Dinheiro do Estádio em São Lourenço da Mata para a Copa de 2014 vai acabar saindo dos cofres públicos
{ Posted on 10:41
by Edmar Lyra Filho
}
Por Pierre Lucena do Acerto de Contas.
A construção do estádio em São Lourenço da Mata nos moldes que o Governo do Estado prometeu está próxima de micar. O Governador prometeu fazer o estádio com recursos da iniciativa privada, mas a empreiteira já avisou que isso dificilmente acontecerá.
Já estava desconfiado disso, mas depois de ir atrás da história, escutando algumas pessoas que estão nos dois lados da negociação, foi possível entender o rolo que se formou para a viabilidade do projeto inicial.
A Construtora Odebrecht, que iniciou a proposta de construção do estádio, já avisou ao Governo que aceita bancar a construção da Arena da Copa em troca do terreno para a construção do conjunto habitacional e do centro comercial, mas é preciso garantia de que o estádio não se transforme em um mausoléu. A rentabilidade excedente das moradias da Cidade da Copa com a valorização da área não é suficiente para a construção e manutenção do Estádio.
Há estimativas de margem de contribuição entre R$ 40 mil e R$ 50 mil de cada moradia para o Estádio se pagar. Essa parte da conta até fecha, mas é preciso viabilizar a utilização da Arena.
A conta só fecha realmente se os 3 grandes times de Recife aceitarem mandar todos os jogos do Campeonato Brasileiro (seja em que divisão for) no Estádio. O estádio mais rentável do Brasil é o Morumbi, que nem de longe consegue pagar sua manutenção e retornar o investimento realizado.
O Náutico já teria topado mandar seus jogos no Novo Estádio, pois poderia até ter outros planos para seu terreno nos Aflitos. Mas mesmo que aceitasse arrendar, não seria suficiente para retornar o investimento feito pela iniciativa privada. Falta conseguir o impossível: o aceite de Santa Cruz e Sport para mandar seus jogos no local, esquecendo o Arruda e a Ilha do Retiro.
A idéia de Arena Multiuso também não vingou, pois Recife não teria mercado suficiente para grandes eventos com frequência. Em resumo, não há viabilidade financeira sem recursos públicos.
A Odebrecht já tem a solução para a construção do Estádio e já apresentou ao Governo: uma licitação pública para a construção, e depois o arrendamento para algum clube, como aconteceu com o Engenhão no Rio de Janeiro. Em outras palavras, o Governo paga a conta do Estádio e a empreiteira se habilita para construir.
Um negócio da China, ou melhor…de São Lourenço da Mata. Essa é a configuração que está se arquitetando para a viabilização da Copa em Pernambuco: um projeto megalomaníaco de R$ 500 milhões às custas da patuléia.
Já se falou na recuperação do Arruda, estimada em R$ 200 milhões, mas o Governo do Estado não quer nem ouvir falar nesta hipótese. A construção da Arena é ponto de honra para o Governo Eduardo, que reza para que apareça algum interessado em assumir o projeto na licitação da PPP.
A verdade é que estão gestando um belo elefante branco com a conta sendo paga pelo contribuinte.
A construção do estádio em São Lourenço da Mata nos moldes que o Governo do Estado prometeu está próxima de micar. O Governador prometeu fazer o estádio com recursos da iniciativa privada, mas a empreiteira já avisou que isso dificilmente acontecerá.
Já estava desconfiado disso, mas depois de ir atrás da história, escutando algumas pessoas que estão nos dois lados da negociação, foi possível entender o rolo que se formou para a viabilidade do projeto inicial.
A Construtora Odebrecht, que iniciou a proposta de construção do estádio, já avisou ao Governo que aceita bancar a construção da Arena da Copa em troca do terreno para a construção do conjunto habitacional e do centro comercial, mas é preciso garantia de que o estádio não se transforme em um mausoléu. A rentabilidade excedente das moradias da Cidade da Copa com a valorização da área não é suficiente para a construção e manutenção do Estádio.
Há estimativas de margem de contribuição entre R$ 40 mil e R$ 50 mil de cada moradia para o Estádio se pagar. Essa parte da conta até fecha, mas é preciso viabilizar a utilização da Arena.
A conta só fecha realmente se os 3 grandes times de Recife aceitarem mandar todos os jogos do Campeonato Brasileiro (seja em que divisão for) no Estádio. O estádio mais rentável do Brasil é o Morumbi, que nem de longe consegue pagar sua manutenção e retornar o investimento realizado.
O Náutico já teria topado mandar seus jogos no Novo Estádio, pois poderia até ter outros planos para seu terreno nos Aflitos. Mas mesmo que aceitasse arrendar, não seria suficiente para retornar o investimento feito pela iniciativa privada. Falta conseguir o impossível: o aceite de Santa Cruz e Sport para mandar seus jogos no local, esquecendo o Arruda e a Ilha do Retiro.
A idéia de Arena Multiuso também não vingou, pois Recife não teria mercado suficiente para grandes eventos com frequência. Em resumo, não há viabilidade financeira sem recursos públicos.
A Odebrecht já tem a solução para a construção do Estádio e já apresentou ao Governo: uma licitação pública para a construção, e depois o arrendamento para algum clube, como aconteceu com o Engenhão no Rio de Janeiro. Em outras palavras, o Governo paga a conta do Estádio e a empreiteira se habilita para construir.
Um negócio da China, ou melhor…de São Lourenço da Mata. Essa é a configuração que está se arquitetando para a viabilização da Copa em Pernambuco: um projeto megalomaníaco de R$ 500 milhões às custas da patuléia.
Já se falou na recuperação do Arruda, estimada em R$ 200 milhões, mas o Governo do Estado não quer nem ouvir falar nesta hipótese. A construção da Arena é ponto de honra para o Governo Eduardo, que reza para que apareça algum interessado em assumir o projeto na licitação da PPP.
A verdade é que estão gestando um belo elefante branco com a conta sendo paga pelo contribuinte.
PS.: Ainda bem que existem pessoas da imprensa responsáveis, mesmo com o "olhar sedutor" de Eduardo Campos, não é só Edmar Lyra Filho e a oposição que criticam o megalomaníaco projeto Cidade da Copa. Vai ser um elefante-branco se for viabilizado, isso é fato.
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5 Response to "Dinheiro do Estádio em São Lourenço da Mata para a Copa de 2014 vai acabar saindo dos cofres públicos"
Oba! Finalmente um comentário num blog de Ctrl C - Ctrl V.
Meu nobre, Ctrl C - Ctrl V não ocorre o tempo todo.
Se você observar, a maioria dos blogs de Pernambuco fazem isso, sendo que a maioria copia dos jornais dos quais eles são parceiros, e olha que eles têm equipe jornalística pra isso.
Eu mantenho o blog sozinho, fica difícil acompanhar tudo e fazer postagens sozinho.
Eu opto por colocar de outros sites, mas nunca deixo de citar a fonte, às vezes faço comentários nessas postagens, mas geralmente faço uma postagem ou artigo próprio.
Mas, é fato que nosso blog tem ganho um grande espaço na sociedade pernambucana. Estamos firmes e fortes nesse projeto que já está próximo dos 2 anos de idade.
Esse projeto é um absurdo, não pode ser colocado em prática. E se for, vai encher o bolso do Governador.
Caro Edmar, seu blog traz informação e mostra a realidade à sociedade, então não importa se é ou deixa de ser um blog de clipagens. O que importa é que há qualidade nas matérias escritas por você ou por outro jornalista.
Parabéns pelo blog.
Obrigado, meu caro Jorge.
Se eu tivesse uma grande equipe para manter o blog ficaria fácil.
Mas nem tenho grande equipe, nem sou ligado a nenhum grande portal de Pernambuco.
É bem verdade que não me considero concorrente de Jamildo, Magno, Inaldo, do pessoal do Acerto de Contas, etc...
Sou apenas um cidadão que gosta de escrever, de debater, sou fanático pela notícia, sobretudo de política.
A prova de que o Blog tem dado certo é que nosso espaço está além da blogosfera e da própria web, hoje estamos em revistas, em jornais e, em breve, voltaremos a participar de programas de rádio para falar sobre esses temas.
Dentre muitos outros, eu elegi Economia, Política e Administração pra pautá-lo, mas gosto de falar de Turismo, de Cultura e de muitos outros assuntos.
Quando fecharmos parceria com algum portal, tenho certeza que teremos condições de atualizar o blog com melhor frequência.
Um forte abraço.
Edmar Lyra Filho.
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