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Artigo: Salve, confrarias informais!

{ Posted on 14:06 by Edmar Lyra Filho }
Braga Sá // Advogado
bragasaadvogado@gmail.com

À mesa, como convém, são feitas as celebrações universais. Nossa singela mesa, portanto, é o berço de todas as instituições desde os primórdios da humanidade. A imagem vem a propósito da existência das academias, associações, confrarias informais.

A vida é a arte do encontro, reza o senso comum e também assim fala o poeta Vinicius de Moraes. A idéia é ainda mais pertinente nestes tempos de comunicação virtual via Internet. No mundo virtual a comunicação entre as pessoas dispensa o calor humano, o olho no olho, o abraço, a química dos cinco sentidos. Ao invés de pessoas de carne e osso, a comunicação virtual nos transforma em "contatos", seres impalpáveis. Parodiando o poeta Vinicius, o mundo virtual que nos perdoe, mas o mundo real é fundamental e insubstituível.

Recife é uma cidade pródiga em confrarias informais. Formais e informais. Ou, parodiando uma expressão antiga, todos os Recifes são pródigos em confrarias de diversas naturezas. Recife de ontem. Recife de hoje. Recife tradicional. Recife da modernidade. Recife das tertúlias literárias do passado. Recife dos boêmios e poetas. Recife dos artistas. Recife das colônias portuguesas e seus descendentes recifensizados.

Magnífico exemplo: a Academia do Bacalhau do Recife. Bacalhau rima com Portugal. E também rima com nossos sabores tropicais. O bacalhau foi recifensidade na Adega do Clube Português, onde funciona a Academia que completou 10 anos neste final de abril e cuja nova diretoria tomou posse neste 27 de abril, em noite festiva, sob a presidência do brilhante advogado Ivo Tinô do Amaral Junior.

Existem cerca de 50 academias do bacalhau em todo o mundo. A academia-mãe funciona em Johanesburg, na África do Sul, onde será realizada a Copa do Mundo de futebol este ano. Uma lei é cumprida "religiosamente" na reunião dessas confrarias, em meio ao clima de amizade e confraternização: "democraticamente", pelo consenso dos seus integrantes, é proibido falar em política e futebol, para não suscitar controvérsias.

Ao final de cada ano, os membros da Academia do Bacalhau do Recife se reúnem para ajudar uma instituição de caridade ou uma família portuguesa em situação de dificuldades ou doenças. Um dos princípios é defender a história da colonização portuguesa no Brasil, tantas vezes vilipendiada em favor do período de ocupação holandesa.

Congregar pessoas, prestar serviços e homenagear personalidades, estes são objetivos de confrarias tipo Caxangá Ágape, Gere, Sardinhada, Clube Barroso, Associação Brasileira de Sommeliers, Confraria da Educação, Clube dos Advogados, entre outros.

Dirigi, com muita honra, durante quatro anos o Caxangá Ágape e o Grupo de Executivos do Recife - Gere -, que me trouxeram muitas alegrias e um grande universo de novos amigos e camaradas.

Portanto, saúdo o amigo Ivo Amaral Jr, mais um ilustre companheiro que se doará na construção das verdadeiras e sólidas pontes de amizades à frente dessa Academia e com certeza criará um ambiente de bom convívio, sob o signo da civilidade, diálogo e do bem comum.

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