Serra diz que PT se beneficiou de políticas adotadas pelo governo FHC
{ Posted on 15:02
by Edmar Lyra Filho
}
No site Vote Brasil
Em discurso nesta quarta-feira na cerimônia do Congresso em homenagem ao centenário do ex-presidente Tancredo Neves, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse que o PT se tornou um dos principais beneficiários de políticas adotadas por governos passados --especialmente o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Apontado como pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Serra disse que, por "paradoxal" que seja, os petistas herdaram conquistas da transição democrática do país e de medidas adotadas por FHC.
"O PT acabou por ser, por paradoxal que pareça, um dos principais beneficiários da eleição do primeiro presidente civil e das conquistas sociais e culturais da Constituição e soube, posteriormente, colher bons frutos de mudanças institucionais e práticas, como o Plano Real, o Proer [extinto programa de estímulo ao sistema financeiro nacional] e a Lei de Responsabilidade Fiscal", afirmou ao mencionar programas criados na gestão Fernando Henrique.
Ao fazer um histórico da nova República no Brasil, Serra disse que a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2003 foi uma das alternâncias de poder "mais contrastantes" no país --embora o partido tenha sido encarado como uma "força desestabilizadora de comportamento radical e deliberadamente à margem da política nacional".
Mesmo sem declarar a sua pré-candidatura, Serra disse que os futuros governantes do país devem "assumir com humildade e coragem" a herança dos 25 anos de democracia no país. "Não para negar o passado, mas para superá-lo, a fim de fazer mais e melhor."
Ao exaltar feitos da gestão FHC, o governador disse que o país conseguiu derrubar a superinflação e solucionou o "problema persistente da dívida externa herdada". Serra disse, porém, que a estabilidade econômica ainda não é garantia de um futuro de autossustentação para o país.
"Assim como não somos escravos dos erros do passado, tampouco devemos crer que a eventual sabedoria dos acertos de ontem se repetirá invariavelmente hoje e amanhã. A estabilidade, o crescimento e os ganhos de consumo, ainda não têm garantidas as condições de sustentabilidade no médio e no longo prazos", disse.
Pré-candidatos
Com exceção da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), os pré-candidatos à Presidência da República nas eleições de outubro se reuniram na sessão solene do Congresso para homenagear o centenário de Tancredo.
Além de Serra, o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), além do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) e a senadora Marina Silva (PV), acompanharam as homenagens ao ex-presidente.
Embora Aécio já tenha descartado disputar a Presidência da República, a oposição pressiona o governador a concorrer à vice-presidência na chapa de Serra --que ainda não oficializou a sua pré-candidatura. Em meio à pressão do DEM e PPS, Aécio fez um saudação especial a Serra antes de iniciar o discurso, a quem referiu-se como "colega, companheiro e amigo".
Ao longo da cerimônia, Serra trocou confidências com Temer --que deve ser indicado pelo PMDB para a vice-presidência na chapa de Dilma. Neto de Tancredo, Aécio dedicou o discurso para lembrar a caminhada política do avô, especialmente o período em que ocupou cadeira no Congresso --ao contrário de Serra, que optou pelo discurso político na cerimônia.
Em discurso nesta quarta-feira na cerimônia do Congresso em homenagem ao centenário do ex-presidente Tancredo Neves, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse que o PT se tornou um dos principais beneficiários de políticas adotadas por governos passados --especialmente o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Apontado como pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Serra disse que, por "paradoxal" que seja, os petistas herdaram conquistas da transição democrática do país e de medidas adotadas por FHC.
"O PT acabou por ser, por paradoxal que pareça, um dos principais beneficiários da eleição do primeiro presidente civil e das conquistas sociais e culturais da Constituição e soube, posteriormente, colher bons frutos de mudanças institucionais e práticas, como o Plano Real, o Proer [extinto programa de estímulo ao sistema financeiro nacional] e a Lei de Responsabilidade Fiscal", afirmou ao mencionar programas criados na gestão Fernando Henrique.
Ao fazer um histórico da nova República no Brasil, Serra disse que a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2003 foi uma das alternâncias de poder "mais contrastantes" no país --embora o partido tenha sido encarado como uma "força desestabilizadora de comportamento radical e deliberadamente à margem da política nacional".
Mesmo sem declarar a sua pré-candidatura, Serra disse que os futuros governantes do país devem "assumir com humildade e coragem" a herança dos 25 anos de democracia no país. "Não para negar o passado, mas para superá-lo, a fim de fazer mais e melhor."
Ao exaltar feitos da gestão FHC, o governador disse que o país conseguiu derrubar a superinflação e solucionou o "problema persistente da dívida externa herdada". Serra disse, porém, que a estabilidade econômica ainda não é garantia de um futuro de autossustentação para o país.
"Assim como não somos escravos dos erros do passado, tampouco devemos crer que a eventual sabedoria dos acertos de ontem se repetirá invariavelmente hoje e amanhã. A estabilidade, o crescimento e os ganhos de consumo, ainda não têm garantidas as condições de sustentabilidade no médio e no longo prazos", disse.
Pré-candidatos
Com exceção da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), os pré-candidatos à Presidência da República nas eleições de outubro se reuniram na sessão solene do Congresso para homenagear o centenário de Tancredo.
Além de Serra, o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), além do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) e a senadora Marina Silva (PV), acompanharam as homenagens ao ex-presidente.
Embora Aécio já tenha descartado disputar a Presidência da República, a oposição pressiona o governador a concorrer à vice-presidência na chapa de Serra --que ainda não oficializou a sua pré-candidatura. Em meio à pressão do DEM e PPS, Aécio fez um saudação especial a Serra antes de iniciar o discurso, a quem referiu-se como "colega, companheiro e amigo".
Ao longo da cerimônia, Serra trocou confidências com Temer --que deve ser indicado pelo PMDB para a vice-presidência na chapa de Dilma. Neto de Tancredo, Aécio dedicou o discurso para lembrar a caminhada política do avô, especialmente o período em que ocupou cadeira no Congresso --ao contrário de Serra, que optou pelo discurso político na cerimônia.
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