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A corrente, o crack e o Estado.

{ Posted on 13:05 by Edmar Lyra Filho }

Do PE Body Count

Enquanto continuarmos tratando o crack exclusivamente como caso de polícia, derrotas emblemáticas como a do assassinato do desempregado Neyvson Durval da Silva continuarão se repetindo em Pernambuco. O rapaz que era acorrentado pela mãe, a faxineira Tânia Maria da Silva, para não se drogar, acabou executado com mais de 30 tiros na madrugada deste domingo, no Vasco da Gama, Zona Norte do Recife.

O Governo do Estado não dispõe de leitos para tratamento dos dependentes de crack. A Secretaria-Executiva de Assistência Social paga R$ 400 por mês por uma vaga em instituições particulares. Cada instituição trata os pacientes como bem entende. Não há uma política de estado para a recuperação dos usuários.

Somadas as vagas nos Centros de Atenção Psicossocial (Capes) municipais e os leitos "alugados" pelo governo, Pernambuco conta com menos de 1.200 vagas para internamento de pessoas dependentes de qualquer droga. Inclusive crack. Uma soma irrisória diante da epidemia existente.

Neyvson Durval da Silva chegou a ser internado em uma instituição conveniada à Secretaria-Executiva de Assistência Social. Resultado direto da repercussão na imprensa do caso. Após oito dias internado, Neyvson resolveu voltar para casa. E para as drogas.

Enquanto as autoridades caminham de olhos fechados para o problema, tratando uma situação-limite com paliativos, restam às mães atitudes desesperadas como a de Tânia Maria da Silva e sua corrente.

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