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Democratas enfatiza força da legenda

{ Posted on 01:58 by Edmar Lyra Filho }
Convenção de Mendonça é marcada por enfática defesa da chapa puro-sangue e ataques ao PT e às “coligações de última hora que ninguém explica”.

Por Cecília Ramos e Sérgio Montenegro Filho

Na convenção realizada ontem à tarde pelo Democratas (ex-PFL), no Clube Português, para oficializar a candidatura de Mendonça Filho à Prefeitura do Recife, a preocupação dos líderes do partido foi uma só: espantar o fantasma do isolamento imposto ao ex-governador pela ausência de legendas aliadas no seu palanque. O Democratas tentou, até o último minuto, atrair uma segunda sigla. Na reta final, negociou com o PPS e o PV - este último recuou do apoio a Mendonça no domingo. Em todos os discursos, ontem, os democratas fizeram questão de justificar que a chapa “puro-sangue” – encabeçada por Mendonça, com o deputado federal André de Paula (Democratas) na vice – representava a “excelência”, “nitidez” e a “unidade” dos quadros do partido. Durante toda a pré-campanha, Mendonça tentou, sem sucesso, firmar acordos com outras siglas, o que lhe garantiria, inclusive, mais tempo no guia eleitoral.

O primeiro a justificar a chapa “puro-sangue” foi o ex-ministro Gustavo Krause. “Gosto muito dessa expressão. É forte, boa, mostra a experiência dos nossos candidatos, que sabem o que fazer”, afirmou, seguido pelo deputado federal Roberto Magalhães. “Temos uma chapa puro-sangue e vamos às ruas, porque não temos partidos aliados, mas sim o povo”, atacou, insinuando que seus adversários teriam negociado a adesão de outros partidos. “André e Mendonça vão contrastar com essas coligações de última hora que ninguém explica. Não fizemos negociações com outros partidos na calada da noite”, acrescentou.

Coube ao senador Marco Maciel a justificativa mais técnica. Segundo ele, a expressão “puro-sangue” representa a força do Democratas e a “nitidez programática” do partido. Até mesmo o presidente nacional do DEM, deputado federal Rodrigo Maia (RJ) – convidado para a convenção – fez questão de abordar o assunto, ao garantir que a cúpula partidária aposta todas as fichas na vitória, mesmo sem aliados. “Vamos começar a segunda guerra. A primeira foi a dos partidos. Os partidos foram pra lá e pra cá. Os severinos foram pra lá e pra cá. E a nossa chapa – como disseram Marco Maciel e Krause – puro-sangue com certeza, é o melhor para o Recife”, defendeu.

Ao discursar, André de Paula, visivelmente emocionado, se disse “orgulhoso” de fazer parte da chapa da “renovação”. Explicou que a presença de dois democratas mostra uma profunda identidade. “Podem gostar ou não gostar de Mendonça e André, mas não há em Pernambuco quem não conheça Mendonça ou André. No momento em que os políticos são tão mal falados como agora, vamos mostrar que nós dois temos cara”, disparou.

André também procurou esclarecer a sua presença na chapa, anunciada na véspera da convenção e pouco depois de ele próprio ter praticamente descartado a participação, sob o argumento de que teria mais interesse em permanecer em Brasília, atuando como deputado. “Para mim não foi um convite, mas uma convocação feita por um dos políticos mais íntegros que conheço. E aceitei porque amo o Recife”. Em seguida, tentou demonstrar sua dedicação à campanha que se inicia: “Estou envolvido por completo nesse processo de mudança. E Mendonça é o líder. Aqui não tem nada improvisado. Foi tudo pensado, planejado há mais de três anos, com técnicos analisando as questões da cidade, com Mendonça andando nas ruas e conhecendo os problemas da população”.

Fechando os discursos, Mendonça também deixou registrada a sua justificativa para a ausência de partidos aliados no palanque. Disse não dispor de apoio da máquina pública nem de estruturas de governo – referindo-se ao apoio dado ao candidato do PT, João da Costa, pelo prefeito João Paulo (PT) e pelo governador Eduardo Campos (PSB): “Meu palanque é honrado. Máquina, nós não temos. Estrutura de governo, nós não temos. Alianças partidárias, dispensamos as que não colocariam os interesses do povo em primeiro lugar. Nossa primeira, segunda, terceira e única aliança é com o povo”. Em entrevista após o discurso, Mendonça Filho jogou farpas sobre outro adversário – Raul Henry (PMDB) – condenando a iniciativa de envolver a prefeitura diretamente no combate à violência. “Minha prioridade é a educação. O papel do prefeito sobre a segurança pública não é de secretário de segurança. Isso é papel do Estado, da Secretaria de Defesa Social”, concluiu.

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