O Governador Eduardo Campos (PSB), no intuito de descredenciar a proposta do candidato a Presidência José Serra (PSDB) de criar o Ministério da Segurança Pública, esquece que foi eleito em 2006 combatendo os elevados índices de homicídios em Pernambuco.

Como bem disse o Governador, Segurança Pública não deve ser eleitoralizada, apesar de ele ter feito isso em 2006, porém, deve ser debatida. A questão da Segurança Pública no Brasil precisa ser resolvida em diversas frentes, não deve ser apenas uma meta de redução de homicídios isoladamente.

A questão do Brasil se dá hoje muito mais pela questão das drogas do que qualquer outro fator que contribui para o aumento da violência. E o candidato José Serra é feliz ao afirmar que pretende priorizar a segurança em seu eventual governo.

Quantas crianças são mortas por bala perdida, por tráfico de drogas, etc.? Diversas. Quantas famílias são destroçadas por conta disso tudo? Inúmeras.

A questão da Segurança Pública não incide apenas na construção de presídios, ou pactos que optam por maquiar os números de homicídios em detrimento da verdade. No Governo de São Paulo, diferentemente do que Eduardo Campos afirma, a queda dos homicídios é considerável.

Apesar de São Paulo ser um estado muito mais populoso que Pernambuco, os números de homicídios de lá são bem menores que os de Pernambuco. Não é de hoje que São Paulo vem diminuindo homicídios. Isso se deu através de uma política de Segurança Pública coerente, combativa e eficiente.

Segurança Pública não é coisa pra discursos bonitos, é um tema que necessita de ação. E José Serra mostrou que pode fazer muito por este segmento quando esteve a frente do Governo de São Paulo.

Quando Eduardo Campos vem descredenciar a proposta de Serra é porque está partidarizando o tema. Afinal, no íntimo dele, é sabido que o Governo Federal se omitiu no tocante à Segurança Pública, e não há algo efetivo que realmente contribuísse com os estados para resolver este problema.

Não podemos fazer isso. Precisamos aceitar as boas propostas, os bons projetos. Mesmo que sejam dos adversários. Afinal, o governo é para uma cidade, um estado ou um país, não tem cor, não tem religião e muito menos partido político.

Eduardo deveria cobrar da candidata dele algo que pudesse realmente contribuir com a solução do tema. Porém, infelizmente, ela é uma boneca de ventríloquo, não tem propostas próprias para o país, muito menos projeto para ser Presidente da República.