Quem acredita que política é coisa de adulto, engana-se. O jovem também pode - e deve - filiar-se a um partido político. Para mostrar como isso é possível, o Virgula decidiu ir atrás das principais lideranças jovens e futuras apostas dos partidos na política brasileira. Confira.

Efraim Filho – DEM

Para Efraim Filho, presidente da Juventude Democrata, sua entrada na política foi um “caminho natural”. “Desde pequeno me interessava por eleições, discursos. Sempre tive vontade de participar de forma ativa das coisas que dizem respeito a todos, do resgate da cidadania e da melhora da educação. Daí para a política foi um pulo”, conta.

O DEM logo chamou a atenção de Filho, já que se tratava do partido que possuía a juventude mais participativa de sua cidade, João Pessoa. “Após entrar no partido, descobri uma série de afinidades que me fizeram estreitar os laços e me interessar pela sua política partidária propriamente dita”, lembra.

O jovem líder afirma que a legenda consegue representar “todas as suas aspirações”. “Eu me identifico muito mais com um partido liberal, que defende o livre mercado, as privatizações, impõe menos impostos e dá mais liberdade política e econômica. No meu entender, o DEM consegue representar tudo isso”, afirma.

Filho conta, ainda, que a Ala Jovem do partido busca abandonar a antiga idéia de que “juventude na política só serve para segurar bandeira, colar adesivos e animar comícios”. Segundo ele, aquele “velho discurso do tempo dos nossos avós, capitalismo x comunismo, esquerda x direita, não encanta mais a juventude” e, portanto, é preciso buscar alternativas para atrair o jovem.

Além disso, o partido dá prioridade a temas como cultura e esporte e a projetos como a reforma universitária e o Primeiro Emprego. “Procuramos atrair o jovem não com discursos, teorias e doutrinas, mas principalmente com ações de responsabilidade social capazes de despertar a cidadania dos nossos jovens”, argumenta.

Outra preocupação da frente é investir na formação e capacitação de novos membros, por meio de seminários e reuniões. “É preciso ir além, incentivar iniciativas e gerar oportunidades para que o jovem tenha vez e voz, ativa e efetiva, nas decisões do partido e da sociedade”, afirma Filho.

A ala, segundo o presidente, é vista pelo partido como porta de entrada do jovem na política partidária e "porta de saída de líderes para ocupar espaços do partido, pra votar e ser votado”. O número de jovens filiados à legenda já chega a quase 100 mil.

Além de presidir a frente, Filho atua como deputado federal, faz parte das comissões de Constituição e Justiça e de Defesa do Consumidor e é o mais jovem membro titular do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

Fonte:Vírgula