontem, não tem mais qualquer perspectiva de poder, afinal, a sua principal liderança que conseguiu ser eleito, Mendonça Filho, obteve 150 mil votos, sendo apenas o oitavo entre os Federais eleitos.

A não vitória de Priscila Krause para Deputada Estadual mostra que a reoxigenação do partido foi mal feita e que dificilmente outros nomes surgirão, afinal, Tony Gel, Maviael Cavalcanti, Marcos Menezes, Romildo Gomes, Mendonça Filho e Augusto Coutinho já não são mais tão jovens e não têm perspectivas majoritárias para pleitos futuros.

O futuro do DEM, assim como toda a oposição é sombrio.

No caso do PMDB, apesar de não ter tido uma expressiva votação, Gustavo Negromonte foi eleito e tende a ocupar, ao lado de Raul Henry a liderança do PMDB no estado.

O PSDB ainda tem a perspectiva de vitória de José Serra como Presidente, manteve sua bancada federal, perdeu alguns estaduais, mas ainda consegue ser um partido expressivo em Pernambuco. Do ponto de vista do Senado, ficou comprovado que Sérgio Guerra tomou uma atitude acertada em não tentar a reeleição.

Mesmo assim, o PSDB tem, em sua maioria, uma proximidade nítida com o Governador Eduardo Campos e uma futura aliança a partir de 2011 não será novidade para ninguém.

Do ponto de vista Governista, não há muito o que comentar. Um Governo plenamente avaliado, com candidatos representativos ao Senado, a Câmara dos Deputados e a Assembleia Legislativa, seria contraditório se não reelegesse Eduardo Campos, não elegesse os dois Senadores, 20 Deputados Federais e quase 40 Deputados Estaduais.

A questão de Eduardo Campos agora é administrar o sucesso, o que não é fácil. Precisa conscientizar seus aliados que pra se manter no poder, é necessário que respeitem a vez de cada candidato e o espaço que cada um merece no governo e na aliança como um todo. Se ele conseguir administrar com maestria isso como ocorreu na fase pré-eleitoral de 2010, a Frente Popular terá vida longa no poder em Pernambuco.

Do ponto de vista Presidencial, nossos prognósticos deram certo. José Serra chegou ao segundo turno contra Dilma Rousseff, que a princípio estava eleita e depois ainda teve a dúvida se Marina Silva poderia ultrapassá-lo.

Alguns analistas políticos dizem que a eleição já está definida em prol de Dilma, outros em prol de Serra. Sob o meu ponto de vista, o segundo turno é uma nova eleição e pode acontecer tudo, inclusive nada.

Precisamos observar uma tendência, através de institutos confiáveis(não se incluem nem o Vox Populi e muito menos o Sensus, que apontaram vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno com ampla margem). Isso só será entendido a partir do início da propaganda eleitoral, que passa a ser igual tanto pra Serra quanto pra Dilma, a partir dos debates entre os dois candidatos e a partir da decisão de Marina Silva, que foi a principal vitoriosa desta eleição.

Não podemos fazer prognósticos exatos sobre o segundo turno presidencial, mas podemos analisar que Dilma entra desgastada por não ter liquidado a fatura e Serra entra renovado por não ter perdido no primeiro turno, contrariando alguns institutos de pesquisa.

Vamos aguardar o que as urnas dirão.

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