Em entrevista, ontem, ao programa Frente a Frente, que este blogueiro ancora pela Nossa Rádio 106.9 FM Recife em rede estadual com 17 emissoras, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) disse que, apesar de ter afirmado à revista Veja que não seria candidato a governador em 2010, não iria se excluir do processo. “Na hora certa, vou procurar Sérgio Guerra, Mendonça Filho, Roberto Freire e outras lideranças do nosso campo. Ainda é muito cedo para discutir 2010”, afirmou.

Jarbas aproveitou para rebater críticas sobre a sua entrevista bombástica por não ter dado nome aos bois. “O engraçado disso é que Lula, quando deputado federal, disse que o Congresso tinha 300 picaretas e nunca foi cobrado para citar um só nome. Os fatos estão aí para quem quer ver. Veja o caso da Funasa, apontada como um antro de corrupção pelo próprio ministro da Saúde, a quem o órgão está atrelado, que é do PMDB”, disse.

O senador disse, ainda, que cumpriu o seu papel e que não deseja ficar remoendo o assunto – as denúncias de corrupção à Veja . “Eu só convoquei a entrevista coletiva de segunda-feira passada, porque foi a Imprensa que me pediu. O que eu disse e repito é que os escândalos no Governo Lula se incorporaram à paisagem brasileira como um outdoor.

“Começou com o Waldomiro Diniz, flagrado com a mão na botija. Depois, veio o mensalão, dólar na cueca, sanguessuga na Saúde, vampiros e tantos outros escândalos. Só silencia diante disso quem compactua com a corrupção. Eu não disse nada de novidade. Na minha entrevista eu praticamente reafirmei o que disse no meu discurso de estréia aqui no Senado em março de 2007. Se existem reações contrárias, na verdade foi porque eu botei o dedo na ferida”, assinalou.

Quanto às interpretações de que teria dado a entrevista porque estava de olho na vice de Serra, Jarbas retrucou: “Também disseram que estou querendo ser o líder da oposição; disseram, igualmente, que eu estaria provocando a minha saída do PMDB. Tudo isso são ilações bobas, de gente que não tem o que fazer”.