Quem imaginava uma convenção aguada, com meia dúzia de gatos pingados fazendo barulho e nenhuma animação na convenção que homologou o nome de Mendonça Filho (Democratas) como candidato a prefeito do Recife, no inicio da noite desta segunda-feira, no Clube Português, deve ter tomado um susto com o que viu.

Com o salão principal lotado, muita gente nos camarotes e circulando, a convenção dos democratas mostrou que os ex-pefelistas continuam competentes no quesito demonstração de força. Mesmo quando entram na disputa sozinhos, sem o apoio de nenhum outro partido, uma experiência que nunca tiveram em eleições anteriores.

Isso ficou claro na organização da festa. Painéis imensos decoravam o Clube Português que ganhou também um grande palanque, capaz de acomodar mais de 100 pessoas, e uma passarela para os oradores que, com a novidade, puderam falar andando e bem pertinho dos eleitores.

A música do candidato, às vezes tocada em ritmo de samba, outras em ritmo de frevo, animou os militantes durante toda a festa. E até os discursos sairam do lugar comum de cantar vitória antes do tempo ou desclassificar os adversários com baixarias, como aconteceu em várias outras convenções.

De Gustavo Krause a Roberto Magalhães, passando por Rodrigo Maia - presidente nacional do Democratas que presitigou a festa - Marco Maciel, o candidato a vice, André de Paula e o próprio Mendonça Filho, todos destacaram a importância de ter uma chapa-puro sangue para disputar a eleição e ninguém lamentou a falta de alianças com outros partidos. Muito pelo contrário.

Mendonça Filho disse que a primeira aliança, a segunda, a terceira, a quarta e a quinta era com o povo do Recife, para delírio dos eleitores. Uma boa saída, essa dos democratas, que não precisarão ficar explicando os motivos de não ter um palanque reforçado por outras legendas. Se eles consequirem manter essa linha e a animação registrada no Clube Português, a chapa do Democratas pode surpreender muito durante a campanha eleitoral.